O
CAPITULO 3:
TERCEIRO
DIA EM PARIS.
19
DE JUNHO DE 2023.
VISITANDO
A BASÍLICA DE SAINTE SACRE-COEUR, MONTPARNASSE E CONHECENDO O MOULIN ROUGE E O
BAIRRO DE PIGALLE E A LOIRA MISTERIOSA
DO METRÔ DE PARIS.
No
nosso terceiro dia visitando Paris, no
dia 19 de Junho, que foi na segunda-feira, começamos visitando a Basílica de Sacre-Coeur, dessa vez além de ir acompanhado com Bibiana, fui
também acompanhado de meu primo Filipo e de sua esposa Kaline.
O
Sacre-Coeur é um lugar grande e para você chegar lá precisa ter muito pé para
encarar, já que você precisa subir
muitos dos degraus para poder chegar até
a catedral e filas enormes. O que compensou, pois nós
conseguimos entrar e apreciar o locais com suas arquiteturas, suas esculturas
de santos, seus vitrais e uma lojinha vendendo itens de santos e livros em
francês sobre o catolicismo.
E
como se não bastasse, ainda havia mais
de 200 degraus para encarar subir ao teto, haja fôlego.
O nome Sacré Coeur significa Sagrado
Coração, localizado no alto do bairro de
Montmartre, lugar que figura como um dos bairros mais boêmios de Paris.
Trata-se de “um templo da Igreja Católica
Romana em Paris, sendo, também, o símbolo do bairro de Monte Martre. A basílica
está localizada no topo do monte Martre, o ponto mais alto da cidade. A
basílica do Sagrado Coração foi construída com mármore travertino extraído da
região de Seine-et-Marne, o que lhe proporciona uma tonalidade branca.
Um dos
monumentos mais visitados da França, a basílica tem o formato de cruz grega
adornada por quatro cúpulas, incluindo a cúpula central de oitenta metros de
altura. Na abside, uma torre serve de campanário a um sino de três metros de
diâmetro e de mais de 26 toneladas.
A
arquitetura da basílica é inspirada na arquitetura romana e bizantina e
influenciou outros edifícios religiosos do século XX.”(Fonte:Wikipédia).
A ideia de sua construção surgiu depois
da Guerra Franco-Prussiana de 1870,como uma forma de pagamento a uma promessa feita a Alexandre Legentil(1821-1889) e Hubert Rohault de
Fleury(1828-1910) de erguer uma igreja caso a França sobrevivesse às investidas
do exército alemão.
O
responsável pela construção da Sacre-Coeur foi o arquiteto Paul
Abadie(1812-1884), que já tinha concebido outras importantes obras
arquitetônicas como o Palácio da Justiça, por exemplo.
Ele
começou a projetar a Basílica após vencer um concurso com mais de 77
arquitetos, ele não conseguiu concluir a obra pois havia falecido em 1884. A sua construção levou 39 anos para ser
concluída, teve início em 1875 e só pode ser concluída em 1914.
Em dezembro de 2022, o local foi considerado um
monumento histórico.
Foi fascinante visitar o local, eu ainda encarei subir os 200 degraus
para subir ao teto acompanhado de Bibiana, que cara é preciso que você tenha pé
e muito preparo físico para encarar subir aquilo. Ainda mais que as escadas ficam localizadas num
ambiente fechado, pequeno e um tanto sem
iluminação.
Para quem sofre de claustrofobia,
principalmente a quem estiver lendo esse texto,
eu não aconselho se aventurar subir nessas escadas como eu fiz que bicho
a cada momento eu precisava parar para respirar fundo, pegar meu garrafão de
água, deixar o povo que vinha atrás de mim passar para retomar o fôlego. Que acabou compensando
para apreciarmos a vista panorâmica de Paris.
De
lá demos uma passeada pelo Montparnasse, o lugar é “um quartier de Paris localizado no 14e arrondissement.
Suas principais avenidas são Boulevard* du Montparnasse e Boulevard Raspail. É
um ótimo lugar para comer, com famosos e maravilhosos cafés e restaurantes além
das melhores creperias da Cidade Luz. Conheça mais da região tão charmosa de
Paris.
O nome
foi dado pelos estudantes que vinham na colina onde hoje é Montparnasse
declamar versos no século XVII. Esse nome foi dado em referência ao Monte
Parnaso, residência das Musas da mitologia grega.”
(Fonte:https://turismo.eurodicas.com.br/montparnasse/).
O Montparnasse trata-se de um dos lugares
mais boêmios da capital Paris, bastante frequentado por artistas e intelectuais,
nomes importantes da arte francesa como:
os pintores Paul Cézanne(1839-1906), Edgar Degas(1834-1917),Fernand Léger(1881-1955), George Braque(1882-1963), o escultor Antoine
Boudelle(1869-1921), o escritor Guillaume Apollinaire(1880-1918), assim como já
foi frequentado pelos pintores espanhóis Pablo Picasso(1881-1973), Pablo
Gargallo(1881-1934) e Salvador Dali(1904-1989).
Do mesmo modo que o local já serviu como
residência para exilados políticos como os futuros líderes da Revolução Russa
de 1917: Lênin(1870-1924) e Leon Trotsky(1879-1940).
É realmente um lugar incrível de se
passear para quem aprecia arte que você vê em
todo lugar. Você respira arte por todo o lugar caminhando pelo Montparnasse
para lá irmos conhecer o Moulin Rouge.
Nessa
caminhada eu fiquei surpreso quando ouvi Filipo
mencionar o nome do bairro de
Pigalle que estávamos passando. Esse nome me fez remeter ao nome de uma canção que continha numa antiga coleção
que eu tinha de Cds de músicas francesas.
A letra dessa canção, uma composição de Géo
Koger(1894-1975) e Georges Ulmer(1919-1989), um dinamarquês naturalizado
francês que foi responsável por fazer a primeira gravação da canção.
Exalta
bem a importância desse boêmio bairro parisiense tão querido pelos poetas,
pelos artistas que pelo que posso
reproduzir aqui a letra traduzida vocês
vão compreender:
É
uma rua
É
um lugar
É
até um bairro inteiro
Nós
falamos sobre isso, vamos
Viemos
de todo o mundo
Empoleirado
no lado de Paname**
De
longe ela sorri para você
Porque
reflete a alma
A
doçura e o espírito de Paris
Um
pequeno jato de água
Uma
estação de metrô
Rodeado
por bistrôs
Pigalle
Lojas
de departamento
Oficinas
de rapins***
Restaurantes
em rupins****
Pigalle
Há
o cantor de carr'fours*****
Quem
cantarolou o sucesso do dia
Aqui,
o atleta em uma camisa
Quem
aumenta o peso de cem quilos
Hotéis
mobilados
Discretamente
iluminado
Onde
passamos
Pigalle
E
por volta da meia-noite
Um
coro que foge
De
uma boate
Pigalle.
“Pigalle é uma
área em Paris, França, em torno da Place Pigalle, na fronteira entre o 9º e
o 18° arrondissements. Seu nome é uma homenagem ao escultor Jean-Baptiste Pigalle****** (1714-1785).
Pigalle é famosa por ser um distrito turístico, com muitas
sex shops, teatros e shows adultos na Place Pigalle e nas principais
avenidas. A reputação atrevida do bairro levou ao apelido de
"Beco dos Porcos" na Segunda Guerra Mundial pelos soldados
aliados. Le Divan du Monde e o Moulin Rouge, um cabaré mundialmente
famoso, estão ambos localizados em Pigalle.”
(Fonte: Wikipédia).
“Pigalle
é a região da boêmia, das prostitutas, dos parisienses do interior à procura de
diversão e de turistas do mundo inteiro na mesma procura.”
(Fonte: Características de Pigalle em Paris |
Conexão Paris (conexaoparis.com.br)).
Era
nesse bairro que ficava localizado o Moulin Rouge, famoso cabaret que a gente
iria conhecer.
Para
o leitor de opinião equivocada conservadora reacionária entender, o conceito de cabaré aqui no caso
não tem ligação alguma com que nós brasileiros
assimilamos equivocadamente aos
prostíbulos, na verdade, o conceito de
cabaré na França trata-se de uma forma de entretenimento teatral com música, seja
cantada ou instrumental, com dança,
recitação de poemas. Também incluído apresentações de humor, de mágica,
apresentações circenses dentre outros. Ou seja, uma casa de espetáculo.
Para quem tem interesse em conhecer mais do Moulin Rouge tem um filme musical chamado Moulin
Rouge-Amor em Vermelho(Moulin Rouge, EUA, Austrália, 2001), dirigido pelo
australiano Braz Luhrmman e contou com Nicole Kidman como protagonista que
apresenta um pouco do lugar. Recomendo.
“Construído
no ano de 1889 pelo espanhol Josep Oller(1839-1922), que já era
proprietário anteriormente do Paris Olympia e Charles Zidler. O Moulin Rouge
foi desenhado pelo arquiteto Adolphe Léon Willette(1857-1926). Situado na zona
de Pigalle no Boulevard de Clichy, ao pé de Montmartre, em Paris, França. É
famoso pela inclusão no terraço do seu edifício de um grande moinho vermelho
concebido por Willette. O Moulin Rouge é um símbolo emblemático da noite
parisiense, e tem uma rica história ligada à boêmia da cidade.
Há mais de cem anos que o Moulin Rouge
é lugar de "visita obrigatória" para muitos turistas. O Moulin Rouge
continua a oferecer na atualidade uma grande variedade de espetáculos para
todos aqueles que querem evocar o ambiente boémio da Belle Époque e que ainda
está presente no interior da sala de espetáculos. Não obstante, o estilo e o
nome do Moulin Rouge de Paris foram imitados por muitos clubes de variedades e
salas de espetáculos em todo o mundo.
A sala, as bailarinas e os seus
frequentadores constituem um dos temas preferidos na obra do pintor Henri de
Toulouse-Lautrec(1864-1901). Sua grande estrela no início do século XX foi a
inesquecível Mistinguett(1875-1956).”(Fonte:Wikipédia e Guia de Destinos).
A famosa decoração do moinho vermelho
na fachada é o que dá nome ao local,
onde moulin significa moinha e rouge significa vermelho.
Não chegamos a entrar para comprar
ingressos para ver uma apresentação que
devia ser muito caro, no entanto, Bibiana resolveu me pedir para filmar para o
stories do seu Instagram, ela acompanhada de Kaline fazendo uma dança de can
can em frente ao letreiro do Moulin Rouge.
Foi realmente incrível, do mesmo
modo como foi incrível quando paramos para almoçar num restaurante daquelas
redondezas que eu experimentei um burguer incrível artesanal muito saboroso e
bem apropriado para a refeição.
Ainda passeamos para conhecer um jardim
que é conhecido como Jardim dos Namorados, que também foi algo sensacional, lá
você se depara com muito artista pintando nas ruas.
É bem a cara da Paris boêmia.
Ao retornar pegando o metrô, foi mais
ou menos por lá que me ocorreu uma sensação estranha.
Foi por lá que me deparei com uma
mulher misteriosa de quem não reparei no rosto, apenas nas costas.
Mais
havia alguma coisa nela que não me fazia desgrudar o olho nela enquanto eu
ficava esperando aparecer a nossa rota do metrô para nos levar de volta a nossa
hospedagem.
Não
sei explicar que raios aquela mulher misteriosa do metrô de Pais me despertou
algum fetiche.
Ao
ficar observando para ela, na minha cabeça veio tocando a canção F. Comme
Femme.
A
misteriosa mulher vestia uma roupa fitness, uma camisa marrom e calça legging
preta apertada que desenhava sua bunda empinada e com seu longo cabelo loiro e
liso.
Fiquei
observando ela até o momento que apareceu a minha linha do metrô fazendo um som
bem característico que só me lembrar agora não me sai da cabeça.
Desde
aquele momento ela não tem saído da minha memória. A Misteriosa Mulher Sem
Rosto do Metrô de Paris?
Como
seria?
Teria
um rosto angelical como as musas das pinturas?
Teria
um rosto das esculturas gregas?
Teria
um rosto de modelo em ensaio publicitário?
Teria
um rosto cartunesco de personagem sensual de anime?
Teria
um rosto de ninfa?
Teria
um rosto de Princesa?
Teria
um rosto de Deusa?
Teria
um rosto de Valquíria?
Ou
teria apenas um rosto comum?
Essa
resposta eu nunca saberei responder, o rosto dessa Misteriosa Garota de Paris
vai continuar me parecendo um enigma indecifrável.
E assim foi mais um dia de passeio por Paris.