No
dia 07 de Setembro de 1822, o então Príncipe Regente Dom Pedro I(1798-1834),
proclamava a Independência do Brasil, então há três séculos e meio sobre
colonização de Portugal.
Os
antigos livros escolares do ensino fundamental e médio sobre a História do
Brasil, nos mostram o retrato de um Dom Pedro I libertador do Brasil como um
sujeito tão perfeito, uma espécie de mito de um super-homem, tão endeusado, mas
ninguém faz a menor ideia que intimamente ele estava longe de ser um sujeito
perfeito, tinha tantas imperfeições como cada um de nós reles mortais, gente
comum.
A
começar que ele como um príncipe estava longe de ser o padrão perfeito daqueles
príncipes encantados que salvam as donzelas das bruxas nos contos de fadas,
bonito ele era, bem diferente do pai, o Rei Dom João VI(1767-1826), um sujeito
feio, glutão, tinha fraqueza por pernas de frango, e vivia uma vida sedentária,
odiava exercícios físicos, o seu único passatempo era além de comer
excessivamente, também gostava de ficar horas na Igreja ouvindo cantos
gregorianos.
Dom
Pedro I, era bem diferente do pai, em vários aspectos, além claro da forma
física. Adquiriu um porte atlético depois que se inscreveu no Exército, e com o
puxado treinamento, aprendeu técnicas de combate e liderança, o que fez ele
adquirir também um caráter forte e determinado, uma paixão por exercícios físicos,
que eram o seu passatempo predileto.
Além de gostar de andar a cavalo, e junto a
isso conquistou um aspecto físico capaz de despertar a virilidade feminina, e
não ser sedentário, bem diferente do pai, que era além de feio, gordo e
sedentário, era também medroso, assumiu o trono na metrópole, que era então
Portugal por mero acidente do destino, não tinha sido bem auxiliado para isso,
o que fez ele não adquirir um caráter forte para assumir essa responsabilidade,
como diz uma frase do Homem-Aranha que se encaixa perfeitamente nessa situação:
"Com
grandes poderes, vem grandes responsabilidades".
Nascido
no Palácio de Queluz no dia 12 de Outubro de 1798, Dom Pedro de Alcântara, que
no Brasil recebia o título de Dom Pedro I, e em Portugal era conhecido como Dom
Pedro IV.
Nasceu em um ambiente familiar bastante
conturbado, além do pai ser um sujeito muito medroso e também carola, sua avô
Maria I(1734-1816) vulgarmente conhecida como Maria, A Louca por ter
ficado mentalmente perturbada, e sua mãe Carlota Joaquina de Bourbon(1775-1830)
ser uma mulher de caráter forte, de quem ele herdou esse perfil, e vivia
constantemente traindo o marido.
Diversas vezes planejava conspirar contra ele,
e cresceu vendo os pais vivendo uma vida completamente separados, isso porque
eles não se amavam, se casaram por acordos entre as cortes de Portugal, com a
corte da Espanha.
Com toda essa negligência da família, e quando
em 1807, os Bragança precisaram fugir de Portugal e se instalarem na colônia
para fugirem das temidas tropas do imperador francês Napoleão Bonaparte(1769-1821),
na época que ele era apenas uma criança de 9 anos, e com esse ambiente familiar
bastante desestruturado não tinha a menor condição dele crescer como um
príncipe disciplinado, culto e que praticava etiquetas, ainda numa colônia localizada
nos trópicos, com uma população muito analfabeta.
Com
esse ambiente familiar muito conturbado, e passando a viver numa colônia
localizada em plenos trópicos, não tinha como ele ficar tão encantado pelo
exotismo que lhe proporcionava, é tanto que já adulto com o bom porte atlético,
o príncipe passou a viver uma vida mundana que preocupava demais os seus país.
Difícil
acreditar que o herói responsável por proclamar a Independência do Brasil, nas
margens do Rio Ipiranga como a gente cansa de ouvir poeticamente das vozes dos
nossos professores, tenha sido um filho trabalhoso, que vivia sempre
preocupando os seus pais, com gostos duvidosos, e que por causa disso, gerava o
constante risco de manchar a reputação da Família Imperial, e que os livros de
História sempre ocultaram essa sua face dúbia.
Como,
por exemplo, o fato de viver na esbórnia, ou seja, era um boêmio, farrista,
beberrão, e que não resistia a um rabo de saia, mesmo depois de ter casado por
acordo com a princesa austríaca Leopoldina de Habsburgo(1797-1826).
Esta
estava longe ser uma típica princesa de contos de fada, a começar pela sua
aparência física muito redondinha, o que já não facilitava atrair e nem muito
menos encantar e seduzir Dom Pedro I, apesar dela ser uma mulher muito culta e
inteligente, o que a tornou uma pessoa muito infeliz, por causa do perfil
difícil do imperador, que além de farrista, beberrão e mulherengo era também um
sujeito muito autoritário e rude, e constantemente dava muitas puladas de
cerca, resultando numa série de filhos dentro e fora do casamento.
O
Imperador Dom Pedro I sofria também de constantes ataques epiléticos. Na
descrição de alguns historiadores como Isabel Lustosa a definição que ela faz
de Dom Pedro I é a seguinte:
"Se
bem que não fosse bonito, era simpático, bem constituído, de cabelos pretos e
anelados; tinha nariz aquilino, olhos pretos e brilhantes, uma boca regular e
dentes muito alvos"
Para
o historiador José Murilo de Carvalho(1939-2023) que é monarquista a sua definição sobre o perfil autoritário do
Imperador era a seguinte:
"Ele era comandado por emoções, às
vezes contraditórias, a que não aprendera a impor barreira alguma. Era
impulsivo, romântico, autoritário, ambicioso, generoso, grosseiro, sedutor. Era
capaz de grandes ódios e grandes amores"
E
para Heitor Lyra(1879-1926) tem a seguinte definição do caráter do dúbio do
Imperador Dom Pedro I:
“De
temperamento, era um impulsivo. Volúvel até os extremos, era capaz dos maiores
egoísmos e das mais largas generosidades. Tudo nele era incompleto: mal
educado, mal guiado, mal aconselhado, faltou-lhe sempre o senso da medida. Mas,
como todas as naturezas espontâneas, tinha um fundo de grande bondade. Herdou
do velho Rei seu pai a liberalidade […]. Tinha, da mãe, sobretudo, a
impetuosidade. Foi essa impetuosidade, aliada ao seu estabanado cavalheirismo,
que o levou a libertar dois povos. Um punhado, largo, de boas qualidades:
bravura, honestidade, desprendimento pessoal, idealismo. E um acentuado desejo
de bem fazer – o que o não impedia de ser, muita vez, injusto e agressivo até
com os seus melhores amigos."
A
Independência do Brasil, ocorreu não por mero acaso, como um simples fato, um
acontecimento simples e exato, para ficar naquela coisa um tanto decoreba.
Aquilo foi uma consequência do conturbado
cenário político que o grande Brasil passava, uma divisão política entre os
portugueses residentes na colônia, com os primeiros nascidos na nova nação
surgida, os constantes movimentos conflituosos, liderados por grupos de
intelectuais simpatizantes do ideais de grandes filósofos iluministas
franceses, que inspirados nesta teoria e na influência maçônica foram os
grandes responsáveis por influenciarem e impulsionarem a então colônia
britânica dos Estados Unidos da América para declarar sua Independência no ano
de 1776.
E também impulsionou para quê na França fosse
deposto o Rei Luís XVI(1754-1793), e toda a família monarca dos Bourbons, como
sua esposa Maria Antonieta(1755-1793).
Foi
depois que a Monarquia Francesa foi destroçada do poder com a revolta popular
em 1789, liderada por Maximilien de Robespierre(1758-1794), George Jacques
Danton(1759-1794), ambos executados na guilhotina assim como anteriormente
aconteceu com os últimos monarcas da França, Luís XVI foi executado em 21 de
Janeiro de 1793, e Maria Antonieta, seria executada dez meses depois, no dia 16
de Outubro de 1793.
Danton
e Robespierre, os responsáveis por liderarem o povo a destroçar a Monarquia do
poder, por não conseguirem estabelecer uma ordem, agiram como um bando de
déspotas esclarecidos, transformaram o cenário político da França do final do
século XVIII, e começo do século XIX, em um ambiente muito caótico.
Foi nesse ambiente de completo caos
apocalíptico que surgiu um habilidoso general chamado Napoleão Bonaparte, o
responsável por salvar e reconstruir a França Pós-Revolução de 1789.
Natural
da Ilha da Córsega, filho de país que descendiam da nobreza italiana, se
inscreveu para o exército francês ainda garoto, com 19 anos, assumiu a patente
de Tenente de Infantaria, foi onde começou precocemente a mostrar habilidade de
comando, se tornando General aos 27 anos.
Napoleão
assumiu como Imperador da França a partir do dia 18 de Maio de 1804. Dando
início ao período da Era Napoleônica, que foi um período de grande
desenvolvimento e conquistas para a França, através da liderança e genialidade
de Napoleão Bonaparte.
Ele
conseguiu o domínio de praticamente todo território europeu como também do
comércio.
E
a primeira coisa que Napoleão fez foi mandar expandir o seu império para outros
da Europa, o que gerava medo enorme em todos as monarquias europeias.
E Portugal estava entre essas monarquias a
sofrerem sua invasão, um país, cujo o rei sem muita habilidade estratégica e
com medo até da própria sombra, e sem muita habilidade militar para enfrentar
as gigantescas tropas de Napoleão, que tornava Portugal como um Davi diante de
um Golias, isso ocasionou a partida da Família Real para a então próspera
colônia chamada Brasil, a galinha dos ovos de ouro para a Metrópole.
Uma das coisas mais incoerentes sobre o perfil
dúbio do imperador Dom Pedro I, era o fato dele admirar e idolatrar as façanhas
políticas de Napoleão, algo que lhe serviu de base para conquistar poder de
liderança, e o tornou preparado para assumir essa responsabilidade, o que
gerava um certo desconforto no seu pai, Dom João VI, que tinha tanto medo do
homem que o fez expulsar de sua nação em consequência da pressão sobre se
Portugal, continuaria mantendo ou não relações comerciais com a Inglaterra,
grande inimiga da França Napoleônica.
Durante os 13 anos em que a corte
portuguesa residiu na colônia, houve tanto saldos positivos quanto negativos.
O positivo foi que a partir da presença da corte, a
colônia então muito desorganizada, com um povo completamente inculto, sem muita
organização de urbanização, carente de
praticamente tudo, mudou completamente com a presença da corte, lançado o Banco
do Brasil, com uma Academia Militar, muitas universidades e ainda, imprensa,
teatro, foram uma das diversas contribuições positivas da presença da corte no
Brasil, além de tornar o Brasil a categoria de Reino Unido de Portugal e
Algarve.
Já
quanto a negativa está no fato do monte
de dívidas dos que foram gastos com os cofres públicos para poder transformar a
colônia atrasada, com ares mais europeizantes.
E juntando a vida promíscua de Dom Pedro
I, foi um dos fatores que influenciaram e bastante para enfraquecer a presença
da corte no Brasil, e em um momento a então metrópole passava por uma situação
bastante calamitosa clamava pela volta do rei. Pedro que chegou a ser chamado
pelo para voltar a Portugal, disse assim:
"Como é para o bem de todos, e
felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao povo que fico".
Declaração dada no dia 9 de Janeiro de
1822, que ficou conhecido como Dia do Fico. E nesse momento, a sua rejeitada
esposa Leopoldina de Habsburgo.
Foi
muito importante para ajuda-los nas mais difíceis decisões a tomar, mesmo não
sendo correspondida pelo amado e sabendo que ele o traia com uma amante, uma
bela mulher chamada Domitila de Castro do Canto e Melo, também conhecida como
Marquesa de Santos(1797-1867), que intimamente chamava Dom Pedro de Demonão e
ele a chamava de Titila, vinda de uma família de militares, quando conheceu o
Imperador era já casada com um militar e fidalgo chamado Felício Pinto Coelho
de Mendonça(1789-1833), sujeito que tinha fama de ser bastante violento, que
vivia espancando Domitilia, resultando na separação dos dois em 1824, e com
três filhos.
O fato do Imperador ter tido como amante
uma mulher já casada e com filhos, preocupava e muito sua reputação como Chefe
da Nação, o que fez gerar alvo de muitas intrigas seus opositores.
Principalmente
depois que ele declarou a independência do Brasil, nas margens do Ipiranga,
soltando o grito de "Independência ou Morte" como bem retrata
de uma maneira epicamente heroica, o quadro do pintor Pedro Américo(1843-1905),
que por uma certa incoerência do momento não estava lá presente testemunhando
aquele momento importante acontecimento da História do Brasil, mesmo porque
nessa época, ele ainda não tinha nascido.
O
pintor só veio ao mundo vinte anos depois da Proclamação da Independência, no
dia 29 de Abril de 1843, no município de Areia, na Paraíba.
A
data do seu famoso quadro intitulado de "O Grito do Ipiranga"
que faz uma imortalização daquele fantasioso daquele acontecimento, quase que
numa forma de alegoria, foi lançado em 1888, por encomenda da Família Real.
Na contemporaneidade, há muita
especulação que esse famoso quadro de Pedro Américo que exalta e endeusa a figura heroica do
Imperador Dom Pedro I, seria um suposto plágio de um quadro do francês
Jean-Louis Ernest Meissonier(1815-1821), intitulado como:
"Napoleão
em Friedland, 1807".
Um pintor classicista, que tinha a fama
de adorar retratar Napoleão e suas tropas, e a suposta pintura do francês, do
qual Pedro Américo teria plagiado, retrata bem o momento onde as tropas do temido imperador francês na
Batalha de Friedlãndia, ocorrida no dia 14 de Junho de 1807, numa invasão essa
ocorrida na região localizada a 43 quilometro de Kaliningrado, na Rússia.
Pelo que novos documentos achados em
alguns arquivos de memoriais ou mesmo em museus, e que vem sendo publicados em
livros, revelam outras diferentes versões de como realmente o Grito do Ipiranga
aconteceu.
E não foi tão poeticamente épico, como o retratado pelo
quadro de Pedro Américo, com Dom Pedro I, juntando todas as suas tropas montada
em belos cavalos, e movendo as espadas para cima, como uma típica cena de
batalha, o que na verdade pelo que agora pode-se interpretar melhor, é que
naquele momento o Imperador estava passando por um situação, que parece até
piada o que vou descrever, de tão difícil de acreditar:
Ele estava era no mato, morrendo de dor de
barriga, com sérios problemas intestinais, cuja principal suspeita teria
acontecido por ter talvez ingerido um alimento mal conservado no dia anterior
quando estava em Santos, litoral paulista, provavelmente para viver sua
aventura amorosa com a Marquesa de Santos.
E
outro dado também muito curioso sobre
aquele acontecimento, é que ele não estava montado no belo cavalo alazão, como
retrata o quadro de Pedro Américo, nem mesmo trajava elegantemente os trajes de
galãs monárquicos, ele estava todo maltrapilho, trajando de troupeiro, sujo de
lama, montado numa mula sem o menor charme, que na descrição do padre mineiro
Belchior Pinheiro de Oliveira(1778-1856), um dos poucos que testemunhou o Grito
de Independência do Imperador, descreve que a sua montaria era uma "bela
besta baia".
Além de fazer esta descrição sobre o
provável fato realmente acontecido nos bastidores das margens do Ipiranga, o
próprio Padre Belchior, chegou a fazer posteriormente essa seguinte descrição:
"
D. Pedro, tremendo de raiva, arrancou de minhas mãos os papéis e,
amarrotando-os, pisou-os e deixou-os na relva. Eu os apanhei e guardei. Depois
virou-se para mim e disse:
-E
agora, padre Belchior?
Eu
respondi prontamente:
-Se
vossa Alteza não se faz rei do Brasil será prisioneiro das cortes e, talvez,
deserdado por elas. Não outro caminho senão a independência e a separação.
D. Pedro caminhou alguns passos,
silenciosamente, acompanhou por mim, Cordeiro Bregaro, Carlota e outros, em
direção aos animais que a achavam à beira do caminho.
De repente, estacou já no meio da estrada,
dizendo-me:
-Padre
Belchior, eles o querem, eles terão a sua conta. As cortes me perseguem,
chama-me com desprezo de rapazinho e de brasileiro. Pois verão agora quanto
vale o rapazinho. De hoje em diante estão quebradas as nossas relações. Nada
mais quero com o governo português e proclamo o Brasil para sempre separado de
Portugal. Respondemos imediatamente, com entusiasmo:
-Viva
a liberdade! Viva o Brasil separado! Viva Dom Pedro!
O
príncipe virou-se para seu ajudante de ordens e falou:
-Diga a
minha guarda que eu acabo de fazer a independência do Brasil. Estamos separados
de Portugal.
O
tenente Canto e Melo cavalgou em direção a uma venda, onde se achavam quase
todos os dragões da guarda.
"
Pode-se ver que o famoso grito do "Independência ou Morte", não é
citado, mas segundo o relato do alferes Canto e Melo, a seguinte é interpretada
assim:
"-É
tempo! Independência ou morte! Estamos separados de Portugal!"
Outra
provável testemunha ocular daquele momento, é o Coronel Marcondes, cujo
depoimento é o seguinte:
"Poucos
minutos poderiam ter-se passado depois da retirada dos referidos viajantes (Bregaro e Cordeiro), eis que percebemos que
o guarda, que estava de vigia, vinha apressadamente em direção ao ponto em que nós
achávamos.
Compreendi
o que aquilo queria dizer e, imediatamente, mandei formar a guardar para
receber D. Pedro, que devia entrar na cidade entre duas alas.
Mas
tão apressado vinha o príncipe, que chegou antes que alguns soldados tivessem
tempo de alcançar as selas.
Havia
de ser quatro horas da tarde, mais ou menos. Vinha o príncipe na frente.
Vendo-o
voltar-se para o nosso lado, saímos ao seu encontro.
Diante da guarda, que descrevia um
semicírculo, estacou o seu animal e, de espada desembainhada, bradou:
-Amigos!
Estão, para sempre, quebrados os laços que nos ligavam ao governo português!
E
quanto aos topes daquela nação, convido-os a fazer assim!
E
arrancando do chapéu que ali trazia a fita azul e branca, a arrojou no chão,
sendo nisto acompanhado por toda a guarda que, tirando dos braços o mesmo
distintivo, lhe deu igual destino.
-E
viva o Brasil livre e independente- gritou D.Pedro.
Ao que, desembainhando também nossas espadas,
respondemos:
-Viva o Brasil livre e independente! Viva
D.Pedro, seu defensor perpétuo!
E
bradou ainda o príncipe:
-Será
nossa divisa de ora em diante: Independência ou Morte! Por nossa parte, e com o
mais vivo entusiasmo, repetimos: -Independência ou Morte!"
Declarada
a Independência do Brasil, Dom Pedro I, de simples Principe Regente passaria a
virar imperador da agora ex-colônia, enquanto que seu pai Dom João VI ficava
governando Portugal, durante os quatro primeiros anos do Brasil
Pós-Independência, até que no ano de 1826.
Duas grandes perdas familiares o abalariam
bastante, a começar pela morte de seu pai Dom João VI, então monarca em
Portugal no dia 10 de Março de 1826,
cuja morte até hoje entre os historiadores é bastante controversa, sabe-se que ele
tinha uma vida bastante sedentária, e que por causa do excesso de peso, e com a
idade avançando tenha agravado o seu fragilizado o estado de saúde, mas a
suspeita maior cai sobre sua esposa Carlota Joaquina, porque o tempo todo ele
vinha desejando assumir o trono, e planejando várias tentativas fracassadas de
golpes.
Com de Dom João, Carlota passou os últimos
dias de sua vida aprisionada até morrer no dia 7 de Janeiro de 1830.
Além da perda do pai, ele também viu morrer
sua esposa Leopoldina no dia 11 de Dezembro de 1826, com quem apesar dele não
amá-la e viver traindo, nutria muito respeito e admiração por ela, e muita
gratidão também por ter ajudado a contribuir em sua decisão de tornar livre da
influência portuguesa.
O
conturbado cenário que Portugal passaria
depois da morte de Dom João, fez com que o imperador sofresse muita pressão
para decidir se assumiria o trono na ex-metrópole, mas não queria abrir mão da nação
que ele mesmo ajudou a construir, então abdicou do trono português em nome de
sua filha Maria da Glória.
Depois
da morte de Leopolddina a vida boêmia e aventureira do Imperador,
principalmente com sua amante Domitila, chegava a preocupar e muito os seus
aliados, que tinham dos opositores fazerem muitas intrigas sobre sua vida
privada.
Foi
então que cedendo a pressão decidiu se casar de novo, o que era difícil
arranjar uma nova princesa que se casasse com um imperador com fama de
grosseiro e esborniado.
Foi
então que finalmente ele conseguiu uma princesa bonita e de caráter forte para
conseguir conquistar o seu coração, e que também teve grande importância política
para ele, essa Princesa é Amélia de Beauharnais(1812-1876).
Princesa de Leuchtenberg, vinda de uma família
que só se tornou nobre, depois que a avô de Amélia, Josefina de Beauharnais
havia se casado novamente com o Imperador francês Napoleão Bonaparte, e havia
adotado o pai de Amélia, Eugênio de Beaunais como seu filho.
Vinha de uma importante família de militares.
Amélia foi quem acompanhou Dom Pedro I, até que quando ele resolveu voltar para
Portugal para tentar uma tentativa de golpe organizada pelo seu irmão Dom
Miguel I(1802-1866), abdicando o trono para seu filho Pedro de Alcântara, então uma criança de
apenas cinco anos para quê quando ele
chegasse a maioridade assumisse o trono como Dom Pedro II(1925-1891).
E
seria bem assessorado para isso. E foi lá que ele assumiu o trono, até falecer
de tuberculose em 1834.
Deixando
um importante legado para o Brasil, nação que ele ajudou a construir, mesmo de
uma maneira não muito poeticamente épica.
"É
um impossível físico e moral Portugal governar o Brasil, ou o Brasil ser
governado por Portugal. Não sou rebelde(...) são as circunstâncias".
Carta
de Dom Pedro, então Principe Regente, escrevendo para o pai Dom VI, com data de
26 de Julho de 1822, pouco antes de declarar o Grito do Ipiranga.
FONTE:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_I_do_Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Napole%C3%A3o_Bonaparte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Am%C3%A9rico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Domitila_de_Castro_Canto_e_Melo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9lia_de_Leuchtenberg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imperatriz_Leopoldina
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