sexta-feira, 26 de setembro de 2014

AS VÁRIAS FACES DE "HÉRCULES" REPRESENTADO PELA ARTE.



No segundo domingo de Setembro de 2014, fui conferir a recente produção épica inspirada no mais famoso herói semideus dos tempos da Grécia Antiga. Hércules estrelado pelo ex-lutador de Westiling Dwayne Johnson, The Rock que me surpreendeu bastante. 

Hércules para quem não sabe ele é um personagem da mitologia grega que nasceu do fruto de uma pulada de cerca do chefão do Monte Olimpo Zeus com uma mortal chamada Alcmena. E quando sua madrasta, a deusa Hera soube dessa traição, vingativa resolveu puni-lo mandando ele mesmo inconscientemente matar sua esposa e filhos e como redenção ele foi obrigado a fazer os Doze Trabalhos, algo que muita gente deve saber de cor e salteado porque foi contada e recontada diversas vezes.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

A saga de Hércules assim como as sagas dos mitos bíblicos, carrega em comum o fato de historicamente não ter uma única autoria.  Suas aventuras surgiram oralmente por diferentes povoados do campo, que originalmente o chamavam de Héracles. O seu nome como a gente está familiarizado a usar de Hércules foi adaptado de uma versão latinizada inspirada pelos romanos.  Não existe uma datação precisa de quem foi o primeiro escriba a descrever, exaltar e eternizar as suas gloriosas façanhas seja em versos poéticos ou mesmo em obras teatrais, sua lenda de herói invencível ainda desperta há séculos em todo mundo a inspiração de luta.

 

Com o passar dos milênios, o seu mito seria bastante eternizado pela influencia principalmente das manifestações artísticas das esculturas gregas e romanas, as pinturas renascentistas, as influencias em peças teatrais e chegando as mídias mais modernas, como o cinema que surgiu no final do século XIX e depois com o advento da televisão no século XX, inspirou uma série televisiva e algumas publicações de quadrinhos.  Foi pensando nisto que resolvi mostrar alguns exemplos de manifestações artísticas brilhantes que serviram bastante de inspiração para eternizar o icônico herói, aliás, se não fosse ele não teríamos o Superman ou mesmo outros heróis maneiros da cultura pop inspirados nele.

 

 

Antigo Vaso Grego datado do século V.a.C  com desenho de Hércules que simboliza por assim dizer a primeira manifestação artística da divindade.  Este objeto encontra-se no acervo do Museu do Louvre.  É de autor desconhecido.


 
 
 
 







 
 
 
 

Escultura de Hércules enfrentando o Leão de Neméia, sem autoria e datação especifica.



 





 















Mosaico romano datado do século I d.C retratando a jornada de Hércules com o seu companheiro Iolaus. Também de autor desconhecido.








 



 

Estátua de Bronze romana de Hércules, intitulada de “Hércules do Teatro de Pompeu” pertencente ao Museu Vaticano em Roma.






















 

Pintura de Hércules enfrentando a Hidra de Lerna com o adereço da pele do Leão de Neméia.  Em um quadro renascentista  datado do final do século XV de autoria do italiano Antonio Pollaiulo(1432-1498).
























O fisiculturista Steve Reeves(1926-2000) em cena no filme “Hércules e a Rainha da Lídia(1959) numa capenga produção italiana de Pietro Francisci((1905-1977), que tinha como pano de fundo a divindade envolvida na intrigas da sucessão do reino de Tebas principalmente pela briga no trono de Polinices e Eteocles, filhos de Édipo  e caindo na  fetiche de Ônfale(Sylvia Lopez) a Rainha da Lídia.  





 










 

Em 1961, outro também fisiculturista, o inglês Reg Park (1928-2007)  também encarou o  papel da importante divindade grega em “Hércules na Conquista de Atlântida” num filme cuja trama envolvia Hercules participando do afundamento da misteriosa ilha de  Atlântida que até hoje gera muitas controvérsias entre muitos estudiosos acadêmicos da historiografia sobre sua existência.



 





 










Em 1970, o também fisiculturista Arnold Schwarzenegger futuro astro brucutu dos filmes de ação encarava sua primeira experiência  cinematográfica protagonizando o herói semideus grego em “Hércules in New York”.







 












 

Em 1983, o também atleta do fisiculturismo Lou Ferrigno então dublê de corpo do seriado de TV do Incrivel Hulk(1978-1982) encarou o Hércules numa capenga produção italiana onde de tão ruim chegou a receber umas indicações do prêmio Framboesa de Ouro(Versão Oscar para filmes ruins).  Apesar disso, o filme ainda conseguiu agradar a algumas pessoas virando um filme cult. Em 1985, ganhou uma sequencia intitulada de “As Aventuras de Hércules”.







 









 

Na década de 1990, Kevin Sorbo que nunca tinha sido atleta nem de fisiculturismo ou de outra modalidade esportiva alguma foi o responsável por dar vida  ao semideus no seriado de TV, “Hércules: The Legendary Journey” produzido entre os anos de 1995-1999, que eu conferir bastante no SBT.  Antes de virar ator, Sorbo era modelo, como já demonstrava um porte físico propicio, isto terminou facilitando para os produtores o escolhessem para o papel titular.





 



 










Em 1997, a Disney lançou um interessante longa-animado inspirado no semideus da mitologia grega, onde o Hércules que nos foi apresentado mostra ter muitas influencias do universo pop, como por exemplo, ele tinha como seu companheiro de aventuras e animal de estimação, o cavalo alado Pégaso, uma clara referencia a animação japonesa dos Cavaleiros do Zodíaco.






 















Em 1965, a Marvel Comics como se não bastasse ter colocado a divindade nórdica de Thor em suas publicações a partir da revista Journey Into the Mystery, publicada em Agosto de 1962, eles também passaram a incluir o herói grego Hércules em seus catálogos a partir da publicação da revista Journey to Mystery Anual#1.  Passando também a figurar na Mitologia Marvel.








 













 

Capa da Graphic Novel “Hércules: Guerras Trácias”, saga de quadrinhos  que serviu de base para o roteiro do filme estrelado pelo Dwayne Johnson.



 

 









 

Por fim, Dwayne Johnson(The Rock) no papel do semideus na mais recente adaptação cinematográfica do herói semideus grego cuja base para o roteiro deste filme sob a direção do Brett Ratner foi inspirado na Graphic Novel “Hércules: Guerras Trácias”.

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FONTE:




















http://pt.wikipedia.org/wiki/Dwayne_Johnson


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

domingo, 7 de setembro de 2014

COMPARAÇÕES ENTRE A REVOLUÇÃO FRANCESA E INDUSTRIAL



INTRODUÇÃO:











As Revoluções Francesa e Industrial tiveram suas importâncias para o mundo do momento em que surgiram novas idéias políticas e econômicas que ocasionaram este feito. A Revolução Industrial trouxe novos investimentos de mercado mais competitivo e usando do maquinário para dar um impulso maior ao seu mercado. Já a Revolução Francesa foi importante porque através de suas influencias iluministas de mudança de regime político, da Monarquia para a República ocasionou também algumas mudanças importantes, como a Revolução Haitiana. Ambos estes movimentos trouxeram para o mundo um novo sentido de filosofia política, um novo sentido de ciência técnica, e também de novo sistema político-ideológico. A Revolução Industrial foi o que impulsionou Karl Marx a criar uma nova filosofia para a classe trabalhadora “O SOCIALISMO”. Outra coisa em comum com estes dois movimentos importantes foi que eles surgiram no final do século XVII, numa época em que os velhos regimes monárquicos da Europa estavam passando por uma grave crise política e não só política como também econômica. Na primeira parte sobre a Revolução Francesa, o autor Eric Hobsbawn defende que: “Se a economia do mundo do século XIX foi formada principalmente sobre a influencia da Revolução Industrial britânica, sua política e ideologia foram formadas fundamentalmente pela Revolução Francesa. A Grã-Bretanha forneceu o modelo para as ferrovias e fábricas, o explosivo econômico que rompeu com as estruturas socioeconômicas tradicionais do mundo não europeu: mas foi a França que fez suas ideias, a ponto que fez suas revoluções e suas bandeiras tricolores de um tipo ou de outro terem-se tornado o emblema de praticamente todas as nações emergentes e a política europeia (ou mesmo mundial.)”













 A Revolução Industrial foi o que impulsionou Karl Marx a criar uma nova filosofia para a classe trabalhadora “O SOCIALISMO”. Outra coisa em comum com estes dois movimentos importantes foi que eles surgiram no final do século XVII, numa época em que os velhos regimes monárquicos da Europa estavam passando por uma grave crise política e não só política como também econômica. Na primeira parte sobre a Revolução Francesa, o autor Eric Hobsbawn defende que: “Se a economia do mundo do século XIX foi formada principalmente sobre a influencia da Revolução Industrial britânica, sua política e ideologia foram formadas fundamentalmente pela Revolução Francesa. A Grã-Bretanha forneceu o modelo para as ferrovias e fábricas, o explosivo econômico que rompeu com as estruturas socioeconômicas tradicionais do mundo não europeu: mas foi a França que fez suas ideias, a ponto que fez suas revoluções e suas bandeiras tricolores de um tipo ou de outro terem-se tornado o emblema de praticamente todas as nações emergentes e a política europeia (ou mesmo mundial.)”

 
 
 

 A Revolução Francesa teve sua eclosão especificamente na França a partir do momento em que a própria França demonstrava algumas peculiaridades que a tornavam melhor do que a própria Grã-Bretanha em termos internacionais . Em praticamente todo o século XVIII, a França foi uma grande rival econômica da Grã-Bretanha. Só para ter uma ideia do quanto que a França era um forte concorrente da Grã-Bretanha, a França tinha um comercio externo cuja multiplicação ocorreu no período de 1720-1780, e essa multiplicação foi o que ocasionou uma grande tensão para a sua rival Grã-Bretanha, além disso, tinha um sistema colonial mais dinâmico do que o próprio sistema colonial britânico. No entanto, a França em outros termos não era uma potência como pelos interesses de expansão do comércio capitalista, ou seja, era esse fator que tornou predominante para quê a Grã-Bretanha se tornasse uma potência. Coisa que a França não tinha adotado esse sistema, e foi o que ocasionou em um monte de conflitos internos. A França tinha o seu maior poder de influência entre a Aristocracia e a Monarquia Absoluta. Essa força da camada mais poderosa da Pirâmide Social Francesa no período do século XVIII foi em termos gerais o que acabou por gerar o estopim para causar o enorme conflito entre a estrutura oficial e mais a estrutura de outras camadas sociais e os interesses estabelecidos do velho regime e com novas forças sociais que vinham ascendendo. Tudo isso foi o que ocasionou a origem da Revolução Francesa dentro da própria França.
 
 
 
 





sábado, 6 de setembro de 2014

CRÍTICA DO LIVRO AZINCOURT DE BERNARD CORWELL
























Há mais ou mesmo uns dois meses fiz a conclusão da leitura do livro Azincourt de autoria do romancista britânico Bernard Cornwell.  Um especialista e apaixonado por armas medievais, paixão essa que foi bastante influenciada pelo ambiente familiar onde foi criado que tinha muito envolvimento no meio militar, seu pai foi um aviador canadense e sua mãe foi auxiliar da Força Área Britânica. Antes de tentar carreira de escritor, Cornwell trabalhou por 10 anos na famosa rede de televisão britânica BBC, onde exerceu os seus primeiros dotes de pesquisa para seus romances em um programa chamado Nationwide até concluir sua estadia por lá assumindo o cargo de Chefe de Assuntos Televisivos Atuais. Autor de diferentes romances sobre importantes temas que marcaram a história britânica, como os títulos dos catálogos das séries Crônicas Saxônicas, a Trilogia do Rei Artur, A Busca do Graal e As Aventuras de Sharpe, entre outros sem  um catalogo especifico. Com este romance em questão carregado de uma envolvente e cativante narrativa que reconstitui passo a passo A Batalha de Azincourt.  Episódio ocorrida no dia 25 de Outubro de 1415, data da celebração de São Crispim eternizada na peça teatral Henrique V, do célebre dramaturgo William Shakespeare, recontando a brava vitória inesperada dos ingleses. Com uma impressionante narrativa novelesca de cavalaria, utilizando-se inclusive dos recursos de licenças poéticas que nos faz remeter aos gloriosos tempos das narrativas medievais, utilizando-se também em uma linguagem de didatismo para mostrar o quanto que teve uma primorosa pesquisa para dar mais credibilidade a obra ficcional. Com a sua narrativa contada a partir do ponto de vista do arqueiro Nicholas Hook, que por ter uma grande habilidade neste instrumento de guerra termina sendo designado pelo seu senhor feudal a Londres com a missão de enfrentar os lolardos, que foi um movimento político e religioso que na Inglaterra dos séculos XIV e XV foram responsáveis por grandes conflitos envolvendo reformas religiosas na Igreja Católica do país. A narrativa do romance de Cornwell contém relatos surpreendentes de como era a vida rotineira na Inglaterra naqueles tempos conflituosos onde tudo era muito escasso e precário, como por exemplo, a comida, a higiene, num ambiente onde escorria direto e os cenários de carnificina. A promiscuidade nas orgias sexuais em algumas tabernas.  A infestação de doenças que foram responsáveis por matarem inúmeros soldados, mas do que nos confrontos.  Tudo muito bem milimetricamente contado de uma forma prazerosa, para puramente entreter um público amplo bem diferente da maioria dos artigos que já li escrito por grandes historiadores que se utilizam de um linguajar mais culto que apenas quem é da área consegue entender. 







No final do livro tem até uma importante nota explicando ao leitor esclarecimentos sobre esta batalha que teria passado despercebida se não fosse pela obra Henrique V de William Shakespeare a eternizá-la para sempre, já que foi o então da Inglaterra um dos responsáveis por comandar esta improvável vitória inglesa. Nesta nota é inclusive citado um trecho retirado  de um livro do historiador britânico Sir John Keegan(1934-2012), intitulado “The Face of Battle”, publicado em 1976, onde cita a respeito de Azincourt o seguinte: “ Os acontecimentos da campanha de Azincourt são, para o historiador militar, de uma objetividade gratificante....há menos do que a louca incerteza usual com relação aos números envolvidos de cada lado.”



Esta nota também contém já no final da página, uma linda estrofe poética escrita por um ex-militar francês que participou deste combate real e depois passaria 25 anos prisioneiro. Esta estrofe faz a seguinte descrição sobre o que foi aquele conflito na sua visão particular:



“A paz é um tesouro que nunca é demasiado louvar.



Odeio a guerra. Ela jamais deveria ser louvada;



Por muito tempo me impediu, certa ou erradamente,



De ver a França que meu coração deve amar.”



Ótimo livro cuja leitura eu recomendo.















 FONTE:



http://pt.wikipedia.org/wiki/Lollardismo



http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Keegan



http://pt.wikipedia.org/wiki/Azincourt_%28livro%29



http://www.bernardcornwell.net/



http://pt.wikipedia.org/wiki/Bernard_Cornwell



http://pt.wikipedia.org/wiki/Henrique_V_de_Inglaterra



http://pt.wikipedia.org/wiki/Henrique_V_%28teatro%29