No dia 15 de Março de 1985, estreava no Japão a
série do gênero tokusatu O Fantástico Jaspion(Kyojuu Tokusu Juspion,
Japão, 1985-1986).
Essa
série girava em torno do jovem órfão Jaspion que foi criado pelo Profeta Edin
no seu planeta após achá-lo abandonado numa nave, é ele quem alerta Jaspion para a
ameaça da profecia da Bíblia Galática
que falava sobre o perigoso Satan Goss, um ser gigante que foi originado das
energias negativas do universo que tem o
poder de transformar os monstros em seres incontroláveis e transformar a Terra
em seu Império dos Monstros.
O
primeiro fator que talvez explique o porquê de Jaspion ser o mais
querido e amado pelos brasileiros, muito mais até do que os outros
que passaram durante a fase áurea dos tokusatsu na Manchete.
Se
deve ao fato de sua história seguir uma formula muito comum em todas as
histórias de heróis desde os primórdios da humanidade e que é usado a exaustão
e bastante batido nas histórias em quadrinhos das grandes editoras americanas
Marvel e DC. Que é a Teoria Campbeliana* da Jornada do
Herói.
Dentre
as características dessa teoria está no fato de todos serem representando por
órfãos serem destinados ao objetivo de enfrentar a ameaça. E isto é muito
sentido nas histórias de muitos populares super-heróis. E Jaspion tem esta
característica cresceu sem conhecer os pais que morreram quando era ainda bebê
e foi adotado e criado por um velho sábio profeta Edin.
Que investigava uma profecia da Bíblia Galáctica. Que comentava do grande mal
no universo. Representado por um ser demoníaco, fruto das energias negativas do
Universo chamado de Satan Goss.
O
segundo fator e este acredito eu que seja o mais obvio para explicar
o porquê do herói ser tão querido pelos brasileiros, seja o fato da série
apresentar muitas referências ligadas ao cristianismo. Visto que
maior parte da população brasileira é católica. Um contraste em
relação com a população japonesa cujos praticantes do catolicismo
são menor, maior parte deles são xintoístas**.
Isto pode ser sentido pelo próprio Jaspion
simbolizar bastante o arquétipo do salvador vindo do céu, destinado a proteger
a Terra do mal.
A
figura messiânica do profeta Edin também carrega esta simbologia cristã
ocidental. Do mesmo modo quando ele fala da profecia da Bíblia
Galáctica, se referindo ao Velho e o Novo Testamento Cristão. O Pássaro Dourado
ser despertado pelas cinco crianças irradiadas pela luz de Nosso
Senhor e Jaspion ser o escolhido para acabar com o Satan
Goss e seu exército de asseclas comandado pelo seu filho MacGaren também tem
essa referência cristã ao capiroto e seu exército da religião
cristã ocidental.
Do
mesmo jeito que a trama trabalhou bem as camadas de evolução do personagem. Que
na primeira metade da série agia muito abobalhado e imaturamente, sendo até
grosseiro com a androide Anri. A partir da segunda metade, passa a
ter um perfil mais sério e mais focado na sua missão. Na sua jornada de
defender a Terra de ser dominada pelo império demoníaco de Satan Goss para
criar aqui o seu Império dos Monstros.
Eu nunca tinha feito antes o
que vou fazer agora que é um balanço de
pontos positivos e negativos sobre a série.
Até
porque quando a gente revisita um produto que marcou nossa infância e nós
deixamos levar pela nostalgia a gente
acaba deixando de lado um pouco do senso crítico. E foi
o que fiz quando muito antes de revisitar a série na Amazon que eu acompanhei na infância
passando na extinta Rede Manchete. Até mesmo antes de revisitar na Band em
2020.
Comecei
a revisitar pelo YouTube lá por volta de 2007
quando não era a plataforma que é hoje e o registro da série no Brasil
que era da antiga distribuidora Everest Vídeo já se encontrava expirado. E a
Sato Company, atual detentora do registro, só o obteve em 2015.
Pouco tempo depois de adquirir o primeiro lote de DVDs lançados
pela Focus Filmes em 2009. E comprei o mangá o original produzido pela Editora
JBC publicado em 2020.
Sem
mais delongas bora para as análises que só para esclarecer, todas se baseiam na
minha opinião. Ok. Você pode até
discordar. Tem esse direito, vivemos numa democracia. Mas desde que seja
com respeito.
Pontos
Positivos de Jaspion:
-A
forma brilhante como a história foi sendo construída contando com um dedo do roteirista Shozo
Uehara(1937-2020) e foi bem direcionada
pegando com base na fórmula campbeliana da Jornada do Herói do bem contra o
mal. Moldou bem a estrutura da série.
Cuja criação é creditada a Saburo
Hatte, um nome fictício usado pela produtora Toei Company para todos os profissionais envolvidos.
-As
atuações incríveis do elenco que contou com Seiki Kurosaki, nome artístico de
Hikaru Kurosaki como Jaspion, que conseguiu segurar bem a série ao transitar de
um tipo cômico abobalhado passando a agir como um sujeito sério. Kyomi Tsukada
defendeu bem a Anri, a androide que aos poucos foi se humanizando. Hiroshi
Watari que já era popular no Japão por ter protagonizado a série do Detetive
Espacial Sharivan (1983-1984) fez uma defesa crível como o Boomerman e suas
motivações pessoais para acabar com MacGaren.
Isao Sasaki, popular cantor de Tokusongs no Japão, foi responsável por
cantar a abertura de Hitmusu Sentai Gorenger(Japão,1975-1976), primeiro
super sentai da história, na série participou como ator e fez uma representação excelente do Nambara. Um aliado importante na Jornada
de Jaspion contra Satan Goss. O saudoso Noburu Nakaya(1929-2006) representando
o Edin, um homem sábio e imponente como
um profeta espacial e uma importante
figura paterna para Jaspion. Também foi
sensacional a presença de Junich Haruta
como MacGaren o grande vilão da história, um sujeito com nível de crueldade que
não media esforços para dominar a humanidade.
Outros
aspectos de pontos positivos de Jaspion são:
-A
trilha sonora composta pelo saudoso Chuumei Watanabe(1925-2022) que fez uma
linda composição de músicas incidentais orquestradas que são tocadas em cada
cena que dão um ótimo toque de emoção. Assim como foi emocionante ouvir a voz
do saudoso Ai Takano(1951-2006) cantando a abertura e o encerramento e Akira
Kushida cantando a música de batalha do Daileon.
-E
os efeitos práticos da época com explosões e muitas coreografias roladas na
pedreira que tornava incrível.
Já
com relação aos pontos negativos:
-A
série foi se apresentando muito Frankestein ao longo dos seus 46 episódios.
Talvez pelo fato da direção ter sido
revezada com três diretores: Yoshiaki Kobayashi, Akihira Tojo e
Takeshi Ogasawara(1941-2011).
Nos três primeiros episódios nós
acompanhávamos a jornada aventuresca do herói numa estética de space ópera onde
mostrava ele enfrentando o monstro da vez enviado por Satan Giss num planeta
diferente.
A partir do episódio 4 quando passam a
estabelecer na Terra a gente vai se deparando com outros Frankestein como as
mudanças no corte de cabelo do Jaspion que foi modificando a personalidade
dele. O Satan Goss que antes não verbalizava, passa a verbalizar quando entra a
Kilza para ressuscitar o MacGaren para deixa-lo mais forte, ainda mais quando
ele muda o visual usando uma túnica de imperador romano com um capacete brega.
-Tudo
isso em alguns momentos criou furos de roteiro, como o fato de por exemplo, no
começo do episódio 18 quando mostra Jaspion acompanhado de Kanoko e Kenta sem a
presença do pai Nambara. Ele nota e pergunta pela primeira vez sobre a ausência
da mãe deles, que faleceu quando Kenta
era bebê, sendo que quatro episódios
antes que eles os conheceu já devia ter
percebido isso. E o Guila, o assassino contratado por MacGaren para eliminar
Jaspion no episódio 21 será que ele morreu na caverna quando a base de MacGaren
foi destruída pelo Daileon?
-É
certo que não se pode julgar uma obra que foi feita há três décadas e meia pelo olhar de hoje que apresenta seus sinais
datados no quesito de efeitos especiais ou mesmo de apresentar umas vestimentas
bregas ou mesmo os cortes de cabelos. Ou até mesmos julgar certos
comportamentos inadequados como politicamente incorretos. No entanto, não se
pode negar que a cena da Anri ficando pelada no episódio 10, mostrando um plano
sequência dos pés à cabeça com direito a close anatômico na sua bunda, foi um
apelo de erotismo gratuito para uma produção voltada ao público infantil. Ok
que naquele momento havia um cunho narrativo de que seu nude era porque ela
estava recebendo uma massagem das assistentes de MacGaren que ainda não eram
Purima e Goryu para tentar fazer uma
lavagem cerebral nela para inclui-la no seu bando. Mas ainda assim foi bastante
desnecessário mostrar isso numa produção infantil. A atriz Kyomi Tsukada que
fez a Anri comentou posteriormente que fazer essa cena a deixou desconfortada.
-O
que mais senti falta só revisitar a série na Amazon foi da antiga dublagem que
passava na Manchete, feita pela extinta Álamo nos anos 1980.
Outros
pontos curiosos a se comentar sobre Jaspion:
-Jaspion
foi a quarta produção de uma série de tokusatsu da franquia Metal Hero. Que
teve inicio com a trilogia dos detetives do espaço formados por: Gavan(1982-1983),
Sharivan(1983-1984) e Shaider(1984-1985).
-Jaspion
estreou junto com Changeman na extinta Rede Manchete no programa Clube da
Criança comandado pela jovem Angélica em fevereiro de 1988. Veio no mesmo pacote adquirido pela Everest
Video, distribuidora criada por Toshhiko Egashira.
-Sua
dublagem foi realizado no estúdio paulista da Álamo que encerrou suas operações
em 2011. Como sua dublagem ocorreu ao
mesmo tempo que Changeman podemos notar que o mesmo elenco de vozes aparece na série.
Exemplos: Carlos Takeshi que dublou o Jaspion, também dublou o Hayate/ Change
Griphon em Changeman, Armando Tiraboschi que dublou o Nambara em Jaspion,
também dublou o Ozora/ Change Pegasus em Changeman, Borges de Barros(1920-2007)
que dublou o Edin em Jaspion também
dublou o Gaata em Changeman, Nair Silva(1939-2020) que dublou a Goryu em
Jaspion também dublou a Ahames em
Changeman, Neuza Azevedo(1943-2020) que dublou a Purima em Jaspion também dublou a Sayaka/Change Mermaid em
Changeman, Francisco Borges(1935-2008) que foi o narrador em Changeman, em
Jaspion ele chegou a narrar a série e também foi a voz do MacGaren com quem dividiu
com Ricardo Medrado(1947-2002) que em Changeman foi a segunda voz do Tsuruji/Change
Dragon. Assim como outros exemplos.
-Na
dublagem brasileira, entre os episódios 1 ao 16, podemos ouvir uma alternância na
locução entre os dois narradores que foram Francisco Borges e Benjamin Filho,
este foi o responsável pela frase: “Satan Goss tem o poder de enfurecer os
seres e transformá-los em monstros incontroláveis”. Do episódio 17 em diante
foi dublado apenas por Francisco Borges. Pelo que pude pesquisar a respeito do
Benjamin Filho, esse trabalho foi o único que ele fez para a dublagem. Seu
paradeiro atual é desconhecido. Quanto que na versão original da série, quem
faz a locução é o saudoso Toru Ohira(1929-2016).
-Na
dublagem brasileira também houve o revezamento de vozes de outros personagens na série. Denise Simonetto foi
quem dublou a voz da Anri entre os episódios 01 ao 16, que foi substituída por
Cecilia Lemes do episodio 17 até o 46. Kenta
Nambara foi revezado pela Denise Simonetto, por Thelma Lúcia(1950-2025) e
Hermes Barolli, filho de Gilberto Barolli que era moleque quando se lançou na
dublagem. Gilberto Barolli que também fazia a dublagem de Changeman como o
Sargento Ibuki, em Jaspion dublou diferentes assassinos que foram aparecendo
para tentar eliminá-lo ao longo dos 46 episódios como: Zamurai, Gasami 2,
Aigaman e Silk.
-O
nome Jaspion é a junção das palavras inglesas Justice(Justiça) e
Champion(Campeão), que formaram Juspion, mas que como os japoneses tem
dificuldade na fonética de nomes estrangeiros e para adequar as fonéticas dos
ideogramas de kanjis, takanas e hiraganas soava Jauspion. Cujo título no original é Kyojuu Tokusou
Juspion, Kyojuu significa monstros gigantes, Tokusou é investigador
espacial que numa tradução daria um título gigante de Investigador Espacial
de Monstros Gigantes Campeão da Justiça. O que daria uma dificuldade para
soletrar. Justamente é que quando a série veio distribuída ao Brasil, já veio
com a grafia adaptada para Jaspion e sendo chamado de O Fantástico Jaspion.
Inicialmente o nome pensado para ser Deniro em referencia ao celebre ator americano
Robert DeNiro.
-Outros
nomes de personagens que foram alterados
pela dublagem foi MacGaren que originalmente é Mad Gallant, Satan Goss que no
original é Satan Gorth, Purima que
originalmente é Brima, Goryu que originalmente é Guilaulle dentre outros
exemplos como Kilza que originalmente era Gilza e Kilmaza que originalmente era
Gilmaza.
-Na
dublagem os nomes dos golpes de Jaspion foram alterados, no original o golpe da
Spadium Laser, Cosmic Laser era Spadium Laser, Cosmic Halley numa referencia ao
Cometa Halley, o Libertar Raio Cósmico do Daileon que é Daileon Beam e o golpe
final para eliminar o monstro gigante que é Golpe Daileon no original é Cosmic Crash.
-A
dublagem brasileira alterou também o
manto soletrado pela Kilza que é Berebekan Katabanda Kikerá, que no original
Katabanda é Katabunda, palavras que até onde pude investigar não tem um significado
foram inventados pela produção. Uma sabia decisão, mesmo porque soaria estranho
para nós.
-Outra
alteração da dublagem brasileira foi no nome do monstro do episódio 23, Sion
que no original era Shishion, o que também soaria muito estranho. Inclusive foi
nesse episodio que contou com a participação do Masanari Nihei(1940-2021), o
Oficial Ide do primeiro Ultraman dos anos 1960, representando o apresentador de
tv que filma as apresentações do Monstro Sion.
-O
ator Junich Haruta que representou o vilão MacGaren em Jaspion, havia protagonizado
dois heróis seguidos em série de Super
Sentai. Primeiro foi em Gigantes Guerreiros Goggle Five(Dai Sentai Goggle
Five, Japão, 1982-1983) que passou aqui no Brasil pela Bandeirantes em 1990 de
uma forma obscura onde ele representou o Kanpei Kuroda/Goggle Black e na série
seguinte Kagaku Sentai Dynaman(Japão, 1983-1984) onde representou o Ryu Hoshkawa/Dyna
Black, coincidentemente eles usavam uniformes pretos assim como o MacGaren.
-Aliás
ele ainda apareceu em outra produção que estreou no Brasil na extinta Rede Manchete
que foi em Jirayia-O Incrível Ninja(Sekai Ninja Sem Jirayia, Japão,
1988-1989) como Ninja Storm que também usava o uniforme preto.
-No
episódio 14 de Perigo na Lagoa Nova, conta com a participação de Yutaka
Hirose representando o noivo que aparece no começo do episodio que no ano
seguinte participaria de Comando Estelar Flashman(Choushinsei Flashman, Japão,
1986-1987) como Wandar, comandante do Cruzador Imperial Mess.
-Hiroshi
Watari que participou da série como o Boomerman, entre os episódios 6 ao 12, retornando
entre os episódios 41 e 42, foi escalado para protagonizar a série que sucedeu Jaspion
que foi Guerreiro Dimensional Spielvan(Jiku Sensni Spielban, Japão,
1986-1987), a mesma que anos depois ganharia a versão porcamente americanizada
de VR Troopers(EUA, 1994-1996), pela Saban, a mesma responsável por Mighty
Morphin Power Rangers(1993-atual). Spielvan estreou no Brasil pela Manchete
em 1991 com o nome de Jaspion 2 como uma estratégia de marketing.
-A
música que Jaspion canta no episódio 8, ela compõe o repertório do LP que seu
protagonista Hikaru Kurosaki gravou no ano anterior, o seu título é Hanpo
Yuzutte GO IN Ni!.
-No
episódio 27 de Jaspion, intitulado no Brasil como Juventude
Ameaçadora, os JAC Brothers interpretam eles mesmos, para promoverem o
single Dragon Lord ni Hana Fubuki. Este foi lançado em 1º de
novembro de 1985, no mesmo dia em que o episódio foi ar pela TV Asahi. As
músicas “Dragon Lord ni Hana Fubuki” e “Sengoku Rival", que
tocaram no episódio, fazem parte deste mesmo single. Tendo seu início em 1984,
o grupo foi formado por dançarinos que acompanhavam Hikaru Kurosaki em
seu disco Jun’ai Dynamite/Honoo no Jidai, tema do filme Kotaro
Makaritoru! (também estrelado pelo ator). Inicialmente o grupo tinha
quatro integrantes: o líder Takeshi Maya e mais Kazuya Inoguchi, Shingo
Sunagawa e Daisuke Fuji. Apesar de serem formados para atuarem em cenas de
ação, os integrantes não eram dublês. Takeshi e Shingo se filiaram ao Japan
Action Club (atual Japan Action Enterprise) em 1983, no 14º período –
na mesma época de Jiro Okamoto (dublê de Kamen Rider Black RX) e
Makoto Sumikawa (Lady Diana em Spielvan e Reiko Shiratori
em Black RX). Curiosamente, Shingo é casado com Sumikawa e Kazuya é
casado com Sumiko Tanaka (a segunda Yellow Four em Bioman). (Fonte:
Site JBox).
-Uma
última curiosidade a ser comentada sobre Jaspion, a sua popularidade entre nós brasileiros
é tamanha que já houve um tempo em que muita gente acreditou que o Jaspion fosse brasileiro. Isso ocorreu
quando por volta de 1997, o saudoso humorista brasileiro Jô Soares(1938-2022)
quando ainda estava no SBT, comandando o talk show Jô Soares Onze e Meia(1988-1999)
ele convidou para entrevistar Tadashi Kamitani, o dublê
do Jaspion no Circo Show que era produzido pela distribuidora Everest Vídeo.
Na entrevista não foi esclarecido que ele representava o Jaspion apenas no
circo. A confusão se deveu ao fato de quando Jô apresentou em seu telão uma cena da série de Jaspion
dentro do Daileon enfrentando uma batalha contra o monstro do
episódio 17, o que se criou em cima disso uma falsa memória de que
ele fosse o protagonista da série.
A
verdade é que Tadashi Kamitani não é o ator que fazia o Jaspion na
série de tv, mas sim apenas no Circo Show, onde ele inclusive se
dividia entre Adriel de Almeida que vestia a armadura nas apresentações.
Quem
protagonizou o Jaspion na série foi Hikaku Kurosaki, que após
o fim da série se afastou do meio artístico e atualmente vive na ilha japonesa
de Okinawa trabalhando como instrutor de mergulho para uma empresa que ele
administra.
A
razão que ocasionou isso se deve ao fato
de que como na época, segunda metade da década de 1990 ainda não existia Google para
fazer uma checagem de informação e provavelmente a escassa informação que a
produção do Jô tinha acesso era por meio da antiga assessoria do Circo e
os únicos acessos de informação que a camada otaku conseguia era por meio das
nichadas revistas Herói.
Nisso
resultou essa lenda do Jaspion ser brasileiro que foi difundida nos fóruns dos primórdios
da internet brasileira.
Parabéns
Jaspion pelos 40 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário