sexta-feira, 29 de novembro de 2013

THOR: COMPARAÇÕES ENTRE O DEUS E O HERÓI DA MARVEL.

Com Thor: O Mundo Sombrio, sequencia solo do Deus do Trovão do Universo Marvel em cartaz nas telonas desde o dia 01 de Novembro de 2013 vou aproveitar um pouco da origem histórica desse personagem histórica desse herói.




Para quem não sabe, o famoso herói da Marvel foi inspirado numa divindade muito adorada pelos antigos povos pré-cristãos que viviam no mundo gélido do Pólo Norte que tinham como meio de sustento os comércios marítimos e das guerras, estes povos de quem  estou  me referindo podem serem denominados  independentemente do contexto tanto de Vikings(Comerciantes, Navegantes, Exploradores e Piratas), Escandinavos(Por serem geográficamente oriundos da Escandinávia) ou mesmo nórdicos, pelo fato de se referir aos conjuntos de  territórios de onde se originaram serem  localizados  na região do norte do continente europeu.

Formando então um conjunto denominado de Mitologia Nórdica.

"A Mitologia Nórdica diz respeito aos povos que habitaram, nos tempos pré-cristãos, os atuais países escandinavos (Noruega, Suécia e Dinamarca), além da gélida  Islândia. 



Este conjunto de mitos também teve especial desenvolvimento na Alemanha,que foi a grande divulgadora da riquíssima cultura dos nórdicos. Com a expansão das
navegações vikings, esta difusão acentuou-se ainda mais, indo alcançar também os
povos de língua inglesa e deixando sua marca até na própria denominação dos dias da
semana destes países (Thursday, por exemplo, é o "dia de Thor"; e Friday, "dia de
Freya").


No século XIII (cerca de trezentos anos após a conversão da Islândia ao cristianismo), o islandês Snorri Sturluson (1179 - 1241) codificou grande parte destes
mitos no livro Edda em Prosa. Nesta obra, o poeta e historiador islandês registrou
algumas das principais lendas relativas aos deuses e heróis dos tempos pagãos que
recolheu em suas andanças por todo o país. Acrescentou também um extenso tratado de
arte poética, onde ensinava a métrica e o elaborado sistema de metáforas dos escaldos(poetas que difundiam, oralmente, as antigas lendas)." *


















Vikings navegando em seus drakkars, comércio tipico dos povos do gelo.

















Mapa representando a antiga Escandináviaem vermelho destam-se Suécia, Noruega e Dinamarca. Em laranja, a Finlândia e o arquipelago da Islãndia terminando em amarelo com a Groenlãndia e Svalbard. Pelo fato de se localizarem bem no topo do continente europeu são também chamados de nórdicos.





















Típico guerreiro Viking.






Pois então foi a antiga divindade desses povos guerreiros contemporãneos dos gregos, egipicios e romanos que tinham diversas simbolizações arquetipicas, por causa disso eram chamados de politeístas.**


Fazendo comparações entre ambos, há se notar que em  muitas coisas a essência do Thor divindade pagã*** dos vikings se diferencia bastante do  Thor herói Marvel que conhecemos nas telonas.






Thor como o Marvel nas telonas:




 Imagem de um do Deus do Trovão Marvel surgido na década de 1960.


Foto do autraliano  Chris Hersworth como protagonista do Thor Marvel nas telonas.


Descrição:

Surgido no universo mitólogico dos quadrinhos Marvel, a partir da revista Journey Into Mistey #83, publicada em Agosto de 1962. Criado por Stan Lee, junto com Larry Lieber, Jack Kirby(1917-1994) e Joe Sinnot como seu colaborador.
Estes o fizeram livremente inspirado no deus nórdico, carregado de toda a sua atmosfera mágica fabular, e com todos os personagens fantásticos com quem o personagem convive. 
Nos quadrinhos, este já chegou a enfrentar batalhas com divindades de outros povos, como o Hércules, que foi introduzido como herói na mitologia Marvel, além desse, Thor já chegou a enfrentar uma grande batalha contra o deus egipcio Seth.

 
Nessa mitologia Thor vive em combate constante com povos do seu mundo, além de combater as invasões de seres outros planetas querendo conquistar os povos mortais da Terra, por quem ele jurou protegê-los, principalmente após sentir seu coração  bater forte pela cientista Jane Foster, que a acompanha desde que ele surgiu nos quadrinhos. Além de ter combater seu inimigo principal, seu irmão LokiEste foi o responsável pela primeira reunião do grupo dos Vingadores, e não por coincidencia também seria no ano passado nas telonas, que foi um megasucesso nas bilheterias. Além de já ter combatido Malekith ou mesmo Encantor.  Usa como arma de combate o Martelo Mjölnir, responsável por lhe dar incriveis poderes sobre-humano, cujas principais habilidades está em invocar raios, abrir portais dimensionais e também gerar para ele maior  capacidade de voo  entre outras infinidades  de super habilidades.














Thor como a  divindade viking:



















Descrição:



Como a divindade dos povos vikings, Thor é descrito como "vigoroso e temperamental"**** e não só existe essa descrição como também é descrito como um sujeito "grande para um deus, extremamente forte(podendo comer uma vaca como "refeição")****.
Sua descrição física e de porte atlético, havendo certas quanto a tonalidades dos cabelos e da sua barba,  é um tanto quanto controversa, principalmente no filme inspirado no herói mitológio do Universo Marvel, ele é mostrado como loiro, em outras fontes, é descrito como ruivo. Assim como mostrado nos filmes do herói Marvel,  o Thor como divindade viking é descrito com "apetite voraz não só por comida, mas também por bebida, e era o mais forte dos deuses"

Além de possuir o  martelo Mjölnir como arma  para invocar raios, também possuia "um cinto capaz de duplicar sua já fabulosa força" e "grandes luvas  de ferro com as quais segurava o cabo do martelo". Caracteristicas  que até agora o herói Marvel nas telonas não demonstrou.

"Reverenciado como uma divindade benéfica que administrava a justiça, protegia deuses e homens do mal e da destruição , tornava os campos férteis e os casamentos felizes."

Assim como mostrado no filme Thor(2011), Thor já chegou a combater contra a região gélida de Jotunheim, onde habitam seres gigantes chamados de Jotuns.  Nas descrições das  sagas***** mitológicas nórdicas ou mesmo nas eddas******, aparece também Loki, descrito como seu irmão na saga mitológica marvel, não é descrito nenhum parentesco de Loki com o Deus do Trovão. De quem ele "gostava da companhia de Loki, apesar do talento desse embusteiro para colocar ambos em confusões."

É também um excelente guerreiro, chegou a enfrentar a Thor  serpente gigante Jomungand durante o Ragnarök. Na sua árvore genealógica Odin, o rei de todos os deuses de Asgard aparece como seu pai como mostrado tanto no primeiro Thor quanto em Thor-O Mundo Sombrio.  Já sua mãe é um tanto quanto controversa, nos filmes do herói Marvel, sua se chama Frigga(Rene Russo), já em algumas descrições das eddas sua mãe é denominada de Jörõ. E como sua irmã seria a deusa Meili. Frigga na mitologia nórdica aparece como uma outra esposa de Odin, onde teve como filhos Hermond, Höôr e Baldir, além do próprio Odin já ter tido mais três filhos com diferentes gigantas como Vidar com Griôr, Vali com Rind e Bragi com Gunlod.


Nenhuma dessas fontes relatam que  o deus da trapaça Loki seria  irmão biológico ou mesmo adotado de Thor, no primeiro filme é mostrado que Loki tinha se originado dos gigantes de gelo, um povo com quem Odin viria a combater. Nos quadrinhos marvel, o deus está presente na vida do Thor fazendo suas vilanias desde as suas primeiras publicações, Loki surgiria como um dos grandes inimigos do Thor a partir da revista da mesma revista Journey Into Mystery #85, publicado em Outubro de 1962.

Já o Loki como a divindade trapaceira, também prática muitas artimanhas apesar de não ser caracterizado como o grande vilão enfrentado pela divindade. Além de ter a especialidade de fazer muitas travessuras, Loki também é caracterizado como a divindade do fogo pelos povos vikings, e carrega incriveis habilidades mágicas como a de assumir a forma de quem quiser, e isso o Loki da Marvel em Thor: O Mundo Sombrio, brilhantemente vivido pelo Tom Hiddleston mostrou ser muito fiel ao deus trapaceiro, ao inovar suas habilidades de enganação.  O Thor da divindade viking já foi muito vítimas das artimanhas praticadas por este Loki.

Segundo como  descrevem alguns teoricos sobre a importãncia no panteão nórdico ele é descrito da seguinte forma:


"As ações de Loki mostram seu lado maléfico por boas causas, estas geralmente contra sua intenção original. Entretanto, ele não é considerado perigoso; sua criatividade é usada pelos outros deuses para lidar com situações sem esperança. Uma das teorias sobre o personagem argumenta que seu lado demoníaco e destrutivo é exclusivo duma perspectiva cristã. Muitos os consideram um trapaceiro que, apesar de seu indubitável lado mau, acaba se tornando um dos principais aliados dos deuses; além disso, ele representa o toque de caos necessário para que possa haver evolução. Conceitos cristãos introduzidos mais tarde na Escandinávia acabaram por destacar apenas suas piores características.
Apesar de diversas investigações, a figura deste deus continua obscura. Não há traços de religião em seu nome, e ele não aparece em toponímia alguma. Algumas fontes o relacionam com os deuses, mas se supõe que isso se deve ao seu relacionamento fraterno com Odin, a quantidade que passam juntos."*******

Um outro curioso sobre Loki, é que ele é pai de duas das  criaturas mais apavorantes de Asgard. Estas são formadas pelo lobo gigante Fenrir, a deusa do mundo infernal Hell e a Serpente Gigante Jormungand.

Outro detalhe que  diferencia bastante  do Thor Nórdico para o Thor Marvel está também com relação amorosa dele, nos filmes quem faz seu coração bater forte é uma mulher comum representada na figura da cientista Jane Foster. E de forma discreta aparece a Lady Sif vivida pela bela Jaime Alexander que é representada apenas como uma parceira aliada dele, mas que nas narrativas ela é representada por sua esposa por quem ela como filhos Lorride, Thrudd e Uller. Pelo menos em Thor-O Mundo Sombrio há de se notar um olhar de ciúme que ela faz ao ver Jane em Asgard, observando que esta também nutre uma forte paixão pelo Thor.


Apesar dessas muitas diferenças e semelhanças, posso simplesmente descrever  que Thor tanto na época em que surgiu como divindade dos povos gelados como so Vikings como o mitologico dos quadrinhos Marvel são heróis guerreiros,  super-heróis com poderes inigualáveis.

 












FONTE:
http://www.guiadosquadrinhos.com/artistabio.aspx?cod_art=326
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jack_Kirby
http://pt.wikipedia.org/wiki/Thor_%28Marvel_Comics%29
http://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%B6r%C3%B0 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Meili
http://pt.wikipedia.org/wiki/Loki
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sif_%28mitologia%29
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hela
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fenris
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jormungand
*Trecho extraido do livro "As Melhores Histórias da Mitologia Nórdica" de Fanchini , A.S e Seganfredo, Carmen. Editora Artes e Oficios, Porto Alegre/RS, 2006.
**Palavra grega para definir um conjunto de divindades, junção de Polis: Muito e Theos: Deus. Definição de uma prática religiosa onde se consiste na crença  de acreditar em mais de uma divindade sejam eles representado nas figuras humanas antropomorfas ou mesmo em figuras de animais com formas humanas denominados de antropozoomorfos.

 Mais informaçôes em: 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Polite%C3%ADsmo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antropomorfismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antropozoomorfismo

***Palavra de origem latina, do nome Paganus, que significa camponês, rústico. Termo que durante muito tempo foi utilizazado de forma pejorativa para definir uma prática anti-cristã, principalmente durante a longa e  sombria era medieval onde a Igreja Católica ligada ao poder político das monarquias organizou o Tribunal da Santa Inquisição que mandou prender, torturar e até mesmo executar na fogueira por exemplo todos que praticassem cultos que eles considerassem pagãos no sentido de satãnico. Entre os perseguidos estavam os ciganos, as bruxas, judeus e inclusive  alguns alguns importantes que eram vistos pela inquisição como Giordano Bruno, Galileu Galilei ou mesmo Nicolau Copérnico.
****Informação extraida de "O Livro de Ouro dos Deuses e Deusas", Hallam, ElizabethEditora Ediouro, São Paulo, SP. 2002.
*****Histórias narradas em prosas, cuja origem venham da Islãndia medieval, país que representa a cultura nódica na Europa. O cunho desse esilo literário da antiguidade sempre carrega uma atmosfera de aspectos históricos misturado a mitologia com caracteristicas religiosas.
******Partes fragmentadas das narrativas escritas dos povos escandinavos que descreviam os mais importantes feitos heróicos de cada guerreiro ou mesmo sobre a exaltação das divindades. Podem serem divididas em Edda Prosaica e em Edda Poética. 
*******Extraido de http://pt.wikipedia.org/wiki/Loki http://www.epochtimes.com.br/mitologia-nordica-thor-o-deus-do-trovao/#.UpjONfu1uIs


terça-feira, 1 de outubro de 2013

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

COVARDIA, COMODISMO E ETIQUETA.

"A covardia coloca a questão: É seguro?
O comodismo coloca a questão: É popular?
A etiqueta coloca a questão: Ë elegante?
Mas a consciência coloca a questão: É correto?
E chega uma altura em que temos de tomar uma posição que não é segura, não e elegante, não é popular, mas temos de fazê-lo porque a nossa consciência nos diz que é essa a atitude correta."

 
Martin Luther King(1929-1968)
 
 
 

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

40 ANOS DO GOLPE MILITAR CHILENO

No dia 11 de Setembro de 1973, o Chile acordava  do  maior pesadelo em sua história política. Esse dia simbolizou o ínicio de uma das datas mais trágicas da história do país, assim como simbolizou para os americanos 30 anos depois em Nova York numa triste manhã de terça-feira quando dois aviões apareceram na cidade e se chocaram nos dois maiores prédios do mundo, as Torres Gêmeas do World Trade Center, a mando de grupos terroristas islâmicos. O Chile viveu uma situação parecida como essa quarenta anos atrás, também numa terça-feira negra testemunhou o seu céu se encher de aviões que simbolizavam a chegada ao de um regime ditatorial do General Augusto Pinochet(1915-2006), que comandaria o país a  mãos de ferro  por longos 17 anos.
















Foi nesse dia que os militares depuseram  do poder e mataram o  então presidente socialista eleito democraticamente Salvador Allende(1908-1973), e colocaram Pinochet em seu lugar, um líder tirânico que governou o pais por 17 anos, entre os anos de 1973-1990, de forma totalitária, perseguidora, violenta e sanguinária, sem liberdade de expressão e de pensamento. 


A importância de Pinochet como Chefe de Estado no Chile é vista de uma maneira bastante controversa. Existem chilenos que tem opiniões bastantes divergentes, existe uma maioria da da população chilena  que o considera o maior carrasco que já governou o país cometendo uma infinidades de atrocidades contra todos os cidadãos em contraste a uma minoria representada pelas elites que o consideram herói por ter salvo o país de um modelo socialista utópico imposto por Allende, cujo governo eleito democraticamente dava sinais de fraqueza e  de calamidade.





























Independentemente dos pontos de vistas divergentes seja entre intelectuais ou mesmo dos cidadãos comuns, o que posso definir sobre esse episódio na história chilena é que de fato esse acontecimento é  uma ferida dificil de ser cicratizada, pode-se passar se passar cem ou mil anos, mas para os chilenos ainda será, pegando emprestando o título de um livro do jornalista urugauio Eduardo Galeano é "As Veias Abertas da América Latina"*.


O mais impressionante nessa história é o fato de que Pinochet antes de aplicar o golpe era um militar que ninguém dava por acreditar que seria capaz de chegar, isso porque no começo de sua trajetória militar ele foi rejeitado diversas vezes por diferentes escolas militares, mesmo usando da habilidade astuciosa e vontade de poder se aproveitou de diversas oportunidades históricas para conseguir subir no alto escalão do exército.

" Com 58 anos, Pinochet havia assumido a chefia do Exército apenas três semanas antes, recomendado por seu antecessor, o general Carlos Prats, que seria assassinado junto com sua esposa poucos meses depois do golpe em Buenos Aires, pelos capangas do ditador. Allende, um médico socialista de 65 anos, o nomeou para o cargo acreditando em sua lealdade."**

Pinochet ficou no poder até 1990,  após ter sido  derrubado num Plebiscito em 1988 que decidiu pela sua não continuidade no poder e foi sucedio por Patricio Aylwin que foi o primeiro Chefe de Estado eleito de forma direta após sua saída de cena. Após ter sido deposto do poder, foi viver exilado em Londres até ser detido e preso pela Scotland Yard em 1998 onde depois o deportaram de volta para o Chile que por causa do estado fragilizado passou a cumprir prisão domiciliar até falecer em 2006.

"A Função do historiador é lembrar daquilo que a sociedade quer esquecer" Peter Burker.***

E em se tratando do Golpe Militar de Pinochet no Chile, enquanto uma maioria que apagar, nós os historiadores vamos lembrá-lo sempre para assim termos a consciência de que como funciona o sistema político em uma sociedade democrática.


FONTE:
http://www.cineplayers.com/filme.php?id=9905
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_Galeano
http://pt.wikipedia.org/wiki/Las_venas_abiertas_de_Am%C3%A9rica_Latina*
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/09/traicao-e-sacrificio-marcam-golpe-militar-do-chile-dizem-autores.html**
http://pt.wikipedia.org/wiki/Golpe_de_Estado_no_Chile_em_1973
http://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_Pinochet
http://pt.wikipedia.org/wiki/Patricio_Aylwin
http://mestresdahistoria.blogspot.com.br/2013/04/frases-celebres.html***

sábado, 7 de setembro de 2013

A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL



















No dia 07 de Setembro de 1822, o então Príncipe Regente Dom Pedro I, proclamava a Independência do Brasil, então há três séculos e meio sobre colonização de Portugal. Os antigos livros escolares do ensino fundamental e médio sobre a História do Brasil, nos mostram o retrato de um Dom Pedro I libertador do Brasil como um sujeito tão perfeito, uma espécie de mito de um super-homem, tão endeusado, mas ninguém faz a menor ideia que intimamente ele estava longe de ser um sujeito perfeito, tinha tantas imperfeições como cada um de nós reles mortais, gente comum. A começar que ele como um príncipe estava longe de ser o padrão perfeito daqueles príncipes encantados que salvam as donzelas das bruxas nos contos de fadas, bonito ele era, bem diferente do pai, o Rei Dom João VI(1767-1826), um sujeito feio, glutão, tinha fraqueza por pernas de frango, e vivia uma vida sedentária, odiava exercícios físicos, o seu único passatempo era além de comer excessivamente, também gostava de ficar horas na Igreja ouvindo cantos gregorianos. Dom Pedro I, era bem diferente do pai, em vários aspectos, além claro da forma física. Adquiriu um porte atlético depois que se inscreveu no Exército, e com o puxado treinamento, aprendeu técnicas de combate e liderança, o que fez ele adquirir também um caráter forte e determinado, uma paixão por exercícios fisícos, que eram o seu passatempo predileto, além de gostar de andar a cavalo, e junto a isso conquistou um aspecto físico capaz de despertar a virilidade feminina, e não ser sedentário, bem diferente do pai, que era além de feio, gordo e sedentário, era também medroso, assumiu o trono na metrópole, que era então Portugal por mero acidente do destino, não tinha sido bem auxiliado para isso, o que fez ele não adquirir um caráter forte para assumir essa responsabilidade, como diz uma frase do Homem-Aranha que se encaixa perfeitamente nessa situação: "Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades". Nascido no Palácio de Queluz no dia 12 de Outubro de 1798, Dom Pedro de Alcântara, que no Brasil recebia o titulo de Dom Pedro I, e em Portugal era conhecido como Dom Pedro IV, nasceu em um ambiente familiar bastante conturbado, além do pai ser um sujeito muito medroso e também carola, sua avô Maria I(1734-1816), ter ficado mentalmente perturbada, e sua mãe Carlota Joaquina de Bourbon(1775-1830) ser uma mulher de caráter forte, de quem ele herdou esse perfil, e vivia constantemente traindo o marido, e diversas vezes planejava conspirar contra ele, e cresceu vendo os pais vivendo uma vida completamente separados, isso porque eles não se amavam, se casaram por acordos entre as cortes de Portugal, com a corte da Espanha, com toda negligência da família, e quando em 1807, os Bragança precisaram fugir de Portugal e se instalarem na colônia para fugirem das temidas tropas do imperador francês Napoleão Bonaparte, na época que ele era apenas uma criança de 9 anos, e com esse ambiente familiar bastante desestruturado não tinha a menor condição dele crescer como um príncipe disciplinado, culto e que praticava etiquetas. Com esse ambiente familiar muito conturbado, e passando a viver numa colônia localizada em plenos trópicos, não tinha como ele ficar tão encantado pelo exotismo que lhe proporcionava, é tanto que já adulto com o bom porte atlético, o príncipe passou a viver uma vida assim que preocupava demais os seus país. Difícil acreditar que o herói que responsável por proclamar a Independência do Brasil, nas margens do Rio Ipiranga como a gente cansa de ouvir poeticamente das vozes dos nossos professores, tenha sido um filho trabalhoso, que vivia sempre preocupando os seus pais, com gostos duvidosos, e que por causa disso, gerava o constante risco de manchar a reputação da Família Imperial, e que os livros de História sempre ocultaram essa sua face dúbia. Como por exemplo, o fato de viver na esbórnia, ou seja, era um boêmio, farrista, beberrão, e que não resistia a um rabo de saia, mesmo depois de ter casado por acordo com a princesa austríaca Leopoldina de Habsburgo(1797-1826), que estava longe ser uma típica princesa de conto de fada, a começar pela sua aparência física muito redondinha, o que já não facilitava atrair e nem muito menos encantar e seduzir Dom Pedro I, apesar dela ser uma mulher muito culta e inteligente, o que a tornou uma pessoa muito infeliz, por causa do perfil difícil do imperador, que além de farrista, beberrão e mulherengo era também um sujeito muito autoritário e rude, e constantemente dava muitas puladas de cerca, resultando numa série de filhos dentro e fora do casamento. O Imperador Dom Pedro I sofria também de constantes ataques epiléticos. Na descrição de alguns historiadores como Isabel Lustosa a definição que ela faz de Dom Pedro I é a seguinte: " Se bem que não fosse bonito, era simpático, bem constituído, de cabelos pretos e anelados; tinha nariz aquilino, olhos pretos e brilhantes, uma boca regular e dentes muito alvos" Para José Murilo de Carvalho a sua definição sobre o perfil autoritário do Imperador era a seguinte: "Ele era comandado por emoções, às vezes contraditórias, a que não aprendera a impor barreira alguma. Era impulsivo, romântico, autoritário, ambicioso, generoso, grosseiro, sedutor. Era capaz de grandes ódios e grandes amores" E para Heitor Lyra tem a seguinte definição do caráter do dúbio do Imperador Dom Pedro I: “De temperamento, era um impulsivo. Volúvel até os extremos, era capaz dos maiores egoísmos e das mais largas generosidades. Tudo nele era incompleto: mal educado, mal guiado, mal aconselhado, faltou-lhe sempre o senso da medida. Mas, como todas as naturezas espontâneas, tinha um fundo de grande bondade. Herdou do velho Rei seu pai a liberalidade […]. Tinha, da mãe, sobretudo, a impetuosidade. Foi essa impetuosidade, aliada ao seu estabanado cavalheirismo, que o levou a libertar dois povos. Um punhado, largo, de boas qualidades: bravura, honestidade, desprendimento pessoal, idealismo. E um acentuado desejo de bem fazer – o que o não impedia de ser, muita vez, injusto e agressivo até com os seus melhores amigos."























A Independência do Brasil, ocorreu não por mero acaso, como um simples fato, um acontecimento simples e exato, para ficar naquela coisa um tanto decoreba, aquilo foi uma consequência do conturbado cenário político que o grande Brasil passava, uma divisão política entre os portugueses residentes na colônia, com os primeiros nascidos na nova nação surgida, os constantes movimentos conflituosos, liderados por grupos de intelectuais simpatizantes do ideais de grandes filósofos iluministas franceses, que inspirados nesta teoria e na influência maçônica foram os grandes responsáveis por influenciarem e impulsionarem a então colônia britânica dos Estados Unidos da América para declarar sua Independência no ano de 1776, e que também impulsionou para quê na França fosse deposto o Rei Luís XVI, e toda a família monarca dos Bourbons, como sua esposa Maria Antonieta. Foi depois que a Monarquia Francesa foi destroçada do poder com a revolta popular em 1789, liderada por Maximilien de Robespierre(1758-1794), George Jacques Danton(1759-1794), ambos executados na guilhotina assim como anteriormente aconteceu com os últimos monarcas da França, Luís XVI foi executado em 21 de Janeiro de 1793, e Maria Antonieta, seria executada dez meses depois, no dia 16 de Outubro de 1793. Danton e Robespierre, os responsáveis por liderarem o povo a destroçar a Monarquia do poder, por não conseguirem estabelecer uma ordem, agiram como um bando de déspotas esclarecidos, transformaram o cenário político da França do final do século XVIII, e começo do século XIX, em um ambiente muito caótico. Foi nesse ambiente de completo caos apocalíptico que surgiu um habilidoso general chamado Napoleão Bonaparte(1769-1821), o responsável por salvar e reconstruir a França Pós-Revolução de 1789. Natural da Ilha da Córsega, filho de país que descendiam da nobreza italiana, se inscreveu para o exército francês ainda garoto, com 19 anos, assumiu a patente de Tenente de Infantaria, foi onde começou precocemente a mostrar habilidade de comando, se tornando General aos 27 anos. Napoleão assumiu como Imperador da França a partir do dia 18 de Maio de 1804. Dando início ao período da Era Napoleônica, que foi um período de grande desenvolvimento e conquistas para a França, através da liderança e genialidade de Napoleão Bonaparte. Ele conseguiu o domínio de praticamente todo território europeu como também do comércio. E a primeira coisa que Napoleão fez foi mandar expandir o seu império para outros da Europa, o que gerava medo enorme em todos as monarquias européias, e Portugal estava entre essas monarquias a sofrerem sua invasão, um país, cujo o rei sem muita sem muita habilidade estratégica e com medo até da própria sombra, e sem muita habilidade militar para enfrentar as gigantescas tropas de Napoleão, que tornava Portugal como um Davi diante de um Golias, isso ocasionou a partida da Família Real para a então próspera colônia chamada Brasil, a galinha dos de ouro para a Metrópole. Uma das coisas mais incoerentes sobre o perfil dúbio do imperador Dom Pedro I, era o fato dele admirar e idolatrar as façanhas políticas de Napoleão, algo que lhe serviu de base para conquistar poder de liderança, e o tornou preparado para assumir essa responsabilidade, o que gerava um certo desconforto no seu pai, Dom João VI,que tinha tanto medo do homem que o fez expulsar de sua nação em consequência da pressão sobre se Portugal, continuaria mantendo ou não relações comerciais com a Inglaterra, grande inimiga da França Napoleônica.



















Durante os 13 anos em que a corte portuguesa residiu na colônia, houve tanto saldos positivos quanto negativos, o positivo, foi que a partir da presença da corte, a colônia então muito desorganizada, com um povo completamente inculto, sem muito organização de urbanização, carente de praticamente tudo, mudou completamente com a presença da corte, lançado o Banco do Brasil, com uma Academia Militar, muitas universidades e ainda, imprensa, teatro, foram uma das diversas contribuições positivas da presença da corte no Brasil, além de tornar o Brasil a categoria de Reino Unido de Portugal e Algarve, e a negativa está no fato do monte de dívidas dos que foram gastos com os cofres públicos para poder transformar a colônia atrasada, com ares mais europeizantes. E juntando a vida promíscua de Dom Pedro I, foi um dos fatores que influenciaram e bastante para enfraquecer a presença da corte no Brasil, e em um momento a então metrópole passava por uma situação bastante calamitosa clamava pela volta do rei, Pedro que chegou a ser chamado pelo para voltar a Portugal, disse assim: "Como é para o bem de todos, e felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao povo que fico". Declaração dada no dia 9 de Janeiro de 1822, que ficou conhecido como Dia do Fico. E nesse momento, a sua rejeitada esposa Leopoldina de Habsburgo, foi muito importante para ajuda-los nas mais difíceis decisões a tomar, mesmo não sendo correspondida pelo amado e sabendo que ele o traia com uma amante, uma bela mulher chamada Domitila de Castro do Canto e Melo, também conhecida como Marquesa de Santos(1797-1867), que intimamente chamava Dom Pedro de Demonão e ele a chamava de Titila, vinda de uma família de militares, quando conheceu o Imperador era já casada com um militar e fidalgo chamado Felício Pinto Coelho de Mendonça(1789-1833), sujeito que tinha fama de ser bastante violento, que vivia espancando Domitilia, resultando na separação dos dois em 1824, e com três filhos. O fato do Imperador ter tido como amante uma mulher já casada e com filhos, preocupava e muito sua reputação como Chefe da Nação, o que fez gerar alvo de muitas intrigas seus opositores.






























Principalmente depois que ele declarou a independência do Brasil, nas margens do Ipiranga, soltando o grito de "Independência ou Morte", como bem retrata de uma maneira epicamente heroica, o quadro do pintor Pedro Américo, que por uma certa incoerência do momento não estava lá presente testemunhando aquele momento importante acontecimento da História do Brasil, mesmo porque nessa época, ele ainda não tinha nascido, o pintor só veio ao mundo vinte anos depois da Proclamação da Independência, no dia 29 de Abril de 1843, no município de Areia, na Paraíba, a data do seu famoso quadro intitulado de "O Grito do Ipiranga" que faz uma imortalização daquele fantasioso daquele acontecimento, quase que numa forma de alegoria, foi lançado em 1888, por encomenda da Família Real. Na contemporaneidade, há muita especulação que esse famoso quadro de Pedro Américo(1843-1905) que exalta e endeusa a figura heroica do Imperador Dom Pedro I, seria um suposto plágio de um quadro do francês Jean-Louis Ernest Meissonier(1815-1821), intitulado como " Napoleão em Friedland, 1807", um pintor classicista, que tinha a fama de adorar retratar Napoleão e suas tropas, e a suposta pintura do francês, do qual Pedro Américo teria plagiado, retrata bem o momento em as tropas do temido imperador francês na Batalha de Friedlãndia, ocorrida no dia 14 de Junho de 1807, numa invasão essa ocorrida na região localizada a 43 quilometro de Kaliningrado, na Rússia.


















Quadro de "Napoleão em Friedland, 1807" de autoria do francês Ernest Meissonier a provável inspiração para o brasileiro Pedro Américo criar o famoso quadro do Grito do Ipiranga(1888).




Pelo que novos documentos achados em alguns arquivos de memoriais ou mesmo em museus, e que vem sendo publicados em livros, revelam outras diferentes versões de como realmente o Grito do Ipiranga aconteceu, e não tão poeticamente épico, como o retratado pelo quadro de Pedro Américo, com Dom Pedro I, juntando todas as suas tropas montada em belos cavalos, e movendo as espadas para cima, como uma típica cena de batalha, o que na verdade pelo que agora pode-se interpretar melhor, é que naquele momento o Imperador estava passando por um situação, que parece até piada o que vou descrever, de tão difícil de acreditar, estava era no mato, morrendo de dor de barriga, com sérios problemas intestinais, cuja principal suspeita teria acontecido por ter talvez ingerido um alimento mal conservado, no dia anterior quando estava em Santos, litoral paulista, provavelmente para viver sua aventura amorosa com a Marquesa de Santos, e outro dado também muito curiosos sobre aquele acontecimento, é que ele não estava montado no belo cavalo alazão, como retrata o quadro de Pedro Américo, nem muito menos, trajava elegantemente os trajes de galãs monárquicos, ele estava todo maltrapilho, trajando de troupeiro, sujo de lama, montado numa mula sem o menor charme, que na descrição do padre mineiro Belchior Pinheiro de Oliveira(1778-1856), um dos poucos que testemunhou o Grito de Independência do Imperador, descreve que a sua montaria era uma "bela besta baia". Além de fazer este de descrição sobre o provável fato realmente acontecido nos bastidores das margens do Ipiranga, o próprio Padre Belchior, chegou a fazer posteriormente essa seguinte descrição: " D. Pedro, tremendo de raiva, arrancou de minhas mãos os papéis e, amarrotando-os, pisou-os e deixou-os na relva. Eu os apanhei e guardei. Depois virou-se para mim e disse: -E agora, padre Belchior? Eu respondi prontamente: -Se vossa Alteza não se faz rei do Brasil será prisioneiro das cortes e, talvez, deserdado por elas. Não outro caminho senão a independência e a separação. D. Pedro caminhou alguns passos, silenciosamente, acompanhou por mim, Cordeiro Bregaro, Carlota e outros, em direção aos animais que a achavam á beira do caminho. De repente, estacou já no meio da estrada, dizendo-me: -Padre Belchior, eles o querem, eles terão a sau conta. As cortes me perseguem, chama-me com desprezo de rapazinho e de brasileiro. Pois verão agora quanto vale o rapazinho. De hoje em diante estão quebradas as nossas relações. Nada mais quero com o governo português e proclamo o Brasil para sempre separado de Portugal. Respondemos imediatamente, com entusiasmo: -Viva a liberdade! Viva o Brasil separado! Viva Dom Pedro! O príncipe virou-se para seu ajudante de ordens e falou: -Diga á minha guarda que eu acabo de fazer a independência do Brasil. Estamos separados de Portugal. O tenente Canto e Melo cavalgou em direção a uma venda, onde se achavam quase todos os dragões da guarda." Pode-se ver que o famoso grito do "Independência ou Morte", não é citado, mas segundo o relato do alferes Canto e Melo, a seguinte é interpretada assim: "-É tempo!Independência ou morte! Estamos separados de Portugal!" Outra provável testemunha ocular daquele momento, é o Coronel Marcondes, cujo depoimento é o seguinte: "Poucos minutos poderiam ter-se passado depois da retirada dos referidos viajantes( Bregaro e Cordeiro), eis que percebemos que o guarda, que estava de vigia, vinha apressadamente em direção ao ponto em que nos achávamos. Compreendi o que aquilo queria dizer e, imediatamente, mandei formar a guardar para receber D. Pedro, que devia entrar na cidade entre duas alas. Mas tão apressado vinha o príncipe, que chegou antes que alguns soldados tivessem tempo de alcançar as selas. Havia de ser quatro horas da tarde, mais ou menos. Vinha o príncipe na frente. Vendo-o voltar-se para o nosso lado, saímos ao seu encontro. Diante da guarda, que descrevia um semicírculo, estacou o seu animal e, de espada desembainhada, bradou: -Amigos! Estão, para sempre, quebrados os laços que nos ligavam ao governo português! E quanto aos topes daquela nação, convido-os a fazer assim! E arrancando do chapéu que ali trazia a fita azul e branca, a arrojou no chão, sendo nisto acompanhado por toda a guarda que, tirando dos braços o mesmo distintivo, lhe deu igual destino. -E viva o Brasil livre e independente- gritou D.Pedro. Ao que, desembainhando também nossas espadas, respondemos: -Viva o Brasil livre e independente! Viva D.Pedro, seu defensor perpétuo! E bradou ainda o príncipe: -Será nossa divisa de ora em diante: Independência ou Morte! Por nossa parte, e com o mais vivo entusiasmo, repetimos: -Independência ou Morte!"




Declarada a Independência do Brasil, Dom Pedro I, de simples Principe Regente passaria a virar imperador da agora ex-colônia, enquanto que seu pai Dom João VI ficava governando Portugal, durante os quatro primeiros anos do Brasil Pós-Independência, até que no ano de 1826, duas grandes perdas famíliares o abalariam bastante, a começar pela morte Dom João VI, então monarca em Portugal no 10 de Março de 1826, cuja morte até hoje entre os historiadores é bastante contorversa, sabe-se que el~e tinha uma vida bastante sedentária, e que por causa do excesso de peso, e com a idade avançando tenha agravado o seu fragilizad o estado de saúde, mas a suspeita maior cai sobre sua esposa Carlota Joaquina, porque o tempo ele vinha desejando assumir o trono, e planejando várias fracassadas de golpes. Com de Dom João, Carlota passou os útlimos dias de sua vida aprisionada até morrer no dia 7 de Janeiro de 1830. Além da perda do pai, ele também viu morrer sua esposa Leopoldina no dia 11 de Dezembro de 1826, com quem apesar dele não amá-la e viver traindo, nutria muito respeito e admiração por ela, e muita gratidão também por ter ajudado a contribuir em sua decisão de tornar livre da influência portuguesa. O conturbado que Portugal passaria depois da morte de Dom João, fez com que o impérador sofresse muita pressão para decidir se assumiria o trono na ex-metrópole, mas não queria abrir mão da nção que ele mesmo ajudou, então abdicou o trono português em nome de sua filha Maria da Glória. Depois da morte de Leopolddina a vida boêmia e aventureira do Imperador, principalmente com sua amante Domitila, chegava a preocupar e muito os seus aliados, que tinham dos opositores fazerem muitas intrigas sobre sua vida privada. Foi então que cedeno a presão decidiu se casar de novo, o que era dificil arranjar uma nova princesa que se casasse com um imperador com fama de grosseiro e esborniador. Foi então que finalmente ele conseguiu uma princesa bonita e de caratér forte para conseguir conquistar o seu coração, e que também teve grande importãncia politica para ele, essa Princesa é Amélia de Beauharnais(1812-1876), Princesa Leuchtenberg, uma familia que só se tornou nobre, depois que a avô de Amélia, Josefina de Beauharnais havia se casado novamente com o Imperador francês Napoleão Bonaparte, e havia adotado o pai de Amélia, Eugênio de Beaunais como seu filho. Vinha de uma importante família de militares. Amélia foi quem acompanhou Dom Pedro I, até que quando ele resolveu voltar para Portugal para tentar uma tentativa de golpe organizada pelo seu irmão Dom Miguel I(1802-1866), abdicando o trono para seu Pedro de Alcântara, então uma criança de apenas cinco para quê quando ele chegasse a maioridade assumisse o trono. E seria bem assessorado para isso. E foi lá que ele assumiu o trono, até falecer de tuberculose em 1834. Deixando um importante legado para o Brasil, nação que ele ajudou a construir, mesmo de uma maneira não muito poéticamente épica. "É um impossível físico e moral Portugal governar o Brasil, ou o Brasil ser governado por Portugal. Não sou rebelde(...) são as circunstãncias". Carta de Dom Pedro, então Principe Regente, escrevendo para o pai Dom VI, com data de 26 de Julho de 1822, pouco antes de declarar o Grito do Ipiranga.




FONTE:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_I_do_Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Napole%C3%A3o_Bonaparte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Am%C3%A9rico http://pt.wikipedia.org/wiki/Domitila_de_Castro_Canto_e_Melo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9lia_de_Leuchtenberg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imperatriz_Leopoldina

 

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

FRASE DE WINSTON CHURCHILL SOBRE A HISTÓRIA



" A História, com sua luz oscilante, caminha pelos trilhos do passado, tentando reconstruir cenas, reviver ecos e iluminar com raios pálidos as paixões de outrora".



















Nascido em 30 de Novembro de 1874.
Falecido em 24 de Janeiro de 1965.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

DIA DO FOLCLORE

O Dia 22 de Agosto, comemora o Dia Nacional do Folclore, essa data foi oficializada pelo Congresso Nacional, em 1965, surgindo assim uma forma de valorizar e preservar a cultura nacional. Uma maneira de sempre lembrarmos as nossas origens, porque um povo sem passado, sem cultura, é um povo sem identidade. Nessa data especial, as escolas comemoram promovendo as mais diferentes atividades culturais. A origem do termo Folclore surgiu a partir de uma carta endereçada a revista inglesa The Athenaeum, onde o arqueólogo Ambrose Merton(pseudônimo de William John Thoms) em 1846, fez uma junção das palavras Folk( substantivo de povo), e Lore(saber, conhecimento). Portanto, traduzindo ao pé da letra, a palavra folclores significa “Conhecimento do povo”.
O folclore tem realmente essa importância justamente para a gente entender ou mesmo buscar nossa identidade cultural, o folclore pode ser manifestado das mais diferentes maneiras, desde danças típicas, da culinária, e nas diferentes manifestações culturais, como por exemplo, as pinturas, e também o relatos orais e crendices populares em forma de mitos, uma forma de explicar o caráter simbólico de uma cultura através de meios ou fenômenos que se utilizem do conceito das divindades, como os deuses, semideuses, ou mesmo os heróis, ou também as criaturas sobrenaturais, e também por meio das lendas, uma forma de tradição oral fantasiosa, que relata como esses mitos surgiram ou mesmo como surgiu coisas de características bastante curiosas, como por exemplo, contar como acontece fenômenos que até mesmo as explicações cientificas mais concretas acham muito improváveis de acontecer, usando das explicações sobrenaturais. As lendas, assim como o mito nascem do imaginário popular, são também exemplos de folclore. No folclore brasileiro nós temos muitos exemplos de diversos seres sobrenaturais, das mais vastas regiões do grande território brasileiro.


 Aqui vão alguns exemplos:



 Boitatá: Representado por uma cobra de fogo, que tem como principal função proteger os animais e as matas, e perseguir aqueles que ousam fazer mal a natureza. Os primeiros registros da primeira aparição desse ser folclórico são nas cartas do missionário José de Anchieta datadas de 1560. 


 






 Boto: Figura típica da região amazônica, o Boto é representado pela figura de um homem jovem, bonito e charmoso, que se apresenta para uma bela dama numa noite festiva, e de repente quando ele a convida para acompanhá-lo na beira de um rio, ela de repente engravida dele, e depois some no meio da água virando um ser aquático rosa. 







 

 






 Curupira: Também protetor das matas e dos animais como o Boitatá, o Curupira é representado por um ser nanico com os pés virados para trás, e com os cabelos cumpridos. Costuma fazer muitas travessuras quando alguém aparece nas matas, com o intuito de protegê-la. 


      



Lobisomem: Este é muito antigo, aparece em muitas partes do mundo, relata-se que o surgimento do Lobisomem aconteceu num dia em que um homem foi atacado por uma loba numa noite de lua cheia, e por causa disso, esse sujeito passou carregar a sina de toda a noite de lua cheia se transformar numa criatura canina em forma humana, passando a atacar todos a sua volta, e gerando assim o maior pânico, a única coisa mortal capaz de atingi-lo é o tiro de uma bala dentro do seu coração.


   





Mula-Sem-Cabeça: É uma forma de assombração de uma mulher que teve um romance proibido por um padre, e como castigo por essa ousadia, toda noite de sexta-feira ela é transformada num animal quadrúpede, sem cabeça, que cospe fogo como se fosse um dragão.





    






Alamoa: Lenda típica do povoado que habita o arquipélago de Fernando de Noronha, representado na figura da alma de uma mulher branca, loura, nua, que costuma vagar pelas redondezas da ilha para atrair principalmente os pescadores, ou quando não são esses, é gente que tem sempre o hábito de caminhar por ali, principalmente quando se aproxima do Pico, que é a sua residência. E quem a acompanha nesse lugar, volta sem a carne, apenas ossos. Seu nome é uma corruptela (deformação de palavras, originadas na má compreensão auditiva de determinada palavra considerada de baixo calão.) da palavra Alemã, pelo fato dela carregar a típica descrição física dos povos germânicos, que para o folclorista Pereira da Costa(1851-1923), a Alamoa na sua definição é uma reminiscência (recordação ) dos tempos dos colonizadores holandeses, onde se acredita que a lenda tenha-se originado de um navio holandês que naufragou ali por perto, e tenha levado uma bela mulher sem nome junto dos tripulantes, e seu corpo nunca foi encontrado, dando origem a essa sua fantasiosa atmosfera sobrenatural de alma feminina e sedutora, em busca de homens para satisfazerem seus desejos libidinosos e tira-lhes a vida, e para outro importante folclorista Luis da Câmara Cascudo(1898-1986), defini a Alamoa, como “uma convergência de várias sereias e iaras estrangeiras”. De uma forma ou de outra, nas mais diversas culturas é comum se utilizar no imaginário popular a imagem de uma mulher sobrenatural para atrair homens com seu poder de sedução, e em comum todas não tem uma datação especifica.


   




Luís da Cãmara Cascudo(1898-1986): Grande referência para se estudar o folclore brasileiro.



   



Bom, como vocês estão vendo, se não fosse pelo folclore, com certeza não teriamos a nossa identidade cultural. Por isso mesmo, é preciso que a gente mantenha viva nossas tradições.








sábado, 17 de agosto de 2013

CINE-HISTÓRIA: GUERRA DE CANUDOS.



Em 2008, escrevi  um relatório sobre o filme “GUERRA DE CANUDOS”, na época que eu estava na faculdade graduando o Curso de História na UNP,  do qual meu professor exibiu em sala de aula. E  pedia para a gente escrever e  abordar os aspectos sociais, políticos e econômicos, de quando paguei a disciplina de História do Brasil-II no primeiro semestre daquele ano.  Fiz umas corrigidas e umas modificadas para poder compartilhar com vocês. Espero que gostem.































O filme “Guerra de Canudos” é  uma produção brasileira de 
1997.    No ano do centenário do acontecimento, dirigido por Sergio Rezende. Retrata  de forma didática e  um tanto realística quanto fantasiosa os horrores dessa guerra civil ocasionada no sertão da Bahia no final do século XIX. No filme, vê-se  através da família de Zé Lucena(Paulo Betti), personagens fictícios da trama mostrando como era difícil o modo de vida rotineiro do sertanejo convivendo com a seca no período de 1893, pouco tempo depois da Proclamação da República, mostrando primeiramente pelo aspecto econômico os altos impostos que eles tinham que pagar para o Governo.  De forma até que os soldados tinham que levar as suas vacas, e ousassem contestar as autoridades deles, seriam agredidos fisicamente e eles tinham o costume de serem muito ligados a fé, e isso fica bem evidente  numa cena em que o Guarda comenta assim “Se não gostarem então peça uma petição para o Presidente Marechal Floriano Peixoto, ou seja o que Deus quiser”*, então Penha(Marieta Severo), mulher de Zé Lucena diz assim para os Guardas: “Deus nunca tomou o que é meu “*, então Zé Lucena os chama de ladrão, o que acaba não adiantando muita coisa e eles então levam os seus bois, mostrando assim o quanto que foi dura  essa forma desumana e autoritária, que  costumava agir o Regime Republicano em seus primeiros anos depois de instaurado, é nesse momento de insatisfação do pobre sertanejo com o governo republicano que surgi Antonio Conselheiro um homem conhecido por ser um Messias, um andarilho que prega as mensagens do evangelho, que nasceu no interior do Ceará, tentou entrar na Igreja para assumir um cargo clerical, mas não conseguiu e depois de ter vivido muitos dramas pessoais, a morte da mãe, o maltrato da madrasta e vendo sua mulher lhe trair com um  soldado, foi ai então que ele se revoltou de vez e virou algo que o filme retrata muito bem nesse aspecto religioso a imagem das pessoas pobres e analfabetas do Sertão vivendo na esperança de encontrar um Salvador, a pessoa que seria iluminada e divina que iria resolver todos os seus problemas, e esse homem que se tornou o ícone do movimento foi Antonio Conselheiro(José Wilker). Todos da família de Ze Lucena vão fazer parte das andanças de Antonio Conselheiro, menos Luiza, que resolve ir em busca de um outro lugar para morar e encontra um bordel.

















 Era por  meio desse aspecto social que o filme retrata bem, os pobres sertanejos recorrerem ou mesmo a figura de homem divino, superior, que seria a representação de Deus na Terra, o filme também mostra num dialogo entre Zé Lucena e sua mulher Penha já vivendo na comunidade antes chamada de Belo Monte, a Canudos comentando  que ali é um ótimo lugar, que teria escolas para os seus filhos estudarem, o que mostra que Antonio Conselheiro chegou sim a investir na educação e foi o orador das escolas, um   contraste   com a imagem de que ele representava de  um homem analfabeto e ignorante. Numa cena em que Conselheiro vai em suas andaças com o povo, antes de criar a comunidade de Canudos, passando aos Guardas dos impostos, o guarda olhando para ele diz: “O Beato bem que poderia pedir aos seus fieis para pagar os impostos em dia”, é então nesse momento que Antonio Conselheiro dá a sua opinião critica sobre a República chamando-a de o Anti-Cristo, criticando a respeito da separação da Igreja do Estado, da União Civil e principalmente a alta taxa de cobranças de impostos, de uma forma bem desafiadora para os Guardas, o que deu exatamente a impressão, uma conotação de que ele fosse um monarquista.
















O filme vai se desenvolvendo  mostrando  também na cena do bordel onde Luiza(Claudia Abreu), filha de Zé Lucena estava vivendo, no dialogo do Barão de Uauá, dono do bordel com alguns de seus clientes a respeito da insatisfação dos latifundiários, um aspecto econômico que o filme também explora, ao estarem perdendo os seus subalternos, os seus capatazes, que foram morar na cidade construída por Antonio Conselheiro, chamada de Belo Monte, que os soldados viriam a denominar de Canudos, devido a uma planta típica da região que tinha um formato de cano, com a insatisfação dos poderosos terem perdido os seus subalternos para irem morar nessa região e mais o fato de que os políticos da capital da República temerem que ali fosse construído uma Monarquia, já que Conselheiro era simpatizante e na cena do filme em que desafia a autoridade dos Guardas da República que estavam cobrando altos impostos num mesmo vilarejo onde ele e a multidão estava passando andarilhando pelo sertão, faz uma referência a Dom Pedro I, e os acusa de ser a Republica a responsável pela abdicação e renúncia do trono divino, mostrando assim sua posição anti-republicano, mostrando o aspecto político do movimento.
Uma parte que o filme não mostra, era a insatisfação da parte também do Clero, estava perdendo um grande número fiéis por conta do fato de que a maioria dos pobres sertanejos acreditavam que poderiam terem uma vida melhor morando num vilarejo liderado pelo homem santo da Terra, o Salvador, esse também um aspecto sócio-religioso. Uma outra coisa interessante que o filme mostra era como a Primeira e a Segunda Expedição do Exercito Republicano foi desastrada pelo fato de que como os soldados não tinham conhecimento do local, eram surpreendidos levando balas dos jagunços que se camuflavam dentro da caatinga, assim sendo um fracasso.

















Na Terceira Expedição liderada por Antonio Moreira Cesar(Tonico Pereira), que também foi fracassada já que o Coronel Moreira Cesar, estava com a saúde muito debilitada, e acabou morto por um tiro dos jagunços, mostrando em uma cena que Antonio Conselheiro em frente a uma das igrejas criadas em frente, comenta para toda a população a respeito do que a imprensa tem noticiado que eles estavam recebendo apoio de monarquias estrangeiras para vencerem e ele se refere ao Coronel Moreira Cesar, como o cão, o filho do cão, o pai do cão, por Moreira Cesar ser conhecido como corta-cabeças, o homem mais controverso do Exercito Brasileiro, que já havia participado de uma Expedição Militar  a Santa Catarina e lá degolou a cabeça de muitos revoltoso, já foi condenado por cometer crimes de degolas contra um oficial, que o levou a suspensão, e depois de Proclamada a República acabou sendo anistiado, entre outros mistérios por trás da contraditória participação de Moreira Cesar nessa expedição.






















Em uma cena do filme em que o Coronel Moreira Cesar fica dentro do seu acampamento conversando com um de seus soldados, que é um dos protagonistas do filme Luis da Gama(Selton Mello), ele desabafa totalmente fora-de-si, o seu desejo de prender Antonio Conselheiro e cortar sua cabeça e mostrar para todo mundo o que é a verdadeira Monarquia “LOUCURA”* e nessa hora depois cai totalmente doente e desnutrido, e no dia seguinte movido pela vaidade e pelo desejo e prender Conselheiro ignorando sua saúde frágil, insisti em se aproximar dos jagunços para poder destrui-los até o momento em que é atingido e acaba sendo morto. Mostrando bem por quais motivos as três primeiras expedições acabaram sendo fracassadas por conta exatamente do fator físico-geográfico, os soldados estavam cansados e desgastados por causa da longa caminhada que faziam até o local da batalha, passavam longos dias sem comer, sem beber, viviam uma precária situação de higiene, alem do que pelo fato de não terem estudado o local, eram sempre surpreendidos com ataques dos jagunços que se camuflavam no meio da Caatinga, essa situação é bem retratada numa cena em que os soldados chegam desesperados na casa de Luiza e Arimatéia(Tuca Andrada), agindo como se fossem ladrões tentando saquear a comida deles, pelo desespero de terem ficado dias caminhando sem comer, nem beber, e em outra cena retratam eles sendo surpreendidos pelo ataque dos jagunços se camuflando na Caatinga.













 O filme também contém outros personagens fictícios, como o jornalista  Pedro Martins(Roberto Bomtempo),  que atua na guerra como correspondente de um jornal carioca, em muitas cenas em que o personagem faz uma narração relatando sobre a difícil sobrevivência dos combatentes, que passavam dias sem comer, que na hora de serem atendidos para curarem seus ferimentos da guerra, também morriam ao contrair epidemias, devido ao péssimo estado de saneamento do local, nessas frases que o personagem Pedro Martins narra são de relatos de Euclides da Cunha, que foi testemunha ocular  do acontecimento e relatou em sua obra mais conhecida chamada de OS SERTÕES(1902), e de outro jornalista que foi correspondente do acontecimento, em uma cena em que ele se discuti com o Coronel Artur Oscar(José de Abreu), o jornalista comenta de forma indignada, a respeito dele mandar censurar as suas noticias que ele escreveu onde ele fazia uns comentários muitos críticos sobre a sua competência no comando, sobre a vida difícil do seu exército, e a forma horrorosa como viu a guerra, que na opinião do jornalista eles independentes de serem monarquistas, eles estavam protegendo a sua moradia, já que os soldados republicanos os viam não como pessoas não civilizadas, estes mesmos achavam que a República era liberdade, tinha o ideal de iluminar de todo mundo e nos tornar livres, é  a descrição do soldado  Luis da Gama do comentar isso na passagem onde se encontra pela primeira vez com Luisa e Arimatéia, onde justifica o porque que foi para lá, que para trazer “luzes da civilização"* e que isso era o ideal da Republica para eles em teoria, mas que na prática a forma de agir deles contradizia totalmente com o momento inicial que a República estava vivendo, mostrando o quanto que eles queriam manipular a opinião publica mostrando eles, os soldados  posando de heróis, e os pobres dos jagunços como os vilões, gente selvagem e bárbara.






















O filme termina mostrando a expdição do  Coronel Artur Oscar  dando  fim a cidade,  tirando-a totalmente do mapa, devido ao pesado armamento utilizado na época que foi o que desencadeou o fim total de Canudos, sobrando apenas quatro pessoas, três homens e uma criança, no final do filme o Coronel Artur Oscar ao voltar de sua vitória mostra a cabeça decepada de Antonio Conselheiro dando a impressão de que eles conseguiram matá-los a tiros de chumbos, para mostrarem a todos que passasse se vangloriando desse feito, que na verdade a morte de Antonio Conselheiro ocorreu de forma natural, porque ele  contraiu uma diarréia, e os soldados ao verem já morto e enterrado, o desenterram da sepultura para depois exporem na Faculdade de Medicina de Salvador, para mostrar que a idéia que a “Loucura, a Demência e o Fanatismo estariam estampados nas misturas de raças e nos traços faciais característicos do Monstro dos Sertões”**, e também mostra uma situação muito interessante que entre os que restaram para proteger o local, tem um negro, que comenta que já ter se libertado três vezes, a primeira pela Princesa Isabel, a Segunda por Antonio Conselheiro e a Terceira que seria no paraíso, mostrando bem que entre as pessoas que foram seguidoras de Antonio Conselheiro haviam também ex-escravos. O filme transmite de forma peculiar e didática  tanto pela realidade quanto pela fantasia, os horrores de como o  conflito e o modo de vida do pobre homem sertanejo pelo aspecto social, político, econômico e incluindo também o religioso com umas doses de licenças poéticas foram os grandes responsáveis por colocarem Canudos do mapa uma região do sertão nordestino e foram também responsáveis por estamparem o seu nome nos livros didáticos  escolares. 


FONTE:
  http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_Canudos_%28filme%29
  http://www.adorocinema.com/filmes/filme-118416/
  http://meuartigo.brasilescola.com/historia-do-brasil/resenha-critica-guerra-canudos.htm
  * Frases do filme.
  ** Frases do diretor Sergio Resende narrada no DVD do filme.