quinta-feira, 30 de maio de 2013

A ERA NAPOLEONICA E O CONGRESSO DE VIENA.

Resumo

A Era Napoleônica foi um período de grande desenvolvimento e conquistas para a França, através da liderança e genialidade de Napoleão Bonaparte. Ele conseguiu o domínio de praticamente todo território europeu como também do
comercio. As nações se viram obrigadas e sentiram a necessidade de se aliarem
para combater o forte inimigo que era a França , representada por Napoleão, por
isso surgiu a idéia do Congresso de Viena, onde foram discutidas ações e
articulações para enfrentar a França.

Palavras-Chaves: Era Napoleônica, Napoleão , Congresso de Viena.

1- Introdução

No inicio do século XIX a Europa inteira fervilhava por influencia dos ideais iluministas, que desencadeou a Revolução Francesa e acabou por derrubar o último monarca da
França, o Rei Luis XVI, que junto com
sua mulher, a rainha Maria Antonieta, foram degolados pela guilhotina, e além
deles também foram guilhotinados todos os membros da Nobre Família Real
Francesa e inclusive os intelectuais que
contribuíram para a eclosão da Revolução, como Robespierre e Danton.

Além disso, outra coisa que fazia fervilhar a Europa era um novo conceito de comercio que a Inglaterra havia criado, a Industria, onde a máquina passaria a substituir o sistema de mão-de-obra artesanal do
homem. Nesse momento também surge um dos
generais mais influentes que a França teve, com uma estratégia militar
inigualável e que fazia muitos lideres políticos do continente morrerem de medo
só de ouvir o seu nome: Napoleão Bonaparte.



















Nascido no ano de 1769 na região de Ajáccio, no Arquipélago da Córsega, localizada no Mar Mediterrâneo, a oeste da Itália, com constituição administrativa da França. Aos 19 anos assumiu a patente de
Tenente de Artilharia do Exercito Francês, passando assumir como General
posteriormente ao 27 anos, onde acabou sendo vitorioso em várias batalhas na
Itália e na Austria.

Quando passou a assumir o importante cargo político de Imperador da França, passou a ser denominado como “Monarca Iluminado”, por ter aderido ao movimento filosófico do
iluminismo.

Napoleão esteve no poder durante 15 anos, e nesse tempo conseguiu a grande façanha de conquistar
grande parte da Europa. Na opinião de alguns biógrafos e estudiosos do assunto
Napoleão tinha uma estratégia militar e um espírito de liderança que era
inigualável, e com um talento de empolgar os soldados com promessas de riquezas
e glórias após as batalhas vencidas. Mas para entender a História, primeiro é
preciso entender os antecedentes que levaram
um jovem de 19 anos assumir o Posto de Tenente de Artilharia, até vir a
ser um dos grandes imperadores que o mundo já conheceu.

Napoleão era filho de um notário, cargo abaixo da hierarquia do Poder Judicial, , e se dizia descendente da aristocracia militar toscana (Itália), do século XII, que por argumentarem
que por ele pertencer a essa pequena nobreza, a Família Bonaparte podia
reivindicar alguns privilégios, principalmente depois que a Coroa Francesa
comprou a ilha da Córsega, que era então república de Genova, entre esses
privilégios estavas os que eram reservados aos bem-nascido sobre o Antigo
Regime Frances.

Aos 9 anos de idade, quando ainda usava o nome escrito em italiano de Napoleone Buonaparte, deu inicio a sua carreira continental quando o seu pai resolveu usar de contatos para lhes conseguir um
lugar num escola preparatória de Autun. Foi nessa escola que aprendeu a falar
francês além do seu italiano nativo e foi onde
resolveu modificar o seu nome. Pouco mais tarde seu pai Carlos Napoleão,
havia conseguido reconhecimento da Corte Francesa, que foi vital para a carreira
militar do seu filho que seria o futuro imperador da França, pois naquela época
só eram oficiais, quem fazia parte de uma Família Aristocrática , era tanto
que o rei chegava a oferecer bolsas de estudo aos filhos de nobres
pobres, e o jovem Napoleão Bonaparte passou a estudar numa escola mais
qualificada, em Brienne, na Champagne, região do leste da França.



2- A Era Napoleônica.

Aos 15 anos Napoleão entrou para a prestigiosa École Militaire de Paris, onde um ano depois entraria como Segundo-Tenente
da Artilharia. Em 1785, a França já estava vivendo um clima de tensão, que
prenunciava a Revolução, mas mesmo naquele momento a vida nos quartéis
costumava ser mais sossegada. Napoleão tinha o costume de ler os relatórios dos
tenentes, começou a escrever uma longa história da Córsega e impregnou-se das
idéias liberais e reformistas que
varriam a França.


















Durante o período da Revolução Francesa, Napoleão chegou a ser detido pela Guarda Francesa sendo acusado de traição, iria ser morto guilhotinado, mas por falta de provas, acabou solto. No momento posterior a
Revolução, já no inicio do século XIX, a França já vivia uma situação muito
grave, porque a Burguesia super apavorada e temerosa quanto a instabilidade
interna, e das derrotas sofridas por países inimigos, estava esquecendo seus
ideais de liberdade, defendidos alguns anos antes, e pensava em como fazer um
governo forte, tentando buscar no Exercito uma força capaz de reorganizar a
nação tentando fazer com que ela restaurasse a lei e a ordem. Napoleão surgia
como a única pessoa que poderia exercer um Governo por ter prestigio popular e
competência para liderar e conseguir manter a estabilidade do pais. A partir de
10 Novembro de 1799(o 18 de Brumário no calendário Revolucionario), Napoleão ao
retornar do Egito com apoio do Exercito e da Alta Burguesia, resolve dissolver
o Diretório e estabelece um novo governo, conhecido como “O CONSULADO”. Esse
período Revolucionário chegava ao fim e começa a partir daí um período de
consolidação do Poder e da Burguesia.


O Governo do Diretório estava em estado de crise crônica e o Primeiro Ministro britânico Willian Pitt organizara e financiara uma nova aliança contra a França: assim chamada Segunda
Coalizão, que incluía Nápoles, Áustria, Rússia e o Império Otomano. Alguns dos
membros do Diretório queriam ajuda militar para dar um golpe que desse a França
um regime mais estável. Bonaparte ficou entusiasmado: em Novembro de
1799, com a ajuda de suas tropas, foi proclamada uma nova constituição:
Três “cônsules” governariam nação e embora seus poderes fossem aparentemente
iguais, logo ficou claro qual era o cônsul que detinha a verdadeira autoridade:
Napoleão Bonaparte.


Um de seus feitos como imperador da França foi realizar as pazes com a Igreja Católica, a partir de 1792, o Governo Revolucionário havia então insistido para que o Clero fosse escolhido
pelo voto popular e não mais com a intervenção papal, foi nesse momento que
Napoleão celebrava tanto a paz entre a Igreja e o Estado, quanto a paz em toda
Europa.

Até 1802, o novo governo francês(Consulado) era comandado por 3 magistrados com o titulo de Cônsules, sendo o próprio Napoleão o primeiro a quem caberiam as decisões, enquanto os
outros dois teriam apenas o voto consultivo.


Toda estrutura da França estava sendo racionalizada. Em 1801, os pesos e medidas do antigo regime foram substituídos pelo sistema métrico decimal. Nos anos seguintes, criou-se uma
nova força de policia nacional e instituíram-se os liceus escolas públicas
secundárias em todo o pais. Mostrando que ele também se preocupava um pouco com a
educação, e também queria disponibilizar de mobilidade, com uma rede de grandes
estradas cobrindo agora o pais.

Durante o período de seu governo as pessoas que eram subversivas ao seu sistema autoritário se davam muito mal. Em seu governo ele implantou
o Código Civil que dava direito exclusivamente ao homem uma importância de
autoridade, privando as mulheres de muitos dos direitos que gozavam
anteriormente. Em uma lei de 1803, exigia que todos possuíssem uma carteira de
registro, carimbada pelo empregador . Sem esse passe, o trabalhador podia ser tratado como um
vagabundo. E em qualquer caso de litígio
senhor e servidor, a palavra do
empregador era aceita sem hesitação. Houve uma forte censura rígida a imprensa
e uma policia secreta altamente eficiente silenciava quem quisesse reclamar .

No entanto, a aprovação pública do governo havia trazido paz e estabilidade a França quase que por completo, a posição de Napoleão foi reforçada em Agosto de 1802, quando um plebiscito
quase unânime concedeu-lhe o consulado
vitalício. E em 1804, um novo plebiscito ratificou a decisão, tomada em maio,
de se tornar “imperador dos franceses”.

No período do Consualdo (1802-1804), na política interna na França, Napoleão fez uma administração centralizadora. O pais foi dividido em departamentos cujos governantes eram
nomeados e controlados diretamente pela égide de Paris. Como estadista,
Napoleão firmou uma lei ratificando, a distribuição de terras realizada durante
a reforma agrária do período do Terror, ganhando com isso o apoio de 3 milhões
de pequenos proprietários que temiam ter de devolver suas terras aos antigos
proprietários.

O seu governo deu grande impulso aos negócios e a industrias ao criar o Banco da França e a Sociedade de Desenvolvimento da Industria Nacional. O Sistema Tributário francês foi
reformado, com a criação de uma nova moeda : o franco, e o aumento na
arrecadação de impostos deu ocupação a milhares de desempregados através de um
programa de construção de obras públicas, estradas, canais, pontes, drenagem de
pântanos etc....

As mudanças implantadas em seu Governo beneficiaram principalmente a Burguesia, cujo poder consolidou-se com as Leis do Código Civil( ou Napoleônico),
elaborado entre 1804 e 1810 por
um corpo de juristas nomeados pelo governo.

Na Política Externa, Napoleão derrotou os austríacos na Batalha de Marengo, pouco tempo depois a
Rússia estabeleceu a paz com os franceses
e a consolidação contra a França acabou por se desfazer.

Em 1803, Napoleão planejava reconstruir seu Império Colonial e adotava medidas de proteção alfandegária que prejudicavam a liberdade Colonial Inglesa. Assim que foi coroado Imperador dos Franceses, recebeu o título de
Napoleão I, sua coroação presidida com a presença do Papa, para deixar claro
que o Estado não se submetia a Igreja, Napoleão colocou a coroa em sua própria
cabeça.

Assim que foi coroado Imperador da França em 1804, Napoleão recebeu o titulo de Napoleão I, sua coroação foi presidida com a presença do Papa , para deixar claro
que o Estado não se submetia a Igreja, Napoleão colocou a coroa em própria
cabeça. Com a criação do seu Império, Bonaparte centralizou todos os poderes do
Estado. Com isso pode agraciar seus familiares e agregados com títulos,
honrarias e altos cargos. Napoleão I empregou todas as suas forças no sentido
de liquidar o poderio inglês estabelecer um Império Universal, cujos objetivos significavam:

1) De um lado a luta de uma nação Capitalista Burguesa( a França) contra uma Europa
Continental Absolutista e Aristocrática.

2) De outro, a luta entre as duas nações burguesas( França e Inglaterra) pela
hegemonia político-econômico pela supremacia colonial.

Durante o período desse Governo, houve uma Terceira Coligação(Áustria, Rússia, Inglaterra, Suécia), atacou a França e sua aliada Espanha. Os ingleses venceram a marinha
franco-espanhola na Batalha de
Trafalgar(1805), acabando com as esperança napoleônicas de invadir as ilhas
britânicas. Em terra os franceses foram superiores derrotando os austríacos nas
Batalhas de Ulm e os austros-russos em Austerlitz.

Em 1806, Napoleão Bonaparte recebe o apoio de dezesseis príncipes alemães, criando assim a Confederação do Reno, que liquidou o Sacro-Império-Romano-Germanico.

Nesse mesmo ano a Inglaterra, Prússia, Rússia e Suécia formaram a Quarta Coligação Anti-Francesa. A Prússia foi derrotada na Batalha de Iena e Berlim foi
ocupada, pela Paz de Tilsit a Prússia foi desmembrada.

Mas um dos maiores feitos que Napoleão fez como Chefe de Estado foi decretar o Bloqueio Continental. Onde ele impôs que nenhum pais da Europa teria relações
comerciais com a Inglaterra, sua inimiga, se caso nenhuma dessas nações
européias aceitasse essa imposição ele ameaçaria invadir o pais com suas
tropas, iria causar uma destruição em massa, iria tirar o Rei do Trono e
exterminar todos os membros das dinastias.

Muitos países aceitaram participarem desse bloqueio, os únicos que se recusaram foram Portugal e a Rússia, que como
conseqüência foram invadidos pelas tropas de Napoleão, sendo que em ambas ele
acabou sendo derrotados, sendo que em Portugal ele foi enganado pelo Rei Dom
João VI, um monarca despreparado que usou de forma inteligente e estratégica
essa fuga para o Brasil para depois retornar a Portugal em 1821, ainda coroado
Rei, e do mesmo jeito aconteceu na Rússia, sendo que nesse o rei estava
presente, assim como em Portugal
Napoleão não enfrentou o rei diretamente, pois ele foi de surpresa por
um inimigo que era impossível do homem
combater, o clima, o rigoroso inverno russo contribuiu para ser o estopim para
ele ser derrotado, e assim começando os seus sinais de enfraquecimento.

CONGRESSO DE VIENA


















Em 01 de Outubro de 1814, foi realizada em Viena, Capital da Áustria, uma confederação que reunia países europeus membros da Sexta Coligação, com objetivo de discutir
algumas mudanças no cenário da política européia pós-napoleonica, mundialmente conhecida como
o Congresso de Viena . Esse evento durou até Junho de 1815, quando Napoleão foi
derrotado na Batalha Marítima de Waterloo, que representou um grande fiasco nos
ideais de liberdade, fraternidade e igualdade que ecoavam por toda Europa
Pós-Revolução Frances. Nessa reunião foi discutida proposta sobre o retorno do
Antigo Regime Monárquico e o combate aos ideais de liberalismo e nacionalismo.
Além dessa proposta, também foi discutida na pauta dessa reunião:

1) O reconhecimento da legitimidade das dinastias depostas pela política
expansionista de Napoleão Bonaparte .

2) O restabelecimento do equilíbrio político-militar entre as nações européias,
promovendo a preservação da paz.

Foi durante essa reunião que houve um restabelecimento político das potencias participantes, como por exemplo:

a) A Rússia anexou parte da Polônia, Finlândia e Bressarábia.

b) A Áustria anexou a região dos Bálcãs.

c) A Inglaterra ficou com a estratégica Ilha de Malta, o Ceilão e a Colônia do Cabo,
o que lhe garantiu-lhe o controle das rotas marítimas.

d) União da Noruega e Suécia.

e) A Espanha e Portugal, que foram as mais prejudicadas por Napoleão, conseguiram
restaurar as suas antigas dinastias, no entanto não tiveram ganhos
territoriais.

f) Foi nesse momento que o Rei Português Dom João VI no Brasil, decreta a elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves.



CONCLUSÃO

De onde se concluiu que a Era Napoleônica foi um período de grande desenvolvimento no comercio, cultura, educação e conquistas de territórios, e de
fundamental importância para quebra do regime absolutista dos reinados. Foi
também um período que a França conseguiu
se reerguer politicamente depois do período de total calamidade em que estava
encontrando depois da Revolução Francesa. Foi um período em que muita nações da
Europa tiveram um imenso temor em enfrentar um confronto contra as tropas de Napoleão, que eram extremamente
preparadas tanto em armamento bélico, quanto numericamente e estrategicamente
em combate, mostrando que Napoleão tinha uma excelente estratégia de comando militar e uma genialidade em
frente de batalhas que era extremamente inigualável e que na opinião unanime de
alguns estudiosos ele foi além de um gênio em batalha , foi também um
competente chefe de Estado que tinha um grande espírito de liderança muito
natural . E a respeito do Congresso de Viena, conclui-se que foi muito
importante para quê as nações européias
prejudicadas por Napoleão,
queriam de algum jeito uma forma de reerguerem os direito territoriais que foram perdidos depois de
terem sido derrotados por Napoleão, que
estas nações estavam propondo a volta de seus regimes monárquicos que foram
destituídos por Napoleão, e como forma de restabelecer um equilíbrio
político-militar para promover a paz entre as nações européias. Foi também
nesse momento do Congresso de Viena, que Napoleão estava sendo derrotado na
Batalha Marítima de Waterloo em 1815, que representou sua grande derrota
política e militar sobre a Inglaterra, sua arqui-rival. Além disso, durante o
período que durou o Congresso de Viena muitas nações européias tiveram alguns
ganhos territoriais, sendo que a Espanha e Portugal, foram as mais prejudicadas
não tiveram nenhum ganho territorial, em compensação restabeleceram suas
dinastias, e foi nesse momento que o Rei
Português Dom João VI, então
monarca do Brasil, decreta a antiga colônia a categoria de Reino Unido de
Portugal e Algarves.


Referencias:

ALLAN, Tony, O Império de Bonaparte, in A Força da Iniciativa, Time Life Books. Coleção da Abril Livros, Editora Abril, 1993.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Congresso_de_Viena

http://pt.shvoong.com/humanities/h-history/707151-era-napole%C3%B4nica

http://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/eranapoleonica/

quinta-feira, 23 de maio de 2013

BICENTENÁRIO DE RICHARD WAGNER(1813-2013)


No dia 22 de Maio de 1813, nascia em Leipizig, uma cidade independente da Saxónia, no interior da Alemanha. O maior gênio que a música clássica já conheceu e que foi responsável por reger grandes orquestras nos mais diversos países e compõs grandes operas. Estou me referindo a Wilhem Richard Wagner.


























Richard Wagner foi o maior maestro, compositor, diretor de teatro e ensaista que a música já conheceu.

Suas composições de óperas são conhecidas pelas texturas complexas e harmoniosas orquestrações que carregam uma característica inigualável.

Wagner era o nono filho de Carl Friedrich Wagner, que trabalhava como funcionário da Polícia de Leipzig e Johanna Rosine Paetz. O tempo de convivência  com seu pai Carl foi bastante curto, isso porque ele acabaria falecendo  seis meses depois, vitima da Febre Tifóide no dia 13 de Novembro de 1813.

Após o falecimento de Carl, quem apareceu para assumir os encargos  financeiros da família de Wagner foi o ator e pintor Ludwig Geyer. Não demoraria muito para que com essa proximidade, sua mãe Johanna despertasse uma forte paixão por Geyer. Dessa forma, não demoraria muito para quatro meses após o falecimento de Carl Friedrich, Johanna e Geyer terminariam noivando e oficializariam a união conjungal em 28  Agosto de 1814. Logo após oficializarem a união, a nova formação familiar de Wagner passaria a residir fixamente em Dresden.  Wagner sempre teve a figura de Geyer como o seu verdadeiro pai biológico. Chegou a até a utilizar o sobrenome do seu padastro até 1827.

A paixão artistica foi algo que Wagner herdou de sua família, apesar de não ter nenhum exemplo de artista musical como Wagner se tornou. Tanto Carl, seu pai biológico que ele não teve muito tempo para conviver quanto seu padastro Geyer, eram grandes atores amadores. Ela tinha duas irmãs mais velhas que eram atrizes e uma outra irmã que era uma cantora de ópera, e mais um tio intelectual.







































Foi em 1828, que Wagner deu início a sua jornada musical ao estudar com Christian Gottileb Müller, o músico de Gerwadaus.
Dessa maneira, ele foi dando prosseguimento aos seus estudos musicais. Durante esses primeiros passos musicais em Leipizig, Wagner compõs em 1833, a  sua primeira ópera intitulada "As Fadas", da qual ele nunca chegou a conferir encenada. "As Fadas" só seria  encenada em 1888, cinco anos após Wagner falecer.

Foi em 1836, que Wagner encenaria uma de suas primeiras óperas "A Proibição de Amar", inspirada na peça do dramaturgo inglês  Willian Shakespeare(1564-1616).  As encenações  de suas óperas davam uma atmosfera teatral seriam a grande registrada das composições de Richard Wagner. Visto pelo próprio DNA artisitico do maestro. Foi também nessa época que Wagner se casaria com a atriz Minna Planer(1809-1866), sua primeira esposa. Depois substituida pela italiana Cosima Francesca Gaetana(1837-1930).

Uma das principais caracteristicas das composições de Wagner está no tom e na atmosfera teatral e também  nacionalista, principalmente ao construir,  idealizar e imortalizar o universo do folclore alemão atravês de grandes composições, como por exemplo, "Os Mestres Cantores de Nuremberg" e "Lohering" compostas entre os anos de 1845 até 1850. São os exemplos  de obras onde Wagner  eternizou elementos da mitologia alemã. No primeiro exemplo, o enredo de "Os Mestres Cantores de Nuremberg" se passa durante o durante o século XVI na cidade Nuremberg, vista como uma Cidade Imperial Livre, respirando a atmosfera da  Era de Ouro da Arte Renascentista. É nesse clima que surge uma sociedade de artistas denominada de Mestres Cantores. Wagner se inspirou numa história veridica, onde inclusive um dos protagonistas dessa ópera que compõe os Mestre Cantores é o poeta Hans Sachs(1494-1576). Já no segundo exemplo, em "Lohering", Wagner em parceria com o maestro húngaro  Franz Liszt(1811-1886) seu amigo muito próximo. Cria uma trama dividida em 3 atos onde a ambientação do enredo se passa no século X durante o reinado de Henrique I da Germãnia no Ducado Brabante. Pode-se definir que Wagner além de ter sido um maestro genial, também criou atravês de suas obras uma maneira dos alemães terem uma forte identificação. Nestes dois exemplos que citei, pode-se notar bem uma atmosfera que bem remete ao passado medieval. 

Qualquer um ao ouvir essas obras de Wagner vai com certeza remeter aos tempos das lendas medievais. Uma emoção quase nostálgica.

O que também pode  ser sentido em "O Navio Fantasma"(1843), onde também dividia em 3 atos,  conta a história de um navegador holandês que tem seu navio ancorado numa aldeia pesqueira da Noruega. Ele foi parar por lá depois de ter sido punido por Deus por blasfêmia contra o seu nome. Ele ficaria lá para sempre sem poder retornar a sua terra natal, ao menos que lhe surgisse uma mulher que lhe fosse fiel. Assim como em  "Tanhãuser"(1845), que também dividida em 3 atos conta a jornada do menestrel homõnimo que se deixa seduzir por uma mulher denominada de Vênus, contrariando assim a ética do torneio dos trovadores do qual ele pertence. É ao defender o amor carnal por Vênus, Tanhãuser passa a ser reprimido pela sociedade dos trovadores, e a única pessoa que o consola é Isabel, que é de quem parte a idéia da sua redenção.

Em  "Tristão e Isolda"(1865) também pode ser notado outro exemplo, onde ele recria e eterniza a trágica história de amor do cavaleiro e da princesa das lendas medievais célticas arturianas. Onde Isolda, a princesa irlandesa foi prometida a mão  ao Rei Marcos da Cornualha como forma de unir reinos tribais que formariam a futura nação do Reino Unido e que estavam em constante conflito por dominios territoriais, só que o destino pregaria uma grande peça em  Isolda, porque no primeiro momento  em olhou Tristão, o sobrinho do Rei Marcos, tanto ela quanto ele sentiram um sentimento forte de amor que manteriam as escondida até o momento em que o rei descobrindo e a paz entre as tribos entra por água abaixo culminando na morte de Tristão.


E até  mesmo na tetralogia  do Anel dos Nibelungos, composição que Wagner levou 26 anos para concluir. Começou em 1848 e só finalizou em 1874. A primeira parte do Anel dos Nibelungos, intitulado de "O ouro do Reno"(1869) tem apenas um ato e é dividida em quatro cenas,  onde se ambienta com os famosos  personagens das lendas  não só da  Alemanha, mas como também dos países nórdicos mostrando o anão nibelungo Alberich cortejando as três irmãs ninfas em pleno Rio Reno, onde houve por meio delas do Ouro do Reno que será o gancho para a construção da trama da ópera. Onde com ele se apoderando daquilo um grande equilíbrio entre o mundo da terra e do Valhala(a morada dos deuses nórdicos) está ameaçado.

Já a segunda parte da tetralogia, que é de todas as obras de Wagner a mais famosa, a quem muita tem como referência intitulado e pessoalmente é uma das minhas prediletas é "A Valquíria", mas pode ser chamado de "A Cavalagada das Valquírias"(1870) tem sua trma divídida em três atos, sendo o primeiro ato dividido em três cenas, o segundo em cinco cenas e o terceiro e último ato é dividido em três cenas. Totalizando 11 cenas.







Essa segunda parte tem sua trama iniciada durante uma tempestade, onde Sigmund perambulando a procura de um abrigo, e ele então encontra acolhimento na residência do guerreiro Hunding.

O ambiente da casa é de uma habitação rústica, isso porque, no centro da sala existe uma grande árvore.   Assim que Sigmund entra na residência, Hudding o dono do local não se encontrava presente. Ao entrar, Sigmund completamente exaurido cai numa lareira. Nesse momento ele é recepcionado pela esposa infeliz de Hunding, chamda Sieglinde. É para ela que Hunding conta que estava escapando dos seus inimigos e que agora estava fraco demais para continuar sua jornada. Depois de beber um pouco de hidromel, oferecido por Sieglinde, Sigmund resolve dar proseguimento a sua jornada e se despede dela alegando estar amaldiçaodo pelo infortúnio. E essa sina o levava a trazer desgraça para qualquer lugar onde pisa. Mas, é a própria Sieglinde que convence Sigmund a permanecer no local, com a justificativa de que ele jamais traria inforturnio a um lar onde a má sorte já reside, ela comentou isso a Sigmund se referindo a sua  própria infelicidade. E dessa forma, é construido e desenvolvido  o enredo da "Cavalgada das Valquírias", a segunda parte do Anel dos Nibelungos, a famosa ópera de Richard Wagner.


A terceira parte da tetralogia  é denominada de Siegfried(1871). Tem sua trama também dividida em 3 atos, divididos em 3 cenas cada um,  que contabilizaria ao todo 9 cenas. Na cena de cada ato, o enredo se constroi na jornada do ferreiro Siegfried, que construiu uma espada para destruir o d perverso  gigante  Fafner, sendo instruido pelo nibelungo Mime, irmão de Alberich. Ao conseguir destruir o gigante, Siegfried fica muito poderoso. Ele se apodera do amaldiçoado anel e tentará unir-se conjungalmente com Brünhilde. E a quarta e última parte da tetralogia do Anel dos Nibelungos, intitulado de Crépusculo dos Deuses é o que contém a saga mais longa, porque, começa com um prólogo e vai se desenvolvendo no primeiro ato com três cenas, seguido do segundo do segundo ato com cinco cenas e concluida no terceiro ato com três cenas. A última parte da tetralogia da ópera de Wagner é a conclusão, o fechamento de todos os eventos que deram inicio em  "O ouro do Reno". Em 1882, um ano antes de Wagner falecer fez a apresentação de sua última ópera,  no Bayreuth Festpilhaus com Parsifal, uma ópera também teatral assim como a exemplo da Tetralogia do Anel dos Nibelungos. Dividida em 3 atos, a trama dessa ópera gira em torno da fraternidade dos Cavaleiros do Santo Graal vivendo na legendária colinas do Monte Salvat, na Espanha. É nesse ambiente que um mago negro chamado Klingsor teria construido um jardim mágico povoado por belas mulheres que utilizando de seus charmes sedutores para os cavaleiros, os tentariam a quebrarem o voto de castidade. É quando isso acaba acontecendo eles teram de encontrarem um inocente casto o "Parsifal", para poderem manter seguirem firmes nos seus objetivos.

OBRAS DE WAGNER:


















Em constraste a sua genialidade musical, Wagner assim como qualquer pessoa comum, também era um ser humano bastante imperfeito. Principalmente no que diz respeito ao patrocício financeiro que recebia do Rei da Baviera Ludwig II(1845-1886) o rei  famoso por suas megalomias e excentridades fez um investimento pesado na arte, arrecando muito dinheiro dos cofres públicos   principalmente na construção do Bayreuht, o famoso teatro feito para as apresentações exclusivas das obras de Wagner. "Pessoalmente, também não era flor que se cheirasse."(1)

Wagner já chegou a ser acusado de oportunista, de estelionatário, carreirista e também não era um exemplo de marido fiel, isso porque boa parte das mulheres ele se aventurava  eram as esposas dos amigos de quem ele passava a perna. E além disso, há também suas posições antissemitas, que serviram de base para o futuro Chefe de Estado da Alemanha Adolf Hitler(1889-1945), ter uma forte simpatia por ele e transformar suas músicas na forte máquina de propaganda nazista. Por causa disso, suas óperas sempre estiveram associadas ao nazismo. Apesar dessas falhas, o grande legado musical que Wagner não se pode questionar que é inigualável.

Richard Wagner faleceu em Veneza, na Itália, no dia 13 de Fevereiro de 1883, subitamente de um ataque cardíaco acompanhado de sua esposa Cosima e de seus filhos e sendo enterrado Bayreuth, cidade responsável por glorificá-lo e colocar o seu nome na galeria dos grandes mestres da música clássica, entre eles seus compatriota Beethoven, Bach ou mesmo Mendelsson.














FONTE:

 http://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Wagner
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Tannh%C3%A4user
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Tristan_und_Isolde
 http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%B6tterd%C3%A4mmerung
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Fafner
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Siegfried_%28%C3%B3pera%29
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Parsifal
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Der_fliegende_Holl%C3%A4nder
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Lohengrin_%28%C3%B3pera%29
 (1) Coleção Grandes Compositores da Música Clássica, Número 22, Editora Abril, 2009, São Paulo-SP.
  http://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_II_da_Baviera
  http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Maestros_da_Alemanha
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Das_Rheingold
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Die_Walk%C3%BCre
 http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%B6tterd%C3%A4mmerung
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Bayreuth_Festspielhaus
   http://de.wikipedia.org/wiki/Minna_Wagner
  http://pt.wikipedia.org/wiki/Cosima_Wagner






sábado, 18 de maio de 2013

BIOGRÁFIA DE MARGARETH THATCHER(1925-2013)

No mês passado,  falecia no dia 08 de Abril de 2013, a mulher mais importante que o governou a Inglaterra e que por sua postura ficou conhecida como "A DAMA DE FERRO". Conheça um pouco da trajetória de Margareth Thatcher.









Nascida Margareth Roberts,  no dia 13 de Outubro de 1925, na localidade de Grantham, no condado de Liconshire. Estudou ciências químicas na Universidade de Oxford. Herdou de seu pai, Alfred Roberts, a paixão pela política. Já que por diversas vezes ele já foi eleito vereador e era pregador metodista. Conheceu seu futuro marido Denis Tatcher(1915-2003) em 1951, durante um jantar de formalização como candidata conservadora de Dartford. 

Foi em Dartford entre os anos de 1950-51, que ela iniciou a sua trajetória na política, até ser eleita parlamentar nas eleições gerais de 1959 na região de Finchley.


Isso foi só um pulo para ele se tornar mais para frente, a futura Primeira-Ministra do Reino Unido.

Em 1970, assumiu o cargo de Ministra da Educação, no período do mandato do Primeiro-Ministro Edward Hearth(1916-2005) onde ocupou até 1974. A partir de 1975 se tornou lider da oposição ao Governo no mandatado do  Primeiro-Ministro James Callaghan(1912-2005) entre os anos de 1976-1979.

O seu discurso, e sua boa oratória a fortalece bastante. Ganhou a alcunha de "DAMA DE FERRO", de um jornal da então URSS(atual Rússia). Quando esta fez discursou em Janeiro de 1976 na sede municipal de Kensington, onde soltou palavras duras a respeito da repressão ditatorial naquele país.

No discurso ele colocou o seu ponto de vista crítico  sobre a situação política da seguinte maneira:
 "Os russos estão empenhados em dominar o mundo e estão rapidamente adquirindo os meios para se tornar a mais poderosa nação imperial que o mundo já viu. Os homens do Politburo soviético não têm que se preocupar com o fluxo e refluxo da opinião pública. Colocam as armas antes da manteiga, enquanto nós colocamos quase tudo antes das armas."

Em 1979, é eleita Primeira-Ministra, entrando para a história como a primeira mulher a assumir esse importante politico do Reino Unido.


Em seu discursou de posse no dia 04 de Maio de 1979, parafraseou a "Oração de São Francisco".

"Onde houver discórdia, que possamos trazer harmonia. Onde houver erro, que possamos trazer a verdade. Onde houver dúvida, que possamos trazer fé. E onde houver desespero, que possamos trazer esperança."


Durante os seus 11 anos de mandato entre os anos de 1979-1990, Thatcher prezou pela alcunha de Dama de Ferro, ao lidar com as mais delicadas situações politicas tanto interna quanto externamente. Foi durante o seu mandato, que ela mandou as tropas inglesas combaterem os argentinos pela disputa dos território das Ilhas Malvinas, também chamada  pelos inlgeses de  Falklands em 1982. Adotou medidas políticas para diminuir a inflação na economia inglesa, adotou também o liberalismo, programa de privatizações e internacionalmente sempre manteve uma forte posição contrária a URSS. É tanto que já no final de seu mandato ela testemunhou o comunismo declinar com a Queda do Muro de Berlim em 1989.

Após o fim do seu mandato, Thatcher ainda passaria a ter uma atuação mais discreta no cenário  político, até o momento em que por volta dos anos 2000 sua saúde começa a se fragilizar devidos a uma série de AVCs, sendo infinitas vezes hospitalizada e entre vezes acabou retirando um tumor na bexiga.

Pode-se dizer que dessa forma discreta e completamente esquecida, que saia de cena no dia último dia 08 de Abril, a mulher que deixou um grande legado para a política e a quem muitos a lembraram   de "A DAMA DE FERRO".




FONTE:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Margaret_Thatcher
http://www.brasilescola.com/historia/margareth-thatcher.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Denis_Thatcher
http://pt.wikipedia.org/wiki/Edward_Heath
http://pt.wikipedia.org/wiki/James_Callaghan

sexta-feira, 10 de maio de 2013

A HISTÓRIA COMO ENTRENIMENTO


"OBRA-DE-FICÇÃO SEM NENHUM COMPROMISSO COM A REALIDADE".

 É isso o que muita gente ouve comentar sobre os meios de entretenimento como o cinema e a televisão, que por mais que muita gente diga que tipos como esse existem na realidade, principalmente em se tratando do mau-caráter, o bandido, ainda assim há pessoas que defendem esta teoria que eu acabei de comentar ai em cima. Uma coisa que eu não tiro a razão dessas pessoas, mesmo porque quando os autores retratam em suas obra-de-ficção, tanto os mocinhos, quanto os bandidos, ou mesmo os esquisitões, eles com certeza devem se inspirar nos tipos que ele conheceu na realidade.


Esse tema complexo que estou aqui tratando, dois dos meios de entretenimento que atrai muita gente, que usam dos mais diversos gêneros para agradar e vender.


E quando estes mesmos meios se utilizam de temas históricos importantes, a visão sobre como estes deois diferentes meios de entrenimento devem abordar a temárica histórica é vista como sobre diferentes olhares com uma certa desconfiança.


 Uma obra-prima  clássica que revolucionou o cinema,  e é assistido há muitas gerações: "E O VENTO LEVOU", considerada unanimidade por diversos críticos de cinemas como   a produção mais cara, inclusive existe uma controvérsia entre os críticos se o filme foi pioneiro ao usar a técnica da Tecnicolor, que dava uma coloração a película, algo que digamos assim em pleno final da década de 1930, isso foi visto como uma renovação , uma revolução. Muitos de nossos bisavôs que se lembram do filme descrevem passo a passo a conturbada história de amor entre a fútil e mimada Scarlet O´Hara(Vivien Leigh) com o mulherengo e galanteador Capitão Reth Butler(Clark Gable), mas o que com certeza eles talvez não tenham percebido é que o filme ele também indiretamente retrata um contexto histórico, ele se ambienta no período da Guerra Civil Americana, é curioso que um historiador poderia observar assim como eu particularmente observei é que a própria protagonista do filme, a controversa Scarlet O'Hara(Vivien Leigh), retrata bem uma visão desse contexto, ela era filha de um rico fazendeiro, que antes de estourar a Guerra, viviam uma vida próspera, figurando então como as elites, a Scarlet usava os vestidos mais caros do mundo frequentando todos os bailes,ou seja, vivia antes uma vida de glamour, até quando a Guerra estourou, ela viu sua fazenda decair, contrair dividas  e perder toda safra e para isso teve de lutar para conseguir repor tudo de novo.

O que  quero dizer com esse meu raciocínio é simplesmente a Scarlet representa imagem do típico camponês norte-americano rico desse período, que antes de ocorrer a Guerra, vivia prosperamente em ascensão com as riquezas que explorava da Terra, quando aconteceu a Guerra, a safra e a economia entraram emqueda, a prosperidade se foi e ela então teve de lutar de suas próprias mãos replantar o que lhe foi tirado para saldar suas dividas.














Importante obra-prima do cinema também pode ser analisada sob um ponto de vista histórico.






Um dos períodos da História que é pouco explorado pelo cinema é a Pré-História, o único que conseguiu ter a ousadia idéia de fazer foi "A GUERRA DO FOGO"(1981), uma obra do francês Jean-Jacques Annaud,esse mesmo que também produziu outro belo filme histórico sobre um outro período histórico importante, o inquisitorial em "O NOME DA ROSA"(1986).  Esse filme apesar de ser uma livre adaptação de uma obra-de-ficção, ou seja, inspirado no romance do italiano Umberto Eco, ele ainda sim consegue retratar fielmente, com algumas licenças poéticas, o cotidiano, a rotina dos monges desse período do século 13.Mostrando como era fervorosa sua fé e o pavor de se cometerem algum pequeno deslizes, poderiam serem condenados pela Fogueira da Santa Inquisição. 


Os períodos históricos que são mais explorados pelo cinema são sobre o Império Romano como por exemplo "BEN-HUR"(1959), "SPARTACUS"(1960), "QUO VADIS"(1951) e "GLADIADOR"(2000).
Alguns poucos  abordam sobre a Grécia, como "TRÓIA"(2004), por exemplo, boa parte é mais sobre alguns personagens mitológicos como por exemplo "HERCULES UNCHAINED"(1959), vivido pelo fortão Steve Reeves(1926-2000), já sobre o Egito existem poucos, mas dois que eu destaco que são as obras-primas "OS DEZ MANDAMENTOS(1956)" , baseado na passagem bíblica de Moisés e "CLEOPATRA(1963)", vivida pela bela Elizabeth Taylor(1932-2011) vivendo a grande rainha que a história já conheceu. A Segunda Guerra Mundial é o tema mais recorrente mais em produções cinematográficas, quando não é a Segunda Guerra Mundial é sobre a Guerra do Vietnâ, como no filme "APOCALYPSE NOW"(1979), por exemplo é a grande obra-prima que deu origem a uma série de filmes explorando o tema da Guerra do Vietnã, que gerou heróis que vivaram referências como os maiores ícones da década de 1980, como Rambo e Bradocck.














Este recurso é alvo de muitos professores de História do Ensino Fundamental e Médio, usarem como aparelho didático para poder debater com os seus alunos, muitas vezes por mais que tenha filmes que retratem uma realidade histórica fielmente pincelada, o roteirista assim como o historiador tenta se ater a mostrar apenas um período ou mesmo coloca alguns personagens ficcionais, utilizando os recursos das licenças poéticas já que não houve permissão para ser usado o nome das pessoas reais, tem filmes que procuram mostrar só um lado da moeda (ou seja uma visão tendenciosa) , todos os filmes Hollywoodianos que abordam a Segunda Guerra, mostram os americanos como os heróis, o salvadores do mundo, os bonzinhos, os Capitães Américas, já os alemães, são sempre retratados como os inimigos, os mauzinhos, os Caveiras Vermelhas e quando não são os alemães, são os japoneses como no filme "PEARL  HARBOR"(2001), onde eles são retratados como se fossem vilões de animes.



























Ou mesmo  no controverso "A QUEDA-AS ÚLTIMAS HORAS DE HITLER"(2004), que mostra uma imagem muito humanizada do tirano Adolf Hitler(1889-1945), em sua rotina  dentro dos bunkers, vivendo uma rotina como se fosse de  qualquer pessoa, do tipo eu, do tipo você, que estivesse passando por um sentimento de agonia, angustia, vendo seu pais ser totalmente arrasado e devastado, e tratando os seus subordinados como se fosse de uma forma a tratá-los como filhos.










 Em se tratando de fazer filmes biográficos sobre a importãncia de pessoas públicas já mortas, a visão tendenciosa e controversa pode gerar muitas polêmicas.

"LINCOLN", um filme recente dirigido por Steven Spielberg  fez um ótimo apanhado histórico sobre os bastidores de como Abraham Lincoln como Presidente dos Estados Unidos da América tomou uma importante decisão


Na televisão, como nas novelas ou minisséries globais, por exemplo, o trabalho para se construir e desenvolver uma trama época. Que além do trabalhão de reconstruir a cenográfia, os figurinos  que retratavam os hábitos e costumes da  época assim como o cinema também é trabalhoso, com o diferencial de o formato da televisão como a novela é uma obra aberta e que por depender do fator audiência a visão da crítica a este respeito é mais cobrada.







Na recente trama das seis, Lado a Lado que antecedeu a atual Flor do Caribe, por exemplo. A trama no decorrrer dos seus 154 capítulos retratou de uma maneira magnifica a a vida rotineira do Brasil do começo do século XX. Tentando se readptar a um novo tipo de realidade que agradava aos de mentes mais abertas e desagradava aos mais conservadores.  E o mais curioso foi como a trama contava com dois casais de protagonistas que representavam os constrastes sociais típico do Brasil desse período. De um lado tinha Laura(Marjorie Estiano) e Edgar(Thiago Fragoso) que simbolizavam a típica figura  do casal branco que simbolizavam as grandes elites  brasileiras decadentes, cuja união conjungal ocorre por causa do acordo de dote  entre suas famílias. Laura, por exemplo, representava o típico exemplo da jovem nascida no berço de uma família aristocrática falida depois que a escravisão foi abolida em 1888 e no ano seguinte foi declarada a Proclamação da República. Enquanto de outro lado tinha o casal Zé Maria(Lázaro Ramos) e Isabel(Camila Pitanga) que simbolizavam a típica imagem do casal negro marginalizado pela sociedade depois de quase vinte anos do fim  da abolição.Essa novela roteirizada por uma dupla de autores titulares iniciantes, formada por Claúdia Lage e João Ximenes Braga souberam como conduzir bem uma trama ambientada no principio do século passado, mostrando personagens ficcionais interagindo com importantes episódios que os antigos livros didáticos ocultam. De todo jeito, a maneira como a trama foi conduzida, construida e desenvolvida conseguiu passar para milhões de telespectadores espalhados do Oiapoque ao Chuí um retrato social rotineiro sobre diferentes pontos de vistas. A estética que esses autores colocaram na trama, pincelou de maneria magistral  o cenário brasileiro das primeiras décadas do século XX seguindo o comum esquema das tramas contemporãneas escritas por autores do calibre de Manoel Carlos, Gilberto Braga, Agnaldo Silva ou mesmo Silvio de Abreu que sempre procuram encontrar situações recorrentes no tempo presente para torná-las mais próximas da realidade. Lado a Lado não é o primeiro e nem será o último exemplo de novela global não ambientada no momento presente. Sinhá Moça, tanto nas duas versões, a primeira em 1986 e a segunda em 2006 pincelaram bem a vida rotineira dos escravos nos engenhos numa época que precedia a abolição. Terra Nostra(1999) que contava a saga da primeira leva de imigrantes italianos se instalando no Brasil no final do século XIX e principio do XX.  Assim como alguns exemplos de  minisséries como Anos Rebeldes(1992) pincelou bem o típico da vida juventude seiscentista em pleno auge da Ditadura Militar instaurada no Brasil em 1964. Assim como  A Muralha(2000) que fez também uma boa modelagem da vida rotineira dos bandeirantes em pleno Brasil-Colônia ou mesmo JK(2006), que além de contar toda a trajetória politica e também intima  do mais importante politico que o Brasil, Juscelino Kubitschek(1902-1976), retratou cada momento importante da História que teve sua colaboração, como a construção de Brasília. Ou mesmo, na novela da onze Gabriela(2012), que além de ser uma livre inspiração do famoso romance de Jorge Amado(1912-2001), além de ser marcado por exalatar a beleza e sensualidade da personagem também pincelou um interessante retrato histórico do Brasil em meados dos 1920. Numa Bahia em pleno auge da era de ouro da econômia cacaueira. Enquanto que tinha coronéis que se esbamjavam na riqueza, também a população mais empobrecida que tinha de se retirar da seca e a protagonista-titulo no caso, além de representar a visão amadiana da baiana sensual, também ilustratava o típico retrato de critica social da seca, o contraste das riquezas geradas pelo cacau. Entre outras infinidades de exemplos de tramas assim.




De todo jeito sempre que a gente for apreciar estes tipos de obras-de-ficção que usem de elementos temas que foram importantes para a história a gente precisa tomar o cuidado de saber o olhar um pouco mais crítico.