sábado, 15 de março de 2025

40 ANOS DA ESTREIA DE JASPION NO JAPÃO.


 

No  dia 15 de Março de 1985, estreava no Japão a série do gênero tokusatu O Fantástico Jaspion(Kyojuu Tokusu Juspion, Japão, 1985-1986).

Essa série girava em torno do jovem órfão Jaspion que foi criado pelo Profeta Edin no seu planeta após achá-lo abandonado  numa nave, é ele quem alerta Jaspion para a ameaça  da profecia da Bíblia Galática que falava sobre o perigoso Satan Goss, um ser gigante que foi originado das energias  negativas do universo que tem o poder de transformar os monstros em seres incontroláveis e transformar a Terra em seu Império dos Monstros.




 

O primeiro fator que talvez explique o porquê de Jaspion  ser o mais querido e amado  pelos brasileiros, muito mais até do que os outros que passaram durante a fase áurea dos tokusatsu na Manchete.

Se deve ao fato de sua história seguir uma formula muito comum em todas as histórias de heróis desde os primórdios da humanidade e que é usado a exaustão e bastante batido nas histórias em quadrinhos das grandes editoras americanas Marvel e DC. Que é a Teoria  Campbeliana* da Jornada do Herói.




Dentre as características dessa teoria está no fato de todos serem representando por órfãos serem destinados ao objetivo de enfrentar a ameaça. E isto é muito sentido nas histórias de muitos populares super-heróis. E Jaspion tem esta característica cresceu sem conhecer os pais que morreram quando era ainda bebê e foi adotado e criado  por um  velho sábio profeta Edin. Que investigava uma profecia da Bíblia Galáctica. Que comentava do grande mal no universo. Representado por um ser demoníaco, fruto das energias negativas do Universo chamado de Satan Goss. 




O segundo fator  e este acredito eu que seja o mais obvio para explicar o porquê do herói ser tão querido pelos brasileiros, seja o fato da série apresentar muitas referências ligadas ao cristianismo. Visto que maior  parte da população brasileira é católica. Um contraste em relação com a  população japonesa cujos praticantes do catolicismo são  menor, maior parte deles são xintoístas**.

 Isto pode ser sentido pelo próprio Jaspion simbolizar bastante o arquétipo do salvador vindo do céu, destinado a proteger a Terra do mal.





A figura messiânica do profeta Edin também carrega esta simbologia cristã ocidental. Do mesmo modo quando ele fala da profecia da  Bíblia Galáctica, se referindo ao Velho e o Novo Testamento Cristão. O Pássaro Dourado ser despertado pelas cinco crianças irradiadas pela luz de Nosso Senhor  e Jaspion ser o escolhido para acabar com o  Satan Goss e seu exército de asseclas comandado pelo seu filho MacGaren também tem essa referência cristã ao capiroto e seu exército  da religião cristã  ocidental.

Do mesmo jeito que a trama trabalhou bem as camadas de evolução do personagem. Que na primeira metade da série agia muito abobalhado e imaturamente, sendo até grosseiro com a androide Anri.  A partir da segunda metade, passa a ter um perfil mais sério e mais focado na sua missão. Na sua jornada de defender a Terra de ser dominada pelo império demoníaco de Satan Goss para criar aqui o seu  Império dos Monstros. 





 Eu nunca tinha feito antes o que vou fazer  agora que é um balanço de pontos positivos e negativos sobre a série.

Até porque quando a gente revisita um produto que marcou nossa infância e nós deixamos  levar pela nostalgia a gente acaba deixando de lado um pouco do senso crítico.  E foi  o que fiz quando muito antes de revisitar a série  na Amazon que eu acompanhei na infância passando na extinta Rede Manchete. Até mesmo antes de revisitar na Band em 2020.

Comecei a revisitar pelo YouTube lá por volta de 2007  quando não era a plataforma que é hoje e o registro da série no Brasil que era da antiga distribuidora Everest Vídeo já se encontrava expirado. E a Sato Company, atual detentora do registro, só o obteve em 2015.




  Pouco tempo depois de  adquirir o primeiro lote de DVDs lançados pela Focus Filmes em 2009. E comprei o mangá o original produzido pela Editora JBC publicado em 2020.




Sem mais delongas bora para as análises que só para esclarecer, todas se baseiam na minha opinião. Ok. Você pode até  discordar. Tem esse direito, vivemos numa democracia. Mas desde que seja com respeito.

Pontos Positivos de Jaspion:

-A forma brilhante como a história foi sendo construída contando  com um dedo do roteirista Shozo Uehara(1937-2020) e foi bem  direcionada pegando com base na fórmula campbeliana da Jornada do Herói do bem contra o mal. Moldou bem a estrutura da série.  Cuja criação é  creditada a Saburo Hatte, um nome fictício usado pela produtora Toei Company  para todos os profissionais envolvidos.





-As atuações incríveis do elenco que contou com Seiki Kurosaki, nome artístico de Hikaru Kurosaki como Jaspion, que conseguiu segurar bem a série ao transitar de um tipo cômico abobalhado passando a agir como um sujeito sério. Kyomi Tsukada defendeu bem a Anri, a androide que aos poucos foi se humanizando. Hiroshi Watari que já era popular no Japão por ter protagonizado a série do Detetive Espacial Sharivan (1983-1984) fez uma defesa crível como o Boomerman e suas motivações pessoais para acabar com MacGaren.  Isao Sasaki, popular cantor de Tokusongs no Japão, foi responsável por cantar a abertura de Hitmusu Sentai Gorenger(Japão,1975-1976), primeiro super sentai da história, na série participou   como ator e  fez uma representação excelente  do Nambara. Um aliado importante na Jornada de Jaspion contra Satan Goss. O saudoso Noburu Nakaya(1929-2006) representando o Edin,  um homem sábio e imponente como um profeta espacial e  uma importante figura paterna para Jaspion.  Também foi sensacional a presença de  Junich Haruta como MacGaren o grande vilão da história, um sujeito com nível de crueldade que não media esforços para dominar a humanidade.

Outros aspectos de pontos positivos de Jaspion são:

-A trilha sonora composta pelo saudoso Chuumei Watanabe(1925-2022) que fez uma linda composição de músicas incidentais orquestradas que são tocadas em cada cena que dão um ótimo toque de emoção. Assim como foi emocionante ouvir a voz do saudoso Ai Takano(1951-2006) cantando a abertura e o encerramento e Akira Kushida cantando a música de batalha do Daileon.

-E os efeitos práticos da época com explosões e muitas coreografias roladas na pedreira que tornava incrível.

Já com relação aos pontos negativos:

-A série foi se apresentando muito Frankestein ao longo dos seus 46 episódios. Talvez pelo fato da direção  ter sido revezada  com três  diretores: Yoshiaki Kobayashi, Akihira Tojo e Takeshi Ogasawara(1941-2011).

 Nos três primeiros episódios nós acompanhávamos a jornada aventuresca do herói numa estética de space ópera onde mostrava ele enfrentando o monstro da vez enviado por Satan Giss num planeta diferente.

 A partir do episódio 4 quando passam a estabelecer na Terra a gente vai se deparando com outros Frankestein como as mudanças no corte de cabelo do Jaspion que foi modificando a personalidade dele. O Satan Goss que antes não verbalizava, passa a verbalizar quando entra a Kilza para ressuscitar o MacGaren para deixa-lo mais forte, ainda mais quando ele muda o visual usando uma túnica de imperador romano com um capacete brega.

-Tudo isso em alguns momentos criou furos de roteiro, como o fato de por exemplo, no começo do episódio 18 quando mostra Jaspion acompanhado de Kanoko e Kenta sem a presença do pai Nambara. Ele nota e pergunta pela primeira vez sobre a ausência da mãe deles,  que faleceu quando Kenta era bebê,  sendo que quatro episódios antes  que eles os conheceu já devia ter percebido isso. E o Guila, o assassino contratado por MacGaren para eliminar Jaspion no episódio 21 será que ele morreu na caverna quando a base de MacGaren foi destruída pelo Daileon?

-É certo que não se pode julgar uma obra que foi feita há três décadas e meia  pelo olhar de hoje que apresenta seus sinais datados no quesito de efeitos especiais ou mesmo de apresentar umas vestimentas bregas ou mesmo os cortes de cabelos. Ou até mesmos julgar certos comportamentos inadequados como politicamente incorretos. No entanto, não se pode negar que a cena da Anri ficando pelada no episódio 10, mostrando um plano sequência dos pés à cabeça com direito a close anatômico na sua bunda, foi um apelo de erotismo gratuito para uma produção voltada ao público infantil. Ok que naquele momento havia um cunho narrativo de que seu nude era porque ela estava recebendo uma massagem das assistentes de MacGaren que ainda não eram Purima e Goryu para tentar fazer  uma lavagem cerebral nela para inclui-la no seu bando. Mas ainda assim foi bastante desnecessário mostrar isso numa produção infantil. A atriz Kyomi Tsukada que fez a Anri comentou posteriormente que fazer essa cena a deixou desconfortada.

-O que mais senti falta só revisitar a série na Amazon foi da antiga dublagem que passava na Manchete, feita pela extinta Álamo nos anos 1980. 

Outros pontos curiosos a se comentar sobre Jaspion:

-Jaspion foi a quarta produção de uma série de tokusatsu da franquia Metal Hero. Que teve inicio com a trilogia dos detetives do espaço formados por: Gavan(1982-1983), Sharivan(1983-1984) e Shaider(1984-1985).

-Jaspion estreou junto com Changeman na extinta Rede Manchete no programa Clube da Criança comandado pela jovem Angélica em fevereiro de 1988.  Veio no mesmo pacote adquirido pela Everest Video, distribuidora criada por Toshhiko Egashira.

-Sua dublagem foi realizado no estúdio paulista da Álamo que encerrou suas operações em 2011. Como sua dublagem ocorreu  ao mesmo tempo que Changeman podemos notar  que o mesmo elenco de vozes aparece na série. Exemplos: Carlos Takeshi que dublou o Jaspion, também dublou o Hayate/ Change Griphon em Changeman, Armando Tiraboschi que dublou o Nambara em Jaspion, também dublou o Ozora/ Change Pegasus em Changeman, Borges de Barros(1920-2007) que dublou o Edin em Jaspion  também dublou o Gaata em Changeman, Nair Silva(1939-2020) que dublou a Goryu em Jaspion  também dublou a Ahames em Changeman, Neuza Azevedo(1943-2020) que dublou a Purima em Jaspion  também dublou a Sayaka/Change Mermaid em Changeman, Francisco Borges(1935-2008) que foi o narrador em Changeman, em Jaspion ele chegou a narrar a série e também foi a voz do MacGaren com quem dividiu com Ricardo Medrado(1947-2002) que em Changeman foi a segunda voz do Tsuruji/Change Dragon. Assim como outros exemplos.

-Na dublagem brasileira, entre os episódios 1 ao 16, podemos ouvir uma alternância na locução entre os dois narradores que foram Francisco Borges e Benjamin Filho, este foi o responsável pela frase: “Satan Goss tem o poder de enfurecer os seres e transformá-los em monstros incontroláveis”. Do episódio 17 em diante foi dublado apenas por Francisco Borges. Pelo que pude pesquisar a respeito do Benjamin Filho, esse trabalho foi o único que ele fez para a dublagem. Seu paradeiro atual é desconhecido. Quanto que na versão original da série, quem faz a locução é o saudoso Toru Ohira(1929-2016).

-Na dublagem brasileira também houve o revezamento de vozes de outros  personagens na série. Denise Simonetto foi quem dublou a voz da Anri entre os episódios 01 ao 16, que foi substituída por Cecilia Lemes do episodio 17 até o 46.  Kenta Nambara foi revezado pela Denise Simonetto, por Thelma Lúcia(1950-2025) e Hermes Barolli, filho de Gilberto Barolli que era moleque quando se lançou na dublagem. Gilberto Barolli que também fazia a dublagem de Changeman como o Sargento Ibuki, em Jaspion dublou diferentes assassinos que foram aparecendo para tentar eliminá-lo ao longo dos 46 episódios como: Zamurai, Gasami 2, Aigaman e Silk.  

-O nome Jaspion é a junção das palavras inglesas Justice(Justiça) e Champion(Campeão), que formaram Juspion, mas que como os japoneses tem dificuldade na fonética de nomes estrangeiros e para adequar as fonéticas dos ideogramas de kanjis, takanas e hiraganas soava Jauspion.  Cujo título no original é Kyojuu Tokusou Juspion, Kyojuu significa monstros gigantes, Tokusou é investigador espacial que numa tradução daria um título gigante de Investigador Espacial de Monstros Gigantes Campeão da Justiça. O que daria uma dificuldade para soletrar. Justamente é que quando a série veio distribuída ao Brasil, já veio com a grafia adaptada para Jaspion e sendo chamado de O Fantástico Jaspion. Inicialmente o nome pensado para ser Deniro em referencia ao celebre ator americano Robert DeNiro.

-Outros nomes de personagens  que foram alterados pela dublagem foi MacGaren que originalmente é Mad Gallant, Satan Goss que no original é Satan Gorth,  Purima que originalmente é Brima, Goryu que originalmente é Guilaulle dentre outros exemplos como Kilza que originalmente era Gilza e Kilmaza que originalmente era Gilmaza.

-Na dublagem os nomes dos golpes de Jaspion foram alterados, no original o golpe da Spadium Laser, Cosmic Laser era Spadium Laser, Cosmic Halley numa referencia ao Cometa Halley, o Libertar Raio Cósmico do Daileon que é Daileon Beam e o golpe final para eliminar o monstro gigante  que é Golpe Daileon no original é Cosmic Crash.

-A dublagem brasileira  alterou também o manto soletrado pela Kilza que é Berebekan Katabanda Kikerá, que no original Katabanda é Katabunda, palavras que até onde pude investigar não tem um significado foram inventados pela produção. Uma sabia decisão, mesmo porque soaria estranho para nós.

-Outra alteração da dublagem brasileira foi no nome do monstro do episódio 23, Sion que no original era Shishion, o que também soaria muito estranho. Inclusive foi nesse episodio que contou com a participação do Masanari Nihei(1940-2021), o Oficial Ide do primeiro Ultraman dos anos 1960, representando o apresentador de tv que filma as apresentações do Monstro Sion.

-O ator Junich Haruta que representou o vilão MacGaren em Jaspion, havia protagonizado dois heróis  seguidos em série de Super Sentai. Primeiro foi em Gigantes Guerreiros Goggle Five(Dai Sentai Goggle Five, Japão, 1982-1983) que passou aqui no Brasil pela Bandeirantes em 1990 de uma forma obscura onde ele representou o Kanpei Kuroda/Goggle Black e na série seguinte Kagaku Sentai Dynaman(Japão, 1983-1984) onde representou o Ryu Hoshkawa/Dyna Black, coincidentemente eles usavam uniformes pretos assim como o MacGaren.

-Aliás ele ainda apareceu em outra produção que estreou no Brasil na extinta Rede Manchete que foi em Jirayia-O Incrível Ninja(Sekai Ninja Sem Jirayia, Japão, 1988-1989) como Ninja Storm que também usava o uniforme preto.

-No episódio 14 de Perigo na Lagoa Nova, conta com a participação de Yutaka Hirose representando o noivo que aparece no começo do episodio que no ano seguinte participaria de Comando Estelar Flashman(Choushinsei Flashman, Japão, 1986-1987) como Wandar, comandante do Cruzador Imperial Mess.

-Hiroshi Watari que participou da série como o Boomerman, entre os episódios 6 ao 12, retornando entre os episódios 41 e 42, foi escalado para protagonizar a série que sucedeu Jaspion que foi Guerreiro Dimensional Spielvan(Jiku Sensni Spielban, Japão, 1986-1987), a mesma que anos depois ganharia a versão porcamente americanizada de VR Troopers(EUA, 1994-1996), pela Saban, a mesma responsável por Mighty Morphin Power Rangers(1993-atual). Spielvan estreou no Brasil pela Manchete em 1991 com o nome de Jaspion 2 como uma estratégia de marketing.

-A música que Jaspion canta no episódio 8, ela compõe o repertório do LP que seu protagonista Hikaru Kurosaki gravou no ano anterior, o seu título é Hanpo Yuzutte GO IN Ni!.

-No episódio 27 de Jaspion, intitulado no Brasil como Juventude Ameaçadora, os JAC Brothers interpretam eles mesmos, para promoverem o single Dragon Lord ni Hana Fubuki. Este foi lançado em 1º de novembro de 1985, no mesmo dia em que o episódio foi ar pela TV Asahi. As músicas “Dragon Lord ni Hana Fubuki” e “Sengoku Rival", que tocaram no episódio, fazem parte deste mesmo single. Tendo seu início em 1984, o grupo foi formado por dançarinos que acompanhavam Hikaru Kurosaki  em seu disco Jun’ai Dynamite/Honoo no Jidai, tema do filme Kotaro Makaritoru! (também estrelado pelo ator). Inicialmente o grupo tinha quatro integrantes: o líder Takeshi Maya e mais Kazuya Inoguchi, Shingo Sunagawa e Daisuke Fuji. Apesar de serem formados para atuarem em cenas de ação, os integrantes não eram dublês. Takeshi e Shingo se filiaram ao Japan Action Club (atual Japan Action Enterprise) em 1983, no 14º período – na mesma época de Jiro Okamoto (dublê de Kamen Rider Black RX) e Makoto Sumikawa (Lady Diana em Spielvan e Reiko Shiratori em Black RX). Curiosamente, Shingo é casado com Sumikawa e Kazuya é casado com Sumiko Tanaka (a segunda Yellow Four em Bioman). (Fonte: Site JBox).

-Uma última curiosidade a ser comentada sobre  Jaspion, a sua popularidade entre nós brasileiros é tamanha que já houve um tempo em que muita gente acreditou  que o Jaspion fosse brasileiro. Isso ocorreu quando por volta de 1997, o saudoso humorista brasileiro Jô Soares(1938-2022) quando ainda estava no SBT, comandando o talk show Jô Soares Onze e Meia(1988-1999) ele convidou para entrevistar Tadashi Kamitani,   o dublê do Jaspion no Circo Show que era produzido pela distribuidora Everest Vídeo. Na entrevista não foi esclarecido que ele representava o Jaspion apenas no circo. A confusão se deveu ao fato de quando Jô apresentou em seu  telão uma cena da série de  Jaspion dentro do Daileon enfrentando uma batalha contra o  monstro do episódio 17, o que se criou em cima disso uma  falsa memória de que ele fosse o protagonista da série.



A verdade é que Tadashi Kamitani não é o ator que fazia o Jaspion na série de tv, mas sim apenas no Circo Show, onde ele inclusive se dividia entre Adriel de Almeida que vestia a armadura nas apresentações.

Quem protagonizou o Jaspion na série foi Hikaku Kurosaki, que após o fim da série se afastou do meio artístico e atualmente vive na ilha japonesa de Okinawa trabalhando como instrutor de mergulho para uma empresa que ele administra.   

A razão que ocasionou  isso se deve ao fato de que como na época, segunda metade da década de 1990 ainda não existia Google para fazer uma checagem de informação e provavelmente a escassa informação que a produção do Jô tinha acesso era por meio da antiga assessoria do Circo e os únicos acessos de informação que a camada otaku conseguia era por meio das nichadas revistas Herói.

Nisso resultou essa lenda do Jaspion ser brasileiro que foi difundida nos fóruns dos primórdios da internet brasileira.

Parabéns Jaspion pelos 40 anos.

*Teoria inspirada no conceito do acadêmico americano Joseph Campbell(1904-1987). Um especialista em cultura antropológica e mitológica, autor de várias teses, artigos e livros entre esses o que inspirou a concepção da Jornada do Herói que é O Herói de Mil Faces.

**São referentes a todos os praticantes do xintoísmo, a mais antiga e milenar do Japão. Cujas crendices tem origens em entidades youkais, representados na natureza, nas plantas, nos animais e em seres divinos.


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