terça-feira, 20 de maio de 2025

EM MEMÓRIA DE DIVALDO FRANCO

 

No dia 13 de Maio de 2025, o Brasil perdia o importante médium e filantropo  Divaldo Franco, aos 98 anos após enfrentar uma luta contra um câncer na bexiga.




Aproveito o momento para compartilhar a experiência que tive em estar cara a cara com ele quando em Março de 2020, eu participei de excussão para Salvador-BA onde visitei a Mansão do Caminho que ele construiu para atender a população carente.

A visita ocorreu nas semanas que antecederam ao anuncio da quarentena mundial por conta da pandemia de Covid-19.

Em sua memória compartilho aqui  como foi meu diário em visitar o lugar e minhas impressões e um pouco também do turismo que fiz em outros lugares de Salvador.

Aqui vai então meu relato dessa experiência.

No primeiro dia que chegamos na capital, que foi na quinta-feira, 05 de Março, fomos  a noite visitar a Mansão para assistir a palestra do médium Divaldo Franco.

Eu tive o privilégio de me aproximar dele antes de fazer a palestra e pedir conselhos para mim superar  os meus transtornos que eu sinto em relação as minha lembranças com o bullying na escola que ainda hoje me atormentam,  e  aproveitei para tirar  uma foto com ele.



 

Para falar com ele,  enfrentei uma longa fila para conseguir conversar com ele e pedir justamente esses conselhos e registrei aquilo em foto. Eu por incrível que pareça me ajoelhei para poder falar com ele, mas foi também por respeito a sua condição de saúde, ele naquele momento com a idade já avançada e havia enfrentado uma cirurgia nas costelas precisava de mais cuidados. Mas mesmo assim, ele com sua voz mansa conseguiu me dar uns bons conselhos para mim consegui superar esse meu carma.

Foi uma experiência indescritível, e depois ficamos para vê sua palestra.  Senti uma energia revigorada.

 

No dia seguinte, na sexta-feira fomos fazer o passeio para conhecer a Mansão como estava programado no roteiro,  embaixo de chuva e com muita trovoada.

Um lugar grande, com muito espaço  de assistência médica,  educacional, destinada  para a população carente.  E com um espaço de memorial. Que mostrava os registros de diferentes lugares que ele já visitou e com personalidades que ele conheceu.

O mais curioso aconteceu quando a gente estava passando pelos berçários com as crianças tomando banho, o guia nos orientou a não  nos aproximarmos para abraça-las para evitar uma distração delas, mas quando ela nos abraçou foi difícil a gente se segurar.

Naquele mesmo dia, pela tarde após almoçarmos,   fomos fazer o restante do passeio para conhecer o Pelourinho e subir o Elevador Lacerda.

Visitamos a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, apreciamos por dentro a arquitetura barroca banhada a ouro, um verdadeiro deleite para os nosso olhos, foi assim com as visitas as outras igrejas.

Os antigos paralelepípedos tombados, as casa em construções coloniais, o lugar que serviu de locação para o filme Dona Flor e Seus Dois Maridos(Brasil, 1976) inspirado no romance de Jorge Amado(1912-2001) e para o videoclipe da canção They Don´t Care About Us do  astro pop americano Michael Jackson(1958-2009) junto com o Olodum.

O local da sede do Olodum e a Casa de Jorge Amado. 

No mesmo dia visitamos também o Santuário de Irmã Dulce, a freira nascida Maria Rita de Sousa Brito Lopes, que quando abraçou o sacerdócio adotou o nome de Irmã Dulce(1914-1992), em homenagem a sua mãe Dulce Maria de Sousa Brito. 

Ficamos impressionados do quão grande  e espaçoso  era ali, o lugar tinha uma réplica em tamanho real dela de quando foi feita para a cerimônia de sua despedida desse plano físico.

Depois passamos pelo Mercadão, onde comprei a escultura de uma baiana toda brilhosa.

Após isso, fizemos nosso passeio no sábado, nosso penúltimo dia, onde só  eu e meu pai fomos prestigiar o Projeto Tamar, com outra empresa de turismo, a Tartaruga Azul. Onde alguém foi responsável por levar eu e meu pai do hotel para a van que estava nos esperando numa orla marítima da praia que se não me falhe a memória de Jardim de Alá. Nessa van conhecemos  umas sete  pessoas que nos acompanharam pelo passeio ao Tamar, era um casal paulista, um casal uruguaio, um casal chileno e uma bela jovem ruiva chamada Nicole.

Durante o trajeto na van aos nos dirigirmos ao Tamar, ela parou em frente a orla marítima de Itapuã para apreciamos a mansão em frente a mansão para o guia nos explicar que aquele lugar era muito especial, porque já foi residência de um dos maiores nomes da música brasileira Vinicius de Moraes(1913-1980),  que apesar de não ser autenticamente baiano como Gil e Caetano, morou neste lindo lugar da Bahia onde eternizou em versos na canção Tarde em Itapuã que teve fundo tocado dentro da van.

“Passar uma tarde em Itapuã,

Ao sol que arde em Itapuã,

Ouvindo o mar em Itapuã,

Falar de amor em Itapuã

Conhecer o lugar de preservação da vida marinha, foi incrível e ao redor dele também. Super gratificante.

       Assim que chegamos a Praia do Forte onde fica localizado o Tamar, nos deparamos com um lugar cheio de comércio a céu aberto, uma minicidade com bancos, lanchonetes, restaurantes, a Sorveteria da Ribeira e tantas diversas variedades de lojas dos mais diferentes produtos.

        Onde em qualquer distração sua, você pode se perder no meio daquele labirinto. Aquilo parecia a CCAB(Centro Comercial Aluísio Bezerra) Norte e Sul que tem aqui em Natal-RN, mas muito maior. Nem se compara.

                No Tamar fiquei impressionado em observar o quanto o lugar era enorme e cheio das mais variadas espécies marinhas. De peixes a tartarugas-marinhas, tubarões, arraias dentre os mais diferentes tipos de espécies.

                  O mais legal mesmo foi observar eles sendo alimentados pelos biólogos marinhos. Quando eles jogavam qualquer pedacinho de carne para eles comerem, a disputa ali era enorme.

                    Cada espécie ficava num tanque, era coisa mais maravilhosa que já vi nesse mundo. Um projeto de preservação a vida marinha com espécies que sofriam a ameaça de extinção.

                      Havia uma sala apresentando uma linda sessão de cinema que mostrava um documentário sobre o trabalho desenvolvido pelo Tamar.

                          Depois disso, demos uma volta pelas redondezas do comércio dali, paramos numa unidade da Sorveteria da Ribeira, onde pedi uma casca para me refrescar naquele sol escaldante e caminhando por aquele labirinto se você ficar distraído.

              Após essa etapa do passeio, fomos a Praia do Forte, onde lá eu e meu pai fomos fazer nossa boquinha num barzinho. Comemos um espetinho de peixe, já que não estávamos com muita fome.

              Havia algumas pessoas que aproveitaram para levar trajes de banho para curtir o mar e o sol. Como eu não levei, fiquei apenas observando, até porque há tempo que eu havia perdido completamente o interesse por banho de mar. Quando criança amava,  mas depois de adulto fui perdendo o interesse.

                Ali ao redor havia muitas casas de veraneio de luxo, só de grã-finos com uma linda paisagem cheia de árvores e coqueiros.

                  Uma linda paisagem é o ingrediente perfeito para uma inspiração romântica, ou mesmo poética. Principalmente quando você se depara com uma bela gatona de biquini.

                    Foi assim mais ou menos a sensação quando fiquei observando Nicole, a bela moça paulista que fazia parte do grupo de passeio naquela e ensolarada tarde de sábado na Praia do Forte.

                      Fiquei observando ela todo hipnotizado e sentado, trajando um biquini, pousando como uma sereia recém-saída do mar de meia hora.

                        Nicole,

                         Uma mademoiselle dos cabelos de fogo.

                        Sua pele branca leitosa a fazia parece um manequim.

                          O desfile dela de biquini verde deitada na areia da praia a deixava parecendo uma linda mera ou quem sabe uma qualquer vinda do mar, como a Iemanjá.  Vê-la de biquini na praia me fez ouvir dentro da minha cabeça uma canção do Asa de Águia que bem pode descrever a sensação que eu tive ao contemplar sua divina beleza:

“Menina do mar

Menina do mar eh!

Menina do mar

Menina do mar eh!

Tô louco de dengo pra te ver

Eu só quero um pouquinho te amar

Mas se a vida me leva no calor

Faço tudo se você me der amor”

                               Só sei, que além de ficar contemplando a beleza da praia,  fiquei conversando com o casal uruguaio que estava sentado no lugar que eu estava contemplando a linda paisagem da Praia do Forte. Também fui conversando um pouco com a própria Nicole, principalmente para saber como curiosidade se o cabelo vermelho dela era mesmo natural? E ela foi me respondendo que sim, e dessa forma a nossa conversa foi fluindo.

              Eu lembro bem que quando entrei na van ao retornar ao Hotel,  eu não parava de olhar um momento para a Nicole. Naquele mesmo dia, a noite eu tinha visto um filme brasileiro na TV, passando  num canal pago e quando vi uma cena que tocava a canção Uma Noite e Meia  da Marina Lima. Eu não conseguia tirá-la da minha cabeça. Fazendo mil devaneios  a visão pitoresca de imaginar como  seria eu um Shrek namorar uma Fiona como ela? Como teria sido se ela tivesse me chamado para fazer companhia com ela na beira da praia, e aproveitarmos aquela linda paisagem panorâmica edênica, que inspira poesia, para nos beijarmos e fazermos amor. Seria cômico demais. No devaneio tudo é possível.

             Lembro de ler no noticiário local, os primeiro registros de coronavírus aqui no Brasil, cujas primeiras vítimas eram de brasileiros voltando do exterior. De países como a China e a Itália onde tiveram os primeiros registros.

             Graças a Deus que esta viagem ocorreu antes de começar este período de quarentena. Por causa dessa que anda causando pânico no mundo inteiro.  

           

                No balanço final, foi uma ótima experiência, participar dessa excussão a Mansão do Caminho, eu já tinha visitado Salvador-BA outras vezes, mas nunca havia conhecido esse lugar e ser tão bem recepcionado pelo pessoal foi único. E poder nessa oportunidade pedir um conselho espiritual a Divaldo Franco. Foi inesquecível.

Im Memoriam,

Divaldo Franco,

(1927-2025).

Nenhum comentário:

Postar um comentário