30 ANOS DO FIM DA UNIÃO SOVIÉTICA
A
data do dia 25 de Dezembro de 1991, não seria marcado apenas como um dia comum
de comemoração do Natal, naquele exato momento acontecia algo muito importante
que marcaria para sempre aquele histórico dia natalino para o mundo inteiro,
além não ser só apenas marcado como uma data típica de festa natalina, de
reunião em família ou mesmo de entrega de presentes, situação muito comum numa
data de celebração cristã que lembra o nascimento do Menino Jesus, aquele Natal
de 1991, ficou marcado e testemunhado
por muita gente por uma situação bastante atípica, isso porque foi exatamente
nessa data que o então Presidente da enfraquecida União Soviética, Mikhail
Gorbachev, anunciava pela televisão para todo mundo do planeta ver e ouvir o
seu discurso de renúncia, discursando rapidamente com duração de menos de 12
minutos, sem transparecer amargura, comentou o seu não arrependimento pela
criação da Glasnot(Transparência) e da Perestroika(Reconstrução), dois planos
de aberturas do governo soviético que tinham como objetivo criar a liberdade
econômica e política para o pais, planos que acabaram se mostrando desastrosos,
ocasionando um enfraquecimento ainda maior do sistema comunista no pais, que
ficou ainda mais fraco depois da Queda do Muro de Berlim em 1989, naquele momento
Gorbachev também comentou as razões do seu discurso de renúncia, o seu
argumento usado por ele foi o seguinte: “Diante da criação da Comunidade de
Estados Independentes que substituiu o espaço geopolítico da União Soviética,
ele não tinha outra alternativa a não ser renunciar.”(Trecho da cobertura de
reportagem de Pedro Bial para a Rede Globo em 25/12/1991.)
Naquele mesmo dia assumia o poder na nova Rússia, Boris Yeltsin(1931-2007), aquele momento marcaria para sempre o fim de um longo ciclo, de um potente governo comunista ateu, que era o único capaz de enfrentar em pé de igualdade com um pais capitalista protestante, os Estados Unidos, marcada por uma guerra que nunca chegou a ocorrer derramamento de sangue de fato, mas que tinha objetivos econômicos, políticos, militares e principalmente no que dizia respeito ao investimento nas corridas espaciais, onde nesse quesito os russos foram os pioneiros em mandarem para o primeiro homem ao espaço, um camponês chamado Yuri Gagarin(1934-1968).
O seu povo
naquele momento reagia com muita frieza, isso porque ele era visto como um
grande vilão, com altos índices de rejeição e baixa popularidade, ao mesmo
tempo que era odiado pelo seu próprio povo, ele também era admirado no mundo
inteiro “por ter interrompido a Guerra Fria, e por ter afastado a hipótese de
uma Guerra Nuclear”(Trecho de reportagem de Pedro Bial para a Rede Globo no dia
25/12/1991).
Foi dessa maneira discreta, que saia de
cena o último líder soviético, de uma nação que no começo do século XX, foi a
grande responsável por uma das maiores revoluções proletárias responsável por
destroçar do poder em 1917, o último líder czar da Rússia, Nicolau II, tirando
a vida dele e toda sua família, formada por sua esposa Alexandra, e os cinco
filhos: as Princesas Maria, Anastásia, Olga, Tatiana e o Pequeno Príncipe
Alexei, ou seja, essa revolução foi a grande responsável pela dizimação da
Dinastia dos Romanov em 1918, a última família monárquica do extinto império
czarista, o fim do longo ciclo do Império Czarista, que já teve como principais
líderes, homens tiranos como Ivan, O Terrível e também homens competentes como
Alexandre I, responsável pela ideia de defender a Rússia da invasão das tropas
de Napoleão Bonaparte(1769-1821), usando da estratégia climática, e também
armando uma armadilha inusitada, que foi pedir para o seu povo destruir todas
as suas casas, queimar tudo, para na hora das tropas napoleônicas chegarem
ficarem surpresos com a falta de resistência, e ficando todos enfraquecidos
pela neve, esfomeados e mortos de frio e fome, foi dessa maneira que Napoleão
Bonaparte, o maior general e líder
político da França Pós-Revolução de 1789, que do mesmo modo como aconteceu na
Rússia em 1917, essa revolução francesa inspirada nos ideais iluministas de
Voltaire, Montesquieu e Diderot, foi a grande responsável por destroçar uma
monarquia, cujo rei Luís XVI, e sua esposa Maria Antonieta foram degolados pela
guilhotina, a mesma também responsável posteriormente por degolar a cabeça dos líderes-ícones
do movimento: Danton e Robespierre, foi derrotado. Esse importante episódio da
resistência russa contra as tropas de Napoleão Bonaparte, inspirou uma bela
obra-prima do maestro Piotr Ilitch Tchaikovsky(1840-1893), com a sua Abertura
1812, que em alguns momentos há sons que reproduzem os tiros dos
soldados russos as tropas de Napoleão. Foi por esse mesmo climático o grande
responsável por enfraquecer as tropas alemãs nazistas na Segunda Guerra
Mundial.
Aquele dia histórico do Natal de 1991,
marcaria para sempre o fim do ciclo do Império Comunista, liderado por Lenin,
em 1917 inspirados nos ideais comunistas do filosofo alemão Karl Marx(1818-1883)
em favor da classe operária, e que a partir de 1922 passaria a se chamar de
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas ou também pela sigla URSS, que no
alfabeto cirílico é CCCP ( nome Soviético é originado dos sovietes, no original
cobét, que como se denominava os Conselhos Operários, colegiados deliberativos,
constituído por operários ou membros da classe trabalhadora que regulam e
organizam a produção material de um determinado território, ou mesmo indústria).
Este termo é comumente usados para descrever trabalhadores governando a si
mesmo, sem patrões, em regime de autogestão.
FASES
DO GOVERNO SOVIÉTICO
Nos
74 anos de Governo Comunista Soviético, a Rússia fez uma imensa expansão de
seus blocos políticos, inspirado nos ideias marxistas, passou pela Segunda Guerra Mundial, invadida
pelos alemães nazistas durante o regime de Josef Stalin(1879-1953), passou pela
fase de Nikita Kruschev(1894-1971), Leonid Brejnev(1906-1982) até finalizar com
Mikhail Gorbachev, naquele mesmo dia que Gorbachev anunciava sua renúncia para
TV Russa, aconteceu também de muitas televisões de todas as partes do planeta
mostrar uma imagem que deixou todo muito perplexos ao observarem “ no mastro
principal do Kremlin, em Moscou a bandeira soviética era recolhida pela última
vez e substituída pela bandeira russa”(Fonte: Revista História Viva. Ed.Duetto.
Dez/2011. Texto: Diogo Carvalho.)
Aquele
momento foi o grande responsável por simbolizar o fim total dessa nação, onde a
tradicional bandeira vermelha com a foice e o martelo, símbolos da luta
proletária, e com uma estrela dourada em cima, era retirado do mastro pela
última vez, e foi retirado de uma maneira a deixando completamente no
esquecimento, sem direito a hino, sem direito a cerimônia, sem direito a
discurso, e muito menos sem direito a uma homenagem, e dessa maneira também
discreta como aconteceu a retirada daquele símbolo do comunismo, que já
representou medo e ao mesmo tempo admiração, a partir daquele momento, aquela
bandeira da que foi símbolo da maior nação potente do mundo, que já foi vista
como símbolo do “Império do Mal”, ou mesmo símbolo de idolatria e admiração nas
lutas sindicais, seria apenas objeto de museu, naquele dia essa antiga bandeira
seria trocada pela bandeira branca, azul e vermelha da atual nação russa.
INFLUENCIA
CINEMATOGRÁFICAS: DA ARTE DE VANGARDA DA DÉCADA DE 1920, PASSANDO DO CINEMA
SATIRICO DA DÉCADA DE 1980 ATÉ AS INFLUENCIAS HOLLYWOODIANAS.
Durante
aqueles primeiros anos de Governo Comunista Soviético, a Rússia vivia um
momento áureo na arte de vanguarda com os cinemas de Serguei
Eisenstein(1898-1948), Dziga Vertov(1896-1954), Lev Kuleshov(1899-1970),
Vsevolod Pudovkin(1893-1953) e Aleksandr Medvedkin(1900-1989), entre todos
estes Eisenstein foi o principal responsável por propagandear os ideais do
regime soviético, inclusive ele até chegou a produzir um filme sobre a história
da Revolução Russa no filme Outubro(Oktabyr, URSS,1927), mas o
filme de maior referência desse diretor é O Encouraçado Potemki (Bronesnosets
Potyokim, URSS, 1925), retratando outro evento histórico importante no pais que
foi a revolta dos marinheiros do Potemki, por maus tratos e péssima qualidade
de alimentação e higiene, esse episódio ocorreu no ano de 1905, quando o pais
era regido pelo Czar Nicolau II, mas durante o regime totalitário stalinista a
arte do cinema soviético foi perdendo um pouco rumo em decorrência da censura
imposta pelo governo, só depois que Stalin morreu foi que a arte
cinematográfica pode aos poucos retomar uma certa liberdade maior de expressão,
ocorrida principalmente a partir da década de 1980 com filmes críticos
satirizando o momento em que a já enfraquecida União Soviética estava passando,
como por exemplo: Kin-Dza-Dza(URSS, 1986) do diretor Georgi
Danelyia(1930-2019), o enredo do filme conta a história de” dois cidadãos
soviéticos, Vladimir Nikolaevich e o músico Gedevan, são tele transportados
para o Planeta Plyuk, na galáxia de Kin-Dza-Dza, onde a posição social dos
habitantes é definida pela cor da calça que usam. Os Pliyukianos vivem em
condições paupérrimas, e tudo é escasso no planeta, o que é explicitado pela
paisagem desértica na qual a narrativa é ambientada. O caráter crítico da obra
salta aos olhos: a situação do planeta Plyuk é uma referência direta a
incapacidade soviética em suprir as necessidades básicas de sua população na
época devido á oferta insuficiente de bens de consumo não duráveis. Por isso,
grande parte do enredo do filme gira em torno da disputa por palitos de
fósforo, artigos considerados pelos nativos do planeta uma espécie de moeda em
um contexto de escassez. Diante desse panorama, os personagens soviéticos tem
sorte, pois um deles, Nikolaevich, que é fumante, tem muitas caixas de
fósforos. Os palitos lhes permitem comprar dos extraterrestres um aparelho que
os manda de volta à Terra. Em nenhum momento do filme os habitantes do Planeta
Plyuk oferecem a Nikolaevich e Gedevan a oportunidade de voltar de graça. Na
maioria das vezes em que tentam negociar a compra da passagem de volta, a dupla
não conta sequer com a boa vontade dos plyukianos. Muito pelo contrário: os
soviéticos são roubados em diversas negociações. O comportamento dos
extraterrestres no filme é uma clara alusão a burocracia soviética. Na década
de 1980, diante da escassez gerada pela baixa produtividade da indústria leve
do pais, os funcionários do Estado criaram um mercado negro de produtos
negociados por meio de suborno, propinas e outras práticas ilegais.”(Fonte:
Revista História Viva. Editora Duetto. Texto: Diogo Carvalho.Ed. Dez/2011)
Essa história de filmes críticos sobre o sistema político comunista soviético, já serviu de inspiração principalmente no auge da Guerra Fria aos cinemas hollywoodianos produzirem um monte de filmes que faziam críticas tanto diretas quanto indiretas ao sistema totalitário soviético, não tem como esquecer as mais diferentes imagens de como os americanos já retrataram os russos das mais diferentes maneiras como seus bandidos, seus lobos-maus, seja de forma direta desde a imagem atraente sensual da espiã da KGB, Major Anya Amasova/Agente TriploX(Barbara Bach) no filme 007-O Espião que me Amava(1977), um dos filmes da franquia do sedutor agente britânico, o único que tem licença para matar o “Bond, James Bond”, que também já passou pela figura carrancuda e mal encarada do gigante boxeador Ivan Drago(Dolphen Lundgren), adversário de Rock Balboa no filme Rock IV(EUA, 1985), dos soldados malvados matando civis na Tailândia, Vietnam e Afeganistão nos filmes Rambo II-A Missão(Rambo: First Blood Part II, EUA,1985) e Rambo III(EUA, 1988).
Passando pelos tipos bizarros, com fantasias ridículas nas histórias em quadrinhos como o Ômega Vermelho nos quadrinhos dos X-men, ao Camaleão do Homem-Aranha, ou até mesmo indiretamente como no filme O Dia em que a Terra Parou(1951), um clássico filme da ficção científica do diretor Robert Wise(1914-2005), que em 2008 ganhou uma refilmagem dirigida por Scott Derrickson, contando a história do pânico da população de Washington DC, quando uma nave extraterrestre aterrissa, trazendo o alienígena Kaatu e seu companheiro robótico chamado Gort, uma crítica indireta ao momento em que a sociedade americana vivia o pavor das perseguições marcathistas, contra os comunistas dentro do território americano, a crítica ao sistema totalitarista soviético também serviu de inspiração para que um dos maiores autores do século XX, George Orwell(1903-1950) publicasse os romances A Revolução dos Bichos em 1945, cuja história se ambientava numa fazenda onde os animais se revoltam com o dono e começa uma nova hierarquia do porco e isso se inicia outro sistema ditatorial, e 1984, uma publicação de 1949, último livro do autor, cuja obra-de-ficção se ambientava num distante ano de 1984, onde essa obra futurista mostrava o protagonista Winston, vivendo amarguradamente numa fictícia ilha da Oceania, vivendo uma vida de prisioneiro e escravo nesse lugar junto com outros companheiros sobre um regime opressor, que fiscaliza de maneira indireta através das tele telas, que eram telões, como se fossem telas de cinema, que era o único meio que eles tinham de contato com o seu líder, denominado de Grande Irmão. o Grande Irmão( era uma clara alusão ao líder tirânico Josef Stalin) funcionava ali como uma espécie de o olho que tudo vê, ficava espionando e fiscalizando cada passo que os habitantes desse lugar, principalmente os subversivos, como Winston, faziam, principalmente se tentavam planejar algum plano de conspiração contra o governo, esse “Grande Irmão” do romance de Orwell, foi a inspiração para o surgimento do famoso reality show vendido para o mundo inteiro, o Big Brother, a ideia dele segue praticamente todo o conceito do livro de Orwell, isso porque os participantes formados por pessoas que nunca tinham se visto antes, eram desconhecidas umas das outras participam de um jogo que testam todos os limites de suas convivências, dentro dessa casa eles não tem nenhum contato com o mundo exterior, assim como no livro de Orwell, e assim como no livro de Orwell, em que o único meio de contato dos habitantes da Oceania era através do Grande Irmão que aparecia na tele tela, a mesma coisa também acontece aos que participam deste jogo, pois o único meio contato que eles tem com o mundo exterior é através do apresentador da atração, que no caso era Pedro Bial, que aparece para eles numa tela de Tv de plasma.
Um dos pontos mais interessante do livro de Orwell é o lema do
partido, que faz uma clara alusão a prática de mão-de-ferro do sistema
totalitário do Partido Comunista Soviético:
“Guerra
é paz,
Liberdade
e escravidão,
Ignorância
é força.”
Além
do cinema e da literatura, até mesmo os
quadrinhos do selo da Marvel Comics aproveitaram deste momento para tirar uma
casquinha. Um exemplo acima é o Camaleão, que se trata do codinome de Dmitri Smerdyakov, um habilidoso
terrorista, mestre dos disfarces, nome
bem apropriado que surgiu na revista do Homem-Aranha a partir de 1963. Ele é
meio-irmão de Sergei Kravinoff, o Kraven-Caçador, também representação caricata
dos russos.
Outro exemplo de representação grotesca
estereotipada dos russos durante a Guerra Fria.
AS
POLICIAS SECRETAS DA TCHEKA PASSANDO PARA A NKVD ATÉ CHEGAR A TEMIDA KGB.
Foi
durante os longos anos do ciclo da Guerra Fria, que o Ocidente capitalista
tinha um imenso temor ao ouvir falar da temida KGB, sigla russa em alfabeto
cirílico do Komitet Gosudarstvennoi Bezopasnosti(Comitê de Segurança de
Estado), a KGB tem raízes na Tcheka( primeira polícia secreta do governo
comunista russo surgida na Revolução de 1917) e da NKVD(Comissariado do povo
para assuntos internos).
A KGB
nasceu depois do fim da Segunda Guerra Mundial, era temida por ser a agencia
que mandava muitos espiões se infiltrarem em diferentes meios políticos dos
mais diferentes países do mundo, ouvindo conversas ultrassecretas para assim
colherem muitas informações sigilosas, existe uma lenda a respeito da KGB,
mandava executar qualquer opositores do governo com cartas cheias de um pó
venenoso mortal, verdade ou não pode-se dizer que de tudo o que fosse
relacionado as práticas da KGB e ao governo comunista soviético foram capazes
de fazer as atitudes mais desumanas para eliminar opositores do governo, até
mesmo mandarem para trabalhar nas Gulags, campos de concentração de trabalhos
para presos políticos e criminosos, que chegavam a morrerem com tamanha
exaustão por serem mau-alimentados, morrerem de frio, e sem condições de
higiene alguma. As gulags começaram a funcionar em 1918, e duraram até 1956,
não existe uma estatística concreta de quantas pessoas tenham morrido nessas
gulags, os poucos “dados de quantos soviéticos morreram no gulag 1 053 829
pessoas entre 1934 e 1953, excluindo mortos em colônias de trabalho”(FONTE:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gulag.)
RELAÇÃO
CONFLITUOSA COM A CHECHÊNIA.
Passados
três décadas depois do fim do regime soviético, a Rússia de hoje não viveu uma
forte evolução política e nem muito menos econômica, nos primeiros anos depois
da dissolução da URSS, a Rússia, assim como a maioria dos países do Leste
Europeu que formavam o bloco comunista ou também denominado de “Cortina
de Ferro”, como a Iugoslávia, Bosnia-Herzegozina, nações que seguiam os
seus ideais comunistas entrou em conflito sangrento, a Bósnia passou entre os
anos de 1992-1995 vivendo num cenário de conflito armados com grupos
separatistas cujas razões envolviam brigas por território e delicada sociais,
assim como a Iugoslávia também passaria durante o ano de 1999, a Rússia também
passou por isso quando teve de brigar para reanexar a conturbada Chechênia,
tudo isso ocorreu assim que houve a fragmentação da URSS, a Chechênia como a
maioria dos países bálticos que formavam o bloco soviético como a Lituânia, a
Geórgia e a Letônia, decidiram se tornarem independente, a Chechênia seguiu o
mesmo caminho desses outros, no mesmo momento que Mikhail Gorbachev anunciava o
fim da URSS, o representante da República Nacionalista da Chechênia, Djokhar
Dudaiev anunciava a independência do território, mas não demoraria muito para
que o novo governo da Rússia pós-URSS, regida por Boris Yeltsin mandaria três
anos depois, mais precisamente em 1994, suas tropas para reivindicar esse
território rico em petróleo, o conturbado relacionamento dos russos com os
chechenos já era antiga, esse território havia se anexado a Rússia, em 1859, ou
seja, muito antes da Rússia virar URSS, ainda na época do Império Czarista, mas
foi durante o Governo Soviético, principalmente durante a Segunda Guerra
Mundial, que o primeiro sinal da relacionamento conturbado da Rússia com
Chechênia daria uma ideia de que a convivência estava longe de ser pacifica,
isso porque o Governo Soviético nessa época mandou perseguir cidadãos chechenos
acusados de colaborar com governo nazista durante a Segunda Guerra Mundial,
onde muitos desses cidadão chechenos sofreram deportações de genocídio. Mas foi
depois de anunciado o fim da URSS, que a relação entre os chechenos, com o
Governo Russo, ficaram ainda mais delicadas, e o estopim para isso ocorreu
principalmente quando a Rússia decidiu exigir de volta esse território de
economia forte como o petróleo, isso irritou grupos separatistas como os
liderados por Djokar Dudaiev, que começaram a praticarem os atos terroristas
dentro do território, entre os anos de 1994-1996, foi o período marcado pela
Primeira Guerra da Chechênia, que terminou em Agosto 1996, quando o então
Presidente Boris Ieltsin, concordou com os cessar-fogo com o lideres chechenos,
naquele mesmo ano de 1996, morria o líder checheno Djokar Dudaiev, responsável
pela declaração de independência da Rússia em 1991, Dudaiev morria numa
operação das tropas russas, que haviam rastreado sua posição exata ao
analisarem os sinais de seu celular, o tratado de paz do Governo Russo com os
chechenos foi assinado formalmente em Maio de 1997, mas não demoraria muito
para ocorrer outro conflito que se iniciaria dois anos depois, em Setembro de
1999, denominada de “Segunda Guerra da Chechênia”, e essa relação conturbada
dos russos com os chechenos aumentaria ainda mais, quando em Junho de 2000,
entra no governo Vladimir Putin, que declara que vai por diretamente a
Chechênia sob administração direta da Federação Russa, isso acaba gerando um
descontentamento de membros de grupos separatistas armados, que nos anos
seguintes passam a praticarem atentados terroristas, como o ocorrido em Outubro de 2002, onde grupos terroristas
chechenos entraram num teatro, renderam todo mundo, iriam explodir o local, mas
foram impedidos pelo gás mortal, matando além dos terrorista, matou também
espectadores inocentes. Mas nada se compara ao triste episódio ocorrido em
Setembro de 2004, na Escola de Beslan, na Odéssia do Norte, esse chocou o mundo
inteiro pela brutalidade como os terroristas mantiveram as inocentes crianças
como reféns, as deixando esfomeadas, ao ponto de mandarem elas se alimentarem
da própria urina. Muito se especula que esses atentados tenham ligações com a
famosa rede terrorista Al-Qaeda, liderada por Osama Bin Laden, que morreu em
Maio de 2011 durante uma operação do exército americano no Paquistão.