sexta-feira, 31 de outubro de 2025

ILSE KOCH-A BRUXA DE BUCHENWALD

 

Outro dia  assistindo a recente série  da Netflix sobre o serial killer Ed Gein(1906-1984) que é Monstro: A História de Ed Gein(Monster, The Ed Gein Story, EUA, 2025), se teve um fato que me chamou a atenção  foi como ele retratou a sua fascinação por uma sádica assassina nazista.

Essa tal mulher  trata-se de Ilse Koch(1906-1967), como ficou conhecida de A Bruxa de Buchenwald ou  também conhecida  como Cadela de Buchenwald, foi nada mais, nada menos do que uma sádica mulher com nível de prazer em torturar e matar  os judeus prisioneiros nos campos de concentração.



Ilse  Koch nasceu em Dresden em 1906,  filha de um fazendeiro, Ilse era conhecida como uma criança educada e alegre no ensino primário. Aos 15 anos deixou a escola para trabalhar numa fábrica   e depois numa livraria. Na época, a economia  alemã ainda não tinha se recuperado da derrota da Primeira Guerra Mundial   e seu trabalho na livraria a fez começar a se interessar pela nascente ideologia nazista, e a ter relações — em parte sexuais — com integrantes locais das SA.




Em 1936, começou a trabalhar como guarda e secretária no campo de concentração de Sachsenhausen, perto de Berlim, onde veio a conhecer o comandante Karl Koch, com quem se casaria. Em 1937, chegou a Buchenwald, não como guarda, mas como esposa do comandante. Influenciada por ele e por seu poder, Ilse começou a torturar e humilhar prisioneiros. Em 1940, construiu uma arena de esportes   fechada, com o dinheiro de prisioneiros e seus parentes, e no ano seguinte se tornaria supervisora sênior da pequena guarda feminina que servia em Buchenwald.




Essa mulher tinha um verdadeiro nível de sadismo e prazer, que era capaz de humilhar os prisioneiros fazendo torturas;

 Quando andava pelo campo, açoitava qualquer um que ousasse olhar para ela. Segundo testemunhas, Ilse sentia um prazer especial quando via crianças serem separadas dos pais e levadas para as câmaras de gás.”

(Trecho retirado do site Aventuras na História de 14 de Agosto de 2019).

Ela tinha uma obsessão peculiar por peles tatuadas a ponto de mandar os prisioneiros tirar as roupas e escolher pela tatuagem. Essa mulher era sadomasoquista mesmo.



Os selecionados eram mortos imediatamente e enviados para um cirurgião, que retirava as os pedaços de pele tatuados. Em alguns casos, a pele era arrancada como forma de tortura, com o prisioneiro ainda vivo.

As peles tatuadas viravam capas de livros, luvas, abajures e lustres, além de outros objetos. Além disso, órgãos e cabeças encolhidas eram expostos como troféus, e polegares mumificados eram usados como interruptores.”




Talvez isso explique o fato da conexão que a série biográfica  da Netflix sobre o Ed Gein, o assassino de Plainfield estabeleça, isso porque Gein praticou o mesmo nível de crueldade ao assassinar e mutilar os corpos das vitimas para transformar em adereços para vestidos e para confeccionar máscaras e moveis e violava corpos de pessoas enterradas no cemitério.

Já que ao longo dos oito episódios, eles mostram a idolatria que ele nutria pela mulher, principalmente ao mostrar ele lendo uma revista ilustrada sobre ela com ares meios eróticos.

Bom partido do fato  dele sendo um sujeito que teve uma criação difícil pela mãe autoritária e muito fanática  religiosa, que não queria vê-lo  se envolvendo amorosamente com nenhuma mulher por ver sexo como pecado e seu pai era um homem beberrão.




A válvula de escape que ele encontrou de referência não podia ser das melhores.

Na série é mostrado uns momentos de Ed Gein supostamente tendo uma interação com a Ilse Koch, como na cena dela após sair do banheiro de um bar vazio, de repente, se depara com uma festividade com os soldados nazistas e ao caminhar pelos corredores, se depara numa mesa com Ilse Koch. Ou mesmo na cena dele no hospital psiquiátrico se comunicando com por meio de um radioamador, algo que de fato não aconteceu, foi umas licenças poéticas para fins dramatúrgicos.

Ilse Koch caiu em desgraça antes do fim do  nazismo, em 1943 ela e o marido foram presos pela Gestapo, “acusados de desviar dinheiro e roubar bens dos prisioneiros — por lei, esses bens eram de propriedade do Reich.Ilse ficou presa até o início de 1945, quando foi inocentada. Já Karl foi condenado e executado em abril do mesmo ano.”

(Trecho do site Aventuras na História).

Ilse Koch foi presa novamente em 30 de Junho de 1945, um mês após o fim do conflito e quando o Führer Adolf Hitler havia cometido suicídio ao lado de sua companheira Eva Braun no bunker.

Foi julgada por crimes de guerra, “passou quatro anos na prisão e foi solta por falta de provas conclusivas. A decisão de soltura gerou uma onda de protestos, e Ilse foi presa mais uma vez, em 1951, e condenada à prisão perpétua.”

Na prisão começou a demonstrar sérios quadros de problemas psicológicos sendo atormentada pelas assombrações de suas vítimas que torturou. Ilse Koch cometeu suicídio em 1° de Setembro de 1967, com 60 anos, após escreve uma carta para o filho da qual não demonstrava nenhum arrependimento e remorso por suas ações.

Essa mulher psicopata era mesmo um demônio.

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