No
dia 13 de Maio de 2025, o Brasil perdia o importante médium e filantropo Divaldo Franco, aos 98 anos após enfrentar uma
luta contra um câncer na bexiga.
Aproveito
o momento para compartilhar a experiência que tive em estar cara a cara com ele
quando em Março de 2020, eu participei de excussão para Salvador-BA onde visitei
a Mansão do Caminho que ele construiu para atender a população carente.
A
visita ocorreu nas semanas que antecederam ao anuncio da quarentena mundial por
conta da pandemia de Covid-19.
Em
sua memória compartilho aqui como foi
meu diário em visitar o lugar e minhas impressões e um pouco também do turismo
que fiz em outros lugares de Salvador.
Aqui
vai então meu relato dessa experiência.
No
primeiro dia que chegamos na capital, que foi na quinta-feira, 05 de Março,
fomos a noite visitar a Mansão para
assistir a palestra do médium Divaldo Franco.
Eu tive o privilégio de me aproximar dele antes de fazer a palestra e pedir conselhos para mim superar os meus transtornos que eu sinto em relação as minha lembranças com o bullying na escola que ainda hoje me atormentam, e aproveitei para tirar uma foto com ele.
Para
falar com ele, enfrentei uma longa fila
para conseguir conversar com ele e pedir justamente esses conselhos e registrei
aquilo em foto. Eu por incrível que pareça me ajoelhei para poder falar com
ele, mas foi também por respeito a sua condição de saúde, ele naquele momento com
a idade já avançada e havia enfrentado uma cirurgia nas costelas precisava de
mais cuidados. Mas mesmo assim, ele com sua voz mansa conseguiu me dar uns bons
conselhos para mim consegui superar esse meu carma.
Foi
uma experiência indescritível, e depois ficamos para vê sua palestra. Senti uma energia revigorada.
No
dia seguinte, na sexta-feira fomos fazer o passeio para conhecer a Mansão como
estava programado no roteiro, embaixo de
chuva e com muita trovoada.
Um
lugar grande, com muito espaço de
assistência médica, educacional,
destinada para a população carente. E com um espaço de memorial. Que mostrava os
registros de diferentes lugares que ele já visitou e com personalidades que ele
conheceu.
O
mais curioso aconteceu quando a gente estava passando pelos berçários com as
crianças tomando banho, o guia nos orientou a não nos aproximarmos para abraça-las para evitar
uma distração delas, mas quando ela nos abraçou foi difícil a gente se segurar.
Naquele
mesmo dia, pela tarde após almoçarmos,
fomos fazer o restante do passeio para conhecer o Pelourinho e subir o
Elevador Lacerda.
Visitamos
a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, apreciamos por dentro a arquitetura barroca
banhada a ouro, um verdadeiro deleite para os nosso olhos, foi assim com as
visitas as outras igrejas.
Os
antigos paralelepípedos tombados, as casa em construções coloniais, o lugar que
serviu de locação para o filme Dona Flor e Seus Dois Maridos(Brasil,
1976) inspirado no romance de Jorge Amado(1912-2001) e para o videoclipe da
canção They Don´t Care About Us do astro pop americano Michael Jackson(1958-2009)
junto com o Olodum.
O
local da sede do Olodum e a Casa de Jorge Amado.
No
mesmo dia visitamos também o Santuário de Irmã Dulce, a freira nascida Maria
Rita de Sousa Brito Lopes, que quando abraçou o sacerdócio adotou o nome de
Irmã Dulce(1914-1992), em homenagem a sua mãe Dulce Maria de Sousa Brito.
Ficamos
impressionados do quão grande e
espaçoso era ali, o lugar tinha uma
réplica em tamanho real dela de quando foi feita para a cerimônia de sua
despedida desse plano físico.
Depois
passamos pelo Mercadão, onde comprei a escultura de uma baiana toda brilhosa.
Após
isso, fizemos nosso passeio no sábado, nosso penúltimo dia, onde só eu e meu pai fomos prestigiar o Projeto
Tamar, com outra empresa de turismo, a Tartaruga Azul. Onde alguém foi
responsável por levar eu e meu pai do hotel para a van que estava nos esperando
numa orla marítima da praia que se não me falhe a memória de Jardim de Alá.
Nessa van conhecemos umas sete pessoas que nos acompanharam pelo passeio ao
Tamar, era um casal paulista, um casal uruguaio, um casal chileno e uma bela
jovem ruiva chamada Nicole.
Durante
o trajeto na van aos nos dirigirmos ao Tamar, ela parou em frente a orla
marítima de Itapuã para apreciamos a mansão em frente a mansão para o guia nos
explicar que aquele lugar era muito especial, porque já foi residência de um
dos maiores nomes da música brasileira Vinicius de Moraes(1913-1980), que apesar de não ser autenticamente baiano
como Gil e Caetano, morou neste lindo lugar da Bahia onde eternizou em versos
na canção Tarde em Itapuã que teve fundo tocado dentro da van.
“Passar
uma tarde em Itapuã,
Ao
sol que arde em Itapuã,
Ouvindo
o mar em Itapuã,
Falar
de amor em Itapuã
Conhecer
o lugar de preservação da vida marinha, foi incrível e ao redor dele também.
Super gratificante.
Assim que chegamos a Praia do Forte onde
fica localizado o Tamar, nos deparamos com um lugar cheio de comércio a céu
aberto, uma minicidade com bancos, lanchonetes, restaurantes, a Sorveteria da
Ribeira e tantas diversas variedades de lojas dos mais diferentes produtos.
Onde em qualquer distração sua, você
pode se perder no meio daquele labirinto. Aquilo parecia a CCAB(Centro
Comercial Aluísio Bezerra) Norte e Sul que tem aqui em Natal-RN, mas muito
maior. Nem se compara.
No Tamar fiquei impressionado
em observar o quanto o lugar era enorme e cheio das mais variadas espécies
marinhas. De peixes a tartarugas-marinhas, tubarões, arraias dentre os mais
diferentes tipos de espécies.
O mais legal mesmo foi
observar eles sendo alimentados pelos biólogos marinhos. Quando eles jogavam
qualquer pedacinho de carne para eles comerem, a disputa ali era enorme.
Cada espécie ficava num
tanque, era coisa mais maravilhosa que já vi nesse mundo. Um projeto de
preservação a vida marinha com espécies que sofriam a ameaça de extinção.
Havia uma sala
apresentando uma linda sessão de cinema que mostrava um documentário sobre o
trabalho desenvolvido pelo Tamar.
Depois disso, demos
uma volta pelas redondezas do comércio dali, paramos numa unidade da Sorveteria
da Ribeira, onde pedi uma casca para me refrescar naquele sol escaldante e
caminhando por aquele labirinto se você ficar distraído.
Após essa etapa do passeio, fomos
a Praia do Forte, onde lá eu e meu pai fomos fazer nossa boquinha num barzinho.
Comemos um espetinho de peixe, já que não estávamos com muita fome.
Havia algumas pessoas que
aproveitaram para levar trajes de banho para curtir o mar e o sol. Como eu não
levei, fiquei apenas observando, até porque há tempo que eu havia perdido
completamente o interesse por banho de mar. Quando criança amava, mas depois de adulto fui perdendo o
interesse.
Ali ao redor havia muitas casas
de veraneio de luxo, só de grã-finos com uma linda paisagem cheia de árvores e
coqueiros.
Uma linda paisagem é o
ingrediente perfeito para uma inspiração romântica, ou mesmo poética.
Principalmente quando você se depara com uma bela gatona de biquini.
Foi assim mais ou menos a
sensação quando fiquei observando Nicole, a bela moça paulista que fazia parte
do grupo de passeio naquela e ensolarada tarde de sábado na Praia do Forte.
Fiquei observando ela
todo hipnotizado e sentado, trajando um biquini, pousando como uma sereia
recém-saída do mar de meia hora.
Nicole,
Uma mademoiselle dos
cabelos de fogo.
Sua pele branca leitosa
a fazia parece um manequim.
O desfile dela de
biquini verde deitada na areia da praia a deixava parecendo uma linda mera ou
quem sabe uma qualquer vinda do mar, como a Iemanjá. Vê-la de biquini na praia me fez ouvir dentro
da minha cabeça uma canção do Asa de Águia que bem pode descrever a sensação
que eu tive ao contemplar sua divina beleza:
“Menina
do mar
Menina
do mar eh!
Menina
do mar
Menina
do mar eh!
Tô
louco de dengo pra te ver
Eu
só quero um pouquinho te amar
Mas
se a vida me leva no calor
Faço
tudo se você me der amor”
Só sei, que além
de ficar contemplando a beleza da praia,
fiquei conversando com o casal uruguaio que estava sentado no lugar que
eu estava contemplando a linda paisagem da Praia do Forte. Também fui
conversando um pouco com a própria Nicole, principalmente para saber como
curiosidade se o cabelo vermelho dela era mesmo natural? E ela foi me
respondendo que sim, e dessa forma a nossa conversa foi fluindo.
Eu lembro bem que quando entrei
na van ao retornar ao Hotel, eu não
parava de olhar um momento para a Nicole. Naquele mesmo dia, a noite eu tinha
visto um filme brasileiro na TV, passando
num canal pago e quando vi uma cena que tocava a canção Uma Noite e
Meia da Marina Lima. Eu não
conseguia tirá-la da minha cabeça. Fazendo mil devaneios a visão pitoresca de imaginar como seria eu um Shrek namorar uma Fiona como ela?
Como teria sido se ela tivesse me chamado para fazer companhia com ela na beira
da praia, e aproveitarmos aquela linda paisagem panorâmica edênica, que inspira
poesia, para nos beijarmos e fazermos amor. Seria cômico demais. No devaneio
tudo é possível.
Lembro de ler no noticiário local,
os primeiro registros de coronavírus aqui no Brasil, cujas primeiras vítimas
eram de brasileiros voltando do exterior. De países como a China e a Itália
onde tiveram os primeiros registros.
Graças a Deus que esta viagem
ocorreu antes de começar este período de quarentena. Por causa dessa que anda
causando pânico no mundo inteiro.
No balanço final, foi uma ótima
experiência, participar dessa excussão a Mansão do Caminho, eu já tinha
visitado Salvador-BA outras vezes, mas nunca havia conhecido esse lugar e ser tão
bem recepcionado pelo pessoal foi único. E poder nessa oportunidade pedir um
conselho espiritual a Divaldo Franco. Foi inesquecível.
Im
Memoriam,
Divaldo
Franco,
(1927-2025).
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