Aqui
vai a minha lista dos nove filmes
lançados nos anos 1990 que envelheceram
mal com o passar dos anos.
Ela
não é rankeada, é aleatoriamente baseada numa linha cronológica seguindo pelas
datas de lançamento. Baseado na minha escolha pessoal desses filmes que eu vi primeiramente passando
na TV, ou mesmo locando numa fita VHS em videolocadora.
INSPETOR
FAUSTÃO E O MALLANDRO(1991)
Esse
filme estrelado pelas duas populares figuras da TV brasileira: Fausto Silva e Sérgio
Mallandro que simbolizavam a nova geração de comunicadores. Apresentadores de
programas de auditório surgido nos anos 1980, é o melhor exemplo que posso
começar a mencionar do quanto este filme
do começo dos anos 1990 envelheceu mal,
especialmente por ele simbolizar uma pérola pitoresca do cinema nacional do
quão ruim o filme ficou, a ponto de fracassar nas bilheterias e virar cult.
Só
para deixar claro, eu coloquei esse título aqui na minha lista não porque eu
não valorizo o cinema nacional, não é isso, é apenas para justificar o porquê
dele figurar como um filme ruim a ponto de figura no ranking de alguns sites
especializados como os piores de todos os tempos. Simples assim.
Ficando
obscuro durante longo tempo, e só sendo redescoberto décadas depois pela internet
que começaram a fazer memes nas redes
sociais com essa obra que ganhou uma popularidade tardia.
Esse
filme reflete bem o momento histórico em
que foi concebido na ocasião onde a produção do cinema brasileiro do começo dos
anos 1990, sofreu com o fechamento da Embrafilmes durante o Governo de Fernando
Collor de Mello e isso afetou demais o trabalho de nossos cineastas. A ponto de, por exemplo, Arnaldo Jabor(1940-2022) se
dedicar ao jornalismo.
As
únicas produções nacionais que não foram
tão afetadas pelo fechamento de Embrafilmes até aquele momento eram os filmes estrelados pelos astros
populares da TV, como os filmes da trupe dos Trapalhões e os estrelados
pela apresentadora Xuxa Meneghel. Que pelo forte apelo infanto-juvenil ainda
conseguiam atrair bilheteria.
E
foi nisso que podemos deduzir a razão do porquê dessa trasheira do cinema
nacional foi concebida.
Aliás,
eu havia mencionado o nome da Xuxa, essa produção contou com o dedo dela, já
que o filme foi produzido pela Xuxa Produções.
Fora
ter contado com o dedo da Globo, onde
quem dirigiu foi Mário Márcio Bandarra(1955-2021), diretor que durante os mais
de 30 anos que trabalhou para a emissora até resolver se afastar em 2019 e vir a óbito dois anos depois de
causas não reveladas, já havia acumulado
trabalhos em dirigir diferentes formatos de programas: Indo de novelas a
programas de humor. O roteiro é creditado a Nelson Nadotti, que carrega um
vasto currículo em já ter criado diferentes produções da Globo, com argumento
escrito pelo próprio Fausto Silva.
Só
de saber que foi Faustão o responsável
pelo argumento do texto, você já pode esperar uma qualidade minimamente
questionável desse tipo de história. Um dedo podre no meio.
E
que de fato se mostrou, o filme apresenta uma história muito sem lógica de tão cretina que se apresenta:
a começar pelo fato de apresentar
Faustão fazendo ele mesmo, mostrando que não tem o menor talento para ator.
Fazendo
um feirante que pela intervenção divina de Deus que foi representado por Paulo
César Pereio(1940-2024) fazendo apenas a
locução da voz de Deus, sendo que curiosamente o ator era ateu e já esteve
envolvido na polemica de mandar destruir a estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro.
Faustão
é nomeado inspetor de polícia, para
salvar os animais de contrabandistas comandados por Budum(Chiquinho Brandão)
que tem como cliente um turista americano chamado Tom Crù(Claudio Mamberti).
Nessa
sua jornada para caçar os contrabandista dos animais, ele conhece o policial Mallandro, representado
pelo próprio Sérgio Mallandro, filho do seu chefe superior
Superintendente(Costinha), um sujeito de perfil bem desagradável, ainda mais
por agir muito hiperativo.
Principalmente
para lhe fazer companhia e a partir daí tem se início sua jornada de confusões, que só
aumentaram com a presença inconveniente de seu sobrinho Faustinho(Caique Benigno).
A
primeira vez que eu assisti a esse filme quando menino foi assistindo numa fita
VHS que meu pai havia locado e tenho que
confessar que eu até achava engraçado, ainda que sem muito senso crítico, já
que naturalmente criança não tem discernimento para isso.
Ao
revisitar décadas depois sendo exibido no Youtube, pude perceber como a obra
envelheceu mal justamente pelo roteiro se mostrar nonsense a nível pastelão, medíocre.
Há momentos no texto que mostram eles fazendo
umas piadas de cunho erótico implícito que soa muito brega, ainda mais que eles
queriam destinar ao público infanto-juvenil.
E
como tudo foi feito as presas, você nota uma qualidade questionável da produção
especialmente no som e na imagem.
Nas
cenas que mostra Faustão em seu apartamento com seus dois cachorros com os
nomes pitorescos de Inflação que é grande e Salário Mínimo que é pequeno onde você bem pode notar como a obra ficou
datada já que ele estava cutucando o cenário econômico do Brasil da Era Collor.
Se
Faustão como ator peca no filme, imagine Sergio Mallandro que o tempo todo faz aquele maneirismo de humor físico característico
nos programas infantis que apresentava com aquele jeito risível de vergonha
alheia a nível infantiloide que além soar desagradável, fica irritante.
Fora
que o elenco apesar de contar com participações de grandes estrelas globais
como as atrizes: Luiza Tomé fazendo a namorada de Faustão, Claudia Alencar como
a noiva de Mallandro, Paolla Bettega como uma comparsa do vilão Budum e Adriana
Esteves numa participação especial.
Essas
atrizes talentosas e de belezas
atraentes sofrem para representar o nível canastrão do texto desse filme.
Fora
o desperdício que o filme faz do talento de feras do calibre de Claudio Mamberti(1940-2001) que
coitado sofre para fazer uma representação
do turista americano Tom Crú, cuja interpretação beira ao caricato empostando a voz para fazer o sotaque gringo que ele tenta reproduzir. E a participação do Costinha(1923-1995) então nem se fala, é desperdiçado numa única cena em que faz o
papel do pai do Mallandro.
Além
disso, nem as participações de talentos da música brasileira como: Sandra de Sá, Sidney Magal, Patrícia
Marx, Silvinho Blau Blau ou mesmo do
saudoso Wando(1945-2012) fazendo suas performances cantando como se tivesse gravando
para videoclipes conseguem segurar o interesse do público pela obra.
Fora
a participação do garoto Caique Benigno, fazendo o Faustinho, sobrinho do
Faustão. Que se mostra um moleque serelepe de um nível de chateação mais inconveniente
que do Mallandro. Posteriormente esse menino se tornaria um dos protagonistas
do programa infantil do SBT Disney Club(1997-2001) como o
Macarrão/Macaco. Atualmente desenvolve o trabalho de DJ.
Vale
também mencionar a participação de Chiquinho Brandão que representou na
obra o vilão Budum, um traficante de
animais que passa o filme inteiro arrotando, chegando a nível patético.
Sobre
esse ator um fato triste a comentar é que na mesma data que a obra foi lançada
Chiquinho Brandão morreu num acidente
automobilístico ocorrido na Lagoa Rodrigo de Freitas, quando estava retornando
de mais um dia de gravação da minissérie da Rede Globo O Sorriso do Lagarto(Brasil,
1991), no dia 04 de Junho de 1991, o ator estava com 39 anos.
No
momento em que a produção ainda se encontrava em andamento. Para compensar sua
ausência do seu personagem o Chico Bagre, criaram outro Chico como seu primo
que foi representado por Stepan Necessian. Ele ainda deixou um trabalho póstumo
no filme argentino A Viagem(El Viaje, Argentina, 1992) obra do cineasta
Fernando E. Solanas(1936-2020).
Uma
verdadeira obra-prima do cinema trash brasileiro, que vale a pena assistir pela curiosidade.
MUNDO
PROIBIDO(1992)
Essa
produção que mistura animação com live action dirigida pelo animador Ralph
Bakshi figura na minha lista pelo fato do seu roteiro se mostrar caótico.
Ao
contrário de Uma Cilada Para Roger Rabbit (Who Framed Roger Rabbit, EUA,
1988) que foi lançada anos antes que misturava desenhos com atores reais, mas
que a história fazia lógica dentro daquele universo.
Com
Mundo Proibido(Cool World, EUA, 1992) não funciona, principalmente pela questão ilógica
de que o criador do ambiente cartunesco viaja para a sua própria criação onde
ele mesmo quebra as regras de se envolver emocionalmente e sexualmente com os
desenhos. E conhece um humano que já
existia lá bem antes dele criar o seu universo?
Um
filme bem pirado da cabeça com um roteiro um tanto cretino de se compreender, ainda mais quando os
desenhos entram no mundo real, ai é que a coisa vira um caos, cheias de piadas
de apelos eróticos mostrando que não é um tipo de filme apropriado para criança.
SUPER
MÁRIO BROS(1993)
No
ano passado quando o famoso símbolo da marca de videogame da Nintendo
Super Mário Bros criado em
1985 pela dupla japonesa formada por
Shigeru Miyamoto e Takashi Tezuka foi lançado nas telonas em animação produzida
pela Illumination Entertainment com distribuição da Universal Pictures e foi o
grande campeão de bilheterias de 2023 fica difícil imaginar que 30 anos antes houve uma tentativa de fazer
um filme live action em cima do famoso
encanador da Nintendo.
Em
Super Mário Bros(EUA, 1993), filme que contou com a direção de dois
diretores: Rocky Morton e Annabel Jankel e cuja função de adaptar o roteiro
coube a três pessoas: Parker Bennett, Terry Runte e Ed Solomon.
Que
provavelmente não deviam conhecer nada do jogo, nunca sequer experimentaram
jogar.
Digo
isso porque, por essa época o conceito de videogame era bem diferente de hoje em dia onde o jogador se envolve dentro de uma narrativa de
storytelling com uns traços bem foto realista que criam uma imersão quase
cinematográfica.
Algo
que não se tinha nos videogames de antigamente, e provavelmente isso se tornou
o maior problema para adaptar o roteiro de Super Mário nos cinemas.
O
filme apresenta um enredo medíocre, que destoa do universo do jogo, onde mostra
o vilão Koopa numa forma humana bizarra sendo representado pelo finado Dennis
Hooper(1936-2010) e com as interpretações desperdiçadas de Bob
Hoskins(1942-2014) como o protagonista Mário e John Leguizamo como o Luigi.
Tudo
isso fez com que Super Mário Bros. figurasse na lista dos piores filmes
de todos os tempos e por isso mesmo figura na minha lista dos filmes dos anos
1990 que envelheceram mal.
STREET
FIGHTER-A ÚLITMA BATALHA(1994)
Outra
tentativa mal sucedida de filme inspirado em videogame produzida nos anos 1990
foi com Street Fighter-A Última Batalha(Street Fighter, Japão, EUA,
1994), produção nipo-americana inspirada na famosa marca de videogame de luta
da japonesa Capcom, empresa concorrente
da Nintendo.
Surgido
em 1987, criado por Hiroshi Matsumoto, Takashi Nishiyama e Yoshiki Okamoto.
Quando
eu lembro de Street Fighter, costumo me remeter a versão do anime intitulado de Street
Fighter II V lançado em 1995 que o
SBT costumava passar nas manhãs de sábado
que foi minha primeira introdução
a esse universo do jogo que cheguei a locar os cartuchos para jogar algumas vezes em meu antigo aparelho de SuperNintendo.
Que
tinha uma história até que envolvente e bem construída sobre a jornada de Ryu e Ken até se depararem
com Bison algo que não posso dizer o mesmo com relação a essa versão cinematográfica
horrível.
Nessa
adaptação em live action que contou com a direção de Steven E. DeSouza que já
era um renomado diretor dos filmes de
ação e é quem assina o roteiro.
Contou
no seu elenco com a ilustre presença do belga Jean-Claude Van Dame,
o ator que já era expert em artes marciais e na ocasião em que estrelou o filme
já era mundialmente famoso pelos filmes de ação que estrelou tornando o nome mais rentável de Hollywood fazendo o
Coronel Guile.
Também
contou com as participações da
australiana Kyle Minogue, famosa mundialmente com estrela da música pop teen que filme
representa a Cammy
E de Raúl Júlia, o ator porto-riquenho
naturalizado americano que havia feito o Gomez Adams nos dois filmes de A
Família Adams(1991-1993) que nesse filme fez seu
trabalho póstumo representando o Bison.
Trata-se
de um filme com uma história ruim, toda sem sentido, onde os personagens
famosos do jogo são todos jogados do nada no enredo.
Muito disso resultado do seu roteiro
Frankestein que teve muitas alterações, fora que Van Dame nas gravações vivia
dando dor de cabeça em querer mudar alguma cena.
Por
causa disso, é que Street Fighter-A Batalha Final, figura na minha lista
dos filmes dos anos 1990 que envelheceram mal.
POCAHONTAS(1995)
Essa
obscura animação da Disney lançada na fase de ouro da sua Era Renascentista(1989-1999), que contou com a
produção de James Pentencost.
Cuja
direção é creditada a dois diretores: Mike Gabriel e Eric Goldenberg, e cujos
roteiristas são creditados a Susanah Grant, Carl Binder e Phillip
LaZebnik.
A
razão para essa animação ter envelhecido mal é porque o
filme faz um retrato ficcional do encontro histórico da
indígena americana Pocahontas, cujo nome real era Matoaka(1594-1617) com o inglês John Smith(1580-1631) e
os colonos em Jamestown que chegaram a partir da Virginia Company por volta do
ano de 1607 em que o enredo é ambientado.
Foi o primeiro longa-metragem animado da Disney
inspirado em um personagem real.
Esse retrato romantizado que o filme em
animação produzido por uma gigante do entretenimento voltada ao público
infantil como a Disney cria da relação de colonizador e colonizado, mostra uma
representação muito racista da mentalidade de superioridade branca sobre os povos indígenas sendo retratados como
bárbaros ignorantes.
Chega a ser uma prestação de um desserviço
fazer a gente ignorar o ato cruel que os colonizadores britânicos usaram para exterminar a população indígenas
dos EUA, a ponto de restar poucas tribos remanescentes.
Se na época isso já era antiquado, hoje em dia
então que a população indígena banalizada da América ganhou empoderamento isso
aqui seria inadmissível.
Justamente por esse motivo é que coloco Pocahontas
na minha lista dos filmes dos anos 1990 que envelheceram mal.
O
PENTELHO(1996)
Eu
lembro vagamente da única vez que assisti a este filme no cinema na sessão da
antiga sala do Rio Verde, o remanescente cinema de bairro em Natal-RN vizinho
ao antigo Rio Grande que viraram templos evangélicos. Como o filme era
divertido, fazia muita gente rir e eu também ria junto.
Principalmente
pela interpretação do Jim Carrey, que na época
figurava como o astro mais lucrativo de Hollywood, depois de participar
de produções de comédias como: O Máskara(The Mask, EUA, 1994), Debi
& Loide-Dois Idiotas em Apuros(Dumb & Dumber, EUA, 1994), dois
filmes de Ace Ventura: Ace Ventura-Um Detetive Diferente(Ace Ventura:
Pet Detective, EUA, 1994) e Ace Ventura 2-Um Maluco na África(Ace
Ventura: When Nature Calls, EUA, 1995) e fez o Charada em Batman Eternamente(Batman
Forever, EUA, 1995).
Onde
divertia bastante com seus típicos maneirismos de fazer humor físico com tipos
serelepes fazendo muitas caras e bocas.
Pois
bem, ao revisita-lo anos depois quando estava disponível na Netflix constatei com
outros olhos como a história ela é um tanto sinistra.
Nesse
filme que contou com a direção de outro
nome importante da comédia Ben Stiller, temos Carrey representando o papel do Chip, um excêntrico instalador de
tv a cabo que é contratado por Steven Kovacs(Mathew Broderick) para colocar em seu
novo apartamento que ele comprou após enfrentar uma fracassada proposta
de casamento de sua namorada Robin Harris(Leslie Mann) e ouvindo os conselhos
duvidosos de seu amigo Rick Lagados(Jack
Black), mas de maneira ilegal, ou seja,
subornando Chip para instalar alguns canais de tv a cabo em um
aparelho de antena parabólica.
E
a partir disso que temos início a vida infernal de Steve ter de lidar com as
perseguições de Chip que se mostra um verdadeiro stalker.
O
que antes era visto como engraçado, hoje em dia se mostra um retrato
preocupante de uma pessoa com sério transtorno de saúde mental que tem aumentado muito os casos desse tipo de
crime nos últimos anos.
Fora que
também muito da estética cômica do filme
se mostra datado, ainda mais por girar em torno desse serviço de instalação de
antena parabólica o que antes era visto como uma coisa modernamente comum nas
antigas residências americanas. Isso já se tornou um tanto antiquado hoje em
dia, com os serviços de streamings. Ainda mais que o título original que é The
Cable Guy que numa tradução literal seria O Cara do Cabo já cria uma
conotação bem datada.
BATMAN
& ROBIN(1997)
Essa
versão trash do famoso morcego da DC Comics, criado nos anos 1930 pela dupla Bob
Kane(1915-1998) e Bill Finger(1914-1974).
Trata-se
de uma quarta sequência de produções da
Warner que começou em 1989 com o primeiro filme dirigido por Tim Burton, cujo
sucesso levou a Batman-O Retorno(Batman Returns, EUA, 1992) e Batman Eternamente(Batman Forever,
EUA, 1995).
Sendo
que este não contou com a direção de Tim
Burton, mas do finado Joel Schumacher(1939-2020), que se encarregou de dirigir
essa bomba que foi Batman & Robin(EUA,1997).
Isso
aconteceu, porque a direção executiva da Warner
teve lidar com o descontentamento da marca de fast-food McDonald´s com o
tom dark que Tim Burton imprimiu em Batman-O
Retorno, já que eles eram os responsáveis pelo licenciamento dos
brinquedos.
Isso
resultou na saída de Tim Burton da franquia, e com sua saída também saiu o ator
Michael Keaton que não se mostrou muito contente com essa decisão.
Isso
ocasionou na Warner contratar Schumacher para dirigir Batman Eternamente.
Que
ficou com a tarefa ingrata de tentar um filme mais Family Friendly para poder o
filme voltar a atrair comercialmente com o licenciamento.
Sendo
que essa não era a especialidade dele, Schumacher precisou se basear na
estética camp do seriado dos anos 1960.
Tanto
até que se a gente for bem reparar na collant verde com a interrogação usada pelo Charada no filme bem remete ao
uniforme usado na série onde o personagem foi representado por Frank
Gorshin(1933-2005).
Resultou
também deles contratarem Val Kilmer para substituir Michael Keaton para
representar o Batman que famoso por ser um sujeito de personalidade difícil,
acabou brigando com o diretor que resolveu trocar para George Clooney que coitado ficou
com a tarefa ingrata de assumir o papel nesse grande fiasco.
A
única coisa nesse filme que fazia
remeter aos filmes dirigidos por Burton eram as presenças dos falecidos atores:
Pat Hingle(1924-2009), que no filme representou pela última vez o papel do
policial James Gordon ou popularmente conhecido como Comissário Gordon.
E
do britânico Michael Gough(1916-2011), que no filme representou pela última vez
o papel do mordomo Alfred Pennyworth.
Numa
produção de qualidade medíocre, cheio de momentos vergonhas alheias como o
Batcartão, ou mesmo os closes anatômicos nas bundas da batfamilia com aquela
conotação erótica recalcada, mostrando o nível cretino do roteiro.
Fora o texto cheio de piada infantil, faz o
filme ficar brega.
Um
das ideias mais equivocadas foi alterar o parentesco da Batgirl que nos
quadrinhos era Barbara Gordon, filha do Comissário Gordon, aqui virou Barbara
Wilson, sobrinha do Mordomo Alfred.
Ideia
de gerico.
Um
fato triste é que o dublê Jeep Swenson que participou do filme como Bane havia falecido
de ataque cardíaco aos 40 anos no dia 18 Agosto de 1997, um mês depois do
lançamento do filme.
A
EXPERIÊNCIA 2-A MUTAÇÃO(1998)
O
segundo filme da franquia de terror de ficção cientifica, ou seja, uma
continuação de A Experiência(Spices, EUA, 1995).
Esse
segundo que contou com a direção de Peter Medak, que se encarregou de dirigir
esse filme no lugar de Roger Donaldson que comandou o primeiro.
Ele
também contou com a colaboração do design suíço Hans Ruedi Giger ou como
costumava assinar abreviadamente de
H.R.Giger(1940-2014) que foi a mente criativa responsável por conceber a arte da famosa
criatura horrenda Alien em
praticamente todos os filmes da franquia e assim como no primeiro concebeu a
arte grotesca das criaturas.
Os
únicos atores do primeiro filme que compõe o elenco dessa sequência são:
Natasha Henstridge que nesse repete o
papel de uma alienígena, mas com o nome de Eve, uma clone da Sill sua
personagem do primeiro desenvolvida pela
Dra. Baker.
Marg
Helgenberger repete nesse filme o papel
da Dra. Laura Baker e Michael Madsen repete o papel de Press Lenox que vai
ajudar a Dra. Baker na caçada ao parasita que infestou o trio de astronautas ao
retornarem de sua expedição a Marte.
Desse
trio o destaque vai para Patrick Ross(Justin Lazard), que é o único dos
infectados onde o hospedeiro alienígena conseguir vingar.
No
que o hospedeiro consegui manifestar ele vai começar de ir atrás de diferentes
mulheres para se procriar até chegar a Eve.
Uma
das coisas que posso destacar que envelheceu mal nesse filme é a cena onde
mostra Patrick tendo a cabeça reconstruída
de forma digital, um efeito um tanto capenga para a época deixando evidente
como isso ficou datado, a ponto de olhando
hoje em dia acaba deixando o filme brega, isso juntando aos efeitos práticos.
Fora
que também a maneira como o Patrick nesse filme retrata aquela figura ideal de homem másculo viril
se tornou bem antiquado, principalmente se a gente tirar que ele independente
de ter o hospedeiro no corpo cometia crimes sexuais para poder se procriar e a
última com quem ele tenta fazer isso sem seu consentimento a faz quase estupr@ndo.
Por
essas e outras é que A Experiência 2-A Mutação figura na minha lista dos
filmes do anos 1990 que envelheceram mal.
BELEZA
AMERICANA(1999)
Esse
marcante filme dramático que ganhou 5 estatuetas na edição do Oscar de 2000, na
categoria de melhor filme, melhor diretor para Sam Mendes, melhor ator para Kevin Spacey, melhor roteiro original e
melhor fotografia.
Ele
é tão importante que já chegou a figurar na lista feita posteriormente dos melhores filmes lançados em 1999.
Mas,
com essas virtudes todas, qual a razão para eu colocar na minha lista dos
filmes que envelheceram mal?
A
principal razão está no protagonista no fato do protagonista Lester Burnham
vivido por Kevin Spacey vivendo naquela crise da meia idade, se sentindo
desprestigiado como chefe patriarca e no seu trabalho.
Até
o momento em que ele ao se deparar com a
melhor amiga da sua filha, começa a sentir uma forte atração sexual por ela,
uma jovem colegial chamada Angela Hayes(Mena Suvari) sonhando com ela estando
peladona entre um mar de rosas ou mesmo numa banheira cheia de rosas, mas que
não chega as vias de fatos.
As
rosas que estão bem conectadas ao titulo original que é American Beauty, que é
o nome de um tipo especifico de flor.
Kevin
Spacey anos depois, foi preso após ser denunciado por assédio sexual de menor,
e isso comprometeu muito sua carreira.
Vendo
esse filme com ele representado um cara de meia idade, vivendo obcecado pela
amiga da sua filha exigir que você tenha uma cabeça bem voyeurista.