sábado, 6 de junho de 2020

ENTENDENDO A JORNADA DO HERÓI EM JASPION, JIRAIYA E CHANGEMAN.


Durante esse longo período da quarentena causado pela Pandemia da COVID-19, também conhecido popularmente  como Coronavírus, eu vivendo recluso na minha casa tenho vivido uns momentos de certa apreensão e também de nostalgia. Isto porque desde que  foi decretado a quarentena mundial em todos os cantos do mundo. Que não tem tido nenhum lançamento novo nos cinemas, por causa da suspensão das atividades. Do mesmo jeito como também não tem havido na programação das grandes emissoras como a Rede Globo que suspendeu as gravações de suas novelas, colocando no ar reprise na grade dos três horários de novelas.





 E sem as transmissões dos grandes eventos esportivos como o futebol e a Formula 1, também como consequência da COVID-19  teve de algumas transmitir  partidas antigas e competições antigas dos GPs de Formula 1. Para preencher alguns tapas buracos a Band, por exemplo,  começou a exibir nas manhãs de domingo que ele costumava exibir partidas sub-17 de futebol três séries japonesas de super-heróis: Jaspion, Changeman e Jiraya. Três séries que  compõe uma produção  especifica de live action* pertencentes no Japão a um gênero que tem como nomenclatura especifica  de tokusatsu.** Nesse gênero há séries que compõe franquias. Um é super sentai, ao qual o Changeman compõe que é a série dos super esquadrões coloridos criado por Shotaro Ishinomori(1938-1998), nome importante da cultura pop nipônica,  que inspirou a franquia americana de Might Morphin Power Rangers(EUA, 1993-atual). Que enfrentam um império maligno que quer dominar a Terra, se limitando sempre a Tóquio com os monstros da semana sendo destruído pela arma bazuca ou qualquer coisa diferenciada, ele se agigantando e convocando um robô gigante para enfrenta-lo com uma espada. 

Já no caso de Jaspion de Jiraya, eles juntos compõe a franquia já extinta dos Metal Hero. Que são os heróis com armaduras metálicas, que também enfrentam ameaças metálicas, mas sempre solitariamente.

O Fantástico Jaspion(Kyojuu Tokusu Juspion, Japão, 1985-1986) é o que das três que vem sendo exibidas atualmente na Band como tapa buraco na programação durante essa pandemia que foi exibida originalmente no Brasil  entre o final dos anos 1980 e começo dos anos 1990 durante a boa  safra áurea das séries de super-heróis  japoneses em live actions exibidas pela extinta Rede Manchete que fechou suas portas em 1999. 



 É a mais unanimemente popular e lembrada com muito carinhos  por todos os brasileiros. Muito mais do que no seu pais de origem.  Não existe uma explicação plausível ou mesmo lógica para entender o porquê deste fenômeno e desde que voltou a ser exibido  na grade de programação de  uma TV Aberta como a Band e ainda conquistando a audiência e boa parte dos muitos adultos como eu  que cresceram a vendo na TV em um pequeno aparelho de tubo, inclusive está para sair um mangá produzido por brasileiros e será publicado pelo selo da JBC  com uma história que mostra o epilogo do Jaspion muitos anos depois de ter derrotado o Satan Goss que assim que acabar esta pandemia, assim que for lançado vou procurar pela curiosidade da leitura.



 E está em processo de produção de um filme nacional do Jaspion que será produzido pela Sato Company a atual detentora dele aqui no Brasil.  Eu posso talvez deduzir alguns fatos que possam explicar e  abalizar as razões dele  ser bastante querido pelos brasileiros. Que fique claro eu não sou nenhum expert de nariz empinado  nesse assunto, estou apenas comentando minhas teorias de fã e escrevendo de forma intimista. Portanto quem for ler meus argumentos sobre o herói com opiniões contrárias que eu aceito a achando superficial, mas,  por favor, não me xinguem. Deixado isto claro vamos aos argumentos.



O primeiro fator que talvez explique o porquê de Jaspion  ser o mais querido e amado  pelos brasileiros, muito mais até do que os outros que passaram durante a fase áurea dos tokusatsu na Manchete. Se deve ao fato de sua história seguir uma formula muito comum em todas as histórias de heróis desde os primórdios da humanidade e que é usado a exaustão e bastante batido nas histórias em quadrinhos das grandes editoras americanas Marvel e DC. Que é a Teoria  Campbeliana*** da Jornada do Herói. Dentre as características dessa teoria está no fato de todos serem representando por órfãos serem destinados ao objetivo de enfrentar a ameaça. E isto é muito sentido nas histórias de muitos populares super-heróis. E Jaspion tem esta característica cresceu sem conhecer os pais que morreram quando era ainda bebê e foi adotado e criado  por um  velho sábio profeta Edin. Que investigava uma profecia da Bíblia Galáctica. Que comentava do grande mal no universo. Representado por um ser demoníaco, fruto das energias negativas do Universo chamado de Satan Goss. 



O segundo fator  e este acredito eu que seja o mais obvio para explicar o porquê do herói ser tão querido pelos brasileiros, seja o fato da série apresentar muitas referências ligadas ao cristianismo. Visto que maior  parte da população brasileira é católica. Um contraste em relação com a  população japonesa cujos praticantes do catolicismo são  menor, maior parte deles são xintoístas****. Isto pode ser sentido pelo próprio Jaspion simbolizar bastante o arquétipo do salvador vindo do céu, destinado a proteger a Terra do mal.



 A figura messiânica do profeta Edin também carrega esta simbologia cristã ocidental. Do mesmo modo quando ele fala da profecia da  Bíblia Galáctica, se referindo ao Velho e o Novo Testamento Cristão. O Pássaro Dourado ser despertado pelas cinco crianças irradiadas pela luz de Nosso Senhor  e Jaspion ser o escolhido para acabar com o  Satan Goss e seu exército de asseclas comandado pelo seu filho MacGaren também tem essa referência cristã ao capiroto e seu exército  da religião cristã  ocidental. Do mesmo jeito que a trama trabalhou bem as camadas de evolução do personagem. Que na primeira metade da série agia muito abobalhado e imaturamente, sendo até grosseiro com a androide Anri.  A partir da segunda metade, passa a ter um perfil mais sério e mais focado na sua missão. Na sua jornada de defender a Terra de ser dominada pelo império demoníaco de Satan Goss para criar aqui o seu  Império dos Monstros. 




Já no caso de Jiraya-O Incrível Ninja(Sekkai Ninja Sen Jiraiya, Japão, 1988-1989). É também  bastante lembrado  e querido pelos brasileiros do mesmo jeito que o Jaspion. Do qual compõe a mesma franquia da produtora Toei Company. 





Ele também carrega  o mesmo modelo que Jaspion segue  da Teoria Campbeliana da Jornada do Herói, mas com o diferencial de que ele aqui ao contrário do Jaspion ele carregava um tom mais realista, do tipo quando  não tinha um ninja malvado  do dia para encarar a mando da Família dos Feiticeiros e eliminar com sua espada olímpica ele procurava encarar os desafios do dia a dia de ajudar a família em trabalhos pesados e domésticos. Aliás, isto também é outro aspecto que o diferencia do Jaspion é que ele teve  a sorte de ter sido criado por uma boa família depois que ficou órfão ainda bebé. Toha Yamashi foi adotado por Tetzuzan Yamashi o patriarca da  longa geração de uma tradicional família ninja e  sucessor do clã  Togakure. Onde ele é o primogênito dos três filhos de Tetzuzan que é um senhor viúvo e muito rigoroso, ele tinha como irmãos a Key Yamashi, uma jovem que adora implicar com ele, ao mesmo tempo que o auxilia como a ninja Emiha, uma espécie de versão sidekick***** do Jiraiya.







 E o menino Manabu,  caçulinha da família. Com uma  personalidade as vezes explosiva e  cheia de peraltices. Muito diferente do Jaspion que quando não tinha monstros gigantes para enfrentar com sua nave que se transformava no Gigante Guerreiro Daileon e não destruía com sua Spadium Laser os mercenário espaciais contratados por MacGaren para elimina-lo ele fica de boas dentro no confortável espaço da nave sem se preocupar em pegar no pesado. 





Assim como Jaspion, o Jiraiya também tinha a característica campbeliana de representar a jornada do herói já que ele era o destinado a enfrentar a ameaça da Família dos Feiticeiros que tinham um plano maquiavélico e diabólico de pegar a parte da inscrição de Pako, um ser alienígena cujos poderes ilimitados podem fazer dominar o mundo e escravizar a humanidade. Por ele ser descendente dos que trouxeram essa capsula. 




E quanto ao Esquadrão Relâmpago Changeman(Degenki Sentai Changeman,Japão, 1985-1986). Série que compõe a franquia Super Sentai, que já existe no Japão desde de 1975 e também é de propriedade da Toei. E desde a década de 1990 vem sendo exportada para o Ocidente  através das adaptações americanas de Power Ranges que começou com a Saban   Entertainment, depois passou para as mãos  da Disney nos anos 2000, voltou para a Saban nos anos 2010 e atualmente passou a ficar nas mãos da fabricante de brinquedos  Hasbro, dona da linha Transformers. 



 A provável razão do porquê dela ser tão querida pelos brasileiros esteja talvez no fato dela ser sobre uma super equipe militar. Onde aqui diferente do Jaspion e do Jiraiya que são heróis solitários, eles aqui trabalham em conjunto enfrentando uma grande ameaça de um império alienígena chamado Gozma, onde seu crápula  líder Senhor Bazoo já havia dominado outros planetas e desta vez escolheu a Terra para se tornar sua próxima conquista. Essa equipe é composta por cinco soldados que compunham a Elite dos Defensores da Terra que foram os destinados pela Força Terrena a enfrentar o perigo. Essa força os transforma em seres de uniformes coloridos com capacetes e com uma simbologia de animais mitológicos. Cada um carregava uma característica de personalidade diferente.





 Tsurugi Hyryuu/Change Dragon era o líder vermelho da equipe com a simbologia do dragão, carregava a personalidade de ser o mais sério e compenetrado na missão de defender a Terra contra as ameaças de Gozma. Hayata Shou/Change Griphon, o segundo no comando de uniforme preto com a simbologia do Grifo era o mulherengo do grupo. Vivia assediando mulheres, até mesmo quando as protegia e as vezes era bastante enganado. Ozora Yuma/Change Pegasus, o azul da equipe com a simbologia do cavalo alado Pégaso,  era o alivio cômico do grupo, sempre descontraído. Mas quando enfrentava o perigo de Gozma ele levava muito a sério. Sayaka Nagisa/Change Mermaid, a branca da equipe com a simbologia da Sereia  era a mais dócil e mais inteligente do grupo. Só o que tira essa sua docilidade é a ameaça de Gozma. E a Mai Tsubasa/Change Phoenix a rosa da equipe com a simbologia da Ave Fênix ressurgia das cinzas era caracterizada por ser a mais durona e invocada do grupo.




 Não levava desaforo nenhum, principalmente para encarar a ameaça de Gozma. Mesmo com essas diferenças de personalidade, eles estão todos unidos para acabar com a ameaça de Gozma e desempenham bem um relacionamento de amizade fraternal  entre eles, mesmo que muitas vezes nem sempre  é perfeita. Eles também seguem esta formula baseada na Teoria Campbeliana da Jornada do Herói, onde mesmo não ficando em nenhum momento estabelecido que eles sejam órfãos, mas sim que eles foram destinados a enfrentar o perigo.




 Além de ter trabalhado muito bem as diferentes camadas ao longo dos episódios de cada personagem. Principalmente dos membros da Nave Gozma, onde fomos descobrindo que cada um deles se submetia a   trabalhar  para o Senhor Bazoo porque tinham perdido seus habitats que foram destruído por ele. Como o Comandante Giluke,  a Rainha Ahames,  a Shima, o Gaata e até mesmo o Gyoday. Já o Buba de todos é o que se sujeitou a trabalhar para ele não porque teve seu habitat destruído por Bazoo, mas, por causa de seu passado como Pirata Espacial.  E o Sargento Ibuki, o comandante da equipe  que mais para o final é descoberto que ele era um alienígena que também perdeu o seu planeta para o Bazoo que no episódio final  é descoberto que ele é um planeta então. E isso também é outro fator que pode explicar o porquê dela ser tão querida por nós brasileiro, assim como Jaspion e Jiraya.

ESQUEMA DA TEORIA DA JORNADA DO HERÓI



Bom, tecnicamente elas podem não serem consideradas grandes exemplos de obras-primas televisivas  com roteiros magníficos e bem escritos, chegando ao  patamar de figurarem como  obras de artes reflexivas e primorosas. Visto  que elas foram concebidas na época com o intuito unicamente de vender brinquedos.

Aos olhos de hoje pode parecer muito esquisito ver umas produções  dessas capengas, toscas, sem sofisticação,  com uns efeitos especais práticos um tanto quanto rudimentares, primários e já bastante datados. Principalmente pela concepção bastante extravagante dos monstros de borrachas e os figurinos muito bregas dos vilões, com um nível de puro mau gosto kitsch. Ainda mais nos decotes bem provocantemente sensuais das vilãs. 














Que atraíram crianças como eu no final da década de 1980 e começos dos anos 1990, que hoje adultos ainda se magnetizam por ela a ponto até de glorifica-las. Bom, se tem muito adulto sessentão que glorifica a série do Batman de 1966 que tinha uma estética muito bizarra com um humor tanto nonsense. Mais ainda nutre uma paixão por ela ter marcado sua infância e ter sido sua porta entrada ao universo do Batman. Então nesse raciocínio, para mim que cresci  assistindo e não desgrudando da TV nelas há 30 anos é quase equivalente. Isso porque, como  posso descrever  foi por meio desses heróis que me fez crescer despertando o fascínio pelo Japão. Um pais do outro lado do mundo, um arquipélago da Ásia,  com uma cultura tão exótica quanto a nossa do Brasil. Que simboliza  a maior potência econômica  mundial na indústria eletrônica e de automóveis. Pode parecer estranho essa minha colocação, mas sim meu fascínio que tenho pela cultura exótica do Japão se deve a contribuição aos heróis japoneses. Principalmente pela beleza exótica das japonesas.  Uma nação  símbolo da modernidade tecnológica que ao mesmo tempo procura preservar antigas tradições culturais, seus costumes. E os heróis simbolizam bem essa visão patriota deles preservarem suas identidades culturais.  


 Muitos podem achar com esse discurso antropológico  que eles não tem nada que pudessem caracterizar como tipicamente japoneses. Mas sim, elas apresentam uma típica característica japonesa. Que está justamente na maneira extravagante dos heróis vestirem uma roupa de malha apertada colorida com capacete fechado, e os vilões  trajando uma vestimenta horrível de puro mau gosto de tão carnavalescos que ficam parecendo,  trazendo influência do tradicional e milenar arte do   Teatro Kabuki e do Bunraku******. 

 
NA IMAGEM ACIMA:
 TEATRO KABUKI COM OS ATORES MAQUIADOS





ABAIXO O BUNRAKU: O TEATRO DE MARIONETES.
DIFERENTES  EXEMPLOS DE TIPICAS CARACTERISITICAS 
ARTISTICAS JAPONESAS QUE INSPIRAM O 
TOKUSATSU. 



Isto também pode ser sentido na outra característica que é quando os heróis fazem umas longas poses e não são  logo atacados pelos monstros, isto também é uma característica típica dos japoneses  que se refere aos séculos de guerras das outras Eras Imperiais  do Japão Feudal******* onde os soldados imperiais antes de começarem uma guerra faziam estas representações teatrais.




 Dentre outras características tipicamente nipônicas que elas bem simbolizam.  Uma forma muito sutil dos japoneses manterem preservados suas tradições e principalmente para preservar a sua identidade como povo, não apenas como item de divertimento para vender brinquedos. Principalmente depois  que o pais ficou muito arrasado quando  teve suas duas cidades destruídas pelos americanos após o fim da Segunda Guerra Mundial que foram Hiroshima e Nagasaki em 1945.  E para não serem consumidos pela cultura do invasor, criaram seus próprios heróis que refletem a sua identidade nacional. Outra prova do quanto estas produções me  ensinaram bastante da concepção antropológica  japonesa é o que ocorre, por exemplo, desde que teve início essa pandemia sempre se recomenda a gente andar de máscaras de proteção, no caso dos japoneses eles já tem o hábito de fazerem isso. Num episódio******** do Jaspion onde Satan Goss usa dos seus raios vermelhos para transformar uma árvore de cedro em monstro, lhe dar o poder de expelir um pólen que faz sua população inteira gripar. E toda a população sai na rua utilizando  a máscara de proteção.    É por essas e outras que justifico meu imenso fascínio pelo Japão graças a estas séries. Se Deus quiser vou conhecer o Japão e sentir a percepção e a ótica de como eles vem o mundo. Uma hipocrisia que me irrita bastante é ouvir de muitos ignorantes por ai que tudo é coisa ligada aos japoneses é demoníaco pela violência. E este mesmo sujeito fica ai assistindo telejornalismo policial. Quer saber, eu quero mais é que  indivíduos assim se explodam.





Data:06/06/2020.

Notas de Rodapés:

*Live Action significa traduzido literalmente um ato real. “Termo utilizado para definir os trabalhos que são realizados por atores reais, ao contrário das animações; Este termo é usado para definir não apenas filmes, mas também jogos eletrônicos ou similares, que usam atores e atrizes em vez de imagens animadas.De acordo com Cambridge, ato real "(envolve) pessoas ou animais reais, não modelos ou imagens que são desenhadas ou produzidas por computador". Em si, o termo ato real é considerado inútil ou redundante, uma vez que a maioria da mídia visual utiliza atores reais, porém, é lógico para as adaptações de quadrinhos, jogos de vídeo ou animações como por exemplo: Os Flintstones, Resident Evil e Super-homem.Os personagens de ato real são os atores reais, como Bob Hoskins, em oposição aos atores "animados", como o próprio Roger Rabbit.”

**Palavra abreviada das palavras tokushu kouka satsue que significa literalmente filmes de efeitos especiais. Gênero que caracteriza estas produções em live action, não só de super-heróis mas ligadas também a outros segmentos.

***Teoria inspirada no conceito do acadêmico americano Joseph Campbell(1904-1987). Um especialista em cultura antropológica e mitológica, autor de várias teses, artigos e livros entre esses o que inspirou a concepção da Jornada do Herói que é O Herói de Mil Faces.

****São referentes a todos os praticantes do xintoísmo, a mais antiga e milenar do Japão. Cujas crendices tem origens em entidades youkais, representados na natureza, nas plantas, nos animais e em seres divinos.

*****Nomenclatura referente aos ajudantes que dão reforços aos heróis principais na hora de encarar a ameaça dos vilões. Que literalmente significa ajudante. Exemplo famoso de Sideckick é o Robin do Batman.

****** Kabuki:Forma de teatro japonês, conhecida pela estilização do drama e pela elaborada maquiagem utilizada pelos seus atores. O significado individual de cada ideograma é canto (ka) (), dança (bu) () e habilidade (ki) (), e por isso a palavra kabuki é por vezes traduzida como "a arte de cantar e dançar". Esses ideogramas, entretanto, são o que se chamam de ateji (ideogramas usados apenas com sentido fonético) e não refletem a mesma etimologia da palavra. Acredita-se, de fato, que o kabuki derive do verbo kabuku, significando aproximadamente "ser fora do comum", donde se depreende o sentido de teatro de "vanguarda" ou teatro "bizarro".A sua origem remonta ao início do século XVII, quando se parodiavam temas religiosos com danças de ousada sensualidade. No ano de 1629, esse tipo de teatro foi proibido pelo governo. O espetáculo passou a ser encenado então por rapazes que interpretavam papéis femininos. Contemporaneamente, o teatro kabuki tornou-se um espectáculo popular que combina realismo e formalismo, música e dança, mímica, encenação e figurinos, implicando numa constante integração entre os atores e a plateia.”

Bunraku:  Também conhecido como Ningyō jōruri (人形浄瑠璃?) é uma forma de teatro de bonecos japoneses, e é uma herança da cultura popular que serve para contar as histórias do Japão antigo. Com movimentos quase humanos e vestidos com quimonos, os bonecos se transformam em verdadeiros atores no palco. Ao fundo, o som do shamisen marca o compasso da narrativa e o movimento dos bonecos dá a impressão de que têm vida própria.”

******* Como boa parte da sua população não é cristã, o  Japão costuma fazer uma contagem cronológica  de tempo diferente do Ocidente. Eles contam a partir do começo de uma Nova Era Imperial. Sempre no começo do mandato de um novo imperador que é uma simbólica figura divina para os japoneses. O melhor exemplo disso  foi o que  aconteceu recentemente em 2019 em que o Imperador Naruhito tomou posse no lugar de seu pai Akihito renunciando ao trono após 30 anos ficando marcado como Era Hesei e com sua posse o Japão entrou na Era Reiwa. Outro exemplo melhor, estas três séries tokusatsu que passaram no Brasil há 30 anos na Manchete e estão sendo reprisadas na Band  são da década de 1980, época em que o Japão ainda  era governado pelo Imperador Hirohito(1901-1989),  antecessor de Akihito  onde nessa o Japão   desde 1928  na Era Showa. As atuais franquias dos Kamen Riders usam essas denominações de Eras Showas e Hesei como forma de organização de tempo.

*******O episódio do Jaspion  em questão  é o 9: A História de uma Árvore.

Nenhum comentário:

Postar um comentário