No
dia 01 de Setembro de 1994, estreava no Brasil, o anime que foi o grande fenômeno da tv
brasileira Cavaleiros do Zodíaco(Saint Seyia, Japão, 1986-1987).
Exibida
na extinta Manchete nos anos 1990. Confesso que foi muito bom revisitar a série.
Pude perceber com outros olhos, o que eu nunca tinha percebido antes. Algo que
ia além de ser uma produção voltada com o único proposito para vender brinquedos para crianças como eu
ou outros produtos, ou seja, muito além do apego material, isso é algo que
acontece também com muita frequência neste tipo de produção, não só no Japão,
como também nos EUA.
Tipo, por exemplo, nos anos 1980, mesma época da
produção de Cavaleiros do Zodíaco no Japão, nos EUA estava muito em alta
produções de animações voltadas para a TV que tinham esse único objetivo de
vender brinquedos, ainda mais que muitas dessas produções surgiram inspirado nas linhas de brinquedos como foi o caso do He-Man,
Comandos em Ação, Transformers, Tartarugas Ninjas e mais
especificamente no Japão com as séries de tokusatsu que passaram no Brasil,
como Jaspion, Changeman, Flashman, Jirayia dentre
outros.
Principalmente sobre as sutis mensagens
espirituais, principalmente no quesito de reencarnação como ocorreu com Saori
Kido ser a reencarnação da Deusa Grega Atena, algo que eu aprendi muito quando
passei a me ingressar na doutrina espírita, ou
mesmo sobre o conceito de cosmo energia do espaço, do universo e suas outras
dimensões físicas.
Nunca
tinha reparado como CDZ, tinha esse texto tão além de claro abordar os mitos
gregos que foi o que me despertou o interesse e suas várias
constelações, fora também o fato de trazer uma curiosa abordagem sobre o
budismo com os poderes do Cavaleiro de Ouro Shaka de Virgem, e o misticismo simbolizado
nas armaduras de ouro com os doze signos zodiacais.
Analisando
bem, pude perceber, quando Cavaleiros estreou aqui no Brasil pela extinta Rede
Manchete em 1994, me remetendo aos famosos videntes da TV que foi
uma data destinada¹ para isso acontecer.
Uma das razões para enfatizar o meu argumento, é que na época o Brasil estava vivendo uma
fase muito otimista e eufórica porque no futebol tínhamos conquistado o título do
Tetracampeonato na Copa do Mundo dos EUA após longos 24 anos de jejum e foi
nessa ocasião que o nosso cenário socioeconômico também transpareceu favorável quando foi implementado o Plano Real.
Aproveito
para recomendar a vocês darem uma assistida ao filme brasileiro Real-O
Plano por trás da História(Brasil, 2017) que ele pode exemplificar em
forma de dramatização como foram os bastidores do surgimento da moeda.
Pois
bem, foi esse Plano Real que ajudou a salvar nossa economia que ela se
encontrava afundado desde os anos 1980.
A
animação foi inspirada no mangá de Masami Kurumada que começou a publicar no final de 1985 e cujo
sucesso inspirou a Toei Animation a fazer a animação que estreou na TV Japonesa
em 11 de Outubro de 1986.
Seria
impensável imaginar a animação chegando ao Brasil antes de 1994, e fosse o
fenômeno que se tornou comercialmente falando nas vendas de brinquedos
justamente pelo fato de que do jeito que nosso cenário econômico se encontrava um caos
com a inflação em alta entre o final dos anos 1980 e começo dos anos
1990.
É
tanto que a nossa indústria de brinquedos fazia umas picaretagens para
conseguir importar linhas de bonecos como as dos Live Actions como Jaspion, por
exemplo.
Não
tinha como a animação estrear no Brasil entre os anos de 1988/89, porque além da inflação alta,
estávamos passando também por um período de reformulação política, onde apesar
da Ditadura Militar ter acabado no ano que eu nasci, 1985, quando o último
presidente militar João Batista Figueiredo(1918-1999), ao concluir seu mandato
foi sucedido por José Sarney, um primeiro civil que tomou a posse no lugar de
Tancredo Neves, o último eleito indiretamente, mas acabou adoecendo e morreu.
Mesmo
durante o começo da segunda metade da década de 1980 a gente ser governado por
um civil, ainda assim havia alguns resquícios da ditadura vivos como a censura
aos meios de comunicação, que foi extinguido quando em 1988 foi aprovada a Constituição. E em 1989
tivemos a primeira eleição presidenciável onde elegemos Fernando Collor.
Do
mesmo modo que não havia como CDZ estrear no Brasil entre os anos de
1990/91/92, porque durante este período do Governo Collor a inflação além de estar
descontrolada, piorou com os Planos Collor I e II, quando ele mandou confiscar as poupanças de
todos os cidadãos.
Portanto,
no cenário propício que a economia do Brasil se encontrava em 1994 aquilo
influenciou bastante para que a animação pudesse estrear na grade de
programação da extinta Rede Manchete no dia 01 de Setembro de 1994.
É
curioso imaginar que antes de Manchete aceitar exibir CDZ, outras emissoras
foram procuradas pela empresa espanhola Samtoy, a distribuidora que trouxe CDZ
para cá, todas haviam se recusado a exibir temendo pelo teor violento, principalmente no aspecto
gráfico com toques de nível gore².
Inclusive
Eduardo Miranda, crítico de cinema, que tem um canal no Youtube, chamado Projeto
Cinevisão, que trabalhava no Departamento de Cinema e TV da Manchete chegou a contar em mais de uma
ocasião que quando participou da reunião
com a Samtoy e a diretoria executiva da emissora e mostraram para eles o
material com a fita demo³ de um trailer promo**** que mostrava cortes e edições
de cenas muito pesadas, com a violência
muito gráfica. Naquele primeiro instante, a diretoria se recusou a exibir, por
causa do espanto com aquele tom pesado.
Os
executivos da Samtoy haviam ficado bastante tristes por essa recusa, já que
tinham ido atrás de outras emissoras depois de verem essa promo, todas haviam
recusado.
Foi então que Miranda resolveu dar uma nova chance, conferiu os
primeiros episódios e depois de constatar que ele não era de violência, trazia
uma história que prezava pela amizade. Foi então que a Manchete decidiu dar um
ok e CDZ, pode ser finalmente exibido na
grade da emissora, por um contrato de permuta. Onde a emissora dava uma
liberdade deles usarem o espaço para anunciar os produtos de brinquedos da
série fabricados diretamente pela fabricante japonesa Bandai.
Essa
forma de troca era a opção mais viável dela
poder aceitar exibir, já que não podia comprar, porque na época ela já
se encontrava a beira da falência, e depois do falecimento do dono Adolpho
Bloch em 1995, a coisa só piorou para a Manchete ao chegar no fim da década de
1990, ao derradeiramente fechar suas portas em Maio de 1999.
O
curioso é que quando a Samtoy trouxe a animação para o Brasil, ela não trouxe diretamente exportado do Japão, mas sim
da Espanha, que foi de lá que eles alteraram o nome original Saint Seyia, para Los
Caballeros Dell Zodíaco, que nos brinquedos mantinham até esse nome, do mesmo jeito que havia feito antes os
franceses, o primeiro lugar do Ocidente onde CDZ foi exportado.
Provavelmente
para evitar problemas justamente com a
Igreja Católica, principalmente porque o nome original Saint Seyia pudesse remeter a Santa
Ceia.
E
foi exportado da Espanha, com áudio espanhol, mas com roteiro adaptado do
inglês que a primeira dublagem de CDZ exibida pela Manchete foi produzido pelo
antigo estúdio de dublagem paulista da Gota Mágica, de propriedade do Mário Lúcio de Freitas que
também foi responsável por produzir a trilha sonora da série no Brasil, com a
música de abertura cantada pela dupla infantil
Larissa&William, inclusive a Larissa, agora em carreira solo
que assina como Larissa Tassi, junto com
a gravadora Sony Music produziram em CD.
A
trilha musical brasileira de CDZ, onde
além de contar com a música da dupla, também contava com a participação do próprio Mário Lúcio de
Freitas, também compositor de boa parte das faixas, que teve também a
participação de Michael Sullivan como compositor, interpretando a faixa Mestre do Mal, que contou com a
participação do dublador Walter Breda, representando com sua voz grave e amedrontadora o Ares ameaçando matar os
Defensores de Atena.
Do mesmo
modo que o disco também contou
com a participação do Hermes Barolli, dublador do Seyia na faixa Marin, interpretada
pela Sara Regina, onde ele apenas reproduz a famosa fala do seu personagem o Me
dê sua força Pegasus, que na época eu até cheguei a adquirir junto com
alguns brinquedos da linha CDZ que fui ganhando.
Inclusive,
aproveito para compartilhar a agradável experiência
que posteriormente eu tive quando
assisti a uma apresentação da Larissa
depois que cresceu e virou um mulherão, sem o William, agora em carreira solo assinando como Larissa Tassi, eu
tive o privilégio de prestigiar o show que ela fez aqui em Natal-RN
durante o evento do Yujô Fest em 2018.
Foi uma
grande nostalgia apreciar o antigo traço da animação que contou com a
colaboração do saudoso designer characters Shingo Araki(1939-2011) dentre outros
animadores que também colaboraram na
série. Assim como foi ouvindo a trilha sonora erudita composta pelo também
saudoso Seiji Yokoyama(1935-2017).
E saudoso também foi apreciar algumas vozes da
versão dublada que já partiram como Valter Santos(1954-2013) dublador do Camus
de Aquário, Araken Saldanha(1928-2020) voz do Mestre Ancião, Maralisi Tartatini(1944-2014),
voz da Shina, Paulo Celestino Filho(1957-2017), voz do Máscara da Morte, Borges
de Barros(1920-2007) voz do Gigars e Jonas Mello(1937-2020) como narrador.
Detalhe
que a versão dublada exibida na Netflix que o disponibilizou até o dia 14 de Outubro de 2021 foi a feita
pelo estúdio paulista da Álamo***** por volta dos anos 2000, para o retorno de CDZ a TV
Brasileira.
E
não a versão dublada originalmente exibida pela Manchete nos anos 1990. Uma das
razões para haver essa redublagem, foi porque a Samtoy, a antiga empresa que
trouxe para o Brasil, havia encerrado suas atividades no País.
Quando CDZ retornou ao ar no Brasil por volta de 2003, no canal pago infantil da
Cartoon Network brasileira compondo o bloco Toonami foi outra empresa que
distribuiu e como consequência dos trâmites burocráticos que envolviam
renegociações de contratos com os profissionais da dublagem envolvidos nessa produção nos acordos de direitos conexos, além do que
como material do áudio dublado exibido pela
Manchete nos anos 1990, trazia
muitos erros de inverossimilhança pelo
fato de justamente ter sido feito em cima de outros idiomas. Veio adaptado do
espanhol, que foi adaptado do francês que adaptou o original em japonês e fora
que o roteiro veio adaptado em inglês.
Tudo
isso gerou erros de muitas concordâncias
nas falas dos personagens, como Jabu de Unicórnio, se apresentar de Capricórnio
em um episódio, ou mesmo o Saga fazer uma confusão de Street Fighter se referindo a cosmo
energia de Seyia como Ken, enfim.
Por
esses fatores, a série passou pela redublagem feita pelo estúdio paulista da
Álamo por volta de 2003/2004.
Boa
parte do elenco principal protagonista foi mantido nessa nova dublagem: Hermes
Barolli como Seiya de Pégaso, Élcio Sodré como Shryriu de Dragão, Francisco
Brêtas como Hyoga de Cisne, Ulisses Bezerra como Shun de Andrômeda e Leonardo
Camillo como Ikki de Fênix de quem tive o privilégio de conhecer pessoalmente e
tirar uma foto quando em 2018 ele esteve aqui em Natal-RN no evento da Lúdus
Convenção Geek, pessoa muito gentil. Do mesmo jeito foi como mantiveram a Leticia Quinto que fez a voz da Saori Kido,
a reencarnação da Deusa Atena.
E
também os que dublaram mais de um personagem como Gilberto Barolli que dublou o
cavaleiro de ouro Saga de Gêmeos, o
General Marina de Poseidon Kanon de Dragão Marinho, Marcelo Campos que dublou o
Jabu de Unicórnio e Mú de Aries, Wendell
Bezerra que dublou o Guerreiro Deus Fenrir de Alioth na Saga de Asgard e o General Marina Baian de Cavalo Marinho na
Saga de Poseidon dentre outros exemplos.
Onde
algumas vozes tiveram de serem trocadas: uns por motivos
de falecimentos, como foi o caso
de Ézio Ramos(1936-1999), que dublou a voz do cavaleiro de ouro Afrodite de
Peixes na dublagem feita nos anos 1990 e na redublagem da Álamo precisou ser
substituído e do Nelson Batista(1936-1998) que fez a voz
do General Marina Io de Schylla na
dublagem dos anos 1990, e que nessa redublagem foi substituído por Mauro
Eduardo.
Outros
casos foram por afastamentos, como foi o exemplo de Noeli Santisteban que fez a voz da
Tetis de Sereia na dublagem dos anos 1990, e como já não residia mais aqui no
Brasil, precisou ser substituída na redublagem da Álamo por Denise Reis ou
mesmo por questões trabalhistas envolvendo as rixas entre dubladores com
estúdios, como foi o caso de Flávio Dias, que dublou Julian Solo/Poseidon na
dublagem dos anos 1990 e que por ser brigado com a Álamo, não aceitou
participar dessa nova dublagem, onde ele foi substituído por Alfredo Rollo.
Na época, muitos grupos de fóruns sobre
dublagem na internet, como as das comunidades do extinto Orkut, criticaram bastante sobre essas mudanças e
meteram o cacete sobre a questão de dublador ter rixa com o estúdio.
Esquece-se
que ali como em qualquer meio de trabalho é natural ocorrer essas desavenças
contratuais entre as empresas aqui no
caso representados pelos estúdios com
funcionários, no caso dubladores.
Enfim
valeu a pena revisitar a fase clássica após ter assistido a nova versão da
Netflix, que devo confessar que estranhei muito. Confesso que prefiro mais a
versão antiga.
E ao revistar, olhando agora com um olhar mais crítico depois
de adulto.
Pude perceber como a nostalgia pode nos
enganar a respeito de algo marcante da nossa infância que tendemos a endeusar
achando que na nossa época era melhor, quando a gente revisita a obra anos depois, observarmos com um senso mais
crítico o que antes costumamos ignorar e passar desapercebido alguns erros como
o fato de que na animação clássica exibida pela Manchete, a história mostrava-se arrastada ao longo dos
114 episódios.
Ainda mais com um monte de fillers(enchimentos)
de personagens que foram criados especificamente para a animação enquanto que o
Kurumada não concluía a saga no mangá.
Fora
a ideia de criar a Saga de Asgard justamente para dar tempo de Kurumada
conseguir concluir a saga de Poseidon no mangá. E quando ele estava para criar
a Saga de Hades no mangá por volta de 1989, ele entrou em atrito com a Toei,
com a Sueisha, editora responsável pelas publicações e distribuições dos mangás de CDZ no Japão e a Bandai,
fabricante dos brinquedos sobre os rumos para a série, que isto ocasionou dele
encerrar por ali e precisou esperar uns treze anos para conseguir transpor a
Saga de Hades para a animação, o que só foi possível em 2002. Aliás, eu também
conferi a Saga de Hades na Netflix, onde pude finalmente compreender algumas
situações que a série clássica deixou muitos buracos e que preencheu muito bem.
Como
o fato de explicar, por exemplo, por que
o cavaleiro de ouro Dhoko de Libra, que muitos conhecem como Mestre Ancião, o
mentor do Shiryu de Dragão, cujo corpo real não era daquele simpático senhor
anão, mas uma camada para esconder sua real aparência jovial com um bom
proposito. Ou mesmo esclarecer que a Seika, a irmã do Seyia de Pégaso que no
começo da história mostra o seu desejo de encontrá-la desde que foram separados
do orfanatos para ir treina para virar um cavaleiro, mas que depois ele vai
esquecendo e só volta a mencionar na Saga de Poseidon, quando o General Marinha
Kasa de Salamandra tenta enganar Seyia com o disfarce da Marin, fazendo ele
pensar que ela fosse sua irmã.
Talvez
uma das coisas que mais me fascina em
CDZ é o fato da história carregar muitos elementos que remetam a formula
campbeliana da Jornada do Herói.
Como
o fato dos cinco defensores de Atena serem jovens órfãos, que foram destinados
para tal função ao serem selecionados por um rico japonês chamado de Mitsumasa
Kido, o avô adotivo da Saori Kido.
Um
elemento bastante batido muito usado na cultura pop, basta a gente lembrar do
Tarzan, do Batman, do Jaspion, do Luke
Skywalker na saga de Star Wars dentre outros exemplos.
Que
trazem um pouco do caráter mítico que envolve a trama, como o fato da Saori
Kido ser a reencarnação da Deusa Atena, e dos cinco que a compõe, dois carregam
o manto de cosmoenergia inspirado em figuras folclóricas da mitologia grega como
o Seyia com o ser alado Pegaso, Shun com a Andromeda uma mulher que foi
acorrentada como castigo divino, Ikki com a Fênix.
Já
o Shyriu sendo de Dragão remete mais as lendas folclóricas chinesas e japonesas
e Hyoga sendo de Cisne que é um animal que simboliza bem a típica cultura
russa, principalmente por ele ter
nascido na Sibéria. Onde inclusive existe uma famosa opera teatral criada pelo
maestro russo Piotr Ilitch Tchaikovski(1840-1893) intitulado de O Lago dos
Cisnes, que simboliza bem essa característica da ave na cultura russa. Onde
inclusive podemos notar uma referência a obra de Tchaikovski na batalha de
Hyoga contra o Cisne Negro, a sua versão maligna algo como ocorre na opera de O
Lago dos Cisnes.
Nas
próprias narrativas mitológicas gregas
que Kurumada se inspirou para criar CDZ, muitos heróis eram órfãos, o que bem
inspirou a teoria do estudioso americano Joseph Campbell(1904-1987) a criar o
livro que estuda isso intitulado de O Herói de Mil Faces.
Um
dos maiores legados que CDZ trouxe para
o Brasil, é que foi a partir dele que passamos a categorizar dentro de uma
caixinha, as animações japonesas como
animes.
Isso
graças a influência da revista Herói que era o único meio de acesso as
informações que tínhamos naquela fase pré-midia digital. Se bem que os
japoneses costumam nomear animes tanto
as produções deles quanto as vindas do Ocidente.
É
bom deixar claro que CDZ não foi o primeiro anime a ser exibido na TV brasileira,
antes dele tivemos em outros canais animes como: Speed Racer, Astro
Boy, A Princesa e o Cavaleiro, Phantomas, Zillion, Doraemon
dentre outros.
Mas
como CDZ ficou marcado pelo sucesso não só de audiência, mas também no aspecto
comercial da venda de brinquedos, de certo modo dá para entender o nível da
importância.
O
modo como CDZ chegou ao Brasil nos anos 1990 pela Rede Manchete é algo que hoje
em dia seria improvável de acontecer novamente, muito disso por conta da
Resolução 163 da Lei de Publicidade Infantil
aprovada em 2014 que tornou inviável a
qualquer programa infantil se sustentar
sem os anúncios de brinquedos.
³A palavra é uma abreviação para demonstração, não tem nada de demoníaco.
****Abreviação
da palavra promoção, de promocional.
*****Fundada em 1972, pelo técnico de som britânico Michael
Stoll(1927-2005), egresso da Companhia Som de Vera Cruz e sediada na cidade de
São Paulo-SP. Esse estúdio foi uma grande referência na dublagem brasileira,
principalmente para o nicho de produções nipônicas. O estúdio encerrou suas
operações em Agosto de 2011.
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