Aquela fatídica noite
de Domingo, 02 de Setembro de 2018, ficará para sempre marcado na triste história
do nosso pais como a data em que o grande símbolo da nossa cultura brasileira virava cinzas,
destruía e morria em poucas horas,
séculos de história com o incêndio de
grandes proporções como ocorreu no Museu
Nacional. Especialmente neste ano em que ele completou 200 anos de sua fundação
que passou batido.
Localizado na Quinta da Boa Vista, no bairro de São Cristóvão no Rio de Janeiro. Fundado no dia 06 de Junho de 1818 pelo Rei Dom João VI(1767-1826) com o intuito de servir como sua residência palaciana depois de passado uma década da chegada da Família Real Portuguesa no Brasil depois de fugir da invasão das Tropas Napoleônicas em Portugal anteriormente sua residência era no Paço Imperial no centro do Rio, e resolveu então mudar para o bairro bucólico de São Cristóvão numa mansão que teria sido de um importe dono de escravos. Uma imponente construção que também serviu como residência dos Imperadores Dom Pedro I(1798-1834) e Dom Pedro II(1825-1891) no estado do Rio de Janeiro até a Proclamação da República em 1889. “A origem dele é uma antiga fazenda colonial que se tornou depois residência do Rei de Portugal Dom João VI quando começaram as primeira adaptações arquitetônicas para se formar um palácio real. E depois a adaptação continuou durante o período de Dom Pedro I no Primeiro Reinado”. Como diz Paulo Knauss-Diretor do Museu Histórico Nacional. Foi lá que foi testemunhado um dos importantes eventos da nossa história que foi quando lá naquela residência a Imperatriz Leopoldina(1797-1826) assinou a carta da Independência e enviou a Dom Pedro I para este fazer o Grito da Independência as margens do Rio Ipiranga em São Paulo no dia 07 de Setembro de 1822. E foi lá também que após a Proclamação da Republica foi organizada a Primeira Assembléia Constituinte do País. “Em 1892, depois do exilio da Família Imperial, depois da Assembleia Constituinte Republicana de 1891, é que o prédio passou a abrigar o Museu Nacional”. Segundo Paulo Knauss.
Localizado na Quinta da Boa Vista, no bairro de São Cristóvão no Rio de Janeiro. Fundado no dia 06 de Junho de 1818 pelo Rei Dom João VI(1767-1826) com o intuito de servir como sua residência palaciana depois de passado uma década da chegada da Família Real Portuguesa no Brasil depois de fugir da invasão das Tropas Napoleônicas em Portugal anteriormente sua residência era no Paço Imperial no centro do Rio, e resolveu então mudar para o bairro bucólico de São Cristóvão numa mansão que teria sido de um importe dono de escravos. Uma imponente construção que também serviu como residência dos Imperadores Dom Pedro I(1798-1834) e Dom Pedro II(1825-1891) no estado do Rio de Janeiro até a Proclamação da República em 1889. “A origem dele é uma antiga fazenda colonial que se tornou depois residência do Rei de Portugal Dom João VI quando começaram as primeira adaptações arquitetônicas para se formar um palácio real. E depois a adaptação continuou durante o período de Dom Pedro I no Primeiro Reinado”. Como diz Paulo Knauss-Diretor do Museu Histórico Nacional. Foi lá que foi testemunhado um dos importantes eventos da nossa história que foi quando lá naquela residência a Imperatriz Leopoldina(1797-1826) assinou a carta da Independência e enviou a Dom Pedro I para este fazer o Grito da Independência as margens do Rio Ipiranga em São Paulo no dia 07 de Setembro de 1822. E foi lá também que após a Proclamação da Republica foi organizada a Primeira Assembléia Constituinte do País. “Em 1892, depois do exilio da Família Imperial, depois da Assembleia Constituinte Republicana de 1891, é que o prédio passou a abrigar o Museu Nacional”. Segundo Paulo Knauss.
O lugar também era visto como um grande símbolo de orgulho
nacional dos cariocas. Para boa parte da
população do Rio, o incêndio do Museu Nacional representou também a perda de um
parente, especialmente neste lugar que por foi considerado por décadas a área
de lazer do subúrbio carioca. Na definição do historiador Luiz Antônio Simas: “A
Quinta é um lugar de integração. A Quinta é um local em que nos fins de semana,
as famílias inteiras fazem piquenique, jogam futebol, soltam pipa, andam de
pedalinho, visitam o zoológico. Então é um grande espaço público da cidade do
Rio. E dentro desse espaço público, o Museu era estruturado, era erguido e
estava como grande museu popular da cidade. Fins de semana na Quinta da Boa
Vista, fazia parte você soltar sua pipa, jogar sua bola e visitar o museu. Então
o museu estava plenamente integrado ao espaço público que a meu ver é o espaço
público mais importante da zona norte do Rio de Janeiro. Nós não temos uma política
pública que estimule a ida a Museus, mas o Museu Nacional estava tão entranhado
na Quinta da Boa Vista que certamente se a gente fizesse ali uma rápida
pesquisa entre os visitantes do museu contando quantos museus eles conheciam,
muitos ali só teriam conhecido o Museu Nacional. E já começariam por cima, porque
ele é um grande museu então era o museu que ocupava este espaço de neutralidade
afetiva entre a população em visitar museus.”
Se para a maioria dos cariocas ficaram desolados com esta
“morte” do Museu Nacional, mais desolado também deixou um dos herdeiros da
Família Imperial. Dom João Henrique de Orleans e Bragança ao fazer a visita ao
local destruído pelas chamas comentou a imprensa o seguinte: "O prédio
pode ser reconstruído, esse acervo nunca mais vai ser reconstruído. Essa culpa
e dos governantes, que negligenciaram a saúde, a educação. Esse é um retrato do
Brasil de hoje. E o fogo não tem ideologia: a culpa é de todos” E acrescentou: “O
sentimento hoje é mais de revolta do que de tristeza, porque isso podia ter
sido evitado. É o retrato do Brasil hoje”. Dom João Henrique ofereceu algumas
peças do seu acervo pessoal que podem ajudar na reconstrução do acervo museu. Acervo que em sua maior parte das vinte milhões de peças que foram destruídas e perdidas no incêndio, além de
conter os objetos pessoais da família imperial, o acervo do museu também continha fosseis
raros de dinossauros pré-históricos, o
fóssil da Luzia a primeira habitante brasileira pré-descobrimento português,
anotações de trabalhos de pesquisadores da UFRJ sobre plantas, espécies
animais, rochas dentre outras variedade de estudos e também o registro
audiovisual da expedição do Marechal Candido Rondon pelo interior do Brasil
também ficou tudo perdido ou destruído no incêndio e os sarcófagos com múmias
que foram trazidos pela família imperial em viagem ao Oriente Médio também
constam nos perdidos e destruídos pelo incêndio. Outra parte foi conseguindo
ser salva. Além de ser um local que guardava as mais diferentes relíquias
conseguidas ao longos dos séculos fruto de doações e do que foi adquirido, o Museu Nacional também era um local de muita produção
cientifica e que também recebia muitos visitantes por dia. Além de turistas,
também trazia muitas excursões de escolas públicas e particulares. O que
reflete bem uma grande perda para a produção cientifica, que já não é muito
valorizada em vista do estado lamentável do nosso ensino. A prova disso é o
salário sofrível do professor, junto ao
desestimulo que não temos dentro de nossa casa. Junto aos montes de descasos de
falta de verba do Governo que ocorreram incêndio não só no Museu Nacional, mas também em outras instituições de pesquisa aqui
no Brasil como no Instituto Butantã em 2010, o Museu de Ciências Naturais de
Minas em 2013 e o Museu da Língua Portuguesa em 2015. Uma prova séria que reflete bastante o quanto
que não somos ensinados a valorizar o que é nosso. Esse descaso não ocorre só
nestes lugares grandes, aqui no Rio Grande do Norte temos muitos prédios
antigos com museus e memoriais
localizados em Cidade Alta, abandonado,
jogado as moscas, com rachaduras nas paredes, poeiras no vidros, alguns
objetos aparecem descascados ou com piso de madeira se soltando. E no Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro então nem se fala, um acervo de documentações
bagunçado e todo empoeirado e o Forte dos Reis Magos, o primeiro registro de
arquitetura secular do nosso estado que foi construído no dia 06 de Janeiro de 1598 também se encontra em estado lamentável de má
conservação. Aliás, a grande prova de
que o Estado do Rio Grande do Norte não
tem muita tradição em cuidar dos seus museus, dos seus antigos patrimônios, basta
olhar as quantidades de publicidades de turismo que investem no litoral. Do
norte ao sul, tamanha é a quantidade de litoral que dificilmente nenhum potiguar mesmo costuma frequentar rotineiramente.
Poderia encerrar este
texto botando culpa obviamente os nossos
governantes pelo descaso em não repassar
verbas ao não investir na nossa cultura. Acontece que eu estaria sendo muito
hipócrita em botar só o governo como bode expiatório para este descaso. Até
porque eu estaria ignorando o fato de
que alguns desses repasses de verbas são desviados não por eles, mas por outras
pessoas que ficam encarregadas desse repasses, como por exemplo um assessor, um
secretário, um tesoureiro, ou as vezes
são repassados de forma bastante escusa, ilícita ou mesmo inescrupulosa como aconteceu no escândalo da Lei Rouanet
ocorrido em 2016. Ainda pior é constatar que muito desse descaso em nossos
museus também é de irresponsabilidade dos próprios dirigentes das
instituições que para conseguirem obter
as verbas governamentais, vão atrás de algum vereador, deputado ou mesmo
senador que sendo da legenda partidária da qual eles sejam filiados, fica então
mais fácil deles articularem as
maracutaias com lobby e muitas bajulações e muitos puxa-saquismos e trocas de
favores para assim poderem conquistar a tão almejada verba. Uma prática que
termina ocasionando no grande problema dos dirigentes de outras instituições ao
saberem disso, corroídos de inveja façam duras criticas e nisto gera um forte
clima de rixa entre essas dirigências a ponto de quem termina se prejudicando
com isso, somos nós povo brasileiro.
Termino esta mensagem com minha imensa solidariedade a todo mundo que
trabalhava no Museu e acredito que eles vão conseguir se reerguerem depois
dessa grande tragédia.
“QUEM NÃO CONHECE A SUA HISTÓRIA ESTÁ CONDENADO A REPETI-LA”.
EDMUND BURKE.
FILÓSOFO E TEÓRICO IRLANDÊS
(1729-1797).
(1729-1797).
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