terça-feira, 16 de dezembro de 2014

FRASE DE ALBERT CAMUS(1913-1960)

"Antes, a questão era descobrir se a vida precisava de ter algum significado para ser vivida. Agora, ao contrário, ficou evidente que ela será vivida melhor se não tiver significado."


sábado, 13 de dezembro de 2014

A QUEDA DA UNIÃO SOVIÉTICA NO NATAL DE 1991

RESUMO













A data do dia 25 de Dezembro de 1991, não seria marcado apenas como um dia comum de comemoração do Natal, naquele exato momento acontecia algo muito importante que marcaria para sempre aquele histórico dia de Natal para o mundo inteiro, além não ser só apenas marcado como uma data típica de festa natalina, de reunião em família ou mesmo de entrega de presentes, situação muito comum numa data de celebração cristã que lembra o nascimento do Menino Jesus, aquele Natal de 1991, seria marcado e testemunhado por muita gente por uma situação bastante atípica, isso porque foi exatamente nessa data que o então Presidente da enfraquecida União Soviética, Mikhail Gorbachev, anunciava pela televisão para todo mundo do planeta ver e ouvir o seu discurso de renuncia, discursando rapidamente com duração de menos de 12 minutos, sem transparecer amargura, comentou o seu não arrependimento pela criação da Glasnot(Transparência) e da Perestroika(Reconstrução), dois planos de aberturas do governo soviético que tinham como objetivo criar a liberdade econômica e política para o pais, planos que acabaram se mostrando desastrosos, ocasionando um enfraquecimento ainda maior do sistema comunista no pais, que ficou ainda mais fraco depois da Queda do Muro de Berlim em 1989, naquele momento Gorbachev também comentou as razões do seu discurso de renuncia, o seu argumento usado por ele foi o seguinte: “Diante da criação da Comunidade de Estados Independentes que substituiu o espaço geopolítico da União Soviética, ele não tinha outra alternativa a não ser renunciar.”(Trecho da cobertura de reportagem de Pedro Bial para a Rede Globo em 25/12/1991.)




















INTRODUÇÃO



Naquele mesmo dia assumia o poder na nova Rússia, Boris Yeltsin(1931-2007), aquele momento marcaria para sempre o fim de um longo ciclo, de um potente governo comunista ateu, que era o único capaz de  enfrentar por igualdade com um pais capitalista protestante, os Estados Unidos, marcada por uma guerra que nunca chegou a ocorrer derreamento de sangue de fato, mas que tinha objetivos econômicos, políticos, militares e principalmente no que dizia respeito ao investimento nas corridas espaciais, onde nesse quesito os russos foram os pioneiros em mandarem para o primeiro homem ao espaço, um camponês chamado Yuri Gagarin. O seu povo naquele momento reagia com muita frieza, isso porque ele era visto como um grande vilão, com altos índices de rejeição e baixa popularidade, ao mesmo tempo que era odiado pelo seu próprio povo, ele também era admirado no mundo inteiro “por ter interrompido a Guerra Fria, e por ter afastado a hipótese de uma Guerra Nuclear”(Trecho de reportagem de Pedro Bial para a Rede Globo no dia 25/12/1991).















Foi dessa maneira discreta, que saia de cena o último líder soviético, de uma nação que no começo do século XX, foi a grande responsável por uma das maiores revoluções proletárias responsável por destroçar do poder o último líder czar da Rússia, Nicolau II, tirando a vida dele e toda sua família, formada por sua esposa Alexandra, e os cinco filhos: as Princesas Maria, Anastásia, Olga, Tatiana e o Pequeno Príncipe Alexei, ou seja, essa revolução foi a grande responsável pela dizimação da Dinastia dos Romanov, a última família monárquica do extinto império czarista, o fim do longo ciclo do Império Czarista, que já teve como principais lideres, homens tiranos como Ivan, O Terrível e também homens competentes como Alexandre I, responsável pela idéia de defender a Rússia da invasão das tropas de Napoleão Bonaparte(1769-1821), usando da estratégia climática, e também armando uma armadilha inusitada, que foi pedir para o seu povo destruir todas as suas casas, queimar tudo, para na hora das tropas napoleônicas chegarem ficarem surpresos com a falta de resistência, e ficando todos enfraquecidos pela neve, esfomeados e mortos de frio e fome, foi dessa maneira que Napoleão Bonaparte, o maior general e  líder político da França Pós-Revolução de 1789, que do mesmo modo como aconteceu na Rússia em 1917, essa revolução francesa inspirada nos ideais iluministas de Voltaire, Montesquieu e Diderot, foi a grande responsável por destroçar uma monarquia, cujo rei Luis XVI, e sua esposa Maria Antonieta foram degolados pela guilhotina, a mesma também responsável posteriormente por degolar a cabeça dos lideres-icones do movimento: Danton e Robespierre, foi derrotado. Esse importante episódio da resistência russa contra as tropas de Napoleão Bonaparte, inspirou uma bela obra-prima do maestro Piotr Ilitch Tchaikovsky(1840-1893), com a sua “Abertura 1812”, que em alguns momentos há sons que reproduzem os tiros dos soldados russos as tropas de Napoleão. Foi por esse mesmo climático o grande responsável por enfraquecer as tropas alemãs nazistas na Segunda Guerra Mundial.













Foto de Vladimir Illichit Lenin((1870-1924). O cérebro responsável pela Revolução Bolchevique em 1917, e que futuramemte seria o primeiro a governar comunista, agora como URSS em 1922 e ficou até morrer em 1924.






Aquele dia histórico do Natal de 1991, marcaria para sempre o fim do ciclo do Império Comunista, liderado por Lenin, em 1917 inspirados nos ideais comunistas de Karl Marx em favor da classe operária, e que a partir de 1922 passaria a se chamar de União das Repúblicas Socialistas Soviéticas ou também pela sigla URSS, que no alfabeto cirílico é CCCP ( nome Soviético é originado dos sovietes, no original cobét, que como se denominava os Conselhos Operários, colegiados deliberativos, constituído por operários ou membros da classe trabalhadora que regulam e organizam a produção material de um determinado território, ou mesmo industria. Este termo é comumente usado para descrever trabalhadores governando a si mesmo, sem patrões, em regime de autogestão. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Conselhos_oper%C3%A1rios.)













Foto do filosofo e sociólogo alemão Karl Marx, o pai da ideia do comunismo.


FASES DO GOVERNO SOVIÉTICO



Nos 74 anos de Governo Comunista Soviético, a Rússia fez uma imensa expansão de seus blocos políticos, dos idéias inspirados em Karl Marx(1813-1883), passou pela Segunda Guerra Mundial, invadida pelos alemães nazistas durante o regime de Stalin, passou pela fase de Nikita Kruschev, Leonid Brejnev até finalizar com Mikhail Gorbachev, naquele mesmo dia que Gorbachev anunciava sua renúncia para TV Russa, aconteceu também de muitas televisões de todas as partes do planeta mostrar uma imagem que deixou todo muito perplexos ao observarem “ no mastro principal do Kremlin, em Moscou a bandeira soviética era recolhida pela última vez e substituída pela bandeira russa”(Fonte: Revista História Viva. Ed.Duetto. Dez/2011. Texto: Diogo Carvalho.)Aquele momento foi o grande responsável por simbolizar o fim total dessa nação, onde a tradicional bandeira vermelha com a foice e o martelo , símbolos da luta proletária, e com uma estrela dourada em cima, era retirado do mastro pela última vez, e foi retirado de uma maneira a deixando completamente no esquecimento, sem direito a hino, sem direito a cerimônia, sem direito a discurso, e muito menos sem direito a uma homenagem, e dessa maneira também discreta como aconteceu a retirada daquele símbolo do comunismo, que já representou medo e ao mesmo tempo admiração, a partir daquele momento, aquela bandeira da que foi símbolo da maior nação potente do mundo, que já foi vista como símbolo do “Império do Mal”, ou mesmo símbolo de idolatria e admiração nas lutas sindicais, seria apenas objeto de museu, naquele dia essa antiga bandeira seria trocada pela bandeira branca, azul e vermelha da atual nação russa.
















INFLUENCIA CINEMATOGRÁFICAS: DA ARTE DE VANGARDA DA DÉCADA DE 1920, PASSANDO DO CINEMA SATIRICO DA DÉCADA DE 1980 ATÉ AS INFLUENCIAS HOLLYWOODIANAS.







Durante aqueles primeiros anos de Governo Comunista Soviético, a Rússia vivia um momento áureo na arte de vanguarda com os cinemas de Serguei Eisenstein(1898-1948), Dziga Vertov(1896-1954), Lev Kuleshov(1899-1970), Vsevolod Pudovkin(1893-1953) e Aleksandr Medvedkin(1900-1989), entre todos estes Eisenstein foi o principal responsável por propagandear os ideais do regime soviético, inclusive ele até chegou a produzir um filme sobre a história da Revolução Russa no filme “Outubro”(1927), mas o filme de maior referência desse diretor é “O Encouraçado Potemki “(1925), retratando outro evento histórico importante no pais que foi a revolta dos marinheiros do Potemki, por maus tratos e péssima qualidade de alimentação e higiene, esse episódio ocorreu no ano de 1905, quando o pais era regido pelo Czar Nicolau II, mas durante o regime totalitário stalinista a arte do cinema soviético foi perdendo um pouco rumo em decorrência da censura imposta pelo governo, só depois que Stalin morreu foi que a arte cinematográfica pode aos poucos retomar uma certa liberdade maior de expressão, ocorrida principalmente a partir da década de 1980 com filmes críticos satirizando o momento em que a já enfraquecida União Soviética estava passando, como por exemplo: Kin-Dza-Dza(1986) do diretor Georgi Danelyia, o enredo do filme conta a história de” dois cidadãos soviéticos, Vladimir Nikolaevich e o músico Gedevan, são tele transportados para o Planeta Plyuk, na galáxia de Kin-Dza-Dza, onde a posição social dos habitantes é definida pela cor da calça que usam. Os Pliyukianos vivem em condições paupérrimas, e tudo é escasso no planeta, o que é explicitado pela paisagem desértica na qual a narrativa é ambientada. O caráter critico da obra salta aos olhos : a situação do planeta Plyuk é uma referencia direta a incapacidade soviética em suprir as necessidades básicas de sua população na época devido á oferta insuficiente de bens de consumo não duráveis . Por isso, grande parte do enredo do filme gira em torno da disputa por palitos de fósforo, artigos considerados pelos nativos do planeta uma espécie de moeda em um contexto de escassez. Diante desse panorama, os personagens soviéticos tem sorte, pois um deles, Nikolaevich, que é fumante, tem muitas caixas de fósforos . Os palitos lhes permitem comprar dos extraterrestres um aparelho que os manda de volta á Terra. Em nenhum momento do filme os habitantes do Planeta Plyuk oferecem a Nikolaevich e Gedevan a oportunidade de voltar de graça. Na maioria das vezes em que tentam negociar a compra da passagem de volta, a dupla não conta sequer com a boa vontade dos plyukianos. Muito pelo contrário: os soviéticos são roubados em diversas negociações. O comportamento dos extraterrestres no filme é uma clara alusão a burocracia soviética. Na década de 1980, diante da escassez gerada pela baixa produtividade da industria leve do pais, os funcionários do Estado criaram um mercado negro de produtos negociados por meio de suborno, propinas e outras práticas ilegais.”(Fonte: Revista História Viva. Editora Duetto. Texto: Diogo Carvalho.Ed. Dez/2011)


















Serguei Eisenstein, cineasta responsável por propagandear as ideias do comunismo em seus filmes.
















Imagem do filme |"O Encoraçado Potemki"(1925), obra-prima de Eisenstein que serviu para o Governo Soviético difundir, ainda mais que o filme fazia uma brilhante reconstituição de um dos momentos mais dramáticos da ´história russa em seus últimos de regime monárquico.



Essa história de filmes críticos sobre o sistema político comunista soviético, já serviu de inspiração principalmente no auge da Guerra Fria aos cinemas hollywoodianos produzirem um monte de filmes que faziam criticas tanto diretas quanto indiretas ao sistema totalitário soviético, não tem como esquecer as mais diferentes imagens de como os americanos já retrataram os russos das mais diferentes maneiras como seus bandidos, seus lobos-maus,seja de forma direta desde a imagem sensual da espiã da KGB, Major Anya Amasova/Agente TriploX(Barbara Bach) no filme “007-O Espião que me Amava”(1977), um dos filmes da franquia do sedutor agente britânico, o único que tem licença para matar o “Bond, James Bond”, que também já passou pela figura carrancuda do gigante boxeador Ivan Drago(Dolphen Lundgren), adversário de Rock Balboa no filme “Rock IV”(1985), dos soldados malvados matando civis na Tailândia, Vietnam e Afeganistão nos filmes “Rambo II-A Missão”(1985) e Rambo III(1987), passando pelos tipos bizarros, com fantasias ridículas nas histórias em quadrinhos como o Ômega Vermelho nos quadrinhos dos X-men, ao Camaleão do Homem-Aranha, ou até mesmo indiretamente como no filme “O Dia em que a Terra Parou”(1951), um clássico filme da ficção científica, que em 2008 ganhou uma refilmagem, contando a história do pânico da população de Washington DC, quando uma nave extraterrestre aterrissa, trazendo o alienígena Kaatu e seu companheiro robótico chamado Gort, uma critica indireta ao momento em que a sociedade americana vivia o pavor das perseguições marcathistas, contra os comunistas dentro do território americano, a critica ao sistema totalitarista soviético também serviu de inspiração para que um dos maiores autores do século XX, George Orwell publicasse um livro intitulado “1984”, uma publicação do final da década de 1940, cuja obra-de-ficção se ambientava num distante ano de 1984, onde essa obra futurista mostrava o protagonista Winston, vivendo amarguradamente numa fictícia ilha da Oceania, vivendo uma vida de prisioneiro e escravo nesse lugar junto com outros companheiros sobre um regime opressor, que fiscaliza de maneira indireta através das tele telas, que eram telões, como se fossem telas de cinema, que era o único meio que eles tinham de contato com o seu líder, denominado de Grande Irmão. o Grande Irmão( era uma clara alusão ao líder tirânico Josef Stalin.) funcionava ali como uma espécie de o olho que tudo vê, ficava espionando e fiscalizando cada passo que os habitantes desse lugar , principalmente os subversivos, como Winston, faziam, principalmente se tentavam planejar algum plano de conspiração contra o governo, esse “Grande Irmão “ do romance de Orwell, foi a inspiração para o surgimento do famoso reality show vendido para o mundo inteiro, o Big Brother, a idéia dele segue praticamente todo o conceito do livro de Orwell, isso porque os participantes formados por pessoas que nunca tinham se visto antes, eram desconhecidas umas das outras participam de um jogo que testam todos os limites de suas convivências, dentro dessa casa eles não tem nenhum contato com o mundo exterior, assim como no livro de Orwell, e assim como no livro de Orwell, em que o único meio de contato dos habitantes da Oceania era através do Grande Irmão que aparecia na tele tela, a mesma coisa também acontece aos que participam deste jogo, pois o único meio contato que eles tem com o mundo exterior é através do apresentador da atração, que no caso é Pedro Bial, que aparece para eles numa tela de Tv de plasma. Um dos pontos mais interessante do livro de Orwell é o lema do partido, que faz uma clara alusão a prática de mão-de-ferro do sistema totalitário do Partido Comunista Soviético:


“Guerra é paz,
Liberdade e escravidão,
Ignorância é força.”


















Capa de uma edição mais moderna do livro  "1984", o denso romance de George Orwell(1903-1950).  Publicado em 1948, o último livro do autor carrega uma  abordagem critica  a prática do totalitarismo soviético  através do protagonista Winston vivendo na Novafala, um país de um cenário futurista bem desolador onde todos idolatram a figura do líder representado pelo Grande Irmão que só costuma aparecer nas Tele Telas.












Cena do alienígena Klaatu(Michael Rennie) e seu companheiro aventuras Gork voltando para a sua nave no  clássico  "O Dia em que a Terra Parou"(1951) uma alegoria a paranoia americana do comunismo com sua politica macarthista de caça as bruxas num filme de Robert Wise(1914-2005).











Foto da ex-modelo e atriz italiana Daniela Bianchi vivendo a bond girl  Tatiana Romanova, uma funcionária da embaixada soviética na Turquia e paixonite do agente inglês James Bond(Sean Connery) no filme "Moscou contra 007"(1963), uma das maneiras como Hollywood criava os seus estereótipos dos russos durante a Guerra Fria.



















Foto da Major Anya Amasova(Barbara Bach), Agente Triplo X no filme "007-O Espião Quem Me Amava"(1977), outra representação estereotipada hollywoodiana dos russos durante a Guerra Fria e também paixonite do agente inglês James Bond(Roger Moore).










 

Ivan Drago(Dolph Lundgren), o adversário do Rocky Balboa(Sylvester Stallone)  em "Rocky IV"(1985), um bom exemplo da representação  fabular pop estereotipada hollywoodiana do russos carrancudos e malvadinhos no auge da Guerra Fria.















Sylvester Stallone como o soldado John Rambo em "RAMBO III"(1987), protegendo o Afeganistão das temíveis tropas soviéticas, um bom retrato datado de como Hollywood soube aproveitar bem o máximo possível da Guerra Fria.





























Além do cinema e  da literatura, até mesmo os quadrinhos do selo da Marvel Comics aproveitaram deste momento para tirar uma casquinha. Um exemplo acima é o Camaleão, que se trata do codinome de  Dmitri Smerdyakov, um habilidoso terrorista,  mestre dos disfarces, nome bem apropriado que surgiu na revista do Homem-Aranha a partir de 1963. Ele é meio-irmão de Sergei Kravinoff, o Kraven-Caçador, também representação caricata dos russos.













O pouco conhecido vilão dos X-Men, Ômega Vermelho, o codinome de   "Arkady Rossovich foi uma das tentativas do governo soviético de recriar o projeto super soldado. Arkady se tornou o Ômega Vermelho e possui tentáculos de carbonadium (a tentativa soviética de criar o adamantium) e a habilidade de sugar a vida de seus oponentes. O experimento o transformou em uma máquina assassina brutal e se tornou agente da inteligência russa."* Outro exemplo de representação grotesca estereotipada dos russos durante a Guerra Fria.



















Zangief grotesco personagem do videogame Street Fighter  da empresa japonesa Capcom, também representa a um exemplo da visão caricata dos russos.
















































Duas diferentes imagens da Viúva Negra, acima uma foto com diferentes cortes de cabelo da personagem encarnada no cinema pela atriz Scarlett Johansson,  e a segunda mais abaixo, a sua imagem em forma de cartum.  Assim como a personagem nos quadrinhos, Viúva Negra, codinome de Natasha Romanoff fez sua estreia numa revista do Homem de Ferro em 1964, ela  nos  fez sua primeira aparição nos cinemas no filme "Homem de Ferro 2"(2010) com o grande diferencial de que ela já transformada já como vira-casaca atuando secretamente no projeto da S.H.I.E.L.D com a sua futura iniciativa dos Vingadores, o contraste apresentado  nas  HQ, onde atuava como espiã da temida KGB e muitas vezes enfrentou Homem de Ferro, Capitão América e outros heróis com quem ela atualmente é vista trabalhando no mesmo time. Outra maneira bem caricata de como a cultura pop americana criava a sua mentalidade caricata de como eles viam os russos.







Dínamo Vermelho, outro exemplo de vilão do Universo Marvel que criava uma representação bem grotesca dos russos como malvados.  Surgiu na revista do Homem de Ferro em "Contos de Suspense", publicado em Outubro de 1963. E já apareceu no cinema em "Homem de Ferro 2, encarnado na pele de Mickey Rourke.


























Linka, a heroína do desenho "Capitão Planeta", na história é dito que sua origem é na URSS, apesar de por esta época em que o desenho surgiu no começo dos anos 1990, a nação já estava começando a ruir e se fragmentar em outras repúblicas independentes. Um dos raros exemplos de que ela fugia do estereotipo dos russos malvados.  





AS POLICIAS SECRETAS DA TCHEKA PASSANDO PARA A NKVD ATÉ CHEGAR A TEMIDA KGB.

















Emblema da Tcheka, o primeiro secreto da Rússia Comunista nos primeiros anos Pós-Revolução Bolchevique antes do surgimento da temida KGB.



Foi durante os longos anos do ciclo da Guerra Fria, que o Ocidente capitalista tinha um imenso temor ao ouvir falar da temida KGB, sigla russa em alfabeto cirílico do Komitet Gosudarstvennoi Bezopasnosti(Comitê de Segurança de Estado), a KGB tem raízes na Tcheka( primeira policia secreta do governo comunista russo surgida na Revolução de 1917) e da NKVD(Comissariado do povo para assuntos internos.)















 





Emblema da NKVD, a segunda temida agencia secreta da extinta URSS antes de surgir a KGB.












A KGB nasceu depois do fim da Segunda Guerra Mundial, era temida por ser a agencia que mandava muitos espiões se infiltrarem em diferentes meios políticos dos mais diferentes países do mundo, ouvindo conversas ultra-secretas para assim colherem muitas informações sigilosas, existe uma lenda a respeito da KGB, mandava executar qualquer opositores do governo com cartas cheias de um pó venenoso mortal, verdade ou não pode-se dizer que de tudo o que fosse relacionado as práticas da KGB e ao governo comunista soviético foram capazes de fazer as atitudes mais desumanas para eliminar opositores do governo, até mesmo mandarem para trabalhar nas Gulags, campos de concentração de trabalhos para presos políticos e criminosos, que chegavam a morrerem com tamanha exaustão por serem mau-alimentados, morrerem de frio, e sem condições de higiene alguma. As gulags começaram a funcionar em 1918, e duraram até 1956, não existe uma estática concreta de quantas pessoas tenham morrido nessas gulags, os poucos “dados de quantos soviéticos morreram no gulag 1 053 829 pessoas entre 1934 e 1953, excluindo mortos em colônias de trabalho”(FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gulag.)
















 Emblema da temida KGB, a agencia da URSS que foi responsável por operações sigilosas e que apavorou muitos dissidentes do Governo Russo pelos seus métodos de tortura.






RELAÇÃO CONFLITUOSA COM A CHECHÊNIA.











Passados duas décadas depois do fim do regime soviético, a Rússia de hoje não viveu uma forte evolução política e nem muito menos econômica, nos primeiros anos depois da dissolução da URSS, a Rússia, assim como a maioria dos países do Leste Europeu que formavam o bloco comunista ou também denominado de “Cortina de Ferro”, como a Iugoslávia, Bosnia-Herzegozina, nações que seguiam os seus ideais comunistas entrou em conflito sangrento, a Bósnia passou entre os anos de 1992-1995 vivendo num cenário de conflito armados com grupos separatistas cujas razões envolviam brigas por território e delicada sociais, assim como a Iugoslávia também passaria durante o ano de 1999, a Rússia também passou por isso quando teve de brigar para re-anexar a conturbada Chechênia , tudo isso ocorreu assim que houve a fragmentação da URSS, a Chechênia como a maioria dos países bálticos que formavam o bloco soviético como a Lituânia, a Geórgia e a Letônia, decidiram se tornarem independente, a Chechênia seguiu o mesmo caminho desses outros, no mesmo momento que Mikhail Gorbachev anunciava o fim da URSS, o representante da República Nacionalista da Chechênia , Djokhar Dudaiev anunciava a independência do território, mas não demoraria muito para que o novo governo da Rússia pós-URSS, regida por Boris Yeltsin mandaria três anos depois, mais precisamente em 1994, suas tropas para reivindicar esse território rico em petróleo, o conturbado relacionamento dos russos com os chechenos já era antiga, esse território havia se anexado a Rússia, em 1859, ou seja, muito antes da Rússia virar URSS, ainda na época do Império Czarista, mas foi durante o Governo Soviético, principalmente durante a Segunda Guerra Mundial, que o primeiro sinal da relacionamento conturbado da Rússia com Chechênia daria uma idéia de que a convivência estava longe de ser pacifica, isso porque o Governo Soviético nessa época mandou perseguir cidadãos chechenos acusados de colaborar com governo nazista durante a Segunda Guerra Mundial, onde muitos desses cidadão chechenos sofreram deportações de genocídio. Mas foi depois de anunciado o fim da URSS, que a relação entre os chechenos, com o Governo Russo, ficaram ainda mais delicadas, e o estopim para isso ocorreu principalmente quando a Rússia decidiu exigir de volta esse território de economia forte como o petróleo, isso irritou grupos separatistas como os liderados por Djokar Dudaiev, que começaram a praticarem os atos terroristas dentro do território, entre os anos de 1994-1996, foi o período marcado pela Primeira Guerra da Chechenia, que terminou em Agosto 1996, quando o então Presidente Boris Ieltsin, concordou com os cessar-fogo com o lideres chechenos, naquele mesmo ano de 1996, morria o líder checheno Djokar Dudaiev, responsável pela declaração de independência da Rússia em 1991, Dudaiev morria numa operação das tropas russas, que haviam rastreado sua posição exata ao analisarem os sinais de seu celular, o tratado de paz do Governo Russo com os chechenos foi assinado formalmente em Maio de 1997, mas não demoraria muito para ocorrer outro conflito que se iniciaria dois anos depois, em Setembro de 1999, denominada de “Segunda Guerra da Chechênia”, e essa relação conturbada dos russos com os chechenos aumentaria ainda mais , quando em Junho de 2000, entra no governo Vladimir Putin, que declara que vai por diretamente a Chechênia sob administração direta da Federação Russa, isso acaba gerando um descontentamento de membros de grupos separatistas armados, que nos anos seguintes passam a praticarem atentados terroristas, como o ocorrido  em Outubro de 2002, onde grupos terroristas chechenos entraram num teatro, renderam todo mundo, iriam explodir o local, mas foram impedidos pelo gás mortal, matando além dos terrorista, matou também espectadores inocentes. Mas nada se compara ao triste episódio ocorrendo em Setembro de 2004, na Escola de Beslan, na Odéssia do Norte, esse chocou o mundo inteiro pela brutalidade como os terroristas mantiveram as inocentes crianças como reféns, as deixando esfomeadas, ao ponto de mandarem elas se alimentarem da própria urina. Muito se especula que esses atentados tenham ligações com a famosa rede terrorista Al-Qaeda, liderada por Osama Bin Laden, que morreu em Maio de 2011 durante uma operação do exercito americano no Paquistão.















RETROCESSO ECONOMICO, MUDANÇA SOCIAL E INFLUENCIA DA MAFIA.


Além desse grande problema interno com relação a questão da Chechênia, a Rússia também vive outros problemas internos maiores, depois de duas décadas de fim de comunismo, a transição para o sistema capitalista, não ocorreu de uma maneira como bem se esperava, tornando o pais mais produtivo e mais desenvolvido, o que ela passou a viver depois foi um grande retrocesso, ela se empobreceu bastante depois da grande crise econômica de 1998, que gerou um efeito dominó no mundo inteiro, Boris Ieltsin, o primeiro governante russo pós-URSS, não conseguiu durante os setes anos de comando entre os anos 1991-1999, mostrar competência para tentar reverter a situação econômica do pais, e recebeu um alto índice de rejeição, um dos fatores que fez empobrecer ainda mais o pais depois do fim da URSS, foi o aumento da criminalidade, a máfia é quem passou a dominar toda economia russa, que antes era só do governo, a questão social também foi bastante afetada, principalmente na questão familiar, houve um grande aumento de casais separados, a população feminina, uma boa parte das mulheres russas tem preferido encontrar parceiro conjugais vindo do Ocidente, principalmente americanos, o que se deve em decorrência do maior grau de mortalidade da população masculina, em decorrência de muitos tenderem ao vicio do alcoolismo, ou mesmo em decorrência de muitos entrarem no mundo do crime, e também no número menor de natalidade. A população russa em si, acabou se deixando influenciar pelo consumismo de produtos importados da modernidade do Ocidente, marcas de roupas importas, brinquedos, fast-food, coisa que até 1991 não era possivel. E na política o negócio é que não mudou muito, Vladimir Putin nos dez anos em que ocupou de Presidente do Pais(1999-2008), e agora atual Primeiro-Ministro desde 2008, sendo sucedido pelo atual Presidente Dmitri Medvedev, seguiu no sistema da mão-de-ferro da extinta URSS, não era para menos, isso porque ele já foi diretor de assuntos extremos da KGB, e com a economia russa dominada pela máfia, a política do pais virou uma referencia em práticas de corrupção. E a tensa situação política é ainda hoje vivida com as recentes eleições parlamentares, onde se investiga casos de fraudes e gerando manifestações populares em protesto a essa prática corrupta. E isto ainda pode ser sentido na sua relação conflituosa com a Ucrânia  no atual momento.


Imagens:




































































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