sábado, 23 de março de 2024

EM MEMÓRIA A AKIRA TORIYAMA

 

Na manhã de sexta-feira, 08 de Março de 2024, fui surpreendido pela notícia do falecimento de Akira Toriyama, o criador de Dragon Ball.




Na verdade, ele havia falecido uma semana antes, no dia 01 de Março. Vitimado por um hematoma subdural aos 68 anos. Isso ocorreu porque no Japão é “fortemente influenciado pelo budismo, xintoísmo, taoísmo e confucionismo. E, embora muitas dessas tradições sejam amplas e variem entre cada região, geralmente a forma de lidar com falecimentos costuma ser parecida.

Ela precisa ser feita com a maior discrição possível e com foco na família e amigos mais próximos. Sem interferência de terceiros ou muitas distrações. Os ritos funerários são feitos em um ambiente totalmente privado, pois o corpo precisa estar intacto e só após tudo o público fica sabendo.”(Fonte: IGN Brasil).




 

Nascido em Nagoya, no dia 05 de Abril de 1955, Akira Toriyama sempre foi muito apaixonado por desenhar.

Antes de criar Dragon Ball, ele criou Dr. Slump em 1980.

Mas foi com Dragon Ball que ele publicou primeiro como mangá  pela Shonen Jump em 1984 e depois virou anime em 1986 quem lhe trouxe fama mundial e não é um exagero dizer isso.




Para exemplificar melhor vou descrever minha  vivencia pessoal de Dragon  Ball no exterior.  No ano passado, mais precisamente em junho,  eu viajei durante 15 dias  para dois países: França e Tunísia,  isso ocorreu por ocasião da celebração do casamento da minha prima que é médica e residi na França e lá ela conheceu o seu marido  tunisiano que é seu colega médico.




Durante a minha estadia de cinco dias em Paris onde fiquei hospedado num apartamento de modelo Airbnb, onde dividi o local com alguns parentes que fomos para acompanhar a celebração do casamento dela na Tunísia, terra natal do seu noivo.

Foi num dia em que eu me sentindo indisposto e não resolvi acompanhar todo mundo saindo junto  para passear pelas ruas parisienses, que para minha agradável  surpresa quando o povo retorna da rua aparecem  me dando de presente um calção de dormir que eu havia esquecido de trazer em minha bagagem.



Calção esse personalizado de Dragon Ball com as esferas do dragão e licenciado pela Toei, ou seja, produto  reconhecido oficialmente.

Já durante minha estadia por Túnis, capital da Tunísia, onde fomos para acompanhar a celebração do casamento da minha prima. Ela havia providenciado o serviço de um ônibus de turismo para promover passeios por lá, onde levou a gente e um grupo de amigos “gringos” dela que foram prestigiar a cerimônia do seu casamento.




Foi num desses dias passeando  dentro do ônibus em Túnis, que me deparei passando em frente a  um mural apresentando um desenho gigante do Goku criança acompanhado do Kuririn, bem uma prova do quanto Dragon Ball é realmente uma marca de fama mundial.



Uma das explicações do porquê de Dragon Ball conquistar tamanha popularidade e atravessa gerações esteja no fato de que o mote de sua história segue bem a fórmula campbeliana da jornada do herói.

Onde vemos a história do Goku se assemelhar um pouco a história do Superman. Já que do mesmo jeito que na história do herói da DC que surgiu em 1938, na revista Action Comics,  criado pela dupla formada pelo americano Jerry Siegel(1914-1996) e o canadense Joe Shuster(1914-1992).

Onde o herói Ka-el é um alienígena  natural de Kripton, que veio para a Terra bebê em estado embrionário depois que seu planeta explodiu e aqui na Terra foi adotado por um humilde casal de fazendeiros de Smallville chamados Jonathan e Martha Kent que o batizaram de Clark Kent e ele sob esse nome fez carreira como jornalista em Metropolis.

Na história de Dragon Ball, também se assemelha por ser um alienígena com algumas diferenças.



Na história de Dragon Ball,  Goku   é o único sobrevivente de uma raça guerreira de sayajins, um povo habitante do Planeta Sadala, cuja principal característica é eles terem rabos de macacos que foi exterminado por Freeza na época em que Goku era um bebê. Cujo nome real de batismo por seu pai Bardock é  Karkarotto*.  O que dá para entender o porquê do Vegeta o chamar por esse nome.



E quando foi enviado para a Terra em estado embrionário para fugir de ser extinto por Freeza, aqui foi adotado por um velho numa montanha chamado Son Gohan que o batizou de Son Goku.

Essa origem de Goku é explicado na OVA** Dragon Ball Z: Bardock: O Pai de Goku(Dragon Ball Z: A Lonesome, Final Battle – The Father of Z Warrior Son Goku, who Challenged Freeza, Japão, 1990) que está disponível no Amazon Prime Vídeo.




Aqui na Terra fomos acompanhando Goku crescendo após ficar órfão de Son Gohan e conhecendo os mais diferentes tipos de amigos: Bulma, Yamcha, Kuririn, Mestre Kame, Piccolo, Chi-chi com quem se casaria  e se tornaria pai  de Gohan em homenagem ao avô  e Gothen, Vegeta, Kuririn, Dendê,  dentre outros em sua jornada heroica pela procura das seis  esferas redondas alaranjadas  do dragão para invocar o poderoso dragão Shen-Long, e em  cada uma dessas esferas contém   uma estrela vermelha  para lhe conceder um desejo.  





Chamadas de Dragon Ball, o que justifica o título da série  em inglês escolhida pelo Toriyama: onde Dragon significa Dragão e Ball significa  Bola.

E sempre enfrentando uma nova ameaça demoníaca ao Planeta Terra das Tropas Red Ribbons, Tao-Pai-Pai, Freeza, Cell, Majin Boo dentre outros exemplos.




Goku refletia bem o exemplo que o fato de ser órfão, ele não mostrava a postura de coitadismo, sempre procurava  lutar  por um mundo melhor com muita resiliência.  

Para mostrar o quão humanista ele é.

Mesmo as vezes agindo meio patético, mas enfim, ele simbolizava sempre a luta diária de superação que devemos encarar no dia a dia, onde o pior mal está na realidade cotidiana.




O meu primeiro contato com Dragon Ball foi bem antes da Fase Z,  eu vi a primeira vez com 11 anos,  passando no SBT por volta de 1996 nas manhãs de sábado e chegou bem pegando carona  na época   da Era de Ouro dos Animes na Tv Brasileira durante a década de 1990  que teve início com a estreia de Cavaleiros do Zodíaco(Saint Seyia, Japão, 1986-1989) na extinta Rede Manchete em 1994.




Nessa sua  primeira  passagem no Brasil, Dragon Ball ainda não chegou a ganhar popularidade como ganharia posteriormente quando chegou a Fase Dragon Ball Z, com o protagonista Goku adulto, casado com Chi-chi e pai do Gohan.

Que estreou no Brasil na Band em 1999 e no canal pago Cartoon Network, pegando carona na febre de Pokémon.




A popularidade de Dragon Ball ganhou no Brasil com a Globo sendo exibido em sua extinta grade matinal de programação infantil chamada Bambuluá***(Brasil, 2000-2001) que exibia outro anime de sucesso para concorrer com Pokémon que foi Digimon Adventure(Japão, 1999-2000) foi tamanha que ocasionou numa  parcela dos fãs nostálgicos por TV Globinho criaram até uma memória coletiva  falsa, denominada de Efeito Mandela**** de assimilar com o fatídico 11 de Setembro de 2001.




Para entender essa questão aqui vai a explicação dessa bizarra teoria:  Segundo a opinião desses internautas,  eles afirmavam  acreditar que lembravam de estarem assistindo a Dragon Ball Z naquela manhã  de terça-feira, 11 de Setembro, a uma cena de batalha de Goku transformado em Super Sayajin 3 e no momento em que a Globo interrompeu a transmissão de sua programação normal  para começar a  exibir o Plantão Globo com a cobertura do atentado terrorista das Torres Gêmeas, o que segundo eles levam a afirmar  foi o dia mais frustrante da vida deles.

A questão é que o maior furo que pesa contrário  a afirmação dessa teoria conspiratória  e segundo pelo que pesquisei no site da Folha de São Paulo sobre a grade de programação da Globo nesse dia, pesquisei também lendo  numa matéria do site da Folha de Pernambuco de 11 de Setembro de 2023 e  nos canais do Youtube da Kama Sama Explorer postado em 11 de Setembro de 2020 e numa postagem do usuário Michel Souza de 11/09/23 e que faz a afirmação desse pessoal cair por terra.

Quando ocorreu no dia, a primeira interrupção do Plantão Globo para fazer a cobertura do atentado em Nova York, foi no horário das 9h52, quando a Globo estava dando início a sua programação infantil exibindo Bambuluá, apresentado por Angélica que exibia os desenhos de Mickey e Donald.

O primeiro plantão da Globo durou quatro minutos e a programação da emissora se dedicou totalmente ao tema a partir das 10h30, tendo se estendido até o horário do Jornal Hoje, que começou naquele dia às 13h. A emissora também derrubou a exibição do jornal local e do Globo Esporte.

Dragon Ball Z era uma das atrações do Bambuluá e entrava no ar por volta das 11h15 — ou seja, naquele dia, a animação seria transmitida apenas mais de uma hora depois. Bambuluá era exibido das 9h20 às 11h55.”*****

                                       Extinto matinal infantil da Globo onde Dragon Ball Z foi exibido. 


Ou seja, pode-se concluir que na verdade, no momento que a Globo interrompeu sua programação matinal infantil naquele momento Dragon Ball Z estava longe de começar a ser exibido.

A maneira como Dragon Ball era exibido há vintes  anos seria impensável nos dias de hoje, isso porque depois que foi aprovada uma Resolução 163, aprovada em 2014 que passou a proibir publicidade infantil, isso tornou inviável produzir programas infantis matinais.




Mais ai eu me pergunto: Se tanta gente pseudossábia preocupada com nossas crianças.  Condenavam tanto  anime como motivador da violência, satânico, como seus bodes expiatórios e apontar o dedo como culpados. Será mesmo que anime causa tudo isso mesmo, pois, pelo que eu tenho reparado desde que essa Resolução 163 foi aprovada o nível de violência nas escolas só aumentou com tantos casos de  massacres e alguns consequências de bullying que se tornou criminalizado.  

Será que dessa vez a culpa continua mesmo sendo de anime ou culpa da irresponsabilidade desses progenitores que não souberam como educar direito os seus filhos?

E eles agindo de forma passiva, minimizando a situação, com discursos de coitadismo para cá, coitadismo para lá. Não.

Definitivamente  só sei que desse tipo de gente de opinião equivocada  ai eu não tenho um pingo de respeito.

Quanto ao Akira Toriyama, esse sim merece meu respeito.

Que para criar o seu universo mitológico próprio de Dragon Ball, colocou muitos elementos de sua paixão pelos filmes de artes marciais, como os de Kung Fu estrelados pelo Jackie Chan.


                                               Toriyama era muito fã dos filmes de Kung Fu estrelados por Jackie Chan, e foi neles a inspiração para Dragon Ball.

Isso não é oficial, mas eu não duvido que um dos filmes de kung fu  que Toriyama tenha assistido foi: A Câmara 36 de Shaolin(Shao Lin san shi liu fang, Hong Kong,1978) do diretor Lau Kar-leung(1934-2013), para conceber o  perfil do Kuririn que na história é um monge budista do Templo Shaolin principalmente por ele aparecer careca e com as seis pontas na testa. E essa obra  se ambienta no Templo Shaolin onde os monges tem essa característica.


                                                        Cartaz de A Câmara 36 de Shaolin(1978). 






Também se inspirou na lenda chinesa  do Rei Macaco que inspirou a característica calda de primata  que o Goku usava quando criança. Outra inspiração de Toriyama  na cultura chinesa para criar Dragon Ball foi no livro  Jornada ao Oeste, romance mitológico do século 16, publicado anonimamente  por Wu Chengen(1500-1582) por volta do ano de 1570 da Dinastia Ming, onde o Rei Macaco é o protagonista dessa história.

 
                                                  Capa da edição brasileira do romance chinês que inspirou Akira Toriyama a conceber Dragon Ball. 


O mais curioso é a inspiração para o nome do golpe Kamehameha, que foi inspirado numa figura real de Kamehameha I(1736-1819) que comandou o Havaí antes desse lugar virar um território americano.


                                                             O verdadeiro Kahameha que deu nome ao famoso golpe de Goku.

E pelo que se comenta, a primeira vez que Akira Toriyama teve um contato com esse nome foi por meio de sua esposa, que antes de se casar com ele  havia viajado para o Havaí e ao mencionar o nome dessa importante personalidade no Havaí, achou que soaria legal para o nome do golpe usado pelos seus personagens e que virou a marcada registrada deles.

E não duvido nada que Toriyama devia ser fã do gênero ficção cientifica para ambientar Dragon Ball num ambiente futurista com os carros voadores e as casas surgindo em cápsulas e revivendo os animais pré-históricos.

Um cenário como esse fora da realidade e até meio fantasioso, por mais estranho que possa parecer também teve inspiração na realidade, especificamente na triste  realidade socioeconômica japonesa naquele período da bolha financeira  dos anos 1980 que estava lidando com a atividade  dos especuladores imobiliários.




Que estavam prejudicando a vida de muitos japoneses, esse tipo de gente  danosa que lucram em cima da desgraça dos outros para fins pessoais, foi a inspiração para  a figura do Freeza, um crápula  tirano  espacial egocêntrico, megalomaníaco que destrói planetas para depois vender.

É curioso imaginar como foi através  de Dragon Ball que Toriyama teve contato com o ídolo brasileiro do automobilismo Ayrton Senna(1960-1994). Isso porque como no Japão do final dos anos 1980 o automobilismo estava começando a ganhar popularidade por causa do calendário dos Grandes Prêmios e Toriyama chegou a ser convidado para ajudar a divulgar mais o esporte entre os japoneses.




E ele como sempre foi muito fã de automobilismo desde a infância, herdado de seu pai mecânico que chegou a montar uma oficina em sua casa.

Foi por causa disso que surgiu o  convite para ele desenhar Goku dirigindo  numa MacLaren e por conta disso  teve o privilégio de cumprimentar Ayrton Senna.


                                                            Judson, o popular Goku Natalense. 

Pode-se dizer que Senna teve o privilégio que nós brasileiros fãs do anime sonharíamos de conhecer pessoalmente o Akira Toriyama e querer cumprimenta-lo, isso bem antes de ocorrer a exibição de Dragon Ball.

Aqui no Brasil, eu ouso em dizer como Dragon Ball  atingiu todas as classes sociais, uma vez quando veio um jardineiro aqui em casa. Quando esse viu meus mangás de Dragon Ball ficou tão impressionado que começou a comentar que gostava do anime e começou a ter uma longa conversa sobre o anime.

Quando eu costumava ir muito aos eventos de cultura pop aqui de Natal-RN como o SAGA, por exemplo, eu sempre me deparava com um rapaz chamado Judson.  Que vivia fazendo cosplay  de Goku, e sempre que era cumprimentado se identificava como Goku: “Oi eu sou o Goku”, a ponto dele ficar popularmente conhecido pela população local como Goku Natalense.

Para concluir, compartilho aqui sobre meu primeiro contato com os mangás de Dragon Ball, que tenho de admitir que demorei um tempão para me poder gostar daquele tipo de leitura.

Ainda mais  que na época mesmo que Dragon Ball estava uma febre aqui no Brasil e lá já se comentava sobre os mangás, onde inclusive até na minha época de ensino médio,  eu tive um colega chamado Uesllei que chegou a me apresentar aqueles modelos de leitura que a primeira vista eu demorei um pouco a aderir.

Visto que eu como boa parte da camada média brasileira, comecei tendo meu primeiro contato de leituras de HQs lendo Turma da Mônica, que é uma marca tipicamente brasileira criado pelo Mauricio de Sousa.

E as referências que eu tinha de HQ eram naquele modelo de leitura de frente para trás, com desenhos coloridos, onde os quadros das cenas e dos diálogos dos personagens nos balões eram sequenciados horizontalmente  de cima para baixo.

Eu confesso que estranhei à primeira vista aquele modelo de leitura de trás para frente como é no estilo inverso de leitura dos japoneses e com traços todo em preto e branco.

Ao contrário de hoje já estou mais familiarizado com esse estilo típico de leitura.

Há algum tempo  comecei a ler um mangá de Sanland, outra criação de Akira Toriyama que já estreou como anime.

Akira Toriyama  você partiu, mas o legado que você deixa com Dragon Ball nunca será esquecido.

Que descanse em paz,

(1955-2024).


*Akira Toriyama batizou cada um dos seus personagens de DB cujas origens são bem pitorescas, a maioria remete a comida como é o caso do nome original do protagonista, Karkarotto que vem de uma mutação da palavra inglesa carrot que em português significa cenoura. Já o nome de Goku como conhecemos foi inspirado “no personagem principal do romance mitológico, Jornada do Oeste, que se chamava de Sun Wukong e que significava "despertar para o vazio". Curiosamente, Goku é ainda uma expressão japonesa utilizada para fazer referência à quantidade de arroz que uma pessoa consome durante um ano”.(Fonte: Site Aficionados).

**Sigla em inglês para Original Video Animation trata-se de ”um formato de animação que consiste de um ou mais episódios de anime lançados diretamente ao mercado de vídeo (VHS ou LD, atualmente DVD e Blu-ray), sem prévia exibição na televisão ou nos cinemas. OVAs servem tanto para histórias originais como complementos ou paralelos na história exibida na TV, normalmente tem duração igual ou um pouco maior que a duração padrão de um episódio de TV de anime (25 minutos), mas nunca alcança a duração de um longa-metragem.” (Fonte: Wikipédia).

***O nome  desse antigo matinal infantil da Globo onde DBZ foi exibido é inspirado no título do conto A Princesa de Bambuluá do historiador potiguar Luís da Cãmara Cascudo(1898-1986), importante nome e referência  no estudo do folclore brasileiro. 

****O nome Efeito Mandela para definir o comportamento psicológico de memória coletiva  falsa é uma referência a Nelson Mandela(1918-2013), importante ativista sul-africano que foi o principal porta-voz da população negra na África do Sul contra o modelo político racista do Apartheid que vigorava  no país até os anos 1980. Ele chegou a cumprir prisão por 27 anos, até ser solto em 1990 e ser eleito  Presidente da nação em 1994 e ficou no mandato até 1999.  A explicação para ele dar nome a esse comportamento  de falsas memórias se deve quando a pesquisadora paranormal Fiona Broome  partiu disso por meio da experiencia própria de carregar uma memória falsa de pensar que Nelson Mandela havia morrido na prisão nos anos 1980, a ponto de negligenciar que após sua soltura ele foi eleito Presidente da África do Sul e que ele viveu até os 95 anos. Ela constatou não ser a única, pois, “muitas outras pessoas também tinham essa mesma recordação falsa e escreveu um artigo sobre a experiência no seu site. Dali, o conceito de memórias falsas comuns espalhou-se para outros fóruns e sites, incluindo as redes sociais.”(Retirado da matéria “O estranho 'Efeito Mandela' que a ciência tenta explicar”, do site da BBC, publicado em 14 de Outubro de 2022).

*****Trecho da matéria do site da Folha de Pernambuco, publicado em 11 de Setembro de 2023.

 


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