segunda-feira, 11 de novembro de 2024

FILMES DOS ANOS 1990 QUE ENVELHECERAM MAL

 

Aqui vai  a minha lista dos nove   filmes lançados nos anos  1990 que envelheceram mal com o  passar dos  anos.

Ela não é rankeada, é aleatoriamente baseada numa linha cronológica seguindo pelas datas de lançamento. Baseado na minha escolha pessoal  desses filmes que eu vi primeiramente passando na TV, ou mesmo locando numa fita VHS em videolocadora.

INSPETOR FAUSTÃO E O MALLANDRO(1991)



Esse filme estrelado pelas duas populares figuras da TV brasileira: Fausto Silva e Sérgio Mallandro que simbolizavam a nova geração de comunicadores. Apresentadores de programas de auditório surgido nos anos 1980, é o melhor exemplo que posso começar  a mencionar do quanto este filme do começo dos  anos 1990 envelheceu mal, especialmente por ele simbolizar uma pérola pitoresca do cinema nacional do quão ruim o filme ficou, a ponto de fracassar nas bilheterias e virar cult.

Só para deixar claro, eu coloquei esse título aqui na minha lista não porque eu não valorizo o cinema nacional, não é isso, é apenas para justificar o porquê dele figurar como um filme ruim a ponto de figura no ranking de alguns sites especializados como os piores de todos os tempos. Simples assim.

Ficando obscuro durante longo tempo, e só sendo redescoberto décadas depois  pela  internet que começaram a fazer memes nas  redes sociais com essa obra que ganhou uma popularidade tardia.

Esse filme reflete bem o momento histórico  em que  foi concebido na ocasião onde  a produção do cinema brasileiro do começo dos anos 1990, sofreu com o fechamento da Embrafilmes durante o Governo de Fernando Collor de Mello e isso afetou demais o trabalho de  nossos cineastas. A ponto de,  por exemplo, Arnaldo Jabor(1940-2022) se dedicar ao jornalismo.

As únicas produções nacionais  que não foram tão afetadas pelo fechamento de Embrafilmes  até aquele momento  eram os filmes estrelados pelos astros populares da TV, como os filmes da trupe dos Trapalhões e os estrelados pela apresentadora Xuxa Meneghel. Que pelo forte apelo infanto-juvenil ainda conseguiam atrair bilheteria.

E foi nisso que podemos deduzir a razão do porquê dessa trasheira do cinema nacional  foi concebida.

Aliás, eu havia mencionado o nome da Xuxa, essa produção contou com o dedo dela, já que o filme foi produzido pela Xuxa Produções.

Fora ter contado com o dedo da Globo,  onde quem dirigiu foi Mário Márcio Bandarra(1955-2021), diretor que durante os mais de 30 anos que trabalhou para a emissora até resolver se afastar  em 2019 e vir a óbito dois anos depois de causas não reveladas,  já havia acumulado trabalhos em dirigir diferentes formatos de programas: Indo de novelas a programas de humor. O roteiro é creditado a Nelson Nadotti, que carrega um vasto currículo em já ter criado diferentes produções da Globo, com argumento escrito pelo próprio Fausto Silva.

Só de saber  que foi Faustão o responsável pelo argumento do texto, você já pode esperar uma qualidade minimamente questionável desse tipo de história. Um dedo podre no meio.

E que de fato se mostrou, o filme apresenta uma história  muito sem lógica de tão cretina que se apresenta: a começar pelo fato  de apresentar Faustão fazendo ele mesmo, mostrando que não tem o menor talento para ator.

Fazendo um feirante que pela intervenção divina de Deus que foi representado por Paulo César Pereio(1940-2024) fazendo  apenas a locução da voz de Deus, sendo que curiosamente o ator era ateu e já esteve envolvido na polemica de mandar destruir  a estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro.

Faustão  é nomeado inspetor de polícia, para salvar os animais de contrabandistas comandados por Budum(Chiquinho Brandão) que tem como cliente um turista americano chamado Tom Crù(Claudio Mamberti).

Nessa sua jornada para caçar os contrabandista dos animais,  ele conhece o policial Mallandro, representado pelo próprio Sérgio Mallandro, filho do seu chefe superior Superintendente(Costinha), um sujeito de perfil bem desagradável, ainda mais por agir muito hiperativo.

Principalmente para lhe fazer companhia e a partir daí  tem se início sua jornada de confusões, que só aumentaram com a presença inconveniente  de seu sobrinho Faustinho(Caique Benigno).

A primeira vez que eu assisti a esse filme quando menino foi assistindo numa fita  VHS que meu pai havia locado e tenho que confessar que eu até achava engraçado, ainda que sem muito senso crítico, já que naturalmente criança não tem discernimento para isso.

Ao revisitar décadas depois sendo exibido no Youtube, pude perceber como a obra envelheceu mal justamente pelo roteiro se mostrar nonsense a nível pastelão, medíocre. Há momentos no texto  que mostram eles fazendo umas piadas de cunho erótico implícito que soa muito brega, ainda mais que eles queriam destinar ao público infanto-juvenil.

E como tudo foi feito as presas, você nota uma qualidade questionável da produção especialmente no som e na imagem.

Nas cenas que mostra Faustão em seu apartamento com seus dois cachorros com os nomes pitorescos de Inflação que é grande  e Salário Mínimo que é pequeno  onde você bem pode notar como a obra ficou datada já que ele estava cutucando o cenário econômico  do Brasil da Era Collor. 

Se Faustão como ator peca no filme, imagine Sergio Mallandro que o tempo todo  faz aquele maneirismo de humor físico característico nos programas infantis que apresentava com aquele jeito risível de vergonha alheia a nível infantiloide que além soar desagradável, fica irritante.

Fora que o elenco apesar de contar com participações de grandes estrelas globais como as atrizes: Luiza Tomé fazendo a namorada de Faustão, Claudia Alencar como a noiva de Mallandro, Paolla Bettega como uma comparsa do vilão Budum e Adriana Esteves numa participação especial.

Essas atrizes  talentosas e de belezas atraentes sofrem para representar o nível canastrão do texto desse filme.

Fora o desperdício que o filme faz do talento de feras  do calibre de Claudio Mamberti(1940-2001) que coitado sofre para fazer  uma representação  do  turista americano Tom Crú, cuja interpretação  beira ao caricato empostando a voz para fazer  o sotaque gringo que ele  tenta reproduzir. E a participação do  Costinha(1923-1995) então nem se fala,  é desperdiçado numa única cena em que faz o papel do pai do Mallandro.

Além disso, nem as participações de talentos da música brasileira  como: Sandra de Sá, Sidney Magal, Patrícia Marx, Silvinho Blau Blau   ou mesmo do saudoso Wando(1945-2012) fazendo suas performances cantando como se tivesse gravando para videoclipes conseguem segurar o interesse do público  pela obra.

Fora a participação do garoto Caique Benigno, fazendo o Faustinho, sobrinho do Faustão. Que se mostra um moleque serelepe  de um nível de chateação mais inconveniente que do Mallandro. Posteriormente esse menino se tornaria um dos protagonistas do programa infantil do SBT Disney Club(1997-2001) como o Macarrão/Macaco. Atualmente desenvolve o trabalho de DJ.

Vale também mencionar a participação de Chiquinho Brandão que representou na obra  o vilão Budum, um traficante de animais que passa o filme inteiro arrotando, chegando a nível patético.

Sobre esse ator um fato triste a comentar é que   na mesma data que a obra foi lançada Chiquinho Brandão  morreu num acidente automobilístico ocorrido na Lagoa Rodrigo de Freitas, quando estava retornando de mais um dia de gravação da minissérie da Rede Globo O Sorriso do Lagarto(Brasil, 1991), no dia 04 de Junho de 1991, o ator estava com 39 anos.

No momento em que a produção ainda se encontrava em andamento. Para compensar sua ausência do seu personagem o Chico Bagre, criaram outro Chico como seu primo que foi representado por Stepan Necessian. Ele ainda deixou um trabalho póstumo no filme argentino A Viagem(El Viaje, Argentina, 1992) obra do cineasta Fernando E. Solanas(1936-2020).

Uma verdadeira obra-prima do cinema trash brasileiro, que vale a pena  assistir pela curiosidade.

 

 

MUNDO PROIBIDO(1992)



Essa produção que mistura animação com live action dirigida pelo animador Ralph Bakshi figura na minha lista pelo fato do seu roteiro se mostrar caótico.

Ao contrário de Uma Cilada Para Roger Rabbit (Who Framed Roger Rabbit, EUA, 1988) que foi lançada anos antes que misturava desenhos com atores reais, mas que a história fazia lógica dentro daquele universo.

Com Mundo Proibido(Cool World, EUA, 1992)  não funciona, principalmente pela questão ilógica de que o criador do ambiente cartunesco viaja para a sua própria criação onde ele mesmo quebra as regras de se envolver emocionalmente e sexualmente com os desenhos.  E conhece um humano que já existia lá bem antes dele criar o seu universo?

Um filme bem pirado da cabeça com um roteiro um tanto cretino  de se compreender, ainda mais quando os desenhos entram no mundo real, ai é que a coisa vira um caos, cheias de piadas de apelos eróticos mostrando que não é um tipo de filme apropriado para criança.

 

 

 

 

 

SUPER MÁRIO BROS(1993)



No ano passado quando o  famoso símbolo da  marca de videogame  da Nintendo  Super Mário Bros  criado em 1985  pela dupla japonesa formada por Shigeru Miyamoto e Takashi Tezuka foi lançado nas telonas em animação produzida pela Illumination Entertainment com distribuição da Universal Pictures e foi o grande campeão de bilheterias de 2023 fica difícil imaginar  que 30 anos antes houve uma tentativa de fazer um filme  live action em cima do famoso encanador da Nintendo.

Em Super Mário Bros(EUA, 1993), filme que contou com a direção de dois diretores: Rocky Morton e Annabel Jankel e cuja função de adaptar o roteiro coube a três pessoas: Parker Bennett, Terry Runte e Ed Solomon.

Que provavelmente não deviam conhecer nada do jogo, nunca sequer experimentaram jogar.

Digo isso porque, por essa época o conceito de videogame  era bem diferente de hoje em dia onde o  jogador se envolve dentro de uma narrativa de storytelling com uns traços bem foto realista que criam uma imersão quase cinematográfica.

Algo que não se tinha nos videogames de antigamente, e provavelmente isso se tornou o maior problema para adaptar o roteiro de Super Mário nos cinemas.

O filme apresenta um enredo medíocre, que destoa do universo do jogo, onde mostra o vilão Koopa numa forma humana bizarra sendo representado pelo finado Dennis Hooper(1936-2010) e com as interpretações desperdiçadas de Bob Hoskins(1942-2014) como o protagonista Mário e John Leguizamo como o Luigi.

Tudo isso fez com que Super Mário Bros. figurasse na lista dos piores filmes de todos os tempos e por isso mesmo figura na minha lista dos filmes dos anos 1990 que envelheceram mal.

STREET FIGHTER-A ÚLITMA BATALHA(1994)



Outra tentativa mal sucedida de filme inspirado em videogame produzida nos anos 1990 foi com Street Fighter-A Última Batalha(Street Fighter, Japão, EUA, 1994), produção nipo-americana inspirada na famosa marca de videogame de luta da japonesa  Capcom, empresa concorrente da Nintendo.

Surgido em 1987, criado por Hiroshi Matsumoto, Takashi Nishiyama e Yoshiki Okamoto.

Quando eu lembro de  Street Fighter,  costumo me remeter  a versão do anime intitulado de Street Fighter II V  lançado em 1995 que o SBT costumava passar nas manhãs de sábado  que  foi minha primeira introdução a esse universo do jogo que cheguei a locar os cartuchos  para jogar algumas vezes  em meu  antigo aparelho de SuperNintendo.

Que tinha uma história até que envolvente e bem construída  sobre a jornada de Ryu e Ken até se depararem com Bison algo que não posso dizer o mesmo com relação a essa versão cinematográfica  horrível.

Nessa adaptação em live action que contou com a direção de Steven E. DeSouza que já era  um renomado diretor dos filmes de ação e é quem assina o roteiro.

Contou no seu  elenco com  a ilustre presença do belga Jean-Claude Van Dame, o ator que já era expert em artes marciais e na ocasião em que estrelou o filme já era mundialmente famoso pelos filmes de ação que estrelou  tornando  o nome mais rentável de Hollywood fazendo o Coronel Guile.

Também contou com  as participações da australiana Kyle Minogue, famosa mundialmente com  estrela da música pop teen que filme representa a Cammy  

 E de Raúl Júlia, o ator porto-riquenho naturalizado americano que havia feito o Gomez Adams nos dois filmes de A Família Adams(1991-1993) que nesse filme fez   seu trabalho póstumo representando o Bison.

Trata-se de um filme com uma história ruim, toda sem sentido, onde os personagens famosos do jogo são todos jogados do nada no enredo.

 Muito disso resultado do seu roteiro Frankestein que teve muitas alterações, fora que Van Dame nas gravações vivia dando dor de cabeça em querer mudar alguma cena.

Por causa disso, é que Street Fighter-A Batalha Final, figura na minha lista dos filmes dos anos 1990 que envelheceram mal.

 

 

POCAHONTAS(1995)



Essa obscura animação da Disney lançada na fase de ouro  da sua Era  Renascentista(1989-1999), que contou com a produção de James Pentencost.

Cuja direção é creditada a dois diretores: Mike Gabriel e Eric Goldenberg, e cujos roteiristas  são  creditados a Susanah Grant, Carl Binder e Phillip LaZebnik.

A razão para essa animação ter envelhecido mal é porque  o filme faz um retrato ficcional do encontro histórico da  indígena americana Pocahontas, cujo nome real era Matoaka(1594-1617)  com o inglês John Smith(1580-1631)  e os colonos em Jamestown que chegaram a partir da Virginia Company por volta do ano de 1607 em que o enredo é ambientado.

Foi o primeiro longa-metragem animado da Disney inspirado em um personagem real.

Esse retrato romantizado que o filme em animação produzido por uma gigante do entretenimento voltada ao público infantil como a Disney cria da relação de colonizador e colonizado, mostra uma representação muito racista da mentalidade de superioridade branca  sobre os povos indígenas sendo retratados como bárbaros ignorantes.

Chega a ser uma prestação de um desserviço fazer a gente ignorar  o ato cruel  que os colonizadores britânicos  usaram para exterminar a população indígenas dos EUA, a ponto de restar poucas tribos remanescentes.

Se na época isso já era antiquado, hoje em dia então que a população indígena banalizada da América ganhou empoderamento isso aqui seria inadmissível.

Justamente por esse motivo é que coloco Pocahontas na minha lista dos filmes dos anos 1990 que  envelheceram mal.

 

 

 

O PENTELHO(1996)




Eu lembro vagamente da única vez que assisti a este filme no cinema na sessão da antiga sala do Rio Verde, o remanescente cinema de bairro em Natal-RN vizinho ao antigo Rio Grande que viraram templos evangélicos. Como o filme era divertido, fazia muita gente rir e eu também ria junto.  

Principalmente pela interpretação do Jim Carrey, que na época  figurava como o astro mais lucrativo de Hollywood, depois de participar de produções de comédias como: O Máskara(The Mask, EUA, 1994), Debi & Loide-Dois Idiotas em Apuros(Dumb & Dumber, EUA, 1994), dois filmes de Ace Ventura: Ace Ventura-Um Detetive Diferente(Ace Ventura: Pet Detective, EUA, 1994) e Ace Ventura 2-Um Maluco na África(Ace Ventura: When Nature Calls, EUA, 1995) e fez o Charada em Batman Eternamente(Batman Forever, EUA, 1995).

Onde divertia bastante com seus típicos maneirismos de fazer humor físico com tipos serelepes fazendo muitas caras e bocas.

Pois bem, ao revisita-lo anos depois quando estava disponível na Netflix constatei com outros olhos como a história ela é um tanto sinistra.

Nesse filme que contou com a direção de outro  nome importante da comédia Ben Stiller, temos Carrey representando  o papel do Chip, um excêntrico instalador de tv a cabo que é contratado por Steven Kovacs(Mathew Broderick) para colocar  em seu  novo apartamento que ele comprou após enfrentar uma fracassada proposta de casamento de sua namorada Robin Harris(Leslie Mann) e ouvindo os conselhos duvidosos  de seu amigo Rick Lagados(Jack Black), mas de maneira ilegal, ou seja,  subornando  Chip  para instalar alguns canais de tv a cabo em um aparelho de antena parabólica.

E a partir disso que temos início a vida infernal de Steve ter de lidar com as perseguições de Chip que se mostra um verdadeiro stalker.

O que antes era visto como engraçado, hoje em dia se mostra um retrato preocupante de uma pessoa com sério  transtorno de  saúde mental  que tem aumentado muito os casos desse tipo de crime  nos últimos anos.

  Fora que também muito da estética cômica  do filme se mostra datado, ainda mais por girar em torno desse serviço de instalação de antena parabólica o que antes era visto como uma coisa modernamente comum nas antigas residências americanas. Isso já se tornou um tanto antiquado hoje em dia, com os serviços de streamings. Ainda mais que o título original que é The Cable Guy que numa tradução literal seria O Cara do Cabo já cria uma conotação bem datada. 

 

 

BATMAN & ROBIN(1997)




Essa versão trash do famoso morcego da DC Comics, criado nos anos 1930 pela dupla Bob Kane(1915-1998) e Bill Finger(1914-1974).

Trata-se de uma quarta  sequência de produções da Warner que começou em 1989 com o primeiro filme dirigido por Tim Burton, cujo sucesso levou a Batman-O Retorno(Batman Returns, EUA, 1992) e  Batman Eternamente(Batman Forever, EUA, 1995).

Sendo que este  não contou com a direção de Tim Burton, mas do finado Joel Schumacher(1939-2020), que se encarregou de dirigir essa bomba que foi Batman & Robin(EUA,1997).

Isso aconteceu, porque a direção executiva da Warner  teve lidar com o descontentamento da marca de fast-food McDonald´s com o tom dark  que Tim Burton imprimiu em Batman-O Retorno, já que eles eram os responsáveis pelo licenciamento dos brinquedos.

Isso resultou na saída de Tim Burton da franquia, e com sua saída também saiu o ator Michael Keaton que não se mostrou muito contente com essa decisão.

Isso ocasionou na Warner contratar Schumacher para dirigir Batman Eternamente.

Que ficou com a tarefa ingrata de tentar um filme mais Family Friendly para poder o filme voltar a atrair comercialmente com o licenciamento.

Sendo que essa não era a especialidade dele, Schumacher precisou se basear na estética camp do seriado dos anos 1960.

Tanto até que se a gente for bem reparar na collant verde com a interrogação  usada pelo Charada no filme bem remete ao uniforme usado na série onde o personagem foi representado por Frank Gorshin(1933-2005).

Resultou também deles contratarem Val Kilmer para substituir Michael Keaton para representar o Batman que famoso por ser um sujeito de personalidade difícil, acabou brigando com o diretor que resolveu  trocar para George Clooney que coitado ficou com a tarefa ingrata de assumir o papel nesse grande fiasco.

A única coisa nesse filme  que fazia remeter aos filmes dirigidos por Burton eram as presenças dos falecidos atores: Pat Hingle(1924-2009), que no filme representou pela última vez o papel do policial James Gordon ou popularmente conhecido como Comissário Gordon.

E do britânico Michael Gough(1916-2011), que no filme representou pela última vez o papel do mordomo Alfred Pennyworth.

Numa produção de qualidade medíocre, cheio de momentos vergonhas alheias como o Batcartão, ou mesmo os closes anatômicos nas bundas da batfamilia com aquela conotação erótica recalcada, mostrando o nível cretino do roteiro.

 Fora o texto cheio de piada infantil, faz o filme ficar brega.

Um das ideias mais equivocadas foi alterar o parentesco da Batgirl que nos quadrinhos era Barbara Gordon, filha do Comissário Gordon, aqui virou Barbara Wilson, sobrinha do Mordomo Alfred.

Ideia de gerico.

Um fato triste é que o dublê Jeep Swenson que participou do filme como Bane havia falecido de ataque cardíaco aos 40 anos no dia 18 Agosto de 1997, um mês depois do lançamento do filme.

 

 

 

 

 

 

A EXPERIÊNCIA 2-A MUTAÇÃO(1998)




O segundo filme da franquia de terror de ficção cientifica, ou seja, uma continuação de A Experiência(Spices, EUA, 1995).

Esse segundo que contou com a direção de Peter Medak, que se encarregou de dirigir esse filme no lugar de Roger Donaldson que comandou o primeiro.

Ele também contou com a colaboração do design suíço Hans Ruedi Giger ou como costumava assinar abreviadamente de  H.R.Giger(1940-2014) que foi a mente criativa  responsável por conceber a arte da famosa criatura  horrenda Alien em praticamente todos os filmes da franquia e assim como no primeiro concebeu a arte grotesca das criaturas.  

Os únicos atores do primeiro filme que compõe o elenco dessa sequência são: Natasha Henstridge que nesse  repete o papel de uma alienígena, mas com o nome de Eve, uma clone da Sill sua personagem do primeiro  desenvolvida pela Dra. Baker.

Marg Helgenberger repete nesse filme  o papel da Dra. Laura Baker e Michael Madsen repete o papel de Press Lenox que vai ajudar a Dra. Baker na caçada ao parasita que infestou o trio de astronautas ao retornarem de sua expedição a  Marte.

Desse trio o destaque vai para Patrick Ross(Justin Lazard), que é o único dos infectados onde o hospedeiro alienígena conseguir vingar.

No que o hospedeiro consegui manifestar ele vai começar de ir atrás de diferentes mulheres para se procriar até chegar a Eve.

Uma das coisas que posso destacar que envelheceu mal nesse filme é a cena onde mostra Patrick tendo a  cabeça reconstruída de forma digital, um efeito um tanto capenga para a época deixando evidente como  isso ficou datado, a ponto de olhando hoje em dia acaba deixando o filme brega, isso juntando aos efeitos práticos.

Fora que também a maneira como o Patrick nesse filme  retrata aquela figura ideal de homem másculo viril se tornou bem antiquado, principalmente se a gente tirar que ele independente de ter o hospedeiro no corpo cometia crimes sexuais para poder se procriar e a última com quem ele tenta fazer isso sem seu consentimento a faz quase estupr@ndo.

Por essas e outras é que A Experiência 2-A Mutação figura na minha lista dos filmes do anos 1990 que envelheceram mal.

 

BELEZA AMERICANA(1999)



Esse marcante filme dramático que ganhou 5 estatuetas na edição do Oscar de 2000, na categoria de melhor filme, melhor diretor para Sam Mendes, melhor ator  para Kevin Spacey, melhor roteiro original e melhor fotografia.

Ele é tão importante que já chegou a figurar na lista feita posteriormente  dos melhores filmes lançados em 1999.

Mas, com essas virtudes todas, qual a razão para eu colocar na minha lista dos filmes que envelheceram mal?

A principal razão está no protagonista no fato do protagonista Lester Burnham vivido por Kevin Spacey vivendo naquela crise da meia idade, se sentindo desprestigiado como chefe patriarca e no seu trabalho.

Até o momento em que ele  ao se deparar com a melhor amiga da sua filha, começa a sentir uma forte atração sexual por ela, uma jovem colegial chamada Angela Hayes(Mena Suvari) sonhando com ela estando peladona entre um mar de rosas ou mesmo numa banheira cheia de rosas, mas que não chega as vias de fatos.

As rosas que estão bem conectadas ao titulo original que é American Beauty, que é o nome de um tipo especifico de flor.

Kevin Spacey anos depois, foi preso após ser denunciado por assédio sexual de menor, e isso comprometeu muito sua carreira.

Vendo esse filme com ele representado um cara de meia idade, vivendo obcecado pela amiga da sua filha exigir que você tenha uma cabeça bem voyeurista.

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