DESDE QUE COMEÇOU O CLIMA DE QUARENTENA MUNDIAL POR CAUSA DO SURTO VIRAL ESSA CANÇÃO DO MALUCO BELEZA, LANÇADA HÁ MAIS DE 40 ANOS TEM SIDO BASTANTE LEMBRADA E COMENTADA NAS REDES SOCIAIS POR CAUSA DO SEU CUNHO APOCALIPTICO QUE JUSTAMENTE REFLETE ESSE ATUAL MOMENTO CRÍTICO QUE O MUNDO VEM PASSANDO POR CAUSA DESSA PANDEMIA. SERIA A OBRA UMA PROFECIA AO CORONAVÍRUS?
Desde que o mundo começou a
adotar o período da quarentena depois que a pandemia da Covid-19, popularmente
chamado de Coronavirus infestando e
trazendo pânico para o mundo todo. Muitos tem lembrado de uma canção de Raul
Seixas que reflete bem o atual momento, a canção trata-se de O Dia em que
a Terra Parou onde muito se tem
comentado e criado absurdas teorias conspiratórias de que Raul nessa canção teria profetizado que o
mundo inteiro pararia por causa desse
surto do Coronavirus. Para compreender melhor, vamos analisar um pouco do
conceito estético da canção.
OBS:
Só para esclarecer, minha
intenção não é botar juízo de valor sobre o teor da sua letra para ninguém
pensar que eu esteja acusando Raul de fazer charlatanismo, blasfema-lo, enfim, mas
sim de analisar de forma mais apurada sobre o real sentido dessa sua
canção e esclarecer a respeito do equívoco
que leva muita gente a defender sobre o tom profético dela ao atual efeito do Coronavirus. Nessa minha análise, eu deixo de
lado o meu gosto pessoal pela canção e também pelo artista, mesmo porque isto
aqui é a parte que menos importa. O que importa aqui é compreender o que ela
significa.
Sobre o autor da
canção:
Raul Seixas(1945-1989) também
chamado carinhosamente pelos fãs de Raulzito ou mesmo de Maluco Beleza, sempre foi bastante intelectualizado, desde
criança era um leitor voraz dos livros do acervo da livraria de seu pai em sua
terra natal Salvador-BA. Além da leitura,
Raul nutria um imenso fascínio por filosofia e por artes místicas, esotéricas,
ocultistas dentre outros e ele sempre expressava essa sua paixão nas letras das
músicas. A prova disso é que a mais icônica canção dele Gitã,
gravada em 1974 que dá título ao seu
álbum de estúdio, que ele compôs em parceria com o futuro escritor best seller mundial Paulo Coelho. Apresenta na
letra bem este tipo de estética complexa filosófica com cunho espiritualista que o tornava incompreendido a ponto de ser
visto como louco. O título da canção era uma referência a Bhagavad Gita,
importante texto milenar dos povos hindus que formaram a Índia e cujo
surgimento é datado do século IV a.C.
Você nota bem esse cunho
religioso em Gitã quando ele inicia a canção introduzindo: “Eu que já andei pelos quatro cantos do
mundo, procurando. Foi justamente num
sonho que ele me falou”. Mostrando como foi o seu contato com Deus. Isso também pode ser notado com outra famosa
canção dele em parceria com Paulo Coelho que é Eu nasci há mil anos atrás
gravada em 1976. Que também representa esse cunho bem religioso ao descrever a
ótica de um ser milenar comentando como foi testemunhar momentos importantes da
história da humanidade como Moisés cruzar o Mar Vermelho, Cristo sendo
crucificado, Hitler tomando o poder na Alemanha e o surgimento da Segunda
Guerra Mundial, enfim. Já a respeito da
canção O Dia em que a Terra Parou que será o foco aqui da
análise. Ele também segue por esta vertente, mas trazendo em um tom mais
pessimista sobre um cenário profético e
apocalíptico.
Analisando a canção
parte a parte:
A primeira prova do quanto
fica evidente que a canção carrega um tom profético e apocalíptico que leva a
muitos conspiracionistas teorizarem que Raul teria profetizado o Coronavirus
está no seu trecho introdutório na
primeira estrofe do verso:
“Essa noite, eu tive um sonho
de sonhador
Maluco que sou, eu sonhei
Com o dia em que a Terra Parou
Com o dia em que a Terra
Parou”
E ele continua na introdução
na segunda estrofe a explicar sobre o
seu sonho apocalíptico:
“Foi assim
No dia em que todas as pessoas
Do Planeta Inteiro
Resolveram que ninguém ia sair
de casa
Como que se fosse combinado em
todo o planeta
Naquele dia, ninguém saiu de
casa, ninguém”
É a partir da terceira estrofe
da canção que vemos o quão evidente leva a muita gente pensar que esta canção
de cunho apocalíptico teria profetizado sobre o que vem ocorrendo no atual
cenário caótico causado pelo Coronavirus.
“O empregado não saiu pro seu
trabalho
Pois sabia que o patrão também
não tava lá
Dona de casa não saiu pra comprar pão
Pois sabia que o padeiro
também não tava lá
E o guarda não saiu para
prender
Pois sabia que que o padeiro
também não tava lá
E o ladrão não saiu para
roubar
Pois sabia que não ter onde
gastar. “
Depois do fim dessa segunda
estrofe descrevendo o cenário em que a população do mundo representado em diferentes
figuras sociais como a Dona de Casa, o Padeiro, o Guarda, O Empregado, o Patrão
e o Ladrão não saírem as ruas pois sabiam que estava tudo vazio, temos a repetição quatro vezes
do refrão com o título da canção:
No dia
em que a Terra Parou(ÔÔÔÔ)
No dia
em que a Terra Parou(ÔÔÔÔ)
No dia
em que a Terra Parou”
Entra a quarta estrofe que
descreve dois locais fechados que bem
condizem com o que vem ocorrendo com o efeito da pandemia do Coronavírus.
“E nas igrejas nem um sino a
badalar
Pois sabiam que os fiéis
também não tavam lá
E os fiéis não saíram pra
rezar
Pois sabiam que o Padre também
não tavam lá
E o aluno não saiu para
estudar
Pois sabia o professor também
não tava lá
E o professor não saiu pra
lecionar
Pois sabia que não tinha mais
nada pra ensinar”
Após essa estrofe, é repetido
quatro vezes o refrão com o título da
canção.
“No dia em que a Terra Parou(ÊÊÊê)
No dia em que a Terra
Parou(ÔÔÔÔ)
No dia em que a Terra
Parou(ÔÔÔÔ)
No dia em que a Terra Parou”
Na quarta e última estrofe da canção, Raul descreve o cenário
nos quarteis generais e nos hospitais:
“O Comandante não saiu para o
quartel
Pois sabia que o soldado também
não tava lá
E o Soldado não saiu pra ir
pra guerra
Pois sabia que o inimigo
também não tava lá
E o Paciente não saiu pra se tratar
Pois sabia que o Doutor também
não tava lá
E o Doutor não saiu pra
medicar
Pois sabia que não tinha mais
doença pra curar”
Após fim dessa estrofe, ele
repete quatro vezes o refrão:
“No dia em que a Terra Parou(Oh,
Yeah)
No dia em que a Terra Parou(Foi
tudo)
No dia em que a Terra
Parou(ÔÔÔÔ)
No dia em que a Terra Parou”
Ao encerrar a canção ele
repete o trecho inicial com umas pequenas mudanças:
““Essa noite, eu tive um sonho
de sonhador
Maluco que sou, acordei”
E ao encerrar ele repete umas
oito vezes o título da canção como refrão:
“No dia em que a Terra Parou(Oh,
Yeah)
No dia em que a Terra Parou(eu
acordei)
No dia em que a Terra Parou(acordei)
No dia
em que a Terra Parou(justamente)
No dia em que a Terra Parou(eu
não sonhei acordado)
No dia em que a Terra Parou(ÊÊÊê)
No dia em que a Terra Parou(no
dia em que a terra parou)”
Capa do álbum homônimo a canção lançado em 1977.
O fato da canção composta e
escrita por Raul em parceria com Claudio
Roberto, que integra a terceira faixa
do seu sétimo álbum de estúdio lançado em 1977 pelo selo da Warner Music
Brasil-WMB, que tem o mesmo nome da canção. Cujo nome foi obviamente inspirado no clássico filme de
ficção cientifica lançado em 1951, dirigida por Robert Wise(1914-2005) baseado no romance Farewell to the Master de Harry Bates(1900-1981).
Pôster e imagem do filme O Dia em que a Terra Parou (The Day The Earth Stood Still, EUA, 1951). Título que inspirou essa canção de Raul Seixas. Clássica sombria de ficção cientifica que parodiava o começo tenso da Guerra Fria.
Uma obra que retratava o início do pânico da Guerra Fria, com a vinda de uma alienígena Klaattu(Michael Rennie) numa missão de paz. Que trazia o grande desafio de avisar a população que a atividade da Terra iria parar de girar, gerando um grande caos no mundo todo. O fato da estética da letra composta há mais de 40 anos bem simbolizar e condizer com o atual momento crítico causado pela bactéria do coronavirus. Não significa que Raul tenha profetizado que seria essa crise viral a causa de fazer o mundo inteiro ficar parado. A começar pelo fato de que em nenhum dos versos da letra ele sequer faz menção ao que teria causado o cenário bizarro que ele descreve da população inteira resolver não sair de casa. Desde o começo fica evidente que aquilo que ela estava descrevendo era fruto de um pesadelo, e esta evidência pode ser bem observada nos trechos introdutórios:
Pôster e imagem do filme O Dia em que a Terra Parou (The Day The Earth Stood Still, EUA, 1951). Título que inspirou essa canção de Raul Seixas. Clássica sombria de ficção cientifica que parodiava o começo tenso da Guerra Fria.
Uma obra que retratava o início do pânico da Guerra Fria, com a vinda de uma alienígena Klaattu(Michael Rennie) numa missão de paz. Que trazia o grande desafio de avisar a população que a atividade da Terra iria parar de girar, gerando um grande caos no mundo todo. O fato da estética da letra composta há mais de 40 anos bem simbolizar e condizer com o atual momento crítico causado pela bactéria do coronavirus. Não significa que Raul tenha profetizado que seria essa crise viral a causa de fazer o mundo inteiro ficar parado. A começar pelo fato de que em nenhum dos versos da letra ele sequer faz menção ao que teria causado o cenário bizarro que ele descreve da população inteira resolver não sair de casa. Desde o começo fica evidente que aquilo que ela estava descrevendo era fruto de um pesadelo, e esta evidência pode ser bem observada nos trechos introdutórios:
“Essa noite, eu tive um sonho
de sonhador
Maluco que sou, eu sonhei
Com o dia em que a Terra Parou
Com o dia em que a Terra Parou
Foi assim
No dia em que todas as pessoas
Do Planeta Inteiro
Resolveram que ninguém ia sair
de casa
Como que se fosse combinado em
todo o planeta
Naquele dia, ninguém saiu de
casa, ninguém”
A maneira como ele inicia
nesse primeiro parágrafo, mesmo soando redundante gramaticalmente como “sonho de sonhador”, ainda assim serviu
bem para ele mesmo se autodefinir como maluco, que era como a crítica
especializada em música na época o
definia. E do quão o nível seria bem bizarro quando mais para frente ele
descreve como estava a vida rotineira de um lugar qualquer que ele não
especifica qual cidade, qual pais onde via a população de todo Planeta Terra
decidirem não saírem de casa.
Outro aspecto que prova o quão
equivocado é pensar que Raul tivesse profetizado o Coronavirus nessa canção, é
que quando ele a partir da terceira estrofe que é quando começa a fazer a
descrição do cenário apocalítico que o mundo inteiro parado no seu sonho ele
começa descrevendo que “O empregado não saiu pro seu trabalho pois sabia que o patrão não tava lá”, uma licença poética
que será bastante recorrente nessa canção, já que em vez de colocar o mais
correto que era estava lá, optou pelo tom mais
coloquial com tava lá.
Ele também repete dessa mesma
forma nesse mesmo verso ao mencionar a Dona de Casa não sair de casa para ir
padaria, pois sabia que não se encontrar com o padeiro para lhe vender pão. E
quando descreve do Guarda não sair para patrulhar atrás de bandido. Tipo, ok
que no começo ele ao mencionar nesse verso
que o empregado não sair para trabalhar bem condiz realmente com que vem
acontecendo desde que começou esta quarentena, onde inclusive tem aumentado
muito o número de gente desempregada. Porém, se a gente for analisar quando ele
menciona a “Dona de Casa não saiu pra comprar pão, pois sabia que o padeiro
também não tava lá”, já notamos o primeiro equivoco que faz muita gente pensar
que a música de Raul profetizou essa quarentena do Coronavirus. Visto que, por
exemplo, diariamente aqui em casa, o meu pai sempre que sai para a padaria, ele sempre
coloca no rosto a máscara de proteção, ele sempre que retorna trazendo o pão me passa um relatório de como tem andado o cenário da movimentação da capital
Natal/RN. Já que desde que teve início essa quarentena, eu praticamente não
tenho saído de casa. Saio muito esporadicamente e sempre coloco a máscara de
proteção e fico bastante bestializado quando vejo gente caminhando pelas ruas
sem proteger o rosto. E no caso da padaria, ele sempre me relata como tem visto
todo o atendimento normal tanto da
clientela, como dos atendentes tudo com máscara de proteção e botando uma fita
de isolamento no balcão e sem o ar condicionado ligado.
Isso evidencia bem o equívoco
para quem defende que a canção de Raul profetizava a epidemia do Coronavírus,
do mesmo jeito que no último parágrafo desse verso ao descrever sobre o Guarda
não sair para prender, visto que numa da poucas vezes que sai de casa, eu
observei a ronda policial em frente a uma sorveteria com eles usando a máscara de proteção. Já no
verso seguinte após repetir o refrão com o título da canção quando ele menciona
as igrejas e as escolas não abrirem, ai já começa a confusão de que Raul com
esta obra teria profetizado a quarentena
do coronavirus. Pois justamente desde que teve início esta quarentena viral, as
escolas estão fechadas e com este semestre de 2020 completamente perdido.
Coitado dos alunos do Terceiro Ano do Ensino Médio que vão prestar ENEM e dos que estão nos
últimos períodos das graduações das
universidades brasileiras. Já que depois que acabar esta quarentena a correria
para cumprir cronogramas e as grades vão ser puxados. É tanto que nas poucas vezes que sai de casa nesta quarentena, eu já passei em frente a muitas escolas públicas e particulares daqui de Natal-RN no horário da manhã que tinha o maior fluxo de carros dos pais levando os filhos e eu estranhei na calçada não ter nenhum carro estacionado em frente parecendo umas férias fora do comum. E as igrejas também nem se fala. Já o penúltimo verso, também gera a confusão
de fazer muitos de muitos equivocadamente defenderem que na canção, Raul
tivesse profetizado o Coronavirus, é quando no final ele descreve num bastante
pessimista sobre o médico paciente nesse
seu sonho maluco:
“E o paciente não saiu pra se
tratar
Pois sabia que o doutor também
não tava lá
E o doutor não saiu pra
medicar
Pois sabia que não tinha mais
doença pra curar”.
Bom, desde que começou esta
quarentena por causa do Coronavirus, o que tem se visto são muitas notícias de
aumentos de casos de gente das mais diversas idades contraindo o Covid-19, o
que dificulta de fechar a conta dessas estáticas, ainda mais com as quantidades
de mortes que tem sido bastante noticiadas ocasionadas por este surto. O que me
faz lembrar da piada que o Chaves no seriado
faz no episódio onde não entende o que são as estatísticas explicadas
pelo Professor Girafales quando este o orienta a não ir brincar na rua fora da
vila, porque lá era perigoso e cheio de acidentes automobilísticos e ele tenta
explicar e o Chaves demora a entender, e quando o Seu Madruga e o Senhor
Barriga aparecem no final do episódio com
as pernas engessadas por um acidente automobilístico, ele fala com a Chiquinha com
a seguinte tirada “A Culpa não é deles, são das estatísticas”. E com isso o leito dos
hospitais tem ficado lotados e as equipes médicas trabalhando que nem louco
para dar conta do aumento de pacientes, gerando um enorme caos no sistema de saúde de diferentes países e
para piorar tem afetado na busca por caixões e por covas. Fora que também tem
existido muitos pesquisadores que tem corrido contra o relógio para desenvolver
as vacinas de curas.
Diante disso tudo, eu posso
concluir que essa canção de Raul apesar de carregar um tom profético e
apocalíptico, na verdade, ela não indica nada que a consequência dele ter visto
o mundo inteiro parar não era por causa do clima de pânico causado por algum
vírus, porque simplesmente as pessoas decidiram elas mesmas não saírem de casa.
Fica claro que na verdade, isto era apenas
fruto de um devaneio em um sonho
um tanto delirante dele que se definia ele mesmo como maluco como
é nesta última estrofe com o verso onde ele repente o trecho inicial, mas final
diz que acordou:
“Esta noite, eu tive um sonho
de sonhador
Maluco que sou, acordei”.
Na verdade, é muito mais
provável que Raul ao compor esta canção
tivesse mais se inspirado no cenário reflexivo do que estava acontecendo no mundo
durante a década de 1970. O pânico da Guerra Fria, com o mundo polarizado entre
as potencias dos EUA e da URSS. Com suas ideologias políticas e suas brigas
como grandes potencias armamentistas e nucleares.
Ele também trazia uma crítica
bem indiretamente sutil ao período do Regime Militar que era Governado no
Brasil na época neste trecho:
“O comandante não saiu para o
quartel
Pois sabia que o soldado
também não tava lá
E o soldado não saiu pra ir
pra guerra
Pois sabia que o inimigo
também não tava lá”.
Uma mensagem de um sonho
pacifista um tanto utópico, mas que fazia sentido para aquele contexto em que o
Governo Militar no Brasil regido por Ernesto Geisel(1907-1996) que naquele
período de 1974-1979 começava a adotar a postura da mudança “Lenta, Gradual e
Segura” após o período barra pesada dos anos de chumbo durante o Governo de seu
antecessor Emilio Garrastazu Médici(1905-1985)
que durou entre os anos de 1969-1974.
Enfim, diante de tudo isso, posso
constatar que a música gravada há 43 anos e que reflete bastante sobre o atual
momento dessa crise apocalíptica causada pelo Coronavirus não significa que com
ela Raul Seixas tenha pretensiosamente
profetizado que seria o vírus o grande responsável por causar o clima
apocalíptico atual. Mesmo porque em nenhum momento ele defini o efeito que
causou das pessoas não saírem de casa. Fora algumas inverossimilhanças em
alguns versos quando ele descreve da Dona de Casa não sair para a padaria dando
a entender que elas estavam permanente
fechadas deixando a população com fome, quando que na verdade baseado na
minha rotina aqui vendo meu pai saindo para a padaria, do mesmo jeito quando
ele menciona sobre os pacientes não saírem para irem para os hospitais, também
é bastante inverossímil, visto a quantidade de casos que tem aumentado a corrida contra o relógio de médico desenvolvendo vacinas para as curas. As
únicas coisas mesmo verossímeis é quando ele menciona o empregado não saiu para
trabalhar, porque sabia que o patrão também não tava lá, este sim faz sentido
porque muitos lugares de empresas e de repartições públicas tem fechado
bastante as portas desde que começou a
quarentena causada por esta pandemia e aumentado bastante o índice de
desemprego. Do mesmo jeito que as igrejas e as escolas também tem permanecido
fechadas. O que não significa que ele tivesse profetizado sobre o Coronavirus,
visto como ele mesmo esclarece ao seu ouvinte aquela sua descrição era fruto de
um sonho maluco dele com tom muito bizarro, muito pitoresco, com ares de
contemplatividade e um tanto delirante e surreal. Basicamente é isto que posso definir sobre o
que representa o conceito estético desta canção representa.
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