domingo, 30 de dezembro de 2018

Os 30 anos do naufrágio do Bateau Mouche

  





"No dia 31 de dezembro de 1988, acontecia uma das tragédias mais
impactantes do Brasil: um naufrágio que matou 55 pessoas em plena noite
de Ano Novo. Com depoimentos do escritor Ivan Sant'Anna, autor do livro
"Bateau Mouche: uma tragédia brasileira".

A HISTÓRIA

O Bateau Mouche IV afundou, às 23h50m do dia 31 de dezembro de 1988,
matando 55 pessoas. A embarcação seguia em direção à praia de
Copacabana, onde os 150 passageiros assistiriam à queima de fogos de
artifício do réveillon. O naufrágio aconteceu entre a Ilha de Cotunduba e
o Morro da Urca. De casco chato, mais adequado a águas tranquilas, o
barco não aguentou o excesso de peso.

A embarcação chegou a ser interceptada pela Capitania dos Portos, por
volta das 22h daquela noite, o que a fez voltar ao cais para a contagem
dos passageiros. No entanto, dez minutos depois, foi liberada e partiu
em direção à praia de Copacabana.

Os corpos das vítimas e os sobreviventes foram resgatados pela traineira
Evelyn Maurício e pelo iate Casablanca que chegaram ao local em
seguida.

Na época, as investigações responsabilizaram os sócios da Bateau Mouche
Rio Turismo e o dono da Itatiaia Turismo, que organizou o passeio.

Quase 30 anos depois, nenhum dos envolvidos no caso está preso. Apenas
uma família recebeu indenização. Os demais processos aguardam o
julgamento dos infindáveis recursos."

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

CONHEÇA O PAPAI NOEL QUE FOI DA CAPA DA PLAYBOY


Na Terça-Feira da  semana passada, faleceu no dia 18 de dezembro, aos 91 anos,  Antônio Santinato. Um senhor de vida comum, trabalhava como mecânico em Jundiai/SP. Mas que em toda época natalina adorava alegrar a vidas da criançada vestido como o famoso bom velhinho Papai Noel. Foi nesta função de Papai Noel que ele se tornou estrela de muitos comerciais natalinos, mas o que ele ficar famoso mesmo foi ter estrelado a capa de uma das maiores revistas masculinas em circulação do pais, a Playboy.  






Esta revista  que sempre se caracterizou por estampar em sua capa mulheres peladas  desde  as mais lindas ou mesmo não tão lindas beldades brasileiras, das atrizes da Globo, passando pelas  tops models  internacionais, cantoras, ou até mesmo celebridades instantâneas como as de  reality show dentre outras. Resolveu aproveitar  o clima natalino para  presentear os seus leitores e assinantes  na edição do mês de Dezembro de 2000,  tendo como  grande estrela na capa, não uma estrela qualquer, mas sim uma verdadeira deusa como  Carla Perez, ex-dançarina da banda de pagode baiana  É o Tchan, uma das grandes beldades dos anos 1990.  Era a terceira e também última  vez que ela estrelava a capa da revista para fazer o ensaio sensual completamente pelada, a primeira vez  fora em 1996 na época em que ela já se destacava na banda que era uma grande explosão nacional e a segunda vez  fora em 1998, ano que marcava um  importante transição na sua vida de estrela,  ela deixava o E O Tchan  para seguir carreira como apresentadora de TV e foi justamente nesta nova fase da vida dela que veio o convite para posar mais uma vez para a maior revista masculina. Além de tê-la como principal estrela para o ensaio na capa da revista daquela edição, a capa temática ao natal também a traria acompanhada com a celebre figura querida por todo mundo que é o Papai Noel todo atrevido  de costas para ela segurando os seus braços enquanto tapava os seios   que foi vivido justamente por Antônio Santinato que acredito eu tenha passado por uma seleção dentre outros candidatos,  da direção da revista  para ser o escolhido para estampar a capa com Carla Perez. Muitos que estão lendo este texto  podem até estarem perguntado, o porque de eu estar dando importância   a história deste cara que não era só um figurante na capa, não tinha tanto   destaque como era Carla Perez, que após participar  deste ensaio  teria passado batido, como outro qualquer da revista. Acontece que a participação desse senhor como Papai Noel na capa da Playboy naquele Natal de 2000, foi  sem querer marcado por ter chamado atenção pelo  grande alvoroço  do  episódio muito polêmico na história da revista aqui no Brasil,  esta situação embaraçosa   aconteceu quando o então Juiz da Vara da Infância e da Juventude do Rio de Janeiro Siro Darlan, pediu ao Ministério Público para censurar a revista que era para ser vendida numa embalagem escura e lacrada. Esta medida segundo o próprio era para impedir que as crianças e adolescentes se interessassem em comprar. Já que na visão dele,  a imagem do Papai Noel, o bom velhinho simboliza a figura lúdica e dócil das crianças.  E como não se não bastasse só este grande alvoroço causado pelo Juiz Siro Darlan  fazendo tempestade em copo d´água por causa da capa natalina da revista. Também na época ocorreu o episódio de alunos de um curso de formação do Rio de Janeiro  em Papai Noel, indignados com a revista deturpar a figura do bom velhinho, como forma de protesto resolveram colocar as tarjas pretas nos gorros, para simbolizar a revolta. Esta peculiar e indigesto  episódio  também despertou na época o interesse dos muitos programas de televisão, especialmente os da linha de fofocas sobre o mundo vip. Inclusive eu que já era adolescente, me lembro vagamente, eu devia ter o quê  quinze anos na época de ter visto este senhor caracterizado de Papai Noel num programa de celebridades que não lembro direito qual, nem em que canal foi ao ar onde ele estava dando um esclarecimento ao mau entendido que a sua participação na capa da revista gerou na época. Uma tentativa de censura que nem por isso foi capaz de proibir a circulação da revista no anos seguintes até chegar ao seu recente trágico desfecho. 


















Nesse ano de 2018 marcado pelo fim melancólico da revista no Brasil.  Criada em 1953 pelo americano Hugh Heffner(1926-2017), como símbolo de tudo ligado ao fetiche masculino e que chegou ao Brasil somente em 1975 pela Editora Abril, com nome de A Revista do Homem para driblar a censura imposta pela Ditadura Militar. A mesma que conseguiu superar os entraves de um governo totalitário,  nos últimos anos não conseguiu superar  os problemas da sua má gestão, a revista foi perdendo a força completamente até que em 2015, quando completou 40 anos no Brasil foi tirada do catálogo da Abril e passou a ser publicado em outro selo editorial, que de forma picareta deu um fim a circulação da revista no Brasil após 42 anos.  Uma pena de verdade.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

A REVOLTA DOS MALÊS - EDUARDO BUENO

   




Não aguenta mais a correria de Natal? Não tem dinheiro para os
presentes, nem para bancar uma ceia dos parentes? Seus problemas
acabaram! Basta assistir ao episódio “A Revolta dos Malês”, torcer pela
vitória dos rebeldes muçulmanos e aguardar pela instauração de uma
espécie de Estado Islâmico no Brasil.
Bom, só que agora já é tarde demais, mané: a revolta foi em 1835 e os
malês perderam. Fim...

domingo, 16 de dezembro de 2018

OS MISTÉRIOS DO ANTIGO EGITO - Nostalgia História

   




Do mistério das pirâmides às batalhas entre faraós e grandes conquistadores. Conheça o Antigo Egito e sua história.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

CARAMURU E PARAGUAÇU - EDUARDO BUENO

  







Você está cansado de tanta polarização e tanto ódio? Então, relaxe e
venha para Bahia, deitar na rede com Caramuru e Paraguaçu. Não, não se
preocupe: eles não vão te expulsar: eles são poligâmicos! Mas nem
adiante você tentar nada: o amor deles é indestrutível e nada pode
separá-los. Por toda eternidade, até porque o casal mais brasileiro da
história – o náufrago português Diogo Álvares (o Caramuru) e a
“princesa” tupinambá Paraguaçu (Catarina) – estão enterrados lado a
lado. Venha curtir esse lindo caso de amor num episódio que não vai cair
no ENEM.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

RESENHA DO LIVRO DIRCEU- A BIOGRAFIA


Quando alguém se perguntar  quem foi José Dirceu? A resposta que  obviamente deve vir a cabeça é dele como o cabeça do mensalão, que foi o maior escândalo de corrução do primeiro mandato de Luís Inácio Lula da Silva na Presidência da Republica   entre 2003-2006. Um episódio que representou uma grande mancha para sua reputação e para o Partido dos Trabalhadores também, legenda a qual ele era um dos caras com maior influencia por presidi-la e principalmente por ser o grande porta-voz dela nesses primeiros anos a frente do Governo. 





















Tamanha foi a desmoralização, que ele passaria a ser visto como a persona non grata do partido, não só no partido, como também em todos os lugares que ele frequentava em sua rotineira vida comum. Aliás, muito antes desse escândalo, ele já era visto como uma persona non grata em sua terra natal  Passa Quatro, no interior de Minas Gerais. Onde quando criança vivia dando trabalho a seus pais Seu Castorino e Dona Olga quando praticava furtos das frutas nas feiras ou mesmo das galinhas dos vizinhos  dentre outras infinidades de problemas.
E já na juventude, no começo  dos anos 1960 quando saiu de sua bucólica Passa Quatro  para residir na grande metrópole de  São Paulo, para concluir os estudos de colegial para depois  ingressar numa conceituada  faculdade como a PUC(Pontifícia Universidade Católica). Ele também seria visto como uma persona non grata, principalmente por sua personalidade difícil e sendo  indisciplinado  que o fazia criar muitos problemas para poder acompanhar o ritmo dos estudos. Especialmente naquele momento tenso em que o cenário político brasileiro  vivia num clima de constantes malabarismo de presidentes e depois de aconteceu o Golpe Militar em 1964 os estudantes começaram a se organizarem em rebeliões foi então que ele oportunamente entraria nesse contexto para liderar o movimento, se tornando o símbolo da luta contra a opressão. Com boa articulação na fala e porte de galã de cinema, ele conseguia atrair muita gente para ouvir o seu discurso incluindo as mulheres, com o talento que ele tem para a cafajestice ele conseguia se envolver com todo tipo de mulher com quem ele se interagiu na faculdade, dentre estas estão uma agente infiltrada do Dops ou mesmo com a Iara Iavelberg, a bonita jovem musa do movimento estudantil que posteriormente viraria uma das  mártires   da ditadura quando participou da luta armada e pertenceu ao grupo comandado por Carlos Lamarca e estava na Bahia quando em circunstancias misteriosas foi morta numa emboscada do Exercito no dia 20 de Agosto de 1971.
Ele também teria outros envolvimentos afetivos ao longo do percurso de sua vida  depois que em 1968, se tornaria a persona non grata do militares, estampando o rosto de criminoso. Foi para o exilio no exterior, fez cirurgia e ao voltar vivendo ilegal no Brasil com outras identidades  até chegar a Anistia em 1979, onde ele finalmente poderia viver legalmente. E foi neste contexto que ele faria contato com o grupo sindical operário-metalúrgico liderado por Luís Inácio da Silva, que ainda não tinha Lula no sobrenome. Que fundariam o Partido dos Trabalhadores, o PT. A legenda sindical de onde lá ele teria muita influência, principalmente nos bastidores das campanhas eleitorais, incluindo para a Presidência, enfrentou três derrotas seguida   até chegar ao governo em 2002 onde ele se tornou uma das principais bases sólidas do partido nesse primeiro mandato ao assumir a Casa Civil até chegar ao seu fim melancólico com o episódio do Mensalão  em 2005 que manchou de vez a sua reputação e cujo fantasma lhe atormentou bastante  logo depois que foi deposto do poder e o atormenta até hoje.
Tudo isso aqui descrito está bem documentado no livro biográfico Dirceu (Ed.Record, RJ/SÃO PAULO, 2013). Escrita pelo jornalista Otávio Cabral, repórter da revista Veja que fez todo um apanhado de toda a trajetória, mencionando as mais diferentes fontes, das primárias, secundárias ou mesmo terciárias sobre dessa figura tão controversa que a política brasileira já conheceu.  O livro começa com o  prólogo, colocando a frase que Dirceu colocou sobre tudo o que fez na vida:  O que fiz só vou falar mesmo depois de 80 anos. Que fiz depois na guerrilha, na luta armada, no mundo, isso só depois de 80 anos. Mas como vou viver 90 anos, vou falar depois dos 80”.   Ele também vai  explicando  aos leitores ao longo dos 21 capítulos  toda a sua jornada para desenvolver a produção desse livro biográfico sobre Dirceu.  O que resultou num vasto material escrito numa narrativa bem descritiva com uma ótima qualidade textual, numa linguagem bem coloquial que torna a leitura bem acessível de ser compreendida em uma estética de livro-reportagem. Sendo concluída com um epilogo intitulado “O homem que não chegou a lugar nenhum”.   É necessário colocar uma ressalva, de que a publicação deste livro trata-se de uma biografia não-autorizada onde em nenhum momento  ele sequer menciona alguma checagem de informação ou alguma  confirmação com o próprio  Dirceu de alguns fatos descritos, e como  na época que foi publicada esta biografia, ou seja em  2013, estava em tramitação no Congresso Nacional a aprovação da lei PL 393/2011 a respeito de como funcionaria a produção autorizada ou não-autorizada de escritores de biografias de grandes personalidades, projeto que gerou muita polêmica  na época e dividiu as opiniões de  muitos artistas, especialmente da música e  de muitos escritores que já escreveram biografias como por exemplo, Fernando Morais, Ruy Castro dentre outros. Inclusive ao pesquisar no google sobre o livro, encontrei  um texto no site da Revista Fórum publicado no ano de 2013,  que faz uma dura crítica ao livro e a maneira como o autor descreve com muitos erros crassos, vou deixar abaixo o link para quem tiver interessado em saber uma outra opinião da obra.  Quando fiz umas pesquisa no google sobre alguma informação nova envolvendo o seu atual estado de carcereiro,  descobri que ele recentemente  publicou o primeiro volume do livro de Memórias.  Acredito que com este livro ele deve realmente esclarecer se o que sempre foi descrito nesta biografia faz algum sentido ou são só puras invencionices de um personagem mais controverso que a política brasileira já conheceu.  

Resenha desmonta livro de repórter da Veja contra Zé Dirceu.
Zé Dirceu: Memórias – Volume 1
Repórter da Veja lança biografia não autorizada de José Dirceu no Recife.
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/politica/2013/09/16/interna_politica,462581/reporter-da-veja-lanca-biografia-nao-autorizada-de-jose-dirceu-no-recife.shtml
Entenda a polêmica sobre a publicação de biografias não autorizadas
https://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/livros/2013-10-21/entenda-a-polemica-sobre-a-publicacao-de-biografias-nao-autorizadas.html

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

O BRASIL ESPANHOL - EDUARDO BUENO

   







No te gustaria hablar perfectamente el español? Basta poner la lengua
entre los dientes e torcer pela volta de Felipe II e da União Ibérica,
quando a Coroa espanhola dominou Portugal e o Brasil, de 1580 a 1640,
num episódio que, sei lá porque, nunca cai no ENEM....