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ANOS SEM RENATO RUSSO:
CRÍTICA
AO FILME FAROESTE CABOCLO INSPIRADO NA SUA CANÇÃO.
No dia 11 de Outubro de 1996, falecia
precocemente aos 36 anos, perdendo a batalha para a AIDS, Renato Russo, o mais célebre ícone da música
brasileira com suas poéticas letras transgressoras que o simbolizou do mesmo
modo como Cazuza(1958-1990) também simbolizou para a geração jovem dos anos
1980, que não por acaso também faleceu precocemente sendo que Cazuza estava com 32 anos,
seis anos antes de Renato Russo, também por causa da AIDS, como os porta-vozes do que
a sua geração estava precisando num cenário sociocultural, político e econômico
brasileiro dos mais delicados e caóticos
que estava passando, fim da Ditadura Militar, Alta Inflação e o desejo de poder
votar eram um dos fatores que marcaram a história do Brasil nesse período. Aproveito
essa data para compartilhar o meu texto
de resenha crítica ao filme Faroeste Caboclo que foi inspirado na canção homônima
de Renato Russo. Esse texto eu havia escrito para o meu outro blog de cinema que postei em 2018 após conferir ao filme
quando estava disponível na Netflix. No momento que estávamos passando no cenário conturbado da eleição
presidencial. Agora eu darei aqui umas
atualizadas com uns incrementos no
final. Confiram que vocês vão compreender.
Sempre
que se menciona o nome da Legião Urbana,
a principal referência que deve vim a
cabeça de muita gente é o fato dessa
banda simbolizar um estilo musical de som pesado apresentar umas letras de tom anárquico e transgressor, cujo principal objetivo era protestar com duras críticas pesadas à
política brasileira. Especialmente no contexto dos anos 1980, onde estávamos
passando por uma transição do fim da
Ditadura Militar para a entrada da Nova
República, este estilo de música com som pesado do rock e com letras
provocativas representaram um importante legado para a nossa cultura e são bem atemporais. Basta você ouvir
“Que pais é esse” uma canção lançada há mais de 30 anos
e você vai observar como a letra
dela ainda consegue refletir ao nosso
tempo atual ainda mais nessa polarização causada pelo desgoverno do nosso atual
presidente então nem se fala, um negacionista que deixou cometer o genocídio
com esse coronavírus. E uma dessas canções em especial que inspirou o filme que será abordado aqui em
questão é Faroeste Caboclo(Brasil,
2013).
Com direção de René Sampaio, produção da Gávea Filmes e roteiro adaptado por Victor Atherino e Marcos Berstein. O filme conseguiu bem traduzir através das cores e das imagens o que a música composta pelo vocalista da banda Renato Manfredini Júnior(1960-1996), mais conhecido artisticamente como Renato Russo, cuja origem do sobrenome artístico ele escolheu como homenagem a grandes intelectuais que admirava como o filosofo inglês Bertrand Russel(1872-1970), além desses, também admirava o filósofo suíço Jean Jacques Rosseau(1712-1778) e o pintor francês Henri Rosseau(1844-1910) também inspirações para o seu nome artístico. Carioca, nascido no berço de uma família de classe média, que se mudou para Brasília ainda adolescente, quando seu pai um funcionário do Banco do Brasil foi transferido para lá. E foi na cidade símbolo do poder político, então recém-construída por Oscar Niemayer(1907-2012) ainda no Governo de Juscelino Kubitscheck(1902-1976) em 1960, mesmo ano que o cantor nasceu, para servir como residência e reduto de todos os mandos e desmandos que os nossos engravatados da política determinam como tudo vai funcionar para nossa população. Também serviu como o reduto e o grande berço artístico para Renato Russo se lançar no meio musical.
A
canção Faroeste Caboclo
compõe o terceiro álbum de estúdio da Legião Urbana pelo selo da
gravadora EMI intitulado Que Pais é esse, que foi lançado no final de 1987. Renato havia começado a compor esta canção em 1979, bem antes de
formar a Legião com inspiração numa canção de Bob Dylan, chamada Hurricane dedicado ao boxeador Rubin
Carter(1937-2014). A canção tinha como característica o fato de ter uma longa
duração, com nove minutos, contendo 159 versos sem intervalos dos refrãos, foi
uma das canções contidas no álbum que foram proibidas pela censura de tocarem nas rádios brasileiras. A canção descrevia
um enredo que contava a trajetória de João de Santo Cristo(Fabricio Bolivera), um
pobre coitado retirante da seca do sertão nordestino. Que após a morte do pai
por motivo de briga de terras, ele movido pelo sentimento vingativo resolve
virar um temido criminoso do sertão e
depois foi mandado para reformatório. Após
sair do lugar foi com a ajuda de um boiadeiro que encontrou na estrada e disse que estava indo para Brasília, onde ele
então resolve ir para ver como oportunidade de recomeçar sua vida. Deslumbrado
pela incrível metrópole habitada pelos políticos, especialmente pelas luzes de
natal como bem descreve a canção. É nesta cidade que temos contada a jornada
dele para sobreviver, é através de seu
primo peruano chamado Pablo(Cesar Trancoso) que ele entra num caminho fácil de
se enriquecer e bastante perigoso que é por meio do tráfico de drogas. É neste
interim que ele conhece e fica apaixonado por Maria Lúcia(Ísis Valverde), uma
jovem de classe média, que desperta também o interesse de seu rival do tráfico de
drogas Jeremias(Felipe Adid), um playboy
de família abastada cujo poder de influência consegue comprar todo mundo, até
mesmo os agentes da lei. Tudo isso vai
ser motivo para um último capítulo super trágico.
Toda a essência do mote da canção foi muito bem transportado nas formas e nas cores através do filme, tirando algumas passagens de trechos que tiveram de serem cortadas para caber no espaço de tempo e não atrapalhar tanto o andamento do ritmo da narrativa e até com algumas liberdades criativas tomadas pela direção para tornar a obra mais palatável ao público em geral poder imergir dentro do contexto daquela história a tornando bem mais verossímil. Não só a direção de René Sampaio conseguiu manter esta característica, como também o texto bem adaptado por sua equipe de roteirista nos proporcionou uma história bastante impecável com toda uma atmosfera barra pesada do início ao fim, que se mostrou muito bem casado com a direção de arte que criou uma boa reconstrução de época do panorama da Brasília dos anos 1980, bem descrita na música, isto pode ser notado nos figurinos, nas arquiteturas e nas presenças dos carros. Com uma excelente fotografia com paletas de cores em tom seco e sujo, especialmente nas cenas que se passam na Ceilândia criando uma sensação de desconforto escaldante.
Um lugar com aspecto rural dentro da nossa capital federal onde reside o nosso Presidente da República e onde trabalham os nossos deputados. Uma terra sem lei, ignorada pelos nossos políticos. Ou seja, o filme traduziu bem a visão crítica da canção da Legião descrevendo esta outra faceta da nossa capital federal que é desconhecida da maior parte dos brasileiros, que apenas conhecemos pelos noticiários da TV mostrando a Brasília que mostra as atuações dos nossos políticos engravatados não fazendo nada para o bem da nossa população, ostentando carros de luxo frutos de roubo e se dirigindo as gigantescas e suntuosas arquiteturas dos palácios dos planaltos e dos ministérios. Eu já tive uma oportunidade de visitar Brasília no final de 2014, quando peguei um voo de escala retornando de São Paulo. Como o meu voo de retorno a Natal demoraria, resolvi chamar um amigo que mora há muitos anos lá em Brasília que fez a boa vontade de fazer um city tour comigo pela cidade.
Lembro de ter ficado maravilhado em ver de perto toda as arquiteturas dos ministérios ali ao vivo e as cores, coisas que só costumo ver nos noticiários da TV. Inclusive observei o ritual dos desfiles de mudanças de guardas dos dragões do ministério, todos os prédios modernos, inclusive visitamos a primeira igreja e a praça se preparando para a cerimônia de posse de Dilma Rousseff para presidente. E me mostrou outras coisas curiosas da cidade que não são muito mostrado nos noticiários nacionais, como os bairros residenciais onde vivem as pessoas comuns e mostrou um zoológico. As pessoas comuns que habitam a nossa capital federal estão bem representadas no filme com um elenco estelar formados por famosos astros de novelas da Rede Globo e bastantes afiados nos respectivos papeis com personagens não-muito unidimensionais.
Fabricio Bolivera como o protagonista João de Santo Cristo desempenhou brilhantemente em todas as camadas que envolviam o personagem que seguia um caminho tortuoso e sem volta. Você compreende as motivações dele, mesmo que não sejam as mais politicamente corretas, mas mesmo assim torce por ele depois de tudo o que ele sofreu ao longo do filme, principalmente nas mãos de Jeremias. Ísis Valverde como Maria Lúcia também mostrou um bom desempenho no papel, ao representa-la na figura de uma típica jovem universitária de classe média vivendo uma vida confortável e com bom caráter, tinha tudo para ter um futuro brilhante, mas, por causa da sua vida mundana, ainda mais tendo um pai ausente, omisso e negligente, desperdiçou tudo ao se enveredar por um caminho perigoso por causa das farras nas baladas com uns grupos de amigos, se drogando, especialmente após se apaixonar por João. Um verdadeiro caso de amor bandido. Apesar disso tudo, você também consegue compreender as motivações dela, e se importar com o drama da Maria Lúcia, ainda que este não seja o rumo certo que ela tomou na vida.
Também mencionar a participação de Juliana Lohmman que representou muito bem o papel da Cris, a amiga porra louca da Maria Lúcia que a apresentou para o perigoso mundo da drogas, a levando para farrear nas boates, sendo o pior exemplo de péssima influência do que ela representou para Maria Lúcia.
Felipe Adib na pele do antagonista Jeremias mostrou uma atuação brilhante e impecável ao entregar muitas características e camadas ao personagem, especialmente na maneira como ele ficou bem representado como um típico playboy perigoso, nascido no berço de ouro de uma família abastada com posse de galã de TV pela sua externa beleza jovial, mas por dentro contava com um caráter podre. Que não media esforços, e nem mesmo conhecia limites para conquistar os seus objetivos gananciosos com toques de puro sadismo e pura crueldade. Endinheirado com as drogas, um pouco nos moldes de Pablo Escobar(1949-1993), o maior chefão do narcotráfico na Colômbia, este ai é capaz de comprar todo mundo até mesmo o delegado Marco Aurélio(Antônio Calloni). Um tipo bastante canalha, odiável, desprezível, abominável, deplorável e haja adjetivos negativos para descrever o Jeremias. Antônio Calloni na pele do Marco Aurélio, o delegado corrupto também desempenhou o papel de uma forma brilhante, ele mostrou uma total entrega ao personagem que por trás da máscara de agente da lei, também se mostrava um sujeito de caráter tão podre e tão canalha, desprezível, abominável e cruel quanto o Jeremias, a ponto de ser um dos mais odiados da história. Além de agir como um pau mandado do Jeremias, Marco Aurélio também praticava toda a crueldade com agressões e abusos físicos e verbais de racismo especialmente quando mantém João preso em sua delegacia.
No momento da grande virada da história, em
que João resolve mantê-lo como refém para soltá-lo e depois resolve mata-lo com
um tiro, pode se dizer que mesmo que esta não seja a maneira mais correta de
resolver fazendo justiça com as próprias mãos, ainda assim você consegue entender as suas motivações e
pode-se dizer que dá para vibrar pelo fim que ele deu ao nojento e desprezível delegado. Também mencionar a
presença gringa do uruguaio Cesar
Troncoso na pele do Pablo, o primo peruano de João também mostrou um excelente desempenho em todo o arco dele na história ao
apresentar o submundo da criminalidade a João como forma de enriquecer mais
fácil, mas muito perigoso na venda das drogas que ele planta na região da
Ceilândia, um verdadeiro caminho sem volta. Para encerrar a parte do elenco,
não podia deixar passar a menção a participação
de Marcos Paulo na pele do Ney, pai da protagonista Maria Lúcia, desempenhando perfeitamente
o personagem neste que foi seu trabalho póstumo, ele faleceu em 2012 vítima de
uma embolia, em decorrência da sua batalha contra um câncer de esôfago. Um engravatado deputado,
magistrado ou mesmo executivo não fica claro qual a sua
profissão. Mas que de todo jeito mostrou um boa representação dele como,
além de um pai omisso, negligente e ausente na vida da Maria Lúcia, mas também
um sujeito canalha, desprezível, preconceituoso
e racista, isto ele desempenhou brilhantemente mostrando uma ótima entrega ao papel na cena
quando flagra Maria Lúcia no quarto com João e este ficando completamente
enraivecido resolve expulsar sua própria filha de casa. Nesta que foi sua última cena no
longa. Uma despedida primorosa.
Outra
coisa legal a se destacar está na magistral trilha musical onde podemos ouvir
muitos revivals de canções contagiantes que foram sucesso nos anos 1980, especialmente nas cenas que se
passam nas boates. Uma dessas bem interessantes que mais me chamou a atenção
que é tocada entre uma cena e outra é a contagiante These
Boots Are Made for Walkin´, sucesso da Nancy Sinatra nos anos 1960.
No
balanço geral, Faroeste Caboclo é um
bom filme dramático, com toques de romances e suspenses, inspirado numa canção emblemática
da Legião Urbana, cujo texto traz bem um
tom reflexo-critico muito atemporal sobre a nossa juventude
brasileira regrada a uma vida promiscua sem uma convivência afetiva familiar
como é o caso dos protagonistas e que tendem a cair facilmente no perigoso mundo
mundano e sem volta da criminalidade.
Outro fator importante que o filme também apresenta é que preservou
muito a essência da canção é uma curiosa alegoria crítica, que é justamente ao
fato do filme representar uma Brasília que não é mostrado a população brasileira
nos noticiários da TV com os jornalistas
descrevendo a rotina de trabalho dos nossos políticos, seja do Presidente da
República, dos Deputados e Senadores aprovando
emendas, comissões, leis ou mesmo montando CPIs (Comissões Parlamentares de
Inquéritos), ou mesmo na atuação do judiciário. A Brasília que é descrita na
canção é isto que o filme conseguiu preservar muito bem é de um lugar onde
reside as pessoas comuns cuja existência é ignorada pelos nossos políticos, a
prova disso é a existência da Ceilândia, um lugar pobre, sem saneamento básico
que é facilmente imperado pelo crime
organizado e sendo como nos filmes dos
faroestes americanos, uma Terra Sem Lei, onde cada um pode fazer a justiça com
as próprias mãos já que até mesmo profissionais que deviam fazer a lei como a
polícia também se corrompem, o que justifica o título da canção. Para este
momento atual em que vivemos um clima tenso em nossa atual política brasileira
com este desgoverno ignorando a atual crise com a saúde pública nesse momento
em que ainda vivemos o temor da pandemia de Covid-19, e a grande polarização que tem sido ocasionada
como consequência disso, a abordagem dessa obra serve bem como uma reflexão bastante atemporal
sobre o nosso Brasil.
Ele também é uma ótima porta de entrada para a geração que como eu, que sou um milenial e nunca chegou a conhecer uma canção de Renato Russo ou mesmo nunca tinha ouvido falar da Legião Urbana.
Possa compreender a importância que eles tiveram para a história da música brasileira, principalmente para a sua geração jovem dos anos 1980. Em boa parte da minha vida, a referência que eu cresci, conhecendo de Renato Russo, foi toda uma espécie de aura de glorificação, de santificação, de endeusamento por parte dos diferentes experts em música faziam a respeito do talento perfeito que ele demonstrava para produzir uma música de qualidade, tanto nas letras, trabalhando as estruturas estéticas dos versos, das rimas, das estrofes, quanto a melodia e a sonoridade. Mas não cheguei a ter o privilégio de acompanhar sua carreira no auge do sucesso, já que tipo quando eu nasci em 1985, ele já estava estourando e bombando com o sucesso do álbum de estreia da Legião Urbana homônimo cuja faixa de maior hit desse álbum foi a canção Será. E quando ele faleceu, eu era apenas um garoto de 11 anos.
Que não carregava muita recordação ou mesmo referência de ter ouvido música da Legião Urbana, o que
eu carregava até então de recordação de minha memória afetiva eram as músicas tocadas por
apresentadoras como Xuxa, ou mesmo de conjuntos musicais formados por crianças
como Balão Mágico e Trem da Alegria, por
exemplo. E até aquele momento as outras referências musicais que eu tinha
conhecido e figuravam entre as que mais
reinavam no mercado fonográfico brasileiro eram as de apelo popular como
Sertanejo, representado por duplas como Chitãozinho & Xororó, Leandro &
Leonardo, e quando não era esse segmento,
era o Pagode na pegada mais romântica de
bandas como Raça Negra, Só Pra Contrariar e o divertido e dançante ritmo baiano da Axé Music, que popularizou as
micaretas e as músicas de apelo bastante sexualizado como a banda É O Tchan, por
exemplo.
Ao
mesmo tempo que durante a primeira metade da década de 1990, Renato Russo
com a Legião Urbana entrava em declínio,
em virtude de justamente o mercado fonográfico brasileiro já não estava mais
despertando o interesse de comercializar as suas músicas de tom muito
intelectualizado com essas mensagens panfletárias, juntando a isso as brigas
internas dele que levaram a banda a se separar de vez a partir de 1994. Na
época que Renato faleceu ele estava começando um novo ciclo na carreira solo.
Diante
de tudo o que expliquei, posso concluir que dá para entender o porquê de Renato
Russo ser tão endeusado mesmo depois de passados 25 anos de sua morte. Que ele
realmente foi um perfeito poeta da música, porta-voz da sua geração, disso não
se pode duvidar, ao mesmo tempo que também não se pode negar que ele em sua
vida intima estava longe de figurar como um santinho, principalmente no que diz
respeito ao estilo de vida louca e desregrada que ele gostava de levar pelas aventuras
nas esbornias e nas orgias da vida, onde
adorava curtir umas bebedeiras, tragava
muito cigarro e muita maconha que o levou a contrair Aids. Fora ele também ter
sido um sujeito de personalidade
e de gênio difícil de lidar, vivia
constantemente brigando nos bastidores com seus companheiros de banda formado por ele como vocalista, pelo guitarrista Dado Villa-Lobos, o baterista Marcelo Bonfá e o baixista Renato Rocha(1961-2015), o último
a compor a banda depois da gravação do álbum de estreia e foi o primeiro a
deixar a banda em 1989 durante a preparação para a gravação do álbum As Quatro Estações, devido
as constantes brigas internas dentre eles. O que o levava muitas vezes a viver uma vida solitária
e depressiva.
Renato
Russo nunca foi casado, mas deixou um único filho Giuliano Manfredini, fruto de
um rolo que ele teve com uma mulher que
ele jamais voltou a ter contato depois.
Renato Russo era bissexual. Giuliano era
muito criança quando ele faleceu. Atualmente ele é quem cuida do espólio
deixado pelo pai. Que tem resultado em disputas judiciais entre ele com Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, os
ex-companheiros de Renato Russo na Legião Urbana, principalmente no que envolve
a questão do copyright com o uso do nome Legião Urbana.
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