Lá se foi 2019, um ano cheio
de muitas provações. Principalmente nesse primeiro ano de Governo do Bozo, que fez
tanto absurdo atrás do outro, que daria um bom roteiro de comédia do mais puro nonsense.
2019 também foi um ano importante
que acompanhamos o fechamento de um importante ciclo que foi o da segunda
década do século 21. Em pensar que há vinte anos nos víamos o testemunhar do
fim do século 20 e o nascer do século 21.
Me recordo bem nesta época, há
exatos vinte anos, onde eu um adolescente com 14 anos, do clima de pânico absurdo que alguns conspiracionistas
estavam causando com aquelas declarações
sensacionalistas de apocalipse por causa
do Bug do Milênio, e com as profecias de Nostradamus.
Bom, se conseguimos sobreviver
a mais uma ideia absurda de fim de mundo. Com certeza, nós sobrevivemos a um tempo difícil como foi esta data de 2019
que encerra esta segunda década deste milênio. Uma década que teve início muito
promissora, principalmente para o nosso Brasil. Começamos em 2010 com o então Presidente Luís Inácio Lula
da Silva, encerrando o seu segundo mandato de governo com um índice de aprovação altíssimo, com ótimos
desempenhos principalmente na parte social, investindo no assistencialismo, nos
programas socias e de educação e com a nossa economia muito crescente. Estávamos
muito otimistas, porque figurávamos como uma grande potência econômica e nos
fomos afetados pela Crise Financeira na Bolsa Americana de 2008. Que afetou não
só os EUA, como também toda a Europa. Tínhamos sido os escolhidos para sediar dois
eventos esportivos internacionais importantes, como a Copa do Mundo em 2014 e as
Olimpíadas no Rio em 2016.
É tanto que ele havia conseguido a proeza de eleger
pela primeira vez uma mulher presidente que foi Dilma Roussef. Um dos grandes
exemplos do quanto estávamos otimistas em sermos um pais que ia para frente foi
quando vimos surgir uma nova classe média que se ascendeu da Classe C e D,
gente vinda dos subúrbios e das periferias
passaram a serem os símbolos de status do novo retrato da sociedade brasileira
daquele começo de década de 2010.
Tudo levava a crer que o Brasil
iria para frente, mas ai vieram os escândalos das pedaladas fiscais, a Operação
Lava-Jato que manchou e muito a reputação do governo da Dilma, a ponto de vim o
grande golpe que foi o impeachment que ela sofreu em 2016. O Brasil desandou completamente ladeira
durante os dois anos do mandato de Michel Temer e agora com este atual desse
Bozo, as coisas chegaram a um ponto de incredulidade e de imbecilidade que até
Deus dúvida.
Tirando esse pessimismo de
lado da nossa política, talvez uma das coisas que mais ficará marcado e mais
legaremos as próximas gerações dessa década esteja de nunca vivemos tão
conectados com o mundo como antes.
Principalmente graças ao advento das redes
sociais, que criaram novas tendências, novas tribos, novos modismos. Na música
tivemos os predomínios do sertanejo universitário com Luan Santana e Michel
Teló e do funk de Anitta e dos MCs. Músicas
que ao mesmo tempo que tem agrado a nova geração, também andam desagradando
gente exigente como Milton Nascimento com sua declaração polêmica de acha-las um
lixo. Eu mesmo confesso que não ouço de jeito nenhum.
Os surgimento dos serviços de
streaming como a Netflix foi o que dominou o ramo do entretenimento e veio com
tudo mesmo. Uma nova alternativa de entretenimento.
Mas acredito eu que com
certeza, uma das coisas que mais vamos lembrar o que representou esta década de 2010 para o cinema, foi o predomínio
do cinema com o gênero super-herói. Das páginas dos quadrinhos para as telas do
cinema, nunca houve um predomínio desse gênero que viveu a sua Era de Ouro. Marcado
pela nostalgia da retomada de franquias antigas como Star Wars, Planeta
dos Macacos, Jurassic Park e outras não
deram muito certo como Exterminador do Futuro. Que popularizaram a onda da cultura
nerd/geek, virando modismo, virando descolado, cool, o que antes era visto de
forma marginal.
Com certeza, essa será um dos maiores exemplos de legado que
esta década de 2010 vai representar para as gerações futuras. O que posso resumir nisso tudo
é que um ciclo foi concluído e estamos nos abrindo agora ao novo. Que venha a
próxima década. Que venha 2020.
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