Durante
esse longo período da quarentena causado pela Pandemia da COVID-19, também
conhecido popularmente como Coronavírus,
eu vivendo recluso na minha casa tenho vivido uns momentos de certa apreensão e
também de nostalgia. Isto porque desde que foi decretado a quarentena mundial em todos os
cantos do mundo. Que não tem tido nenhum lançamento novo nos cinemas, por causa
da suspensão das atividades. Do mesmo jeito como também não tem havido na
programação das grandes emissoras como a Rede Globo que suspendeu as gravações
de suas novelas, colocando no ar reprise na grade dos três horários de novelas.
E sem as transmissões dos grandes eventos esportivos como o futebol e a Formula
1, também como consequência da COVID-19
teve de algumas transmitir partidas
antigas e competições antigas dos GPs de Formula 1. Para preencher alguns tapas
buracos a Band, por exemplo, começou a
exibir nas manhãs de domingo que ele costumava exibir partidas sub-17 de
futebol três séries japonesas de super-heróis: Jaspion, Changeman e Jiraya. Três
séries que compõe uma produção especifica de live action* pertencentes no
Japão a um gênero que tem como nomenclatura especifica de tokusatsu.** Nesse gênero há séries que
compõe franquias. Um é super sentai, ao qual o Changeman compõe que é a série
dos super esquadrões coloridos criado por Shotaro Ishinomori(1938-1998), nome
importante da cultura pop nipônica, que
inspirou a franquia americana de Might Morphin Power Rangers(EUA, 1993-atual). Que
enfrentam um império maligno que quer dominar a Terra, se limitando sempre a
Tóquio com os monstros da semana sendo destruído pela arma bazuca ou qualquer
coisa diferenciada, ele se agigantando e convocando um robô gigante para
enfrenta-lo com uma espada.
Já
no caso de Jaspion de Jiraya, eles juntos compõe a franquia já extinta dos
Metal Hero. Que são os heróis com armaduras metálicas, que também enfrentam
ameaças metálicas, mas sempre solitariamente.
O
Fantástico Jaspion(Kyojuu Tokusu Juspion, Japão, 1985-1986)
é o que das três que vem sendo exibidas atualmente na Band como tapa buraco na
programação durante essa pandemia que foi exibida originalmente no Brasil entre o final dos anos 1980 e começo dos anos
1990 durante a boa safra áurea das
séries de super-heróis japoneses em live
actions exibidas pela extinta Rede Manchete que fechou suas portas em
1999.
É a mais unanimemente popular e
lembrada com muito carinhos por todos os
brasileiros. Muito mais do que no seu pais de origem. Não existe uma explicação plausível ou mesmo
lógica para entender o porquê deste fenômeno e desde que voltou a ser exibido na grade de programação de uma TV Aberta como a Band e ainda conquistando
a audiência e boa parte dos muitos adultos como eu que cresceram a vendo na TV em um pequeno
aparelho de tubo, inclusive está para sair um mangá produzido por brasileiros e
será publicado pelo selo da JBC com uma
história que mostra o epilogo do Jaspion muitos anos depois de ter derrotado o
Satan Goss que assim que acabar esta pandemia, assim que for lançado vou
procurar pela curiosidade da leitura.
E está em processo de produção de um
filme nacional do Jaspion que será produzido pela Sato Company a atual
detentora dele aqui no Brasil. Eu posso
talvez deduzir alguns fatos que possam explicar e abalizar as razões dele ser bastante querido pelos brasileiros. Que
fique claro eu não sou nenhum expert de nariz empinado nesse assunto, estou apenas comentando minhas
teorias de fã e escrevendo de forma intimista. Portanto quem for ler meus
argumentos sobre o herói com opiniões contrárias que eu aceito a achando
superficial, mas, por favor, não me
xinguem. Deixado isto claro vamos aos argumentos.
O
primeiro fator que talvez explique o porquê de Jaspion ser o mais querido e amado pelos brasileiros, muito mais até do que os
outros que passaram durante a fase áurea dos tokusatsu na Manchete. Se deve ao
fato de sua história seguir uma formula muito comum em todas as histórias de
heróis desde os primórdios da humanidade e que é usado a exaustão e bastante
batido nas histórias em quadrinhos das grandes editoras americanas Marvel e DC.
Que é a Teoria Campbeliana*** da Jornada
do Herói. Dentre as características dessa teoria está no fato de todos
serem representando por órfãos serem destinados ao objetivo de enfrentar a
ameaça. E isto é muito sentido nas histórias de muitos populares super-heróis.
E Jaspion tem esta característica cresceu sem conhecer os pais que morreram
quando era ainda bebê e foi adotado e criado por um velho sábio profeta Edin. Que investigava uma
profecia da Bíblia Galáctica. Que comentava do grande mal no universo. Representado
por um ser demoníaco, fruto das energias negativas do Universo chamado de Satan
Goss.
O
segundo fator e este acredito eu que
seja o mais obvio para explicar o porquê do herói ser tão querido pelos
brasileiros, seja o fato da série apresentar muitas referências ligadas ao
cristianismo. Visto que maior parte da
população brasileira é católica. Um contraste em relação com a população japonesa cujos praticantes do
catolicismo são menor, maior parte deles
são xintoístas****. Isto pode ser sentido pelo próprio Jaspion simbolizar
bastante o arquétipo do salvador vindo do céu, destinado a proteger a Terra do
mal.
A figura messiânica do profeta Edin também carrega esta simbologia cristã
ocidental. Do mesmo modo quando ele fala da profecia da Bíblia Galáctica, se referindo ao Velho e o
Novo Testamento Cristão. O Pássaro Dourado ser despertado pelas cinco crianças
irradiadas pela luz de Nosso Senhor e
Jaspion ser o escolhido para acabar com o Satan Goss e seu exército de asseclas
comandado pelo seu filho MacGaren também tem essa referência cristã ao capiroto
e seu exército da religião cristã ocidental. Do mesmo jeito que a trama
trabalhou bem as camadas de evolução do personagem. Que na primeira metade da
série agia muito abobalhado e imaturamente, sendo até grosseiro com a androide
Anri. A partir da segunda metade, passa
a ter um perfil mais sério e mais focado na sua missão. Na sua jornada de
defender a Terra de ser dominada pelo império demoníaco de Satan Goss para
criar aqui o seu Império dos Monstros.
Já
no caso de Jiraya-O Incrível Ninja(Sekkai Ninja Sen Jiraiya,
Japão, 1988-1989). É também bastante
lembrado e querido pelos brasileiros do
mesmo jeito que o Jaspion. Do qual compõe a mesma franquia da produtora Toei
Company.
Ele também carrega o mesmo
modelo que Jaspion segue da Teoria
Campbeliana da Jornada do Herói, mas com o diferencial de que ele aqui ao
contrário do Jaspion ele carregava um tom mais realista, do tipo quando não tinha um ninja malvado do dia para encarar a mando da Família dos
Feiticeiros e eliminar com sua espada olímpica ele procurava encarar os
desafios do dia a dia de ajudar a família em trabalhos pesados e domésticos.
Aliás, isto também é outro aspecto que o diferencia do Jaspion é que ele
teve a sorte de ter sido criado por uma
boa família depois que ficou órfão ainda bebé. Toha Yamashi foi adotado por
Tetzuzan Yamashi o patriarca da longa
geração de uma tradicional família ninja e sucessor do clã Togakure. Onde ele é o primogênito dos três
filhos de Tetzuzan que é um senhor viúvo e muito rigoroso, ele tinha como
irmãos a Key Yamashi, uma jovem que adora implicar com ele, ao mesmo tempo que
o auxilia como a ninja Emiha, uma espécie de versão sidekick***** do Jiraiya.
E
o menino Manabu, caçulinha da família.
Com uma personalidade as vezes explosiva
e cheia de peraltices. Muito diferente
do Jaspion que quando não tinha monstros gigantes para enfrentar com sua nave
que se transformava no Gigante Guerreiro Daileon e não destruía com sua Spadium
Laser os mercenário espaciais contratados por MacGaren para elimina-lo ele fica
de boas dentro no confortável espaço da nave sem se preocupar em pegar no
pesado.
Assim como Jaspion, o Jiraiya também tinha a característica campbeliana
de representar a jornada do herói já que ele era o destinado a enfrentar a
ameaça da Família dos Feiticeiros que tinham um plano maquiavélico e diabólico
de pegar a parte da inscrição de Pako, um ser alienígena cujos poderes
ilimitados podem fazer dominar o mundo e escravizar a humanidade. Por ele ser
descendente dos que trouxeram essa capsula.
E
quanto ao Esquadrão Relâmpago Changeman(Degenki Sentai
Changeman,Japão, 1985-1986). Série que compõe a franquia Super Sentai, que já
existe no Japão desde de 1975 e também é de propriedade da Toei. E desde a
década de 1990 vem sendo exportada para o Ocidente através das adaptações americanas de Power
Ranges que começou com a Saban Entertainment, depois passou para as mãos da Disney nos anos 2000, voltou para a Saban
nos anos 2010 e atualmente passou a ficar nas mãos da fabricante de brinquedos Hasbro, dona da linha Transformers.
A provável razão do porquê dela ser tão
querida pelos brasileiros esteja talvez no fato dela ser sobre uma super equipe
militar. Onde aqui diferente do Jaspion e do Jiraiya que são heróis solitários,
eles aqui trabalham em conjunto enfrentando uma grande ameaça de um império
alienígena chamado Gozma, onde seu crápula líder Senhor Bazoo já havia dominado outros
planetas e desta vez escolheu a Terra para se tornar sua próxima conquista. Essa
equipe é composta por cinco soldados que compunham a Elite dos Defensores da
Terra que foram os destinados pela Força Terrena a enfrentar o perigo. Essa
força os transforma em seres de uniformes coloridos com capacetes e com uma
simbologia de animais mitológicos. Cada um carregava uma característica de
personalidade diferente.
Tsurugi Hyryuu/Change Dragon era o líder vermelho da
equipe com a simbologia do dragão, carregava a personalidade de ser o mais
sério e compenetrado na missão de defender a Terra contra as ameaças de Gozma.
Hayata Shou/Change Griphon, o segundo no comando de uniforme preto com a
simbologia do Grifo era o mulherengo do grupo. Vivia assediando mulheres, até
mesmo quando as protegia e as vezes era bastante enganado. Ozora Yuma/Change
Pegasus, o azul da equipe com a simbologia do cavalo alado Pégaso, era o alivio cômico do grupo, sempre
descontraído. Mas quando enfrentava o perigo de Gozma ele levava muito a sério.
Sayaka Nagisa/Change Mermaid, a branca da equipe com a simbologia da Sereia era a mais dócil e mais inteligente do grupo.
Só o que tira essa sua docilidade é a ameaça de Gozma. E a Mai Tsubasa/Change
Phoenix a rosa da equipe com a simbologia da Ave Fênix ressurgia das cinzas era
caracterizada por ser a mais durona e invocada do grupo.
Não levava desaforo
nenhum, principalmente para encarar a ameaça de Gozma. Mesmo com essas
diferenças de personalidade, eles estão todos unidos para acabar com a ameaça
de Gozma e desempenham bem um relacionamento de amizade fraternal entre eles, mesmo que muitas vezes nem sempre
é perfeita. Eles também seguem esta
formula baseada na Teoria Campbeliana da Jornada do Herói, onde mesmo não
ficando em nenhum momento estabelecido que eles sejam órfãos, mas sim que eles
foram destinados a enfrentar o perigo.
Além de ter trabalhado muito bem as diferentes
camadas ao longo dos episódios de cada personagem. Principalmente dos membros
da Nave Gozma, onde fomos descobrindo que cada um deles se submetia a trabalhar para o Senhor Bazoo porque tinham perdido
seus habitats que foram destruído por ele. Como o Comandante Giluke, a Rainha Ahames, a Shima, o Gaata e até mesmo o Gyoday. Já o
Buba de todos é o que se sujeitou a trabalhar para ele não porque teve seu
habitat destruído por Bazoo, mas, por causa de seu passado como Pirata
Espacial. E o Sargento Ibuki, o
comandante da equipe que mais para o
final é descoberto que ele era um alienígena que também perdeu o seu planeta
para o Bazoo que no episódio final é
descoberto que ele é um planeta então. E isso também é outro fator que pode
explicar o porquê dela ser tão querida por nós brasileiro, assim como Jaspion e
Jiraya.
ESQUEMA DA TEORIA DA JORNADA DO HERÓI
Bom,
tecnicamente elas podem não serem consideradas grandes exemplos de obras-primas
televisivas com roteiros magníficos e
bem escritos, chegando ao patamar de
figurarem como obras de artes reflexivas
e primorosas. Visto que elas foram
concebidas na época com o intuito unicamente de vender brinquedos.
Aos
olhos de hoje pode parecer muito esquisito ver umas produções dessas capengas, toscas, sem sofisticação, com uns efeitos especais práticos um tanto
quanto rudimentares, primários e já bastante datados. Principalmente pela
concepção bastante extravagante dos monstros de borrachas e os figurinos muito
bregas dos vilões, com um nível de puro mau gosto kitsch. Ainda mais nos
decotes bem provocantemente sensuais das vilãs.
Que atraíram crianças como eu
no final da década de 1980 e começos dos anos 1990, que hoje adultos ainda se
magnetizam por ela a ponto até de glorifica-las. Bom, se tem muito adulto
sessentão que glorifica a série do Batman de 1966 que tinha uma estética muito
bizarra com um humor tanto nonsense. Mais ainda nutre uma paixão por ela ter marcado
sua infância e ter sido sua porta entrada ao universo do Batman. Então nesse
raciocínio, para mim que cresci
assistindo e não desgrudando da TV nelas há 30 anos é quase equivalente.
Isso porque, como posso descrever foi por meio desses heróis que me fez crescer
despertando o fascínio pelo Japão. Um pais do outro lado do mundo, um
arquipélago da Ásia, com uma cultura tão
exótica quanto a nossa do Brasil. Que simboliza a maior potência econômica mundial na indústria eletrônica e de
automóveis. Pode parecer estranho essa minha colocação, mas sim meu fascínio
que tenho pela cultura exótica do Japão se deve a contribuição aos heróis
japoneses. Principalmente pela beleza exótica das japonesas. Uma nação símbolo da modernidade tecnológica que ao
mesmo tempo procura preservar antigas tradições culturais, seus costumes. E os
heróis simbolizam bem essa visão patriota deles preservarem suas identidades
culturais.
Muitos podem achar com esse discurso antropológico que eles não tem nada que pudessem caracterizar
como tipicamente japoneses. Mas sim, elas apresentam uma típica característica
japonesa. Que está justamente na maneira extravagante dos heróis vestirem uma
roupa de malha apertada colorida com capacete fechado, e os vilões trajando uma vestimenta horrível de puro mau
gosto de tão carnavalescos que ficam parecendo, trazendo influência do tradicional e milenar
arte do Teatro Kabuki e do Bunraku******.
NA IMAGEM ACIMA:
TEATRO KABUKI COM OS ATORES MAQUIADOS
ABAIXO O BUNRAKU: O TEATRO DE MARIONETES.
DIFERENTES EXEMPLOS DE TIPICAS CARACTERISITICAS
ARTISTICAS JAPONESAS QUE INSPIRAM O
TOKUSATSU.
Isto também pode ser sentido na outra característica que é quando os heróis
fazem umas longas poses e não são logo
atacados pelos monstros, isto também é uma característica típica dos
japoneses que se refere aos séculos de
guerras das outras Eras Imperiais do
Japão Feudal******* onde os soldados imperiais antes de começarem uma guerra
faziam estas representações teatrais.
Dentre outras características tipicamente
nipônicas que elas bem simbolizam. Uma
forma muito sutil dos japoneses manterem preservados suas tradições e
principalmente para preservar a sua identidade como povo, não apenas como item
de divertimento para vender brinquedos. Principalmente depois que o pais ficou muito arrasado quando teve suas duas cidades destruídas pelos americanos após o fim da Segunda Guerra
Mundial que foram Hiroshima e Nagasaki em 1945. E para não serem consumidos pela
cultura do invasor, criaram seus próprios heróis que refletem a sua identidade
nacional. Outra prova do quanto estas produções me ensinaram bastante da concepção
antropológica japonesa é o que ocorre,
por exemplo, desde que teve início essa pandemia sempre se recomenda a gente
andar de máscaras de proteção, no caso dos japoneses eles já tem o hábito de
fazerem isso. Num episódio******** do Jaspion onde Satan Goss usa dos seus
raios vermelhos para transformar uma árvore de cedro em monstro, lhe dar o
poder de expelir um pólen que faz sua população inteira gripar. E toda a
população sai na rua utilizando a
máscara de proteção. É por essas e outras que justifico meu imenso
fascínio pelo Japão graças a estas séries. Se Deus quiser vou conhecer o Japão
e sentir a percepção e a ótica de como eles vem o mundo. Uma hipocrisia que me irrita bastante é ouvir de muitos ignorantes por ai que tudo é coisa ligada aos
japoneses é demoníaco pela violência. E este mesmo sujeito fica ai assistindo
telejornalismo policial. Quer saber, eu quero mais é que indivíduos assim se explodam.
Data:06/06/2020.
Notas
de Rodapés:
*Live
Action significa traduzido literalmente um ato real. “Termo utilizado para
definir os trabalhos que são realizados por atores reais, ao contrário das
animações; Este termo é usado para definir não apenas filmes, mas também jogos
eletrônicos ou similares, que usam atores e atrizes em vez de imagens animadas.De
acordo com Cambridge, ato real "(envolve) pessoas ou animais reais, não
modelos ou imagens que são desenhadas ou produzidas por computador". Em
si, o termo ato real é considerado inútil ou redundante, uma vez que a maioria
da mídia visual utiliza atores reais, porém, é lógico para as adaptações de
quadrinhos, jogos de vídeo ou animações como por exemplo: Os Flintstones,
Resident Evil e Super-homem.Os personagens de ato real são os atores reais,
como Bob Hoskins, em oposição aos atores "animados", como o próprio
Roger Rabbit.”
**Palavra
abreviada das palavras tokushu kouka satsue que significa literalmente filmes
de efeitos especiais. Gênero que caracteriza estas produções em live action,
não só de super-heróis mas ligadas também a outros segmentos.
***Teoria
inspirada no conceito do acadêmico americano Joseph Campbell(1904-1987). Um
especialista em cultura antropológica e mitológica, autor de várias teses,
artigos e livros entre esses o que inspirou a concepção da Jornada do Herói que
é O Herói de Mil Faces.
****São
referentes a todos os praticantes do xintoísmo, a mais antiga e milenar do
Japão. Cujas crendices tem origens em entidades youkais, representados na
natureza, nas plantas, nos animais e em seres divinos.
*****Nomenclatura
referente aos ajudantes que dão reforços aos heróis principais na hora de
encarar a ameaça dos vilões. Que literalmente significa ajudante. Exemplo
famoso de Sideckick é o Robin do Batman.
******
Kabuki: “Forma de teatro japonês,
conhecida pela estilização do drama e pela elaborada maquiagem utilizada pelos
seus atores. O
significado individual de cada ideograma é canto (ka) (歌),
dança (bu) (舞) e habilidade (ki) (伎),
e por isso a palavra kabuki é por vezes traduzida como "a arte de
cantar e dançar". Esses ideogramas, entretanto, são o que se chamam de ateji
(ideogramas usados apenas com sentido fonético) e não refletem a mesma
etimologia da palavra. Acredita-se, de fato, que o kabuki derive do
verbo kabuku, significando aproximadamente "ser fora do
comum", donde se depreende o sentido de teatro de "vanguarda" ou
teatro "bizarro".A sua origem remonta ao início do século
XVII,
quando se parodiavam temas religiosos com danças de
ousada sensualidade. No ano de 1629, esse
tipo de teatro foi proibido pelo governo. O espetáculo passou a ser encenado
então por rapazes que interpretavam papéis femininos. Contemporaneamente, o
teatro kabuki tornou-se um espectáculo popular que combina realismo e
formalismo, música e
dança, mímica,
encenação e figurinos, implicando numa constante integração entre os atores e a
plateia.”
Bunraku:
“Também conhecido como Ningyō jōruri (人形浄瑠璃?) é uma forma de teatro de
bonecos japoneses, e é uma herança da cultura popular que serve para contar as
histórias do Japão antigo. Com movimentos quase humanos e vestidos com
quimonos, os bonecos se transformam em verdadeiros atores no palco. Ao fundo, o
som do shamisen marca o compasso da narrativa e o movimento dos bonecos dá a
impressão de que têm vida própria.”
*******
Como boa parte da sua população não é cristã, o
Japão costuma fazer uma contagem cronológica de tempo diferente do Ocidente. Eles contam a
partir do começo de uma Nova Era Imperial. Sempre no começo do mandato de um
novo imperador que é uma simbólica figura divina para os japoneses. O melhor
exemplo disso foi o que aconteceu recentemente em 2019 em que o
Imperador Naruhito tomou posse no lugar de seu pai Akihito renunciando ao trono
após 30 anos ficando marcado como Era Hesei e com sua posse o Japão entrou na
Era Reiwa. Outro exemplo melhor, estas três séries tokusatsu que passaram no
Brasil há 30 anos na Manchete e estão sendo reprisadas na Band são da década de 1980, época em que o Japão
ainda era governado pelo Imperador
Hirohito(1901-1989), antecessor de
Akihito onde nessa o Japão desde
1928 na Era Showa. As atuais franquias
dos Kamen Riders usam essas denominações de Eras Showas e Hesei como forma de
organização de tempo.
*******O
episódio do Jaspion em questão é o 9: A História de uma Árvore.
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