"Segundo a lenda, Breno, quando os romanos pagaram o
resgate para libertar a cidade dos gauleses, colocou a espada sobre a balança e
disse:
«Vae victis!», ou seja, «Ai dos vencidos!».
Nesse momento, chegou Marco Fúrio Camilo, nomeado ditador,
e respondeu:
«Non auro sed ferro recuperanda est patria!», que
significa: «Não com ouro, mas com ferro se deve recuperar a pátria!».
Esse episódio está inserido no contexto do saque de Roma
pelos gauleses em 390 a.C. (ou 387 a.C., segundo algumas fontes), liderados por
Breno, chefe dos sênones.
Após a derrota romana na Batalha do Rio Ália, os gauleses
ocuparam e saquearam Roma, exceto o Capitólio, que resistiu ao cerco.
Para encerrar a ocupação, os romanos aceitaram pagar um
pesado resgate em ouro.
A famosa cena do "vae victis" reflete a
humilhação imposta pelos gauleses: ao perceberem que os romanos reclamavam do
peso injusto das balanças usadas na pesagem do ouro, Breno teria jogado sua
espada sobre a balança, aumentando o valor exigido.
No entanto, segundo a tradição romana, Marco Fúrio Camilo,
nomeado ditador durante o cerco, chegou antes da entrega do pagamento e
rejeitou o acordo, proferindo a frase:
"Non auro sed ferro recuperanda est patria!"
("Não com ouro, mas com ferro se deve recuperar a pátria!").
A historiografia romana narra que ele reorganizou as tropas
e derrotou os gauleses, expulsando-os da cidade.
Embora essa narrativa tenha um forte tom mítico, reforçando
a imagem de Roma como uma cidade destinada à grandeza e jamais subjugada, há
debates sobre sua veracidade.
Alguns historiadores modernos sugerem que o resgate pode
realmente ter sido pago e que a versão da vitória militar foi posterior, criada
para preservar a honra romana.
De qualquer forma, o episódio consolidou a figura de Camilo
como o "segundo fundador de Roma"."
FONTE: PRESENTE DE GREGO.
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