Em
2025, se completa 25 anos que a
humanidade testemunhava a transição do final do século 20 para o começo do
século 21. E é nesse distanciamento de tempo que selecionei umas 10 produções que foram lançadas ao longo de todo
o ciclo dos anos 2000 fossem aclamadas ou esquecidas que olhando hoje em dia envelheceram
mal fossem por quais motivos.
Ela
não é hankeada é baseada na minha opinião a respeito de quando os vi pela
primeira vez fosse quando foram lançados
nas telonas, e depois na transição das
fitas VHS para as mídias digitais dos DVDs e assistindo passando nos
canais a cabo.
Então
vamos a lista:
TODO
MUNDO EM PÂNICO(2000)
A
sátira cômica da franquia de terror Pânico(Scream, EUA,1996), que foi
concebida pelo trio dos Irmãos Wayans, onde um deles Keenen Ivory Wayans é quem
assina como diretor e os outros dois Marlon e Shaw assinam a produção e
estrelam o filme, que apresenta uma estética cômica paródica com os filmes de
terror do momento e com outras produções.
Isso
já mostra como o filme ficou datado, junte ao seu tipo de humor besteirol com
usos de recursos escatológicos e piadas de cunho ofensivo. É por esse motivo
que Todo Mundo em Pânico figura na minha lista dos filmes dos anos 2000
que envelheceram super mal.
AMERICAN
PIE 2-A SEGUNDA VEZ É AINDA MELHOR(2001)
O
segundo filme da franquia cômica American Pie-A Primeira Vez é Inesquecível(American
Pie, EUA, 1999), esse segundo filme da franquia figura na minha lista como um
dos filmes dos anos 2000 que envelheceram mal, em especial porque sua estética
cômica teen sexy já teve seu auge nos anos 1980 com Porky´s(EUA, 1981)
se mostrava um tanto antiquada para a geração dos anos 2000 mostrava ser um
tanto antiquada ainda pela forma como eles abordaram a relação homoafetiva,
mais especificamente lésbico quando eles se deparam com duas mulheres num
acampamento de férias.
Um
tipo de piada que seria impensável de
ser replicada pelo tom machista e lesbitofóbico.
007-UM NOVO DIA PARA MORRER(2002)
Lançado
no ano em que a longeva franquia 007 completava 40 anos, inspirado na série
literária do britânico Ian Fleming(1908-1964). Que já não contava mais com o
comando da dupla de executivos da Eon
Productions formada por Albert R. Brocolli(1909-1996) e Harry Saltzman(1915-1994) que foram os responsáveis por transforma 007
numa marca.
O
primeiro 007 do século 21, marcou o último filme da franquia a contar com Pierce Brosnan no papel de James
Bond que ele passou a representar a partir de 007 Contra Goldeneye(Goldeneye,
Reino Unido, EUA, 1995), foi um filme cuja história foi muito mal desenvolvida
e a qualidade dos efeitos especiais chega a soar brega vendo hoje em dia.
Justamente por isso é que esse filme figura como um dos filmes dos anos 2000
que envelheceu mal.
HULK(2003)
Bem
antes do Hulk que conhecemos no Universo Cinematográfico Marvel. O Gigante Esmeralda já havia ganhado uma adaptação para cinema com
os telefilmes do Hulk lançado nos anos 1980.
Onde ele era alternado entre o saudoso ator Bill Bixby(1934-1993)
fazendo David Banner e o
ex-fisiculturista Lou Ferrigno na versão gigante transformado em Hulk que
faziam na série dos anos 1970.
Nessa
produção de 2003, que foi dirigido pelo taiwanês Ang Lee, cineasta renomado
internacionalmente pelo filme O Tigre
e o Dragão(Wòhǔ Cánglóng, China, Hong Kong, Taiwan, Estados Unidos,
2000) apresenta um enredo que se
desenrola muito vagarosamente e o efeito especial com o CGI melhor que se tinha para a época, mostra
o maior exemplo de como esse filme ficou
datado.
O
EXPRESSO POLAR(2004)
Esse
filme natalino estrelado por Tom Hanks,
dirigido e roteirizado por Robert
Zemekis que dividiu a função com William Broyles Jr., baseado num livro de
Chris Van Allsburg que também esteve envolvido como um dos produtores
executivos.
A
principal razão para esse filme figurar na minha lista dos filmes dos anos 2000
que envelheceram mal se deve ao fato da produção utilizar da técnica do mocap.
Que é a captura de movimentação digital dos atores.
Se
para a época essa inovação foi vista como inovadora, olhando hoje em dia gera
uma forte estranheza a qualidade um tanto fotorealista que essa técnica
imprimiu.
Vê
Tom Hanks em traço muito cartunizado se revezando em diferentes papeis gera uma
sensação um tanto desconfortável. Do mesmo modo posso colocar com relação as
crianças que a gente acompanha nessa jornada pelo expresso até o Papai Noel que
foram representados por adultos.
A
qualidade desse mocap faz parecer como o filme ficou brega, me faltando outras
palavras para definir.
O GALINHO CHINKEN LITTLE(2005)
Essa
esquecida animação da Disney, lançada naquele período que a empresa vivia a sua Era da
Experimentação, cujo ponto de partida ocorreu com o lançamento de Dinossauro(Dinosaur, EUA 2000) tentando
trazer uma proposta diferente.
Usando
pela primeira vez do CGI fotorealista em 3D e também marcado pelo lançamento de A Nova
Onda do Imperador(2000), que usava uma técnica tradicional do 2D, mas que
dividiu as opiniões por sua história um tanto medíocre.
Junte
a isso ao fato de que, ao longo dos primeiros anos desse século 21, a Disney encarou uma forte
concorrência com a DreamWorks que lançou a animação Shrek(2001) que
usava de uma envolvente história cômica ao universo dos contos de fadas que ela
construiu ao longo de décadas e usando o CGI, que se tornou o padrão das animações daquele período e a Disney
estava sofrendo um declínio com as produções de animações tradicionais em 2D
que lançou até 2004, que a fez a Disney entrar em sua Segunda Era Sombria,
a primeira foi durante os anos de 1970 a 1988, que teve início depois da morte
de seu fundador Walt Disney em 1966, foi nessa época que a Disney adotou o modo
mais simplificado de animação em xerografia para diminuir os custos, o que
afetou a qualidade das histórias que teve o fim com o lançamento de A
Pequena Sereia em 1989 que deu inicio a sua Era da Renascença que
durou até 1999 com o lançamento do filme de Tarzan.
Pois
bem, foi justamente nesse contexto especifico que a Disney
estava passando na primeira
metade dos anos 2000, onde alguns dos
títulos lançados no modelo tradicional 2D, estavam virando uma série de
fracassos que a Disney passou a partir de O Galinho Chicken Little a
produzir no padrão 3D que outros estúdios estavam adotando na época.
Nessa animação que contou com a direção de Mark
Dindall e com roteiro assinado por Steve Bencich, Ron J. Friedman e Ron
Anderson, baseado na fábula de Henry Penny que a Disney já havia adaptado como
animação, mas, no formato de curta-animado lançado em 1943, ou seja, durante a
Segunda Guerra Mundial.
“O filme também é o último filme de
animação da Disney feita antes de John Lasseter ser nomeado chefe de
criação da Disney Animation, e o último filme da Disney lançado sob a égide
"Walt Disney Feature Animation"”(Fonte: Wikipédia).
Ele também foi um fracasso de bilheteria e ao
revisitar hoje o que eu constatei como o fato dele ter envelhecido mal está na
forma como foi concebida o traço 3D, em especial nas texturas dos cabelos dos
personagens que mostra-se como não foi feito nenhum cuidado. Fora a história
que é muito medíocre para se dizer o mínimo. Por conta disso, é que essa
animação caiu no esquecimento com o passar dos anos.
DEU
A LOUCA NA CHAPEUZINHO(2006)
Essa
animação produzida de forma independente pelas produtoras Blue Yonder Films e Kanbar
Entertainment, inspirado na famosa personagem dos contos literários infantis
que surgiu como uma lenda oral e teve sua história publicada pela primeira vez pelo
francês Charles Perrault(1628-1703) e ficou mais popularmente conhecida pela versão publicada pela dupla de escritores
alemães formada pelos irmãos Jacob(1785-1863) e Wilhelm Grimm(1786-1859).
Que
por ser de domínio público, já contou com diferentes adaptações, uma dessas foi o curta-animado A Folgosa Chapeuzinho
Vermelho(Red Hot Ridding Hood, EUA, 1943), produzido pela MGM e contou com
a direção do mestre da animação Tex Avery(1908-1980).
Nessa adaptação
que contou com a direção e roteiro dos irmãos Todd e Cory Edwards e de Tonny
Leech.
O
filme procurou tentar seguir bem a estética do que Shrek havia começado essa
tendência de fazer filmes paródicos ao universo dos contos de fadas da Disney
com a técnica do 3D.
Procurando
subverter em trabalhar num mote policial investigativo, que assim no papel até
que se mostra genial, mas na execução peca bastante.
Fora
que o traço da animação é tão vagabundo que o torna bastante esquecível, por
essas e outras é que ele figura na minha lista dos filmes dos anos 2000 que
envelheceram muito mal.
A
LENDA DE BEOWULF(2007)
Esse
filme que usou da técnica do mocap, prova bem como envelheceu mal.
Dirigido
por Robert Zemekis e com inspiração na
lendária mitologia do guerreiro viking, que após a criatura Grendell, se torna
o rei e ainda enfrenta a ira de sua mãe e de um dragão.
O
uso do mocap deixa os personagens com um aspecto estranho, artificial, onde ao
mesmo tempo que você vê os atores em cena, não parece que eles naturalmente.
É
uma prova do vale da estranheza.
HOMEM
DE FERRO(2008)
Esse
primeiro filme do Vingador Dourador que deu início a fase do Universo
Cinematográfico Marvel de filmes conectados. Nesse primeiro somos apresentados
a um Tony Stark egocêntrico e muito
inconsequente, vivendo sua vida de playboy. Nesse filme que contou com a
direção do Jon Favreau, que também participa como ator representando o
segurança Happy Hogan, apresenta os diferentes fatores que envelheceu mal, um
dele é o fato de mostrar Tony Stark dando um pega numa jornalista que o
entrevista, o que bem mostra o crime de assédio sexual principalmente ao
leva-la para cama. E o fato de mostrar ele concebendo sua primeira numa
armadura numa caverna no Afeganistão, que foi bem naquele em que o pais ainda
estava sob domínio das tropas americanas que durou até 2021 e onde mostra ele
agindo como o salvador branco dos afegãos, tudo isso prova como esse filme
envelheceu mal.
X-MEN-ORIGENS:
WOLVERINE(2009)
Quem
viu Wolverine retornando ao cinema no terceiro filme solo do Deadpool em 2024 e
ficou bastante empolgado, sequer se lembra que quando o Deadpool apareceu em X-Men-Origens:
Wolverine, sua participação é até hoje execrável.
Uma
das razões está na maneira como ele foi completamente descaracterizado.
Isso
de fato, está longe de ser o único problema dessa produção que contou com a
direção de Gavin Hood, cujo roteiro foi escrito por David Benioff que tiveram o
duro desafio de estruturar o mote da história de fazer um filme solo de um
personagem derivado da franquia dos X-Men contando toda a sua vida pregressa, que
novamente contou com Hugh Jackman repetindo
o papel. Isso é algo que no papel se mostrou genial, mas que na execução
digamos, falhou miseravelmente.
A
parte que se mostra o maior calcanhar de Aquiles do filme é no momento que aparece a Kayla(Lynn
Collins), o par romântico do herói. Porque, no primeiro momento que ela aparece
não demonstra ser uma mutante e ela termina sendo assassinada pelo Dente-de-Sabre(Lieve
Schreiber) o que motiva o Wolverine por vingança aceitar fazer parte do projeto
Arma X. Com ele adquirindo o adamantium em seu corpo e dá inicio a todo um
clima de investigação, até ele descobrir que a morte da Kayla foi forjada pelo
William Striker(Danny Huston), mostrando ser um plot twist muito decepcionante
ainda mais que ela usava o poder mutante sem ele perceber de controle mental e
tinha sido enviada pelo próprio Striker para ficar vigiando. Fora que a atriz coitada,
é muito desperdiçada pelo texto horrível.
Dentre
outros problemas, como por exemplo, o desempenho medíocre de Will I Am na pele do Espectro, que foi
companheiro de Wolverine no começo da história no grupo de mercenários
liderados por Striker, ele como ator mostra
que tem mais talento mesmo como cantor. Porque ele não demonstra função alguma
e mais desperdiçado é a participação de Taylor Kitsch na pele do Gambit, que
coitado era para sua função mostrar um
bom ponto de virada na história, mas também é prejudicado pela maneira como o
roteiro foi estruturado onde apresenta alguns furos, que se a gente for incluir
em toda linha temporal da franquia dos X-Men acaba ficando mais complicado de entender,
a ponto de deixar mais lacunas.
Para
dar um exemplo mais especifico, nesse filme aparece a Emma Frost, a mutante que
se transforma em cristal como uma das prisioneiras na ilha de Striker, e ela é
apresentada como a irmã da Kayla, ela aparece com um aspecto mais jovial, porém
anos depois quando ela apareceu em X-Men: Primeira Classe compondo o Clube do
Inferno ela não menciona isso no seu passado e nem sobre sua família.
Essas
coisas bestas, servem bem para explicar a falta de coesão narrativa que
envolveu essa franquia.
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