terça-feira, 31 de dezembro de 2019

RETROSPECTIVA DA DÉCADA DE 2010


Lá se foi 2019, um ano cheio de muitas provações. Principalmente nesse primeiro ano de Governo do Bozo, que fez tanto absurdo atrás do outro, que daria um bom roteiro de comédia do mais puro nonsense. 



2019 também foi um ano importante que acompanhamos o fechamento de um importante ciclo que foi o da segunda década do século 21. Em pensar que há vinte anos nos víamos o testemunhar do fim do século 20 e o nascer do século 21. 


















Me recordo bem nesta época, há exatos vinte anos, onde eu um adolescente com  14 anos,  do clima de pânico absurdo que alguns conspiracionistas  estavam causando com aquelas declarações sensacionalistas de apocalipse  por causa do Bug do Milênio, e com as profecias de Nostradamus. 






Bom, se conseguimos sobreviver a mais uma ideia absurda de fim de mundo. Com certeza, nós sobrevivemos  a um tempo difícil como foi esta data de 2019 que encerra esta segunda década deste milênio. Uma década que teve início muito promissora, principalmente para o nosso Brasil.  Começamos em  2010 com o então Presidente Luís Inácio Lula da Silva, encerrando o seu segundo mandato de governo  com um índice de aprovação altíssimo, com ótimos desempenhos principalmente na parte social, investindo no assistencialismo, nos programas socias e de educação e com a nossa economia muito crescente. Estávamos muito otimistas, porque figurávamos como uma grande potência econômica e nos fomos afetados pela Crise Financeira na Bolsa Americana de 2008. Que afetou não só os EUA, como também toda a Europa. Tínhamos sido os escolhidos para sediar dois eventos esportivos internacionais importantes, como a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas no Rio em 2016. 







É tanto que ele havia conseguido a proeza de eleger pela primeira vez uma mulher presidente que foi Dilma Roussef. Um dos grandes exemplos do quanto estávamos otimistas em sermos um pais que ia para frente foi quando vimos surgir uma nova classe média que se ascendeu da Classe C e D, gente vinda  dos subúrbios e das periferias passaram a serem os símbolos de status do novo retrato da sociedade brasileira daquele começo de década de 2010.

Tudo levava a crer que o Brasil iria para frente, mas ai vieram os escândalos das pedaladas fiscais, a Operação Lava-Jato que manchou e muito a reputação do governo da Dilma, a ponto de vim o grande golpe que foi o impeachment que ela sofreu em 2016.  O Brasil desandou completamente ladeira durante os dois anos do mandato de Michel Temer e agora com este atual desse Bozo, as coisas chegaram a um ponto de incredulidade e de imbecilidade que até Deus dúvida.

Tirando esse pessimismo de lado da nossa política, talvez uma das coisas que mais ficará marcado e mais legaremos as próximas gerações dessa década esteja de nunca vivemos tão conectados com o mundo como antes. 


Principalmente graças ao advento das redes sociais, que criaram novas tendências, novas tribos, novos modismos. Na música tivemos os predomínios do sertanejo universitário com Luan Santana e Michel Teló  e do funk de Anitta e dos MCs. Músicas que ao mesmo tempo que tem agrado a nova geração, também andam desagradando gente exigente como Milton Nascimento com sua declaração polêmica de acha-las um lixo. Eu mesmo confesso que não ouço de jeito nenhum. 





Os surgimento dos serviços de streaming como a Netflix foi o que dominou o ramo do entretenimento e veio com tudo mesmo. Uma nova alternativa de entretenimento.

Mas acredito eu que com certeza, uma das coisas que mais vamos lembrar o que representou  esta década de 2010 para o cinema, foi o predomínio do cinema com o gênero super-herói. Das páginas dos quadrinhos para as telas do cinema, nunca houve um predomínio desse gênero que viveu a sua Era de Ouro. Marcado pela nostalgia da retomada de franquias antigas como Star Wars, Planeta dos  Macacos, Jurassic Park e outras não deram muito certo como Exterminador do Futuro. Que popularizaram a onda da cultura nerd/geek, virando modismo, virando descolado, cool, o que antes era visto de forma marginal. 











Com certeza, essa será um dos maiores exemplos de legado que esta década de 2010 vai representar para as gerações futuras. O que posso resumir nisso tudo é que um ciclo foi concluído e estamos nos abrindo agora ao novo. Que venha a próxima década. Que venha 2020.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

2019 FOI UM ANO BOM (se você olhar com carinho) #meteoro.doc









"Em 2019, as desastrosas escolhas feitas pelo Brasil começaram a cobrar seu preço. Fomos lançados para dentro de um buraco civilizatório que parece não ter fundo. A surpresa é perceber que mesmo nesse lugar tão sinistro, a ciência e a arte sobrevivem e geram boas notícias."

domingo, 29 de dezembro de 2019

A ORIGEM DO ANO NOVO: POR QUE É COMEMORADO DIA 1º DE JANEIRO? - EDUARDO ...

 





"Feliz ano novo! Adeus, ano velho! Você e as suas perguntas... Garanto que você quer saber qual a origem do ano novo, não quer? Tudo bem, não é uma história brasileira, é uma história universal. Mas o canal Buenas Ideias, imbuído pelo espírito do Ano Novo, vai te contar porque, afinal,  se comemora a passagem do ano justo  em 1º de janeiro. Olha, é uma história estranha. Mas ajuste o seu calendário pois já estamos em 2020 e você ainda não sabe porque se encheu q cara no dia 31 de dezembro e acordou de ressaca em 1o  de janeiro. Mas, a partir de agora, o canal Buenas Ideias vai te esclarecer tudo, tudo, tudo. Tudinho!"

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

BISPO SARDINHA NA CEIA DOS ÍNDIOS CAETÉS - EDUARDO BUENO

 




"Ah, o Bispo Sardinha! Que repasto delicioso, que história bem temperada... O primeiro bispo chegou ao Brasil em 1552. Ele veio disposto a fazer os colonos  pagarem por seus pecados - no caso, pagarem literalmente. Não com aves Maria, mas em moeda sonante. Que nem certos bispos que ainda andam por aí. Além de ladrão, Sardinha também odiava índios: não podia ver gente emplumada. Expulso de Salvador, iniciou sua jornada de volta a Portugal em 1556.
Mas não foi longe — naufragou logo ali nas Alagoas... E virou repasto de Caeté. Sim, sim, sim! Os índios Caeté deglutiram o bispo Sardinha e, dois séculos e meio depois, inspiraram Oswald de Andrade a escrever o manifesto antropofágico de Oswald de Andrade. Que ceia poderia ser mais saborosa que um Sardinha? E sabe o que é melhor? o bispo que veio substituir Sardinha se  chamava Pero Leitão! Bom apetite! "

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Papai Noel e Crimes Natalinos | Nerdologia Criminosos

 







No Nerdologia Criminosos desse mês, você nunca mais vai ver o bom velhinho da mesma forma ao neste Nerdologia sobre Papai Noel e crimes natalinos.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

GASPAR DA GAMA: UM JUDEU NO DESCOBRIMENTO DO BRASIL - EDUARDO BUENO

 


"Um judeu no descobrimento do Brasil!  Sim, o misterioso Gaspar da Gama (que, claro, está relacionado ao implacável Vasco da Gama), era cristão-novo (na verdade, “novíssimo”) e tomou parte na frota de Cabral, pois estava retornando para a Índia, onde fora capturado.. Conheça agora a história e a biografia do primeiro dos judeus a colocar os pés no Brasil em mais um episódio que nunca, jamais, vai cair no Enem."

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

domingo, 15 de dezembro de 2019

O VERDADEIRO PADRE DO BALÃO: BARTOLOMEU GUSMÃO - EDUARDO BUENO

 




"O padre do balão foi mais um brasileiro que vivia com a cabeça nas nuvens! Mas não, talvez não seja quem você está pensando que é... Estamos falando de Bartolomeu Gusmão, o verdadeiro padre voador, um inventor genial e cuja fecunda história você vai conhecer nessa pílula dominical que vai te levar para para o alto e avante. Afinal, voar também é uma questão de fé!"

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

UM RASANTE PELA HISTÓRIA DE SANTOS DUMONT - EDUARDO BUENO

 







"Ah, a história de Santos Dumont! Há quanto tempo você está querendo saber quem foi Santos Dumont....Está na lista de espera para embarcar no primeiro voo de Santos Dumont, não é? Pois seus problemas acabaram: o canal Buenas Ideias enfim te enlevará aos ares e te conduzirá aos céus em companhia do padrasto da avião,  o gigante Santos Dumont - e de um jeito que nunca vai cair, nem subir, no Enem. Dirija-se ao portão de embarque, aperte os cintos e boa viagem."

domingo, 8 de dezembro de 2019

OS AZARADOS SORTILÉGIOS DO PRESIDENTE DA FUNARTE - EDUARDO BUENO

   





"O presidente da Funarte, muito apropriadamente, chama-se Dante. Isso mesmo, Dante, aquele do Inferno, saca? Talvez você ache que Eduardo Bueno está especialmente exaltado nesta pílula dominical, mas não se assuste: isso se deve ao rock, que levou às drogas, que levou ao aborto e depois ao pacto com o Coisa Ruim. Assista a esse vídeo para entender mais (ou menos) o por quê de todo esse papo que parece delirante mas que é dolorosamente real...."
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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

A DUPLA TRAGÉDIA DE EUCLIDES DA CUNHA - EDUARDO BUENO

  


"A dupla tragédia de Euclides da Cunha marcou o mundo literário brasileiro. Mas não foi só pela narrativa sangrenta que fez da “guerra do fim do mundo”, no seu inigualável “Os Sertões”.  Um dos nossos maiores escritores seria protagonista também de um crime passional que se desdobrou em dois. Descubra neste turbulento episódio como Euclides da Cunha morreu... duas vezes. E se essa história não cair no Enem, com certeza vai te  deixar de coração partido e cabelos em pé."

domingo, 1 de dezembro de 2019

80 ANOS DO BATMAN DOS QUADRINHOS E 30 ANOS DO CLÁSSICO FILME DO TIM BURTON



Neste  ano de 2019 foi muito importante para a história do Batman, isto porque ele comemorou um aniversário duplo de 80 anos de seu nascimento nos quadrinhos e 30 anos da clássica obra-prima do diretor Tim Burton era lançado aos cinemas. 

ANTECEDENTES DO FILME DE 1989:




Antes de comentar  sobre o filme de 1989, é necessário primeiro a gente entender que antes dessa versão do Batman como conhecemos, ícone da cultura pop já tinha ganhado outras versões cinematográficas antes de ter este clássico filme dirigido por Tim Burton. 










O  primeiro registro de filme  do Batman  surgiu em formato de cinessérie em 1943, portanto, quatro anos após ele ter sido criado por Bob Kane(1915-1998) e Bill Finger(1914-1974) na Detective Comics em 1939 que eram basicamente as séries com episódios  exibidos  nas telonas do cinema muito comum  naquele  contexto em que não existia aparelhos de televisores na maioria  das casas dos cidadãos norte-americanos. 









O primeiro ator a viver o Batman foi Lewis Wilson(1920-2000) e teve também Douglas Croft(1926-1963) como primeiro Robin. Em seguida veio a próxima versão também em cinessérie lançada em 1949, com Batman & Robin, onde contou com Robert Lowery(1913-1971) como Batman e Johnny Duncan(1923-2016)  como Robin. 







Duas décadas depois veio a versão do seriado de TV de 1966, que ganhou as telas no mesmo ano  contando com Adam West(1928-2017) no papel do Batman e Burt Ward como o Robin. 











Que por muito tempo foi a grande referência de muita gente, principalmente da geração que cresceu assistindo a série que trazia uma estética um tanto galhofa de tão  tosca que era, trash,  camp com elementos de  pop art e bastante colorida com referências cartunescas com direito a onomatopeias nas cenas de lutas e investindo bastante no humor um tanto abobalhado de tão ridículo e absurdo com ar até infantilizado. Aos olhos de hoje  pode se colocar que ele  ficou bastante datado,  mas, pelo menos representou um fato muito  importante na sua história, porque até aquele momento os gibis do Morcego  eram já há muito tempo alvos constante de vigilância  dos censores da Comics Code Authorithy(CCA).







Um código de fiscalização do conteúdo das publicações das revistas de super-heróis que surgiram em 1954, depois que o psiquiatra Fredric Wertham(1895-1981) publicou o polêmico livro de A Sedução do Inocente, onde denunciava que as revistas de super-heróis eram vista como má influência para a juventude e que o alto índice da criminalidade entre os jovens da década de 1950, estava relacionado aos gibis de super-heróis.  Por causa disso, os gibis do herói precisavam carregar um teor mais amenizado e a série por ser voltado para as crianças veio com este intuito. É tanto que graças ao sucesso da série  que alguns personagens como a Mulher-Gato, por exemplo, que nas HQs estava em um hiato de 12 anos sem aparecer nas revistas do herói por causa de seu apelo muito sensual retornava. Pode se colocar, que o herói das páginas das HQs sempre esteve assimilado a cinema. Quando Bob Kane e Bill Figer criaram o personagem no final da década de 1930 na revista da Dectetive Comics, a inspiração deles foi no filme mudo de 1926 chamado The Bat dirigida por Roland West(1885-1952).





Do mesmo jeito que em sua vasta galeria de  celebres vilões muitos carregam referências ao cinema, a Mulher-Gato, por exemplo, foi inspirada na musa hollywoodiana dos anos 1920  Jean Halow(1911-1937). 






Além dela também foram inspirados no cinema o Coringa, o célebre vilão que antagonizou este clássico filme de 1989.  A inspiração para o Coringa foi no palhaço do  filme mudo O Homem que ri, obra-prima do diretor expressionista alemão Paul Leni(1885-1929).

  







Já a respeito desse filme clássico de Tim Burton, que foi lançado num bem propicio já que naquele ano de 1989 o herói comemorava um aniversário redondo de 50 anos de sua publicação. E nada justo do que também lembrar dos 80 anos do Batman comentando sobre este filme que em 2019 completa três década de seu lançamento. 







CONTEXTO DOS ANOS 1980.

Quando Tim Burton entrou na empreitada de dirigir este filme enfrentou muitos percalços que não foi brincadeira. Ao contrário de hoje que ele tem  uma legião de admiradores pelo seu estilo autoral bem peculiar, usando e abusando da comédia ácida, transgressora  e anárquica com toques fantasiosos, góticos, sombrios,  sobrenaturais  e  com tipos bem excêntricos e  irreverentes. Nesta época em que ele assumiu a dura missão de dirigir um filme desse calibre de altíssimo orçamento  ele era basicamente um zé ninguém em Hollywood. Tinha começado dirigindo curtas metragens em animações de stop motion.  Os primeiros longas-metragens que tinha dirigido antes de Batman foram As Aventuras de Pee Wee(1985) e Os Fantasmas se Divertem(1988).







 Neste em questão ele tinha como seu protagonista Michael Keaton fazendo o Besouro Suco, que seria escalado para fazer diante de inúmeros  grandes astros da época  que foram cogitados e simplesmente se recusaram. Quando o nome de Michael Keaton foi definido para o papel, na época muita gente detestou a escolha dele para o protagonista, enviaram muitas cartas de protesto a Warner. Muito disso se deve ao fato dele ser na época um famoso astro de comédia e muita gente não levava muito a sério  que ele sendo astro de comédia, dentre este ele tinha estrelado Os Fantasmas se Divertem, pudesse realmente imprimir uma seriedade a um filme desse que iria mais para uma pegada sombria. Muitos achavam que ficariam igual a série de tv dos anos 1960, que era referência de muita gente tinha até então. Algo bastante  antiquado para a década de 1980, visto que a geração da época estava longe de ver super-heróis como grandes atrativos para as telonas. O que elas curtiam mesmo  eram os filmes de ação  com caras muitos bombados, cheios de explosão, muita porrada, tiro e que eles simbolizavam o interesse dos garotos em malhar nas academias.






 Foi dessa forma que muitas fábricas de brinquedos criaram personagens saradões  que viraram febre com desenhos como He-Man, G.I. Joe, Thundercats dentre outros com este objetivo. Foi também nesta época que muitos sucessos do cinema viraram desenhos animados. 



  



Também reinava  no cinema nesta época, um estilo de comédia nonsense e pastelão estrelada por Leslie Nielsen(1926-2010), Cheevy Cheese, filmes teens dirigidos por John Hugues(1950-2009) e outros com muita dose de sacanagem, filmes de terror com criaturas apavorantes. 


















Filmes de ficção cientifica com temáticas futuristas sobre o conceito utópico ou distópico da vida moderna com as máquinas. Época também marcada pela moda punk, yuppie, os cortes de cabelos com cachos volumosos e com franjinhas. Época também marcada pela música ter ganhado uma nova  cara com a sonoridade moderna de sintetizador  e ganhava formas e  cores, graças a popularização dos videoclipes, principalmente porque nesta época surgia a MTV. Uma emissora de TV  que além de inovadora e revolucionária por ser 100% musical, também marcou pelo estilo descontraído de programação bem voltado ao público jovem naquela fase pré-internet, algo que muitos canais aqui no Youtube fazem e herdaram esta característica da MTV.  Com gêneros musicais bem transgressores como o Heavy Metal, Punk, Rock Progressivo, New Wave, Break Dance dentre outros estilos que marcaram a moda, junto também aos vestidos bem coloridos e extravagantes. Tudo isso naquele contexto que foi os anos 1980 pode se imaginar que representou um enorme desafio para que Batman atraísse a bilheteria daquele público. O que no fundo depois terminou sendo recompensador pelo sucesso da bilheteria e da crítica.

Tim Burton trabalhou no roteiro a duras penas, escreveu e reescreveu inúmeras vezes até finalmente chegar ao resultado satisfatório para ele. Neste filme onde ele contou com a parceria musical de Danny Elfman, que nesta época cantava na banda  Oingo Boingo, um conjunto musical  de New Wave que tinha gravado uma música para cinema que foi Weird Sciense, tema do filme Mulher Nota 1000(1985).






E antes de Batman ele  já tinha firmado  uma bem sucedida parceria com Burton para compor seus primeiros trabalhos em longa-metragem. E neste filme a música que ele compôs com a atmosfera sombria, gótica e com tom erudito  casou perfeitamente com o estilo fotográfico de Tim Burton principalmente nos planos de câmera explorando uma Gotham noturna com toques elegantes de filme noir, com suspense. Uma das pequenas sutis característica de seu estilo peculiarmente  autoral que ele imprimiu no filme.



ANÁLISE CRÍTICA SOBRE O FILME.

Isto pode ser bem notado pelos planos de câmeras explorando mais as sombras na visão panorâmica de Gotham City, numa fotografia explorando bem as paletas de cores mais escuras para dar aquele ar  mais dark e gótico e meio de filme  noir detetivesco  a cidade onde a criminalidade reina e também pela forma muito peculiar e genial  dele estruturar o roteiro tendo como espinha dorsal um protagonista e um antagonista muito excêntricos,  se todo  cinéfilo que conhece bem os pontos característicos das  obras de Tim Burton e  assimila o seu estilo burtoniano  a tipos bem esquisitos e irreverentes  em seus filmes, nesse filme isto pode ser bem notado pelo protagonista, o herói  sendo  representado na figura de um combatente da criminalidade, vigilante mascarado e paladino da justiça, defensor dos fracos e oprimidos que tem como manto  morcego para simbolizar que age a noite e botar nos criminosos.





Que não tem superpoderes, onde por trás daquela máscara de combatente do crime existe um homem solitário representado na figura do alter ego de Bruce Wayne, o filho único de uma família abastada de Gotham Citty que ficou órfão na infância quando testemunhou os pais morrerem vitimado por um assalto. E o seu antagonista, aqui representado no vilão Coringa, também representou um bom ponto característico dos personagens excêntricos, irreverentes e extravagantes, bem típicos dos filmes de Tim Burton. O introduzindo a uma suposta  origem antes de virar o insano palhaço do crime  em sua vida de mafioso.  O antagonista que aqui no filme foi muito bem representado pelo veterano Jack Nicholson, uma grande fera, cheios de premiações no currículo cuja contratação para o papel  há de se destacar aqui foi a mais cara dentre todos os castings de star talents  do filme. Que ainda contou com Kim Bassinger, na época estava no auge do sucesso e também, representava a musa sexy symbol na época, principalmente após ser revelada ao estrelato no filme 9¹/2 Semanas de Amor (1986) e no filme ela se encarregou de dar vida a jornalista Vicki Vale que se torna a paixão do herói. 







Uma personagem que já existia antes nos quadrinhos, mas não é muito conhecida. Deve com certeza compor a galeria dos personagens esquecidos do Batman. Um fato curioso sobre a personagem, é que ela inicialmente foi pensada para outra atriz Sean Young e já estava certa, mas, em consequência de um acidente foram preciso mudar para Kim Basinger. Que de uma forma ou de outra conseguiu mostrar um bom charme e sex appeal na personagem, cuja principal diferença dela para os quadrinhos está na tonalidade do cabelo. A Vicki das HQs tinha um cabelo vermelho, portanto ruiva e esta versão dela no filme ficou loira. O elenco estelar deste filme também contou com a participação de Billy Dee Williams, responsável por interpretar o Lando Calrissian nos dois filmes da franquia clássica de Star Wars.  







Tim Burton como já descrito, precisou escrever e reescrever o roteiro inúmeras vezes até chegar ao resultado satisfatório e tornar o enredo mais  crível  e espetacular já visto do cinema. O enredo tem início com o herói logo de cara já enfrentando  o primeiro perigo que são uns bandidos  assaltando um casal com uma criança em plena noite após sair do cinema  num beco fechado, no primeiro momento até parece ser uma introdução a jornada do herói, mas na verdade ele já estava bem estabelecido como herói. Em seguida, ocorre de sermos apresentados a dois personagens  secundário que aparecem na cena do crime ocorrida na cena inicial, eles vão ter uma função importante de servir como escada para o público ser apresentado a dois personagens que vão importantes para sustentar o escopo  do enredo. Um é o jornalista Alexander Knox(Robert Whul) é o outro, o policial Max Eckart(William Hotkins). Eckart vai ser importante para nos introduzir, especialmente na cena  seguinte após ele soltar uns montes de grosserias a Knox com quem ele não se bicava a figura do antagonista  Coringa(Jack Nicholson) como a ameaça central da história. Neste  primeiro momento onde ele foi introduzido ele ainda não agia como o grande vilão clássico que conhecemos. O Coringa então sob a identidade de Jack Napier era um mafioso que era pau mandado do poderoso   chefão de Gotham City   Carl Grissom(Jack Palance). Já Knox vai ser responsável por nos introduzir na história a Vick Vale(Kim Bassinger).  Uma fotojornalista recém-chegada em Gotham que se aproxima de Knox com o intuito de investigar o Batman e com quem termina se apaixonando, meio parecido a Lois Lane do Superman, ainda mais que ela se tornará a importante figura da namoradinha em perigo do herói e com todo aquele elemento de sex appeal, outra característica de uma coadjuvante. Após as devidas introduções dos personagens centrais, o  protagonista, a antagonista, a coadjuvante e os respectivos secundários, Knos, Eckart, Comissário Gordon e Harvey Dent. É que temos a condução da história fluindo, nos mostrando como Jack Napier vai virar o Coringa na cena onde ele cai numa de liquido químicos, onde foi passado a perna por Grissom. É lá que ele ressurge com a pele pálida, o cabelo verde, o rosto desfigurado, principalmente após por um cirurgião pífio  num lugar muito inóspito, sujo, mal cuidado é a partir que temos a sua transformação no Coringa. E já transformado no Coringa temos então toda a construção da jornada no arco da trama. Com ele matando Grissom por vingança e passando a ser o novo chefão do crime em Gotham Citty e trazendo todas as ameaças para aterrorizar a população. Em pleno momento em que a cidade estava se preparando paras as festividades do seu bicentenário de fundação.  Um dos momentos que mostra ele aterrorizando a cidade é colocando um liquido em produtos de higiene pessoal que traz uma reação alérgica as pessoas que fazem elas começarem a rir dentre outras atitudes mais insanas que nosso Morcego terá de resolver.



 POSTERIDADE.







A repercussão positiva que filme teve foi tão arrebatadora, que logo após vieram três sequências lançadas ao longo dos anos 1990. Em 1992, veio Batman: O Retorno que contou novamente com Tim Burton na direção e com Michael Keaton protagonizando  seu personagem novamente. Onde nesse ele encarou duas grandes ameaças a Gotham, que foram o Pinguim e a Mulher-Gato, interpretados por duas grandes estrelas da época:  Danny DeVito e Michelle Pfeiffer.







  Esta sequencia até que fez sucesso, apesar de não superar o primeiro filme. Burton revelou anos depois que a razão para a sua saída do projeto após este filme,  foi por causa das brigas que a Warner enfrentou com a Rede de Fast Food McDonald´s que tinha com a parceria eles na parte de licenciamento da venda de bonecos. A empresa reclamou do teor sombrio do filme poderia afastar o desinteresse com as crianças de consumir os brinquedos licenciados que eles estavam oferecendo. Ele até chegou a participar do filme seguinte dessa quadrilogia do Batman que foi  Batman Eternamente(1995), onde se envolve apenas como produtor.








 Inclusive chegou a revelar na posteridade  algumas partes do roteiro que ele escrito que foram filmadas, mas depois descartadas nos cortes finais da edição.  A direção deste terceiro capitulo ficou a cargo de Joel Schumacher, diretor que tomou umas ideias duvidosas de imprimir mamilos, fazer uns closes corporais com ele se vestindo que ficou um aspecto um  tanto bizarro. Fora a ideia muito esquizofrênica de colocar em Gotham Citty uma atmosfera muito colorida, com ares extravagantes, muito carnavalesco a ponto de parecer muito brega. O filme contou com um elenco bastante estelar. Val Kilmer foi quem assumiu a responsabilidade de ser o Batman no Michael Keaton, depois que Burton abandonou o barco. Nota-se um desempenho muito apático dele no papel, e do jeito que ele carrega a má fama de problemático,  conta-se que nos bastidores ele brigou tão feio com o diretor que acabou ficando de fora do filme seguinte. Além dele, o filme também contou com Chris O´Donnell como Robin. A bela Nicole Kidman no auge da beleza vivendo a Doutora Chase Meridian, que será a paixonite do Batman. Tommy Lee Jones e Jim Carrey encarando o dois antagonistas da obra Duas-Caras e Charada, onde pelo que já foi comentado posteriormente esses dois viviam brigando muito nos bastidores, gerando mais uma dor de cabeça ao diretor. Assim como também merece ser mencionada a participação da  Drew Barrymorre na pele da Sugar, a assistente do Duas-Caras num traje decotado bem provocativo, com ar extravagante e muito sensualizado. Mesmo com esse estelar ainda não foi o suficiente para conseguirem segurar a história muito rasa. Pior mesmo foi o que aconteceu a Batman & Robin(1997), este sim resultou num grande fiasco na história do Batman nos cinemas. Mesmo hoje é um considerado muito selo vergonha alheia de ver de tão ruim que ficou, principalmente no texto muito bobo, e nas caracterizações coloridas cheias de elementos carnavalescos. Mesmo contando com um elenco estelar, com George Clooney no papel do Batman, Chris O´Donnell como Robin, Uma Thurman como a vilã Hera Venenosa, Arnold Schwarzzenegger como o vilão Mr.Freezer numa representação muito vergonhosa e Alicia Silverstone a estrela teen da época vivendo a Batgirl bastante destoante sendo representada no filme como a sobrinha do Mordomo Alfred, e não a Barbara Gordon, filha do Comissário Gordon. Mais destoante ainda é o Bane sendo originado de um cara franzino, virar uma montanha de músculos gigante  após ter ingerindo muita bomba artificial, onde o fato mais curioso é quem foi o dublê de corpo desse personagem foi o lutador de westreling Jeep Swenson, que faleceria pouco tempo depois do lançamento do filme, no dia 18 de Agosto de 1997, então com 40 anos,  vitimado por uma insuficiência cardíaca. 

Logo após isso o Batman passou por um hiato de oito anos sem fazer novos até que em 2005 foi lançado Batman Begins, dirigido pelo Christopher Nolan que deu uma nova roupagem ao personagem e formando assim sua trilogia. Vindo em sequencia Batman: O Cavaleiro das Trevas(2008)  e finalizando com Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge(2012).







 Em ambos o personagem foi vivido brilhantemente por Christian Bale. Em 2016, Bem Afleck foi escolhido para viver o Batman em Batman Versus Superman: A Origem da Justiça, que não agradou muita gente, visto que ele veio ainda muito recente e fresca  após o fim da trilogia   do Nolan. Numa versão de Zack Snyder.   E para piorar, em 2017 ele apareceu na Liga da Justiça que desagradou muito de tão fracassado que resultou. Agora só resta esperar qual o futuro desse Batmam na pele de Robert Pattinson previsto para ser lançado em 2021.





5ºTÓPICO: MEUS BALANÇOS DE PRÓS E CONTRAS SOBRE O FILME DE 1989.

Fazer um balanço de prós e contras, ou seja, de pontos positivos e pontos negativos  de um filme que ao completar 30 anos virou sinônimo de clássico é difícil. Mais ainda assim, temos que colocar um pouco do nosso senso crítico para ver quais  foram bem acertados e quais deram muitas mancadas.

-PONTOS POSITIVOS:

Nos pontos positivos posso começar destacando:

1ºA competente direção artística do Tim Burton em colocar nesse filme suas características mais autorais, principalmente na maneira nos closes de câmeras explorando as sombras e na fotografia com as paletas de cores escuras explorando uma panorâmica mais gótica de Gotham Citty com os figurinos elegantes de personagens trajando um sobretudo que remeteu a elementos bem mais  detetivescos de filmes noir dos anos 1940.

2°Outro ponto positivo que merece destaque deste filme está como já havia comentado na brilhante trilha orquestrada do  Danny Elfman, cuja sonoridade com aqueles ares de música erudita mesclado a elementos modernos de sintetizador de um toque a mais de suspense e tensão a trama.

3°Jack Nicholson deu um verdadeiro show de interpretação como o Coringa, uma compensação para sua contratação nada barata que foi  para o papel de antagonista e que só aceitou com muitas exigências na clausula do contrato. Ele foi o que recebeu o mais alto cachê.

4°Michael Keaton como o protagonista conseguiu dar bem conta do recado no papel, para quem antes tinha dúvidas quanto a sua atuação. Ele brilha desempenhando bem as diferentes do protagonista quando é o Batman  e quando é o Bruce Wayne.

5º A linda homenagem que o filme fez ao criador Bob Kane mostrando uma cena de easter egg de um  homem com jeito de  Morcego desenhado por ele próprio. 
¨6º A música pop do Prince tocada em ótimas cenas estreladas pelo Coringa como Partyman e Thust. 






-PONTOS NEGATIVOS:

Já quanto aos pontos negativos posso começar destacando:

1°O filme desperdiçou a importância do Comissário Gordon no arco da trama. 


















Nos quadrinhos o personagem é muito importante porque ele além de simbolizar  a importante figura do agente da lei de Gotham, ele também   é  quase amigo do Batman, já que é com ele se tornou uma espécie de seu informante do herói. Sendo o único da policia com quem ele mantém confiança para adquirir informações sigilosas sobre as investigações policiais  de grandes crimes. No filme ele foi colocado em segundo plano como um tipo secundário. O ator Pat Hingle(1924-2009), até que não mostra um mal desempenho no papel. O problema na forma como o roteiro o inseriu de forma muito deslocada  e isto também vai ser sentido nos filmes seguintes até Batman & Robin.

2º A participação do Harvey Dent na trama também é outro ponto negativo que o filme apresentou, a atuação do Billy Dee Williams no papel também não se mostrou ruim, dá para se notar que ele ficou bastante limitado ao roteiro. O problema está mesmo é na maneira como ele foi inserido no contexto da trama ficou bastante  deslocado do mesmo jeito que o Gordon. Comenta-se até que o ator ficou tão insatisfeito com o papel, que ele brigou com Tim Burton e resolveu não retornar em Batman: O Retorno, onde lá ele se transformaria no Duas-Caras, o personagem só estaria presente apenas em Batman Eternamente na pele de Tommy Lee Jones. 





3°E o terceiro grande ponto negativo do filme vai para o estrago causado pela Vick Vale, principalmente na cena  onde ela facilmente  contando com a ajuda do Alfred descobre a real identidade do Batman que era Bruce Wayne.






O desempenho de Kim Basinger até que não se mostrou o  grande problema, a problemática  mesmo foi nesta ideia que não estava originalmente no roteiro que acabou criando um elemento muito anticlimático no filme. Fora o fato de ter ficado muito estranho ela ser inserida com características de Lois Lane, só para descobrir qual a real identidade do herói, se apaixonar e no final ficar representada no estereótipo da paixonite sexy do herói que será o grande alvo do vilão para ameaçar o herói e depois de boa ser salva.



Posso concluir em um balanço geral que o Batman  chegou aos 80 anos nas HQs  em boa forma e que este seu famoso e clássico de 1989 que completou 30 anos agora em 2019 mostrou-se bem envelhecido ainda que aos olhos de hoje sua estética tenha ficado muito datada. Parabéns Batman pelo seu aniversário duplo.